Amor. Um Sentimento Terrível. escrita por camila_guime


Capítulo 22
A Magia Real


Notas iniciais do capítulo

Meninas, tenham uma boa leitura!



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Cap.22

Assim como Hermione previu, Hogwarts teve as férias adiantadas. Devido aos acontecimentos, nenhum pai, bruxo ou trouxa, permitiria que seu filho continuasse dentro de uma escola tão abalada. Mas apesar de terem recebido essas “férias”, não foi uma saída animada. Todos estavam muito chocados, como se não bastasse somente a notícia de que um dos maiores bruxos do mundo estivesse morto, todos ainda tiveram de vê-lo despencado.

Harry chegou à Rua dos Alfineiros ainda incrédulo. Foi realmente o fim de um mundo para ele. Não só pela admiração profunda que tinha pelo diretor, mas pela amizade confortante que desenvolveram naqueles anos. Era quase como ver em Dumbledore uma espécie de mentor-avô, e tudo que Harry menos queria era perder mais alguém de quem gostava. Ele sabia que a Ordem estava trabalhando em alguma coisa urgente para ele, assim como Voldemort, principalmente depois que soube das últimas notícias por Rony: a simulação de proteção, as fofocas sobre Hermione ter feito algo excepcional e estranho, depois de ter havido algum erro na simulação dela. Ninguém sabia direito. Nem mesmo os alunos que estavam atrás da proteção, que deveriam ter “visto tudo de lá”.

Mas o pior de tudo, o que deixava a situação em quase perpétua aflição, era o fato de nem Rony nem Harry conseguirem contato com Hermione depois da noite da morte de Dumbledore. Até Rony tentou ligar para a casa dela, tendo trabalho para lembrar de como usar corretamente o telefone, para no final, ouvir os pais dela perguntando se ele sabia do paradeiro de Hermione. Até Harry enviara várias cartas, e só recebia de resposta uma preocupada carta dos Sr. e Srª. Granger contando que não, não haviam tido notícias dela, que já estavam ficando loucos de preocupação.

Harry escreveu à Ordem para que mandassem proteção até a casa dos Granger, caso Hermione houvesse sido pega pelos comensais naquela noite. Contudo, dentre as mais variadas suposições de seu paradeiro, uma em especial estava fazendo ferver os miolos dos garotos. Harry ainda não queria falar disso, mas numa noite, quando Rony o chamou pelo Espelho de Dois Sentidos, Rony finalmente entrou no assunto.

— Foi ele. – Determinou. — O Malfoy.

— O Jacques?

— O Draco, Harry! – Exclamou Rony. — É claro! Quem era o amiguinho dela ultimamente, heim? O perigoso amiguinho dela? Tudo certo que tem fases que as garotas gostam de algum tipo “malvado”, mas precisava ser o Malfoy?

— Rony, se acalma! – Pediu Harry. — Você está deixando o ciúme falar mais alto! Não pode ter sido o Draco, por mais que eu também suspeite, mas vamos ser francos: você viu Draco entrar no trem depois daquela noite. E entrou sozinho.

— É. Talvez Hermione estivesse na mala dele!

— Não diga uma coisa dessas! – Disse Harry suando frio.

— É sério Harry! Deveríamos sugerir uma buscar a Ordem. Não podemos ficar com Hermione desaparecida! É A HERMIONE!

Havia quase um desespero na voz de Rony.

— EU SEI QUE É A HERMIONE, Rony, mas sair por aí assim é muito perigoso. Além do mais, eu conheço Mione, sei que ela tem uma boa explicação. Ela deve estar escondida.

— Ou presa!

— Ajudaria se você parasse de pensar só coisas ruins! – Ralhou Harry.

— Não a traria de volta se eu pensasse que ela está numa praia do Caribe com o Draco! – Ironizou Rony.

Harry bufou.

— Nós vamos fazer alguma coisa OK? Só me dê um tempo pra pensar. O que, aliás, está sendo muito difícil... Viu o livro da Rita Skeeter? E o que publicaram no jornal?

— Vi... – O tom de Rony desceu para um tom de velório. — Aquela rata muquirana! Difamando um defunto!

— Ronald! – Harry brigou.

— Ah, desculpe Harry.

— Acha mesmo que tudo que ela diz é mentira?

— Não sei se tudo, mas não pode sair por aí estimulando as pessoas a desacreditarem no Dumbledore depois de ele não estar aqui para se defender.

— Sinto que não conheci nada dele, mesmo depois de praticamente sete anos!

— Não se martirize Harry. Você conheceu exatamente o que Dumbledore achou que deveria.  – Disse Ron dando uma força. — Não precisava ouvir a história do passado dele, para saber que ele era um bruxo excepcional, atencioso, cuidadoso e conselheiro. O que você conheceu de Dumbledore foi um privilégio único, Harry. O que Rita diz ou deixa de dizer são apenas histórias mal contadas de um passado muito distante. Cento e tantos anos! Como uma velha caduca como Batilda Bagshot poderia ter certeza das próprias lembranças?

Harry meditou por um tempinho sobre o que o amigo disse.

— Valeu Ron!

— Disponha! Mas... Harry... E sobre a missão que Dumbledore te deixou? – Rony cochichou.

— Ah, Ron, vamos precisar dar início a ela assim que eu chegar n’A Toca.

— Sério? Então, vamos mesmo? Nós dois?

— É preciso. É um jeito de destruirmos logo Você-Sabe-Quem! – Disse Harry sentindo o coração se agitar. — Queria Hermione conosco, mas acho que tenho uma segunda opinião do que pode ter acontecido, e, sinceramente, rezo para estar certo desta.

— O que Harry?

— Lembra daquela premonição que Mione viu na lembrança do Draco?

— Sim.

— Lembra da “arma” que poderia trazer Voldemort de volta caso caísse nas mãos dele?

— Sim... – Rony parecia pegar o fio da meada.

— Hermione suspeitava que Jacques fosse a arma. Já que praticamente tinha certeza de que era ele o responsável pelo poder da arma. E se Hermione descobriu a charada? E se ela foi atrás de capturar essa arma antes que caísse nas mãos de outro?

Rony pareceu reacender de esperança.

— Eu também quero acreditar nisso, Harry! Mas... Por que então ela não nos falou? Por que não tem entrado em contato? Por que não levou a gente?

Harry baixou momentaneamente os olhos, mas depois fitou os de Ron pelo espelho.

— Eu não sei Rony. Mas tenho fé nela. Sei que ela não está morta. Hermione não é do tipo que vai ser abatida facilmente. Talvez só não tivesse tido tempo de achar a gente no meio da bagunça...

— Tomara Harry, realmente tomara...

— Você precisa ter fé também Ron.

— Eu vou tentar! – Rony suspirou. — Mas queria muito ter certeza de onde o Draco Malfoy está por esses tempos... Por que se ele estiver envolvido, Harry, a coisa não vai prestar!

Harry pensou por um momento. Sabia que Rony estava até mais magro depois de tanta preocupação. E queria muito poder ajudar.

— Hey! – Chamou de repente.

— Que?

— Talvez haja quem tenha notícia sobre os Malfoy!

— QUEM? – Rony perguntou animado.

— Ninfadora Tonks e Kingsley Shacklebolt. A mãe da Tonks não é uma Black? Irmã da Belatriz e da Narcisa? E Kingsley trabalha no ministério! Deve ter notícias do Lúcio e sua trupe!

— Bem, parece que tanto você quando Hermione adoram saber a arvore genealógica dos outros, mas Harry, ainda bem que você notou isso!

Enquanto isso, na sombria e fria mansão Malfoy, as coisas não iam bem.

Lúcio não olhava mais para Draco, por dois motivos em especial: primeiro por que estava com a cara no chão de vergonha por Draco não ter matado Dumbledore, como deveria, e isso ter lhe custado muita paciência para as chacotas entre os comensais e para os maldizeres do próprio Voldemort. Segundo, depois do castigo que Draco recebeu de Voldemort, olhar para o filho lhe dava um grande remorso, apesar de sempre reverter isso em raiva, e se lembrar o tempo todo do “filho fraco” que teve. Até Narcisa agora era “culpada disso”.

Para Draco, o fato de não ter visto mais o pai há dias, mesmo sob o mesmo teto, não era algo de que podia reclamar. Era um alívio até. Passava a maior parte do tempo no quarto, lendo e esperando as novas feridas cicatrizarem. Apanhou por não ter matado, mas sentir a alma ainda inteira dentro de si, mesmo estando quebrado por fora, valia a pena. Depois, foi obrigado a dar vários depoimentos sobre o paradeiro de Hermione, agora que Belatriz confirmara ao Lorde o que viu naquela noite, e mesmo tendo que suportar a tortura, Draco continuava confirmando a meia-verdade: Hermione fugiu pela Floresta Negra, desaparecendo de vista.

A clausura estava deixando Draco meio louco. Como chegar até ela? Deveria ser mais fácil, sabendo que ela estava com Jacques. Mas como saber onde ele estaria? Seria mais fácil se ainda pudesse ter acesso à biblioteca da mansão, mas agora ela era sala de reunião de comensais. Se pudesse chegar lá, e encontrar os arquivos de família, sabia que poderia achar alguma coisa sobre Jacques, já que eles haviam feito uma busca antes de saberem que Dumbledore tinha chegado nele primeiro.

Draco tirou do bolso o pequeno objeto no qual reservava suas atuais esperanças. O Espelho de Dois Sentidos não parecia mais funcional que um relógio sem bateria. Ele tentou pela milésima vez:

— Quero ver Hermione Granger! – Comandou. Mas o espelho só refletia a si mesmo.

Irritado, Draco o enfiou de volta no bolso, bufando. O que ele não sabia era o que tinha acontecido com o outro lado do espelho naquela noite.

Dias atrás...

Jacques desaparatou com Hermione em um lugar irreconhecível. Era um rochedo, e logo à frente, uma linha extensa de praia. Hermione fez força e se soltou de Jacques assim que chegaram.

— QUE DROGA DE LUGAR É ESSE? – Hermione esbravejou.

— Minha casa! – Informou Jacques como se comentasse sobre o luar.

— O QUE? SUA CASA? POR QUE DIABO ME TROUXE PRA CÁ? – Hermione começou a sentir imensa falta de sua varinha.

— Se a Srtª. parasse de gritar talvez pudéssemos iniciar um diálogo decente. – Jacques ajeitou o punho da camisa, vendo Hermione bufar de raiva. — Mas como acho que não está disposta... Acho melhor entrarmos. Vai vim um temporal aí!

Jacques simplesmente virou as costas e começou a caminhar em direção ao que parecia ser uma casa muito antiga. De madeira, erguida logo atrás das pedras, a casa parecia robusta e segura, para sobreviver ali por todo aquele tempo. Hermione sentiu uma raiva tão grande que teve o impulso de desaparatar, mas por algum motivo, parecia não conseguir. Com raiva, chutou uma pedra e gritou com a dor no pé em seguida. Jacques assistiu tudo da porta da casa.

— Foi um feitiço não-verbal. Você não pode escapar daqui, Hermione. – Gritou ele. — Você vem ou não vem?

Hermione virou com uma das piores caras que podia expressar. Jacques entendeu o recado, dando de ombros já que “era a vontade dela”.

— Espero que goste do frio. Mas, antes... – Ele ergueu a varinha em direção a Hermione. — Accio!

E o colar de Hermione com o outro lado do Espelho de Dois Sentidos voou do pescoço dela direto para a mão de Jacques. Hermione ainda tentou correr para pegá-lo de volta, mas acabou batendo de cara com a porta que Jacques acabava de fechar. E ainda parada à porta, Hermione ouviu:

— Tenha uma boa noite, Srtª. Granger!

Em síntese, a noite de Hermione foi a pior que já teve na vida. Ela tentou fugir correndo pela praia, mas tinha a sensação de que chegava a certa distância onde a paisagem parava de passar, por mais que Hermione tivesse certeza de que ainda estava correndo. Era como correr numa esteira. Cansada, ela desistia e voltava certa distância, sempre se mantendo, porém, longe da casa de Jacques. No meio da noite, sua barriga roncou tão algo que ela pensou que tivesse engolido um gato, que ronronava irritado lá dentro. E conforme a madrugada se aproximava, as nuvens de temporal se avolumaram, formando uma imagem até certo ponto bonita, mas assustadora: o mar enegrecido e agitado sob um céu que ameaçava cair, os rugidos dos trovões e o som das ondas ralhando contra as rochas. O frio desceu a terra como um manto uniforme, e não havia um mínimo lugar onde fosse mais agradável.

Hermione caiu no sono por exaustão, e já era quase dia. Quando o sol se estendeu sobre o mar e quebrou o frio sem tamanho, Hermione se encontrava longe da consciência, adormecida na areia. Totalmente esgotada, nem teve sonho, assim como também não sentiu nada além de um alívio aconchegante depois que Jacques a carregou para dentro da casa e a colocou numa cama confortável.

Assim, quando já chegava a tarde, Hermione despertou. O quarto pouco decorado, com uma estante e um espelho, um guarda-roupa e uma janela. A cama, de lençóis brancos, era convidativa demais, ainda assim, Hermione fez força para se levantar. Era uma daquelas situações onde você acorda de praticamente um coma, em vez de um sono normal, e não lembra logo o que houve. E como estava completamente bem, Hermione até sorriu com o cheiro salgado do mar que o vento trazia para dentro da casa. Só aí então ela começou a lembra...

O grito dela fez Jacques irromper para dentro do quarto sem bater. Hermione, estupefata, fez menção de pegar a varinha, e praguejou quando lembrou que não tinha mais uma.

— Alguma coisa aconteceu aqui? – Jacques perguntou, preocupado.

— Sim! Eu estou presa aqui!

— Não comece com histeria e drama outra vez, Granger... – O tom de tédio de Jacques foi insuportavelmente irritante.

— DRAMA? Sabia que pode estar acontecendo uma guerra agora mesmo lá fora? E você vem pra cá, fugindo! Que diabo pensa que está fazendo? E POR QUE ME TROUXE AQUI?

— Eu já disse que não falo com a Srtª. enquanto não se acalmar. Aliás, seus treinamentos estavam previsto para começarem hoje, então, sugiro que venha e coma alguma coisa. Tem uma muda de roupa que eu espero que sirva, está no banheiro, a porta aqui ao lado... – Jacques apontou para fora do quarto.

Assim que informou isto, Jacques saiu sumindo de vista. Hermione ainda relutou algum tempo, mas depois, sentindo-se tremer de fraqueza e curiosa para explorar o lugar, foi sorrateiramente até o banheiro indicado. Ainda era tudo de madeira, exceto a banheira de porcelana e o piso de pedra. Havia um espelho sobre a pia, onde Hermione tomou um susto com sua própria imagem: terrivelmente magra e pálida. Os cabelos revoltos, presos de qualquer jeito e olheiras azuladas sob os olhos. Ao lado da pia, sobre uma espécie de baú, uma camisa branca de botões, num modelo masculino, que parecia até nova, não fosse o cheiro de pastilhas anti-mofo, e uma calça qualquer em baixo.

Hermione virou-se para a porta e a trancou por dentro, se conformando em aceitar a oferta de banho e muda de roupa, já que estava com resíduos de terra de ontem. Enquanto entrava na banheira e tentava relaxar um pouco, Hermione lembrou-se lamentavelmente de sua casa. E de lá para Hogwarts, e seus amigos – a companhia de Rony nas tardes, sentados no gramado do campo de quadribol; Harry e suas conversas no salão comunal... (“Como estariam agora? – Lutando sozinhos contra Voldemort?”). Até seus pensamentos alcançarem Draco. Ele teria voltado para casa? Estaria trabalhando ainda para as trevas, ou o rejeitaram depois de sua falha na missão?

Hermione teve uma crise de choro, angustiada pelo isolamento, por não saber como seria daqui para frente e, principalmente, por não poder ver as pessoas que mais amava.

Depois que se arrumou (vestindo as roupas que ficaram totalmente largas) Hermione andou pela casa, e descobriu que era muito simples: quarto, banheiro, cozinha e sala. Nada mais. E na sala, quadrada e com estantes de livros, Jacques lia sentado perto da janela com vista para o mar. Ele parecia bem à vontade de camisa e calças de tecido. Não parecia ter penteado o cabelo com gel naquele dia e novamente parecia uma figura mais amadurecida de Draco, o que perturbou emocionalmente Hermione.

— Hm-Hm! – Ela pigarreou quando entrou na sala.

Jacques ergueu o olhar sobre o livro que tinha em mãos e, com um aceno breve, indicou uma mesinha redonda perto de uma segunda janela, onde havia pãezinhos, frutas e sucos.

— Não sou bom em cozinhar então não espere um banquete. Pode se servir. Tem mais vinte minutos antes da aula começar.

Hermione ainda sentiu muita raiva, mas a fome falou mais alto, e ela foi até a mesinha e tentou comer rápido enquanto ele não implicava. Assim que viu que ela terminou, Jacques a chamou para fora.

— Dá pra me explicar alguma coisa agora? – Hermione perguntou se forçando para parecer educada.

— Eu te trouxe para cá por que minhas aulas com você ainda não terminaram. Aliás, só estão começando. É uma vontade de Dumbledore, na verdade, já que prof. Snape poderia muito bem lhe instruir, pois ele é tão bom nesse assunto quanto Dumbledore e eu.

— Que assunto?

— A Magia Real.

— A célula? Por que não escolheu Draco então? Se queria instruir alguém, por que não seu sobrinho?

— Não me refiro à célula, Hermione... – Disse Jacques, pegando Hermione de surpresa por usar seu primeiro nome. — Magia Real é uma forma de magia, muito antiga. Há algum tempo Dumbledore reconheceu traços dessa magia em você. A última pessoa que apresentou tais características foi Salazar Sonserina. Mas ele nunca chegou a admitir que possuísse tais poderes, apesar de as coisas que ele fazia, tão incríveis, o delatassem em alguns momentos.

— Mas se ele era tão poderoso, e um sonserino tão egocêntrico, por que queria esconder isso de todo mundo?

— Por que é uma magia amaldiçoada, Hermione... – Contou Jacques em tom soturno. — É uma magia que, quando não controlada, apresenta riscos ao próprio bruxo. Tem haver com sua força vital, ela mata e destrói com mais facilidade que uma adaga envenenada no peito, assim como pode ser incrivelmente poderosa para salvar, ainda que não seja milagrosa o suficiente para trazer alguém de volta à vida.

Hermione deu um riso nervoso.

— E o que fez Dumbledore achar que eu possuía tal magia?

— Sua grande capacidade para executar feitiços, eu creio. Você não tem histórico bruxo no sangue há mais de sete gerações! Não podia ser bruxa, não uma no seu grau. Talvez uma brilhante bruxa doméstica, mas não, você tem, inexplicavelmente, dom suficiente para magias avançadíssimas. Não deveria acontecer. A menos que tivesse um tipo de magia especial.

— Acho que estão enganados! – Disse Hermione cruzando os braços para não demonstrar o medo.

— Eu acreditava que Dumbledore estivesse até pouco tempo atrás. Aceitei ir para Hogwarts e dar aulas para ficar próximo de Draco, e por alguns outros motivos. Mas depois que Dumbledore me contou uma história, uma história sobre um grande poder estar ameaçando a segurança dos alunos, fiquei curioso suficiente para permanecer lá até agora. E ontem, quando você derrotou aqueles dois comensais daquele jeito, eu fui obrigado a acreditar cegamente na opinião de Dumbledore. Só que não dava para permanecer em Hogwarts. O que você fez, se não tivesse parado por ali, poderia ter atingido gente inocente. Percebi que seu treinamento precisava de total urgência, então trouxe você para cá.

Hermione ainda parecia catatônica. Era muita informação. Pior é que ela quase não lembrava de como vencera aqueles comensais.

— Mas e os outros? Se sou tão poderosa assim eu deveria estar lá fora! Voldemort está ameaçado ascender ao poder e, eu podendo ajudar, estou presa aqui!

— Você precisa aprender a usar seu poder, Hermione. Não o subjugue, é forte demais para você mesma! Além do mais, Hogwarts está fechada. Os alunos estão nas suas casas agora e os aurores estão por toda parte. O Ministro da Magia está tomando providências e o súbito ataque das trevas foi contido. No momento, precisamos trabalhar sério, já que, eu suponho, o tempo de calmaria não vai durar tanto assim.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!
Vou tentar escrever mais rápido hoje!
Deixem seus comentários meninas, por favorzinho *.*
Mila.