A herdeira do Lorde II escrita por letter


Capítulo 1
Prefácio




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       – Você não me odeia – disse Tom soando tranquilo como se fosse apenas uma conversa normal, não se deixando abalar pela varinha que estava apontada direto para seu coração. Se é que ele tinha um. 

       – Sim, Tom, eu te odeio. Mais do que posso dizer – eu não sabia como, mas assim como a voz de Tom, a minha soou tão tranquila como se aquilo não estivesse acontecendo, como se fosse apenas um sonho.

       – Tem certeza minha Lady? Não é isso que suas atitudes têm revelado.

      Eu o odiava, eu tinha certeza. O garoto de dezessete anos parado a minha frente poderia no futuro ser meu pai, e mesmo assim eu o odiava. Odiava quem ele era e quem ele viria a ser. Odiava seus olhos cinza, seus cabelos sempre arrumado, seu sorriso tão sínico, sua voz suave.

       – Adeus Tom.

      Eu sabia o maldito feitiço. Já o tinha usado antes. Porque agora eu não conseguia? Eu não tinha mais tempo, eu não teria outra chance como aquela, eu apenas tinha que fazer, eu apenas tinha que matá-lo.

       – Se fazer isso... – começou ele, sorrindo ao ver que eu não era tão confiante quanto parecia –... Você não existirá no futuro. Você não voltará.

       – Você acha que eu ligo para isso, Tom?

       – Tão nobre – disse ele com um suspiro – Sabe, Annabelly, temos muito mais em comum do que apresentamos – não temos, pensei, você diferente de mim, é um monstro – Você quer me matar, logo eu, que em alguns anos virei a ser seu pai. E eu, matei meu pai. Estará no sangue esse desejo de matar nossos pais? – perguntou ele de forma irônica com aquele seu sorriso sínico no rosto.

       Ao longe se ouvia vozes tumultuosas. Eles estavam vindo. Era agora ou nunca. Ou eu fazia, ou toda vida que eu deixei de lado para cumprir essa missão seria em vão.

       – Ande Annabelly, faça. Se você tem coragem, faça – como eu o odiava. Odiava com todas as minhas forças.

       – É você quem pede Tom.

       Apertei com mais força a varinha nas mãos, pronta para lançar a maldição, mas antes que eu a pronunciasse, ele disse:

      – Mas não se esqueça. Você fará isso por seu amado Teddy Lupin, que pena. Num mundo onde eu não existo, não haverá caos o suficiente para os pais de seu amado se conhecer. Assim como eu, e assim como você, Teddy Lupin também não existirá.

        Um mundo onde Teddy não existiria? Meu coração bateu apertado contra meu peito, e a calma que eu sentia começou a se esvair de mim. Eu não ficaria em paz sabendo que Teddy não iria existir. Um mundo não seria mundo sem Teddy. E tudo que eu fiz, toda a provação que eu passei foi por ele, somente por ele. Mas... Mas... Do que adiantara? Se fosse para haver um futuro em paz era para Teddy estar no meio. Se fosse para evitar a guerra, era par Teddy ficar com seus pais. Se fosse para eu destruir Tom, era para Teddy continuar vivo.

      – Na vida, ao contrário do xadrez, o jogo continua depois do xeque-mate – disse Riddle com seu sorriso sínico nos lábios. E diferente de todas as vezes que jogávamos juntos, dessa vez, fora ele quem dera o xeque-mate. 


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Notas finais do capítulo

Bom... Outra ideia maluca minha ._. /fato Não faço ideia do que vão achar, então por favor, me digam o que acharam, foi pequeno, mas... é um teste :} E eu realmente espero que tenham gostado. Beijos.