Amor. Um Sentimento Terrível. escrita por camila_guime


Capítulo 21
Um Fim


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa qualquer coisa má nesse cap.
Eu talvez não poste amanhã, só depois ok?
Boa Leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/162693/chapter/21

Cap. 21

A confusão estava estabelecida. Blásio espalhou a história de que um acidente estava acontecendo com Hermione. Do lado de dentro de Hogwarts, Simas e os sonserinos que patrulhavam no ar, viram o buraco ser feito na camada de proteção e vislumbraram a execução da estranha magia por parte de Hermione, mas nenhum deles conseguiu entender direito o que houvera ali.

Draco perpassou a proteção de Hogwarts pela região quebrada e se escondeu pela propriedade a fim de entrar no castelo. Ainda não sabia o que ia fazer, se é que faria alguma coisa.

Quando a fofoca de que “alguma coisa estranha” estava acontecendo com Hermione chegou a outras regiões em torno da proteção, os outros professores pararam a simulação. A proteção sobre Hogwarts continuou, mas falha em vários pontos. Os amigos de Hermione, em especial Rony, voaram em volta da região, mas todos foram obrigados a descer e voltar para o acampamento. Porém, quando chegaram lá, tudo estava destruído, tudo estava uma bagunça. Assustados, Vector e Aurora os fizerem entrar em Hogwarts, e ficarem estalados nos jardins, enquanto procuravam orientações com McGonagall.

À borda do muro, ainda do lado de fora, Jacques tinha Hermione apoiada no joelho, tentando reanimá-la. Foi obrigado a usar o feitiço Enervati.

— Granger? – Perguntou preocupado.

Hermione abriu os olhos, tonta, e assim que se deu conta de onde estava, afastou-se do professor rapidamente.

— Preciso voltar. Era ela. Era Belatriz... Eu... Eu tenho que... Cadê minha varinha? – Desorientada, Hermione andou em vão pela quase completa escuridão ali.

Jacques se levantou, segurando Hermione pelos ombros.

— Fique quieta Granger. Preciso tirá-la daqui!

— O que? NÃO! Eu tenho que entrar. O senhor não entende? Hogwarts pode ser atacada a qualquer momento!

— A Srtª. também, portanto volte aqui! – Mandou Jacques, mas Hermione se livrara das mãos dele.

Teimosa, nervosa e confusa, Hermione achou a vassoura de Jacques e numa só tentativa, alçou voo direto para cima. Jacques praguejou pensando em como chegaria até ela agora que não podia aparatar direto dentro da escola.

No alto da torre de astronomia, fora da vista e do conhecimento de todos, Dumbledore e Harry regressaram de sua breve viagem. O diretor parecia, pela primeira vez, um velho acabado e desgastado, não fossem os olhos continuarem tão vivos e sagazes como sempre. Harry nunca tinha vivido uma aventura tão difícil de presenciar e executar.

— Você agiu muito bem Harry... – Disse Dumbledore.

— Mas então, o que fazemos com ela, diretor? – Perguntou Harry se referindo a uma horcrux.

— Veneno de basilisco Harry... – Começou Dumbledore. — Mas depois eu explico. Preciso de ajuda, Harry...

Harry nunca vira Dumbledore tão debilitado. Ajudou o professor a se sentar num banquinho com muita dificuldade. Ter conseguido resgatar essa horcrux acabou sendo uma aventura exaustiva além do que Harry poderia prever.

Enquanto isso, conseguindo entrar no castelo, Draco correu para o banheiro masculino mais próximo. Sentiu-se seguido por um momento até passar pelo saguão principal e desviar-se de quem quer que estivesse atrás dele. Chegando ao banheiro, ligou a torneira e molhou o rosto. As vozes das serpentes, ele notou, não estavam no ambiente, estavam dentro de sua cabeça, e ainda o incitava a executar sua missão.

Draco olhou para sua mão esquerda. Estava com um aspecto verde-arroxeado, como se faltasse sangue. Mais em cima, sob a manga, a Marca Negra se movia debaixo de sua cicatriz, parecendo emanar. Aquilo causou uma dor excruciante, fazendo-o momentaneamente achar que estava decepando seu braço na altura do pulso.

Suas veias dilataram no pescoço e na testa, e por um instante, Draco esqueceu completamente de como chegara ali, achando, misteriosamente, que deveria subir até a torre de astronomia. A tortura interna só parecia aumentar, até que decidiu ir a onde estava sendo obrigado.

Enquanto passava por um corredor, Draco sentiu uma pressão tão forte em suas têmporas que, se não parasse, sabia que ia explodir. Ajoelhou-se segurando a cabeça, sentindo-a pulsar nas mãos. Algumas vozes ribombaram lá dentro, e ele destingiu a voz de sua tia. Olhando ao redor e procurando ajuda, Draco se deparou com uma porta que se destacava de uma parede vazia. A Sala Precisa. Então ele se lembrou por que Belatriz e os outros realmente apareceram ali.

No alto da torre, Dumbledore explicava certas coisas a Harry. Por que sua mão direita estava tão debilitada, e que por conta do veneno, seu tempo de vida era curto.

— Mas... Não! Deve haver algum elixir, algum remédio. Vamos chamar Madame Pomfrey! – Dizia Harry.

— Aquiete-se, meu rapaz. Eu estou velho... – Admitiu Dumbledore com uma voz cansada. — Os velhos devem partir alguma hora. E, Harry, faça mais uma coisa...

— O que?

— Confie no Severo.

— O QUE?

— Confie no Severo – repetiu, cansado. — Ele é um grande aliado nosso. Um aliado único! Só ele pode saber o que se passa entre os comensais para nos prevenir... Eu confiei grandes coisas ao Severo, Harry, e tenho certeza que ele é uma das pessoas mais fiéis que já encontrei na vida.

Harry estava atônito. Não tinha ideia se Dumbledore estava delirando ou falando a verdade. Estava tão consumido que parecia que ia cair no sono. Harry pensou em falar alguma coisa, oferecer ajuda para levá-lo ao seu gabinete, mas sons de passos romperam o silêncio da torre. Dumbledore abriu bem os olhos e fez sinal para Harry se esconder.

No jardim da escola, as células se encontravam numa agitação inibida pelos professores. Eles cochichavam entre si onde estaria Granger e os dois Malfoy. Snape conseguia controlar bem seus alunos da Sonserina, até que sentiu algo repuxar no peito, e um instinto vivo de que deveria ir a outro lugar. E, sem dar aviso prévio, disparou para o castelo.

Hermione, por sua vez, já estava próxima de onde iam os passos. Por um momento perdeu Draco de vista, e agora esperava que estivesse na pista certa.

Draco finalmente chegava ao alto da torre, ladeado por Belatriz e os outros comensais. Dumbledore já esperava por aquilo, mas estava angustiado, com medo de que mais um de seus alunos partisse para o lado das trevas.

— Você não quer fazer isso, Draco... – Disse.

— Você não sabe o que eu quero! – Tinha rancor na voz de Draco. Rancor por nunca ter podido contar com Dumbledore para livrá-lo do mal que o cercava. Sempre preocupado com Potter, agora queria fazer crer que se preocupava com ele...

— Não faça isso, Draco.

Antes que Dumbledore tentasse, Draco o desarmou. Sua mão tremia, e ele não queria matar, poderia atingir Dumbledore e tentar sair dali. Era uma boa fuga, se não tivesse Belatriz ali atrás.

— Vamos, meu querido... – Sussurrou ela. — Não seja como o idiota do seu pai: lerdo e medroso... Faça. Agora! Não seja covarde Draco!

— CALA A BOCA! – Mandou Draco, vendo Belatriz arregalar os olhos, afrontada.

— Draco! – Uma voz diferente chamou. Draco se virou para ver Snape chegando à sala. — Saia daqui! – Mandou.

Draco abaixou a varinha e foi para trás de todos. Escutando agora as vozes, Hermione finalmente alcançou a sala, mas não conseguiu entrar, congelando de susto. Olhou por trás de um pilar tentando entender o que se passava, mas não assimilou melhor depois do que viu.

O que Snape fez foi rápido. Com o consentimento de Dumbledore e um rápido aceno da varinha, logo o diretor despencava do alto da torre. Harry, ainda escondido, ficou descrente, totalmente em choque. Não achou que tivesse capacidade de sair do lugar, tendo que se apoiar na parede para não cair estrondosamente no chão.

Presenciar aquilo fez Draco se sentir terrivelmente mal. Primeiro por não ter tido coragem suficiente, por ter confirmado que era tão covarde e ineficiente quanto seu pai. Depois, havia uma parcela de alívio por saber que não se tornara um assassino, ainda que a impotência de não ter conseguido impedir a morte de Dumbledore o acusasse de fraco.

Tentando sair da presença dos comensais antes que se voltassem para ele, Draco virou à porta da sala e, assim que começou a descer as escadas, ouviu passos atrás de si. Numa olhada para trás, deparou-se com Hermione.

— Draco! – Ela sussurrou parando em frente a ele. — Você não fez! Você não...

— Não. – Ele confirmou.

Hermione sentiu uma estranha e inoportuna alegria, em vista que a morte do diretor era mais que ruim no momento. Mas sem querer definir o que era mais moralmente correto para sentir naquela hora, precipitou-se dando um abraço em Draco.

— Não fique contente. Ainda não acabou. – Ele a alertou. Mas Hermione já pressentia isso. — Eles estão vindo! – Disse Draco ouvindo novos passos.

— Vem comigo! – Convidou Hermione apressadamente.

— Pra onde? Não! Fuja daqui!

— Vamos, Draco, vem logo comigo!

Mas os passos ficavam cada vez mais próximos. Já se ouvia a risada sádica de Belatriz. Draco sabia que Hermione seria pega naquela hora, principalmente depois do que ela fez lá fora bem na cara dos comensais.

— Vai, sai daqui! – Sussurrou Draco, urgentemente, empurrando Hermione para que ela continuasse o trajeto da escada. — Tudo bem, eu te vejo lá fora!

Só assim a garota concordou e partiu escada abaixo. Menos de três segundos depois, Belatriz e os outros apareceram na estreita descida, parando a cantoria atroz ao encontrarem Draco.

— O Lorde vai ficar triste com seu comportamento, sobrinho... – Destilou veneno.

— Eu me entendo com ele depois! – Revidou Draco, mas Belatriz não prestava mais atenção a ele.

— O que é isso? – Perguntou ela, parecendo farejar o ar. — E cheiro de sangue-ruim.

Então Draco teve uma arriscada ideia.

— Acho que vi a Granger descendo por ali. – Contou.

— Granger? – Os olhos de Belatriz se encheram de malícia.

— Mas o Potter deve ter corrido. Pra lá! – Draco apontou outra direção.

— E o que você está esperando seu tonto! Faça ao menos uma coisa direito esta noite. Vá atrás da Granger!

Por dentro Draco até sorriu. Fez o que foi mandado com muito prazer, e viu Belatriz e os outros desviarem para o outro lado.

Hermione alcançou o jardim de Hogwarts. Não sabia como, mas Harry já estava lá. Correu ao alcance dele. Uma multidão, provavelmente toda a escola, já se encontrava em torno do que resultou da tragédia. Todos perplexos, tristes, aterrorizados.

Hermione conseguiu, com muito sufoco, chegar até onde seus amigos estavam. Harry, porém, parecia não notar a presença de mais ninguém. A passos mortos, ele caminhou até onde jazia o corpo deformado de Alvo Dumbledore. Foi a primeira vez que toda Hogwarts viu o garoto chorando, até McGonagall parecia que ia morrer desfeita em lágrimas. Hermione abraçou Ronald, ao seu lado, cujo rosto estava molhado por lágrimas silenciosas de pesar.

— Você está bem? Ouvimos dizer que foi atacada... – Comentou Rony.

— Estou bem.

Não demorou muito, aurores e homens do ministério chegaram à Hogwarts. A perplexidade atingia a todos significativamente, porém, com certo custo, eles foram conseguindo diminuir a multidão para fazerem seus trabalhos. Um outro grupo adentrou para averiguar o castelo por dentro. Era uma noite turbulenta. No ar sentia-se como se não tivesse sido apenas a morte de um grande bruxo, mas o fim de uma era inteira. O fim de um mundo.

Hermione, depois de diminuir o abalo, lembrou-se que Draco provavelmente estava muito agoniado em algum lugar, ainda mais com a presença de aurores dentro da escola. Desvencilhando-se de Rony, escapuliu no meio da multidão, correndo para perto da margem da Floresta Proibida. Tinha a impressão de que, se ele fosse se esconder, seria por ali. E não estava errada.

— Psiu!

— Draco?

— Aqui! – Um piscar de varinha fez Hermione detectá-lo um pouco dentro da floresta.

— Você está bem?

— Sim. O que está acontecendo agora? – Ele quis saber.

— Estão verificando o castelo, e vão analisar a cena do crime. Dumbledore foi levado. Provavelmente vão mandar todo mundo pra casa. Adiantar o encerramento das aulas.

— E você? Vai pra casa?

— Acho que sim. Vem comigo. – Hermione insistiu de novo, vendo Draco dar um sorriso irônico e triste.

— Não posso. Vão me encontrar. Aliás, você vai ajudar o Potter agora, não vai?

— Não sei o que vai acontecer. – Admitiu Hermione pensando em mil coisas ao mesmo tempo. — Harry provavelmente vai ter que dar testemunho.

— Não. Ninguém o viu com Dumbledore... Mas... Ele estava com Dumbledore?

— Eu acho que sim. – Disse Hermione se lembrando que ninguém sabia que Harry e Dumbledore tinham saído.

— Escuta Hermione... – Começou Draco, incerto. — Aquilo que você fez, antes de cair na simulação, quando eles te desarmaram. Você sempre pôde fazer aquilo?

— Do que você está falando?

— Achei você! – Disse Jacques surgindo, de repente, dentro da floresta.

Draco ergueu a varinha. Hermione não podia fazer o mesmo já que perdera a sua.

— Vai embora Jacques! – Disse Draco.

— Não se intrometa, sobrinho! – Jacques disse ironicamente. — Você sabe o que ela é. É ela! E agora Belatriz também sabe. Então não se meta onde você tem noção que não pode ajudar!

— Do que vocês estão falando? – Exigiu Hermione.

— Nada. Ele está alucinando. Não pode ser! – Disse Draco.

— É claro que pode, e você acha o mesmo, não acha? Vamos logo, saia da frente! Eu sei que você não vai querer que sua namoradinha se machuque.

— Você não vai tocar nela! – Draco sibilou.

— Draco, o que isso significa? – Perguntou Hermione.

— Ele acha que...

Mas Jacques estuporou Draco antes que ele pudesse dizer, e em seguida, correu para Hermione, segurando-a num “abraço” por trás, de modo que não pudesse usar os braços.

— SOLTE-A! – Draco lançou um feitiço que Jacques bloqueou.

— ME SOLTA! – Hermione se contorceu e conseguiu se libertar pela metade.

— Você tem que vim comigo, Granger. Você é a arma! – Jacques sussurrou.

Hermione petrificou. Rapidamente a premonição da vidente-escrava irrompei pela sua mente. Fazendo os pensamentos trabalharem rápido, Hermione puxou o Espelho de Dois Sentidos de dentro da camisa e quebrou as abas ao meio.

— Draco pegue! – Jogou um lado do espelho para ele, que conseguiu alcançá-lo no ar antes de ver Hermione desaparatando com Jacques.

CONTINUA...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ler pessoal!
E então? O que estão achando?
Daqui a pouco eu volto! Eu já estou escrevendo o próximo, mas agora chegou o momento de tomar bastante cuidado... rsrsrs
Beijos!
Mila.