Sympathy for the Devil escrita por Lolis


Capítulo 41
Despedida de Solteiro part. II


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo com POV. Slash! Nunca fui boa nisso, em POVs dos meninos, mas acredito que esse ficou bom. É. Mas antes dele temos a narração da nossa bela - e bêbada protagonista.
TEAM KEITH X TEAM SLASH quem se dará bem hoje?
Postado mais cedo que de costume por que tive a graça de acordar com a minha vizinha tocando DON´T ´CHA DAS PUSSYCATS DOLLS NO ULTIMO VOLUME. 1 TIRO NA MINHA VIZINHA.
Cara, ainda tou boba. Chegamos nos duzentos coments *_*
Acho que esse capitulo é um dos meus favoritos. É.
Spoiler de amanhã: Insano. Total. KKKKK, e tem haver com o NOIVO.
Enjoy o capítulo ^_^



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Definitivamente eu tinha algum contrato com o destino. Um contrato com vinte anos de azar por ter sido uma garota muito má.

O que eu tinha feito errado? Qual era o meu problema? E acima de tudo, quem foi o mongolóide com convidou meu quase ex – marido para esse casamento?

Eu queria vomitar toda a vodka que eu tinha tomado.

- Eu sei que isso é constrangedor... – ele começou – Mas é bom te ver.

- É... Hum... O que exatamente você está fazendo aqui?

Por favor que ele não tenha vindo para o casamento. Por favor que ele não tenha vindo para o casamento. Por favor que ele não tenha vindo para o...

- Eu vim para o casamento.

MERDA! Gritei mentalmente.

- Ah... Sério? O Axl que te convidou?

- Não... – ele fez um gesto de pouco caso – Sou convidado da noiva. Eu e o Mick. Somos conhecidos da Erin.

Eu mato a Erin.

- Puxa vida...

Ficamos naquela posição desconfortável. Os dois encarando o chão, o copo de bebida e nunca um ao outro. Tentei descontrair puxando assunto:

- E aí? A Anita te processou?

Ele franziu o cenho. E o prêmio de melhor puxadora de assuntos vai para... Draffy Hunter!

- Não. Por isso vim falar com você. Te devo essa. Se você tivesse insistido naquela coisa louca de casamento eu estaria ferrado agora!

Abri minha boca num perfeito ‘O’. Quer dizer que o idiota não tinha se importado em não se casar? E pior, que tinha ficado feliz?!

- Espera aí. Quer dizer que você vem me agradecer por ter te largado no altar? Cara, qual o seu problema?

- Bem, eu fiquei muito irritado com você, mas depois vi que tinha sido melhor daquele jeito.

- VOCÊ GOSTOU DE NÃO TER SE CASADO COMIGO?!

A essa altura todos haviam se virado para ver meu barraco.

- Ahm... Em partes... Digo. Não! Eu realmente fiquei triste e...

Peguei seu copo de tequila e atirei no rosto dele.

- Vai se ferrar, Richards.

E sai abrindo espaço pelo público espantado.

- Continuem a festa! – ordenei – Enxeridos imbecis...

A musica voltou a tocar e eu sentei num daqueles banquinhos do mini – bar e apoiei meus braços no balcão.

- Qual a pedida, moça? – o barman perguntou.

- Jack Daniel´s. Exagere na dose.

- Com ou sem gelo?

- Sem, por favor.

- Um minuto.

Suspirei enquanto o garoto preparava minha dose e fiquei olhando ao redor, todos se divertindo, e eu, deprimida e arrasada, como sempre.

- Algumas coisas nunca mudam... – alguém se sentou ao meu lado.

Me virei.

- Ah, olá Axl... – o cumprimentei forçando um sorrisinho – Ótima festa.

- Como conseguiu entrar? – ele parecia curioso – Você não é a única clandestina aqui. Há mais três coelhinhas e algo como um cafetão de gênero duvidoso por aqui...

- Nem queira saber – rolei os olhos e peguei minha dose de whisky.

Ele riu.

- Você está se divertindo?

O olhei signifidicamente. Ele pareceu compreender.

- Eu também não estou aproveitando – ele suspirou melancólico – Essa era para ser a melhor festa da minha vida, mas sinto como se fosse uma espécie de despedida.

- Axl, é uma despedida.

- Eu sei. Mas significa para mim, como uma despedida de todos os meus amigos. Não só das prostitutas e das drogas.

Sorri compreensiva.

- Um brinde aos solteiros – sugeri erguendo meu copo. Ele imitou com o dele.

- E aos verdadeiros amigos.

Brindamos.

- Você deve estar muito bêbado para sair por ai dando lições de moral e falando sobre amizade, certo? – ri.

Ele fez uma careta.

- Por incrível que pareça, eu tenho um coração.

- Desculpe então, senhor sentimental.

Ele bebeu um longo gole da Jack Daniel´s.

- O seu amiguinho está dando em cima do Steven... – ele apontou com a cabeça para um pontinho prateado dançando em cima de um Steven em pânico.

- Oh Meu Deus! – gargalhei – Eles formam um belo casal!

- Concordo. Mas não quero falar em casais.

Arqueei as sobrancelhas.

- Tudo bem. Também não me sinto a vontade para falar sobre isso.

Ele terminou sua bebida.

- Draffy, se me permite, vou comer alguma prostituta antes que isso acabe.

- Vai em frente, cara – sorri de lado – Boa sorte, e certifique-se que é mesmo uma mulher.

Ele me encarou assustado.

- Como assim?

- Nunca se sabe, meu amigo...

Axl saiu do mini - bar um tanto perturbado e notei que ele havia ido para o banheiro, e não para perto do palco de strip-tease, onde algumas siliconadas já faziam serviço completo ao vivo.

Ótimo, eu já havia feito minha boa ação do dia traumatizando o futuro noivo. Eu poderia sem sombra de dúvidas ser eleita melhor madrinha do universo.

Bebi o resto do meu whisky a pedi mais doses. E mais. E mais.

A musica começou a tocar mais alto, e alguma boa alma colocou The Runaways para tocar.

You Drive Me Wild embalava as garotas de programa descendo sensuais dos postes de pole dance e arriscando alguns passinhos de dança enquanto os homens urravam por sexo.

Uma selva.

E em uma selva, os mais fortes sobrevivem. E eu não fazia parte desse grupo. Eu era apenas uma coelhinha indefesa e muito bêbada.

POV. Slash.

Apesar do meu orgulho masculino estar extremamente ferido com a vergonhosa derrota no hall do hotel, estou começando a ver que este salão pode ser melhor que qualquer cobertura. A iluminação era ótima, a acústica também e as gatas...

Bem, no momento eu estou com uma loira se esfregando em mim enquanto eu tento inutilmente beber.

- Hey, gata, me dá uma licença? Preciso alcançar o copo. Isso. Pode continuar...

Nada podia estragar a minha festa. Nada. Até um Duff vir desesperado ao meu encontro.

- Cara, precisamos de você!

- O que foi agora, porra?

- É a Draffy!

Até com cinco andares de diferença ela ainda arrumava confusão para mim.

- Como assim? Ela está na festa dela. Por acaso ela atirou alguma das madrinhas do parapeito da janela?

- Não seu idiota! Ela está aqui!

- Ahm?

- Nem pergunte. Ela está com problemas!

- E você vem pedir a minha ajuda?

- Eu não vou conseguir resolver sozinho! O Axl está vomitando no banheiro, o Izzy está sendo assediado por duas gatas e o Steven está fugindo de um cafetão gay!

- Espere. O Steven o quê? – comecei a rir. Duff não riu.

- Se fosse com você não seria tão engraçado – ele bufou – Agora, vamos!

Me desculpei com a loira – que provavelmente não vai me pagar um boquete tão cedo – e sai mal-humorado atrás daquela imitação mal-feita de Madonna.

- Onde ela está?

- Num dos corredores. Não me lembro muito bem. Espere...

Revirei os olhos. Duff devia estar de brincadeira comigo...

- Ela estava matando alguém, ou algo do tipo?

- Não. Pior. Eu espero que ela ainda esteja aqui.

Ele parecia tenso. Comecei a me preocupar também.

Chegamos à um corredor mal iluminado, e aparentemente vazio.

Duff me barrou.

- Vamos esperar.

- Qual é a tua, cara?

- Preciso ter certeza.

- Ah, por favor...

Ficamos em silêncio e começamos a ouvir passos e murmúrios.

- Fica quietinha...

- Me larga seu monte de banha!

Sem sombra de dúvidas era a Draffy.

- Para de apertar meu braço ou eu...

- Ou você o quê? – a outra voz encobriu totalmente a voz dela.

- Ou eu arranco teu saco seu desgraçado. Me solta agora.

- Não.

- Eu vou gritar!

- Se você tentar fazer isso, eu torno isso tudo muito mais dolorido.

A luzes da festa ora iluminavam, ora não. O agressor devia ter no mínimo uns dois metros de largura.

- Por isso eu te chamei – Duff avisou nervoso – Mesmo com meus quase dois metros de altura, não sou páreo para esse cara.

- Quem ele pensa que é? – me irritei – Ele vai ver só...

- Slash! Espera aí seu burro e...

Fui com tudo na direção dos dois e com um golpe de surpresa derrubei o cara no chão.

- Ah! – Draffy berrou surpreendida. O brutamondes parecia mais surpreso ainda.

- Eu vou te ajudar! – Duff veio correndo.

- Mas o quê...? – o homem pareceu confuso.

- O que você quer com ela, seu filho da puta? – o segurei pelo colarinho – O que? Hein?

- Quem é você? – ele perguntou.

- Não te interessa! O que você pensa que é para ficar dando em cima dela?

- Me solta agora – ele avisou soturno. Desferi o soco na cara dele.

E aparentemente o irritei ainda mais.

- Merda, Slash! – Duff xingou e partiu para a confusão que já estava armada. Desviávamos de socos e desferíamos mais golpes nele. Do canto do olho eu conseguia enxergar uma Draffy aterrorizada, encostada na parede e sem reação.

Senti minha mandíbula se deslocar.

- Ugh! – gemi.

Duff deve ter dado mais uns dois socos nele.

- Que confusão é essa? – Axl se materializou do nada. É impressionante como essa criatura sente o cheiro de problema.

Draffy balbuciou algo como: Deu merda.

Em seguida tínhamos mais um a nosso favor. Eu sei, covardia três contra um. Mas, bem, era um cara que valia por uns cinco caras!

Axl, delicado como sempre, bateu com a cabeça careca do cara na parede o fazendo desmaiar. Por pouco tempo.

- Vamos embora. Logo ele acorda – Duff falou.

Dei um ultimo chute na barriga dele antes de sair correndo – e puxando Draffy, que parecia catatônica.

- Você está legal? – perguntei a ela assim que saímos daquele corredor. Duff e Axl pareciam ansiosos por uma resposta dela.

- Sim... – ela murmurou – Quero dizer... Não sei...

Ela nos encarava com aqueles enormes olhos azuis de bêbada, todo borrados de maquiagem.

- Você sabe o que aquele cara queria? – Duff quis saber.

Ela negou.

- Ele chegou do nada e começou a me encher – ela disse lacônica – Só.

- Demos uma dura nele – Axl comentou – Mas ele não morreu. Draffy, fica por perto. Ele pode querer vir atrás de você.

Ela assentiu engolindo seco.

- Quem fica com ela? – Duff questionou.

- Eu fico – me ofereci para espanto geral – Qualquer coisa, eu chamo um de vocês.

Eles se olharam e deram os ombros.

- Tudo bem. A festa deve continuar, certo? – Axl disse – Então vamos continuar!

E saiu com Duff pelos corredores até o salão.

- Você está mesmo bem?

- Não... – ela disse num sussurro – Ele não fez só aquilo.

Arregalei meus olhos.

- Ele não...

- Não. Mas ele tentou.

- Ah... – continuei levemente furioso.

- Eu preciso me acalmar. – ela disse.

- Isso. Quer que eu vá buscar alguma água?

- Pode ser.

- Tem um freezer no meu quarto. Deve ter uma garrafa de água por lá. Vou pegar.

- Posso ir com você? É que... Eu não quero ficar sozinha aqui.

Ela não parecia a Draffy durona de sempre. Na realidade ela parecia mais uma garotinha indefesa do que a menina chata e petulante que estávamos acostumados.

- Pode. Vem.

Ela me seguiu o caminho inteiro. Chegamos a porta do quarto e pus a mão no bolso tentando achar a chave.

- Droga... – murmurei apalpando os bolsos.

- Sem a chave? – ela arqueou a sobrancelha. Lá vem...

- É. Eu devo ter perdido.

- Hum... – ela murmurou solenemente. A encarei.

- Acho que o Steven deixa a porta aberta. Vamos tentar o quarto dele.

- Beleza.

Dito e feito. O idiota do Steven devia ser mais cuidadoso quando se trata de fechaduras.

Draffy se sentou a cama enquanto eu abria o freezer e pegava uma garrafa de água gelada.

Pus num copo que achei em cima da cômoda e entreguei a ela.

- Valeu – ela agradeceu tomando e pondo o copo de volta no criado – mudo.

- Se sente melhor?

- É. Me sinto.

Ficamos em silêncio novamente.

Ela encarava os sapatos de salto alto, que provavelmente a incomodavam, e eu olhava o teto.

- Ah... E obrigada por bater nele... – ela disse num fio de voz.

- Não foi nada.

- É sério. Obrigada. De verdade.

A olhei. Ela estava com as bochechas vermelhas.

- É a primeira vez que agradece alguém? – zombei.

Ela me olhou feio.

- Retiro meu agradecimento – bufou – Podemos ir agora?

- Hey, desculpe! – ergui as mãos para o alto – Não falei por mal.

Ela cruzou os braços.

- Tudo bem. Argh, como eu odeio essas coisas! – ela reclamou tirando os sapatos de uma vez só e os deixando no tapete de pele de tigre. Ainda não consegui entender por que diabos, Steven teria algo assim no seu quarto.

- Não sei como você agüentou até agora.

- Por que até agora eu estava muito bêbada para nota-los! – ela riu. Acompanhei.

- Se você quiser ir... – ela disse – Eu acho que não quero voltar tão cedo lá.

- Não. Eu estou bem.

Ela sorriu.

- As meninas devem estar loucas atrás de mim.

- Bem, acho que não. Duas delas estão disputando o Izzy e a outra está com Nikki Sixx. E também temos aquele cara, mas ele está perseguindo o Steven.

- Estamos ocupando o lugar deles então – ela sorriu sadicamente.

Ri.

- Vai ver por isso ele tem um tapete de tigre no quarto – conclui idiotamente.

Ela gargalhou e se deitou na cama relaxadamente.

- Senta. Ou deita. Me irrita te ver em pé ai. Parece uma estátua – reclamou.

Me joguei na cama ao lado dela.

- Feliz?

- Feliz – ela debochou.

- Não é estranho tudo isso?

- O fato de estarmos no quarto do Steven ou o fato de estarmos no quarto do Steven sem xingar um ao outro?

- Os dois.

- Bem, é estranho mesmo. Acho que ainda estou bêbada.

- Por que?

- Por que eu quero transar com você agora. E eu jurei para mim mesma que não faria isso mais. Não em condições sóbrias.

- Você é tão sincera que me assusta – comentei.

- Mas é verdade – ela me encarou friamente.

- Eu também estou com ventade. – confessei por fim.

- Devemos estar loucos – ela sussurrou.

- Essa é só a melhor parte... – falei ficando por cima dela e a beijando.


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Notas finais do capítulo

Pobre STEVEN! Man tou rindo sozinha aqui. Nada normal KKKKKK
Sabe, essa coisa da Draffy e Slash pode dar certo. É. Isso vai gerar muita coisa ainda. Pois é...
Fic nos finalmente *todosCHORAMeCONVULSIONAO* poucos capítulos para o casamento. Acho que um, ou dois. É.
A espera dos meus comentários gatzos u_u!
Bjs
Lolis
P.S. Gostaram da nova capa? *O* Vou pondo as imagens por capítulo. Hoje, Draffy, amanhã Glister e depois ALL THE GIRLS AND BOYS!
É!
Fui-me.