Amor. Um Sentimento Terrível. escrita por camila_guime


Capítulo 26
A Desastrosa Fuga da Mansão Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Meninas, desculpa a demora, mas eu estou com escola, estágio, provas, trabalho, curso de idiomas e uma viagem perturbando minha paz, mas eis aqui o capítulo, vamos ver se vocês percebem em que fase da fic estamos ao fim desse cap...
Boa Leitura meninas!



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Cap.26

Harry desaparatou no meio de uma comprida, tortuosa e escura rua. Instantaneamente comensais se materializaram nas esquinas e dementadores bruxulearam no céu.

— Rápido, rápido! – Apressou Dobby. — Por aqui!

Dobby, a passinhos miúdos e corridos, os conduziu os dois amigos para saírem de vista, e os levou para uma porta estreita e velha. Ela foi aberta por dentro. Jacques desaparatou no mesmo instante e empurrou os garotos para dentro. Um segundo homem, velho, alto e de longos cabelos e barbas cinza, saiu pelo buraco da porta a tempo de bloquear a entrada dos comensais. Lá dentro, Harry tirava a capa da bolsinha e cobria a ele e a Ron.

— Harry Potter está aqui! – Acusou o comensal.

Aberforth riu com gosto. Uma risada macia e rouca como a de Dumbledore, fazendo os pelos dos braços de Harry se arrepiarem.

— Harry Potter? O senhor está enganado! Quem chegou foi meu afilhado, Lúcio! – Disse Aberforth puxando Jacques para aparecer à porta.

O comensal parecia confuso.

— Mas se quer saber, tive a impressão de ter visto alguém dobrar a rua! – Comentou Jacques. E como se um fiozinho de sorte estivesse do lado deles, um gato esganiçou e um som de latas se revidando ressoou pela rua na esquina mais longe.

— Fique de portas fechadas, se não quiser uma visita menos agradável... – Ameaçou o comensal, apontando para um dementador. Em seguida desaparece para só ser visto de novo na esquina.

Aberforth e Jacques entraram e trancas e mais trancas se fecharam sozinhas ruidosamente.

— Lúcio? – Questionou Jacques. — Não tinha um nome melhor não?

Aberforth bufou.

— Não tive tempo para ser criativo Malfoy. – Disse acendendo mais luzes na casa mal-acabada. — Agora, me digam vocês: que diabo vieram fazer em Hogsmead? Não sabem que estão marcados para morrer? – Resmungou.

Harry tornou a guardar a capa.

— Desculpe senhor. Precisamos entrar em Hogwarts! – Disse Harry seguindo o velho ainda com espanto.

— Ele é igualzinho ao... – ia cochichando Rony.

— Alvo Dumbledore? – Adivinhou Jacques. — Não devia se admirar, ele é irmão do Alvo!

Irmão? – Os meninos perguntaram abobalhados.

— Não façam cara de espanto! Estão tão magros e acabados que parecem duas assombrações! – Disse Aberforth. — Sentem-se e bebam essa cerveja. Comam esse bolinho. Parecem com fome.

— Vocês sempre se conheceram? – Perguntou Rony tentando não parecer tão mal educado quando ele e Harry atacaram a oferta de lanche.

— Conheci Aberforth há alguns anos aqui mesmo no Cabeça de Javali. – Comentou Jacques bebendo um copo de cerveja também.

— Dumbledore nunca me falou do senhor... Só li no...

— Livro da Rita. – Alcançou Aberforth, interrompendo Harry. — Aquela mulher irritante. Mas cada um usa as armas que tem! Agora, se querem minha opinião: estão doidos! Vocês dois! Essa guerra já está perdida! Estarão indo para a morte se entrarem naquela escola!

— Mas precisamos. – Insistiu Harry. — É o que vamos fazer. Dumbledore disse...

— Dumbledore sempre disse muitas coisas, Potter! – Falou Aberforth. — Algumas tão loucas e inatingíveis quanto sua própria mente brilhante!

Harry e Rony se entreolharam, entrando em consenso sobre o possível tom de despeito de Aberforth. Mas estavam gratos demais pelo abrigo e pela comida para discutirem como ele.

— Hm... Meninos! – Chamou Jacques. — Onde ficou Hermione?

— Hermione ficou na Mansão Malfoy. – Contou Harry, vendo Rony pegar o copo e dar um grande gole na cerveja amanteigada, como se quisesse não lembrar disso.

— Na mansão? – Jacques pareceu se preocupar, mas logo em seguida expirou como se já devesse ter imaginado. — É claro. Se ela arranjou um jeito de fugir de mim, daí para frente só vai fazer o que quiser!

Fugir de você? – Disseram Harry e Rony ao mesmo tempo.

— Ela esteve comigo esses tempos, treinando...

— Ah é? – Rony surtou. — Estávamos achando que ela poderia ter sido sequestrada e morta! Pensamos que não a acharíamos mais! A Ordem teve que mandar os pais dela para outro país com medo de serem perturbados pelos comensais! Depois, fizemos buscas por dias! E ela estava com você?

— Ron... – Harry tentou acalmá-lo.

— Ron nada! – Disse o garoto parecendo à beira de uma crise nervosa. — Eu e Harry na beira da morte hora sim, hora não; fugindo de sequestradores, cumprindo ordens de Dumbledore e atrás de acabar com Você-Sabe-Quem. Eu a beira de ir à Mansão Malfoy para ver se ela não estava lá e, então, ela estava esse tempo todo com Jacques Malfoy!

Todos ficaram calados, com medo de fazer ou falar qualquer coisa e Rony decididamente voltar a explodir. Mas, com um suspiro, Rony deixou os ombros cair e foi para o outro lado da sala. Deparou-se com um espelho curioso. Harry olhou para ele também.

— EI! – Exclamou. — É o espelho do Sírius! Como o senhor...?

— Comprei do Mundungo. Foi assim que conheci Dobby também! – Aberforth indicou Dobby, que estava sentadinho e quieto em cima de um banco alto, perto de um balcão, mordiscando um biscoito. Harry por um momento se lembrou do caco do espelho que tinha guardado na meia.

— Então era assim que eu via o olho de Dumbledore! Quer dizer, o seu olho no espelho! – Concluiu Harry. — E foi assim que...

— Eu via vocês, e mandei a espada, e mandei o Dobby... É, foi isso mesmo Potter!

Harry parecia encaixar coisas em sua mente, enquanto Rony, que se acalmava, encarou um quadro, e a mocinha nele sorriu. Ele sorriu de volta, corando.

— E quando vamos para Hogwarts? – Perguntou de costas para o grupo.

— Quando vocês quiserem! – Respondeu Aberforth.

— Agora. – Disse Harry.

Aberforth suspirou, deixando claro de novo que achava tudo uma grande tolice, mas não contestou. Parou ao lado de Rony, defronte ao retrato da irmã, e murmurou:

— Já sabe o que fazer...

A garotinha de rosto brando e comprido sorriu, virou de costas e caminhou para longe. Depois de pouco tempo, voltou, e parecia vir alguém com ela. Quando chegou ao seu lugar de antes, o retrato se deslocou da parede, como se alguém abrisse uma porta da parede para fora. E então a surpresa.

— NEVILLE! – Gritaram Harry e Rony.

Hermione foi tropeçando e caindo e sendo puxada por um trajeto considerável, do porão até o que deveria ter sido um grande salão de baile, no passado. O piso era de porcelana lisa, num tom perolado. Onde deveria ser o local da banda, um piso elevado de mármore negro, uma grande e suntuosa cadeira estava posta. Nela, uma figura dentro de uma longa e frouxa capa preta. Escondendo a parede, uma longa fileira de Comensais da Morte, encapuzados e mascarados.

Belatriz entrou no aposento sadicamente cantando uma marcha fúnebre, arrastando Hermione pelo braço marcado. Quando chegou ao centro da sala, parou de frente para seu mestre. Hermione, atrás de Bela, olhou sobre o ombro, e viu Draco espiando atrás das portas do recinto. Com nojo e medo, Hermione manteve os olhos no chão. A repugnância de saber que estava na presença de Voldemort apertou seu estômago.

— Muito bem, mas o que é isso? – Soou a voz fria, arrastada e ofídica de Voldemort. — Onde está ele?

Bela quase tropeçou com receio de contar a verdade.

— Só tinha ela, Milorde. Foi um engano...

— ENGANO? E onde está Rabicho? – Silvou Voldemort. — Não vai me dizer que também não foi ele que me chamou para cá! Que foi um engano.

— Não, milorde. Rabicho está morto... No porão.

Voldemort se levantou bruscamente da espécie de trono, o capuz escorregando para baixo e deixando a mostra sua cabeça e rosto humanamente incomum. Numa onda de raiva, balançou estourou um vitral na outra extremidade da sala.

— Draco, onde está? Onde está esse imprestável? – Sibilou.

Draco então entrou na sala, evitando olhar para Hermione, e comprimindo os lábios para não xingar ninguém antes do tempo. Parou quando estava bem defronte a Voldemort.

— Você estava com eles? – Voldemort perguntou.

— Estive.

Belatriz o fitou lembrando que não o vira por perto em momento nenhum, desde que chegara.

— Potter! Onde está o Potter? – Ordenou Voldemort.

— Não havia Potter, milorde. – Draco mentiu. — Só a Granger.

— Está mentindo, milorde! – Um dos comensais que trouxera os prisioneiros falou, destacando-se da parede.

— Não, não estou!

Está! – Insistiu um outro comensal. — Trouxemos os três, milorde!

SILÊNCIO! – Ordenou Voldemort. — Draco, se você mentir, eu terei como saber...

— E acha que eu mentiria sabendo disso? – Replicou Draco.

Voldemort, seus olhos de serpente, mediu Draco como se a qualquer momento fosse usar de Legilimência, para penetrar em seus pensamentos. Mas Draco fechou sua mente, mantendo-se tranquilo e passivo, evitando que Voldemort suspeitasse de sua defesa.

— Estamos falando a verdade, milorde... – Mas antes que pudesse terminar, Voldemort sufocara o comensal, fazendo os outros automaticamente se esquecer de insistir em contestar.

Hermione gemeu baixinho, caída no chão atrás de Belatriz. Aquilo fez Voldemort voltar toda sua atenção para ela, empurrando Draco para o lado. Aproximou-se de Bela, que parecia extasiada, e a empurrou também, fazendo-a tropeçar para trás. Com Voldemort a sua frente, Hermione sentiu um ar frio e malévolo a envolver. Podia ver a barra das vestes dele, e um pouco de seus pés. Estava ferido, como se algo estivesse o consumindo, e Hermione se perguntou se Harry teria entrado em Hogwarts.

— Granger, hã? – Voldemort falou, empurrando-a com o pé para que mostrasse o rosto. Hermione recuou, se erguendo. — Ah... Ela não está tão desfalecida assim! – Disse ele, quase sorrindo de escárnio. — Então você é a portadora da Magia Real... Curiosíssimo. Uma sangue-ruim!

Voldemort riu e foi imitado pelos demais.

— Quer me mostrar seus poderes Hermione? – Sibilou. Hermione fixou o olhar no piso branco. — EU LHE FIZ UMA PERGUNTA! – E Voldemort, com um aceno, acertou uma tapa no rosto da grifinória. Hermione balançou a cabeça. — Não? Ah! Nem se eu... Forçá-la?

E então Voldemort, com um movimento da varinha, fez Hermione suspender no ar e ser arremessada no chão adiante. Bateu as costas, mas Hermione não fez nada para se proteger. Draco por um momento pensou se ela estava querendo se suicidar aos poucos.

Enquanto Hermione permanecia inerte, só recebendo castigos, Voldemort começava a se perguntar se ela tinha mesmo tal poder.

REAJA! – Ordenou, mas Hermione mantinha o rosto baixo e fazia corpo mole.

Draco estava a ponto de reagir de verdade quando Bela saiu à frente.

— M-m-milorde? – Tentou Belatriz, tensa, mas parecendo louca para fazer alguma coisa. — Talvez eu pudesse tentar...

— Vai matá-la! – Interferiu um dos homens encapuzados. Para espanto de Hermione, era o professor Snape. — Milorde, peço que ouça a razão: convivi com essa garota há anos, e sei reconhecer uma Magia Real.

— Então conhece o processo também, Severo. – Sibilou Voldemort.

— Sim.

— Então comecemos com a transferência. Diga-nos: como recuperar minha alma, Severo...

— O portador da Magia Real é o dono de uma forma de energia vital, que lhe foi concedida, não por magia, não por qualquer método possível no nosso mundo, é um dom...

— SEM DISCURSO SNAPE! – Berrou Voldemort.

— Para que Hermione transfira uma quantidade eficaz de poder capaz de reconstruí-lo, milorde, é necessário que haja uma doação de bom grado. – Contou Snape, com ar de quem dá uma cartada secreta.

Então a sala mergulhou em silêncio enquanto o esclarecimento descia à mente de todos. Hermione já tinha ouvido falar nisso, por Jacques, e Draco, que ouvia pela primeira vez, entendeu, talvez, por que Hermione não estava reagindo. Voldemort dependia da vontade dela, no fim das contas.

— Não pode ser – disse o bruxo das trevas. — Deve haver um outro método Severo.

— Não há. É a lei do uso da Magia Real. Só depende do bruxo ou bruxa que a porta.

Voldemort pareceu por um momento que ia ter um acesso. Todos na sala prenderam a respiração. Mas Voldemort, surpreendentemente, caiu no chão. Como se estivesse tendo um ataque cardíaco, se tivesse um coração. Belatriz foi quem correu para ele. Hermione se arrastou para um lado da sala, e Draco, sem que fosse percebido, a interceptou dentre a bagunça de comensais, que se formou ao redor de Voldemort.

Draco pegou a mão de Hermione e tentou levantá-la. Foi Narcisa quem assistiu àquele detalhe que ninguém prestava atenção. Mas ao contrário do que Draco pensou que ela fosse fazer, Narcisa moveu a varinha e um portal se abriu na parede atrás do trono de Voldemort. Enquanto isso, no piso de porcelana, Voldemort retomava a consciência depois da visão que compartilhou com Harry (em algum lugar de Hogwarts).

— Saiam de perto de mim! – Ordenou o bruxo das trevas se erguendo. Ele soube: mais uma horcrux havia sido destruída. Só havia Nagini, o diadema e o... Voldemort viu Draco e Hermione se esgueirando para fora do salão.

Com um floreio da varinha, abriu espaço entre os comensais, empurrando-os. Draco e Hermione tiveram que esquecer de serem sorrateiros e dispararam pelo portal, que se fechou automaticamente atrás deles. Lúcio Malfoy, que estava próximo a Voldemort, encontrou o olhar assustado e culpado de Narcisa tentando sair pela outra porta. A confusão estava feita.

Draco e Hermione saíram num corredor da mansão.

— Para onde agora? – Perguntou Hermione.

— Para os fundos!

Draco saiu em disparada, trazendo Hermione pela mão, com medo de perdê-la pelas curvas da passagem secreta, que parecia um túneo. Hermione sentia dores em todos os músculos, mas era como se aquilo não incomodasse nada depois que aprendeu a ignorar a dor, com Jacques. O coração na garganta, imaginando muito bem o que teria acontecido com Voldemort naquele momento, e querendo desesperadamente saber onde Harry e Rony estariam.

— Eles por acaso não sabem dessa parte da mansão, não? – Perguntou Hermione, estranhando não ter ninguém no encalço deles.

— Agora sabem. – Respondeu Draco, começando a se preocupar se Hermione podia correr tudo aquilo que ainda tinham pela frente. — Só quem sabe são meus pais. Se Lúcio contar para ele as outras passagens que saem aqui, eu não sei o que faria...

Hermione se lembrou de Jacques ao ouvir Draco chamar o pai pelo nome. Eles correram pelo que pareceram séculos, até finalmente encontrarem uma portinhola de madeira. Possivelmente a única coisa sem luxo na casa.

— Com certeza eles estão por toda parte a partir daqui... – Preveniu Draco. — Se eu bem o conheço, Lúcio colocou homens por aqui, então vamos ter que correr, você pode fazer isso?

Hermione confirmou com a cabeça, mas Draco estava seriamente com dó dela. Queria dar a ela uma outra opção, ou algum conforto, mas não era momento para afetos, e ele sabia que ela entenderia. Só havia uma opção. Draco pegou a varinha do bolso para abrir a passagem trancada com magia, mas por alguma razão, sua varinha falhou.

— Me deixa tentar...

Draco, antes mesmo de oferecer a varinha para Hermione, a viu passando a mão pela fechadura e o feitiço se dissipou instantaneamente.

— OK. – Disse impressionado.

— Eu posso proteger a gente, se corrermos bem rápido...

E foi como Draco previu: os jardins da Mansão estavam salpicados de comensais por todos os lados, quatro deles só próximo à saída do túnel. A chuva de feitiços ofensivos começou, Draco continuou correndo à frente, levando Hermione pela mão, enquanto ela virava toda hora para trás, mantendo a barreira protetora em volta deles. Logo, Draco avistou a fenda no muro da propriedade. Um comensal estava lá, e ele não hesitou em atacar. Draco usou um feitiço não-verbal que fez o comensal cair no chão na mesma hora. Sorte a varinha não ter falhado.

Alcançaram à fenda e já tinha mais de sete comensais atrás deles. Quando Draco puxou Hermione para que ela passasse primeiro, o feitiço de proteção se desfez. Hermione deu um grito, mas já foi tarde, Draco foi acertado por alguns feitiços. Quando Hermione o puxou para fora, ele caiu aos seus pés, desacordado.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Qualquer coisa que vocês nao tenham gostado é só me falar!
Pois é - eu vou escrever o próximo e talvez até terça eu já o tenha, espero a compreensão de vocês, já que vocês sanbem que eu nunca jamais abandonarei essa fic, e vocês!
Esperando que me entendam...
(E PARA QUEM NAO CHEGOU A VER O BANNER DA LORENA LIMA PRA MIM NO CAP. ANTERIOR, OLHA LÁ!)
Mila.