Sympathy for the Devil escrita por Lolis


Capítulo 36
A cilada de Erin


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, cá estou eu com o capitulo escrito hoje de madrugada.
Eu particularmente gostei dele sim. E ah, hoje, outra leitora participante aparece. A Jenny.Espero que ela goste da personagem ^_^
Um capitulo para Nova York! Oh Deus! Lá é que as coisas ficaram boas. Eu gosto de dar periodos para a fic. Até o capitulo 20, por aí, eu chamo de fase inicial, até o 36 fase dark e agora vem a parte insana.
Bom, insano sempre foi.
Espero que gostem!
Enjoy it!
P.S. 11 COMENTÁRIOS? MELDELSDOCÉU! Eu quase morri enfartada! Foi o capitulo com mais comentários na FIC INTEIRA se eu não me engano. Muito, muito obrigada mesmo. A todos!
Querem tentar ultrapassar essa marca? kkkk, tá, me ignorem. Leiam o capitulo.



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– O que achou de Tóquio, Draffy? – Brian me perguntou assim que descemos em solo japonês pela primeira vez.

– Legal – respondi monótona.

Eu estava numa fase que os psicólogos chamariam de depressão pós – casamento. Mas no meu caso eu nem havia me casado. Então era depressão mesmo.

Depressão nível dois.

Eu estava a base de calmantes e tranqüilizantes. Doses pequenas. Sem surtos psicóticos, quartos destruídos ou assassinatos.

Eu estava simplesmente quieta. E por incrível que pareça, essa situação minha preocupou mais que da vez que eu usei drogas e tals.

Eu estava furiosa com isso. Eles ficarem em cima de mim toda hora. Parecia que eu era uma criançinha insatisfeita e birrenta, que pudesse explodir num acesso de fúria e histeria a qualquer momento.

E eu ia. Se eles não largassem do meu pé.

– Erin me ligou – Axl disse simplesmente.

– E daí? – Duff resmungou puxando sua mala e a malinha de Glister, que já valia por duas.

– Ela já fez reservas para nós no mesmo hotel que ela está com as amigas.

– Vamos ficar num hotel cheio de modelos? – Steven perguntou. Parecia uma criança, descobrindo o presente debaixo da arvore no Natal.

– Vamos – Axl revirou os olhos.

– Demais!

– É, muito. Mas o mais esquisito...

– O que tem de esquisito em dividir um hotel com super gostosas? – Steven o cortou. Axl apenas o fuzilou com o olhar.

– Como eu ia dizendo, o mais esquisito é que ela disse que precisa falar comigo. Sobre algo muito importante.

– Ela vai te chutar – Izzy disse acendendo um cigarro.

– Você acha? – Axl pareceu levemente desesperado.

– Aham – ele soprou a fumaça – Sempre que mulheres tem algo importante para dizer, elas te chutam.

– Ele tem razão – Duff falou levando um tapa na nuca de Glister – Ai!

– Não ligue para eles, Axl – ela disse quase que maternalmente – Talvez ela só queira ter uma D.R.

– Uma o quê?

– Uma D.R., Axl. Francamente, quem não sabe o que é uma D.R?

Todos, incluindo eu, levantaram as mãos. Ela bufou.

– Discussão de Relacionamento, seus idiotas. Todo casal que quer dar certo precisa ter uma D.R. para discutir regras, planos, acordos...

– Que chato... – reclamei.

Todos se voltaram para mim. Era meu primeiro comentário não animador em uma semana. Definitivamente uma evolução no meu caso clinico mental.

– O que foi? Eu fiz um comentário, algum problema?

Eles desviaram o olhar rapidamente antes que eu me enfezasse de verdade.

– Francamente... – murmurei carregando minha mala e a depositando no táxi. Meu grupo era composto de Brian, Steven e Izzy.

Pegamos o endereço do hotel com Axl e nos encaminhamos para o mesmo.

– Deve estar cheio de modelos... – Steven sonhava.

– Sossegue ai tigrão! – Izzy retrucou – Vai ter para todo mundo...

– Homens... – bufei. Brian riu.

– Aposto que vai ser interessante encontrar-mos modelos lá. A maioria age como groupie. Um material ótimo para o vídeo...

Arqueei minha sobrancelha sugestivamente.

– E eu? – cobrei.

– Ainda continua minha musa inspiradora.

Ri.

– Aham. Ok, então senhor inspirado. Tire uma foto minha para meu álbum de memórias. Uma foto para cada país.

– Tudo bem – ele disse sacando sua maquina fotográfica. Resultado da foto. Eu, sorrindo, Izzy fazendo caretas ao fundo e Steven rindo nasalmente.

– Puxa, a presença de vocês dois apenas enriqueceu a foto! – comentei sarcasticamente. Eles deram os ombros.

– Sabemos dessa já. Olha, estamos chegando! – Izzy avisou.

– Modelos! – Steven quicava no banco.

Descemos diante daquele hotel. Imenso. Gigantesco. Excêntrico. Até para os meus padrões.

– Gostei do lugar – admirei – Parece que estou dentro de uma das estações espaciais de Star Trek...

– Demais! – Steven agia como uma criança, mexendo em tudo.

– Brilhante... – Brian reconheceu.

– Já estive em lugares melhores – Izzy disse pegando a chave – E aí, quem quer andar de elevador – tubo?


...


Nada. Nada mesmo se compara a diversão de se andar de elevador – tubo. Eu me sentia um peixinho no aquário, vendo tudo ao meu redor.

Paramos no ultimo andar. Ficaríamos na cobertura. A banda tinha um andar inteiro para ela.

Japoneses definitivamente são demais.

Encontramos o resto do pessoal no corredor.

Axl parecia levemente perturbado.

– Nervoso por ver a Erin? – Izzy disse dando leves tapinhas nas costas dele, que assentiu – Relaxa, ela é legal.

Axl assentiu, mudo.

E abriu a porta.

– SURPRESA! – Erin e mais umas quinze vozes femininas disseram.

O apartamento esta cheio delas. Modelos pequenas, grandes, asiáticas, loiras, ruivas, negras, anoréxicas, sorridentes e segurando um cartaz de ‘Bem – Vindo Axl Rose’.

– Querido! – Erin saltou nos braços dele – Quantas saudades!

– Senti sua falta também... – Axl a beijou. E beijou. E beijou. Foram interrompidos por uma modelo irritada.

– Tirem esse tarado daqui! – exigiu.

Steven.

– Hey Ste, deixe a moça em paz... – pedi a ele, eu babava na mulher.

– Hã? Hum? Ah, sim... Claro.

– Obrigada – ela disse parecendo aliviada – Sou Jenny Watson.

– Draffy – respondi com um sorriso. Ela retribuiu. Era alta, uns três palmos a mais que eu e elegante. Usava chanel da cabeça aos pés. O cabelo castanho caia em cascatas pelos ombros.

– Você sabe o motivo para comemoração? – perguntei – Quero dizer... É só o Axl. Não é o presidente das Américas...

– Ah, é segredo – ela sussurrou – Uma surpresa para ele.

– Oh Deus...

Axl considerava surpresas uma invenção demoníaca. Isso não acabaria bem.

Erin serviu champangne para nós e colocou musica. E de repente, estávamos em uma festa privada cercados de modelos.

– Um minutos das suas atenções, por favor! – Erin pediu subindo em uma cadeira. A olhamos e ficamos em silencio – Obrigada.

‘Em primeiro lugar, quero agradecer a presença de todos, inclusive das minha amigas modelos. Elas perderam um dia de serviço para estar conosco hoje. Palmas para elas’

Aplaudimos as meninas rapidamente.

– Agora, eu gostaria de dizer o quanto essa noite é especial para mim – Erin continuou – Essa noite, meu namorado voltou para mim...

Axl ficou vermelho.

‘E eu o amo muito. Muito mesmo. Por isso... Eu gostaria de saber.’

Nesse momento, ela desceu da cadeira com cuidado, puxou uma caixinha do bolso e se ajoelhou na frente de Axl.

– Willian Axl Rose, casa comigo?


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– Se acalme homem! – Izzy pediu chacoalhando Axl. Ele se mantia histérico. Crise de identidade.

– Quem ela pensa que é? EU DEVERIA FAZER ISSO! Esse é o meu papel!

– Acho que você demorou demais com o seu papel – provoquei – Tanto que ela decidiu tomar uma atitude.

– Eu preferia você quando estava calada! – ele rosnou.

Dei os ombros.

– O que pretende fazer? Ela está lá, pensando que você está passando mal e vaio tomar um ar... – falei. Izzy, eu e ele estávamos do lado de fora do apartamento, a exatos quarenta andares do chão. Axl parecia a ponto de convulsionar.

– Eu não sei! – ele guinchou e depois olhou para o beiral da varanda.

– Ah, nem tente. Você não vai se matar.

– Parecia uma boa opção...

– Sabe o que é uma boa opção? – Izzy o confrontou – Aceitar a proposta da Erin. Seja homem! Assuma que você ama ela! Enfrente esse casamento!

Axl suspirou.

– Mas...

– Sem ‘mas’! – Izzy determinou – Entra lá, põe a porra do anel no dedo e finge estar feliz. Agora!

Axl correu rapidamente para o interior do apartamento.

– Você é bom! – reconheci.

– Aprendi convivendo com a Glister. Você acaba aprendendo alguns truques com ela.

Lá dentro, uma festa ocorria. Erin sorria excitada, Axl também, embora seu sorriso fosse meio forçado. As modelos aplaudiam e brindavam os noivos.

– Acho que devíamos entrar – sugeri amarga – Para dar os parabéns ao casal.

– Se você não quiser entrar... Por causa do, você sabe quem...

– Não, eu estou bem. Vendo eles fico imaginando do que eu escapei. Era para mim estar fazendo tricô uma hora dessas.

Izzy riu.

– Então vamos... – me ofereceu o braço.

– Nem venha com charme para cima de mim, Stradlin – sorri irônica.

– Nem dá a chance, né Hunter? Pois bem.

Gargalhamos.

– Você é um bobo. Vamos logo, antes que já deduzam que estamos tendo um caso. Glister está olhando diretamente para nós.

– Se é assim...

E entramos.

Erin estava radiante.

– Parabéns! – a abracei. Ela quase me esmagou.

– Sua louca! Eu senti tanto sua falta! Fiquei sabendo do que houve e sinto muito.

– Tudo bem. São águas passadas.

Ela sorriu de forma compreensiva.

– Se eu soubesse antes... Mas agora não dá para mudar os pares de padrinhos.

– Espera ai. Padrinhos?

– Sim. Você vai ser minha dama de honra principal. Eu ia escolher a Glister, mas não imaginava que a barriga dela estaria tão enorme...

Sutileza. Definitivamente não é um dom para muitos.

– Eu? Dama de Honra? Não brinca...

Eu era a ultima pessoa no mundo que alguém gostaria de colocar como dama de honra. Estou falando sério.

– Sim. E você vai entrar com o Slash. Me desculpe, eu realmente...

– Não. Estou bem.

– Maravilhoso!

– E então, quando será o casamento?

– Em três semanas. Ficaremos uns cinco dias por aqui, depois vamos para Nova York, onde vamos nos casar.

– Em Nova York? Legal!

– Eu sei. E lá temos mais madrinhas. Já convidei a todos.

– Quais são as outras madrinhas?

– Teremos dez, no total. Você, a dama de honra, claro, Glister, a Jenny Watson, que é uma grande amiga minha; Evie Zamoura, outra amiga minha e decoradora do casamento; Anna Madson, editora da Vogue NY; Tammy Everly, minha irmã; Sharon Hyde, minha prima; Nancy Gray, outra amiga minha, Olive Pukle, também modelo e Rudoph Flyn.

– Rudolph? Que tipo de garota se chama ‘Rudolph’?

– Ele não é uma garota, tolinha. É um designer. E famoso. Desenha roupas para a Cher.

– Ele é gay?

– É. Mas ele é um amor de pessoa. Você vai adora-lo!

– Ok, então. Essas são as madrinhas e eu vou comandar tudo?

– Exato. Você vai ser como uma autoridade depois da noiva. Vai programar tudo e...

– Mas eu nunca fui dama de honra! Nem sei como se faz isso!

– Não é difícil, você vai ver. Agora eu tenho que ir ver minha torta.

Eu tive certeza de três coisas naquele momento:

– Aquilo definitivamente não ia dar certo, afinal nem convidada para casamentos eu era.

– As outras madrinhas não iam me obedecer.

– Aquele casamento ia dar problema.



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Notas finais do capítulo

Eu tenho medo da Erin. Decidi colocar ela como uma mulher dominante e dinâmica. Sem frescuras. Digo, muitas frescuras...
AXL VAI SE CASAR PORRA! Esse era o casamento misterioso! TCHANAM! Erin e Axl. É, a Anna McKagan acertou no palpite dela ^_^
Já tenho todo o casamento em mente. Tirei a semana passada e o fim de semana para ter uma overdose de filmes sobre casamentos, madrinhas, despedidas de solteiros e tals.
Filmes:
- Missão Madrinha de Casamento (parecia mais legal no trailer, mas não é ruim. Tem Velvet Revolvers na trilha sonora *_*)
- O Melhor amigo da noiva (Patrick Dempsey, casa comigo)
- Despedida de solteiro em Las Vegas (O mais nada a ver com o que eu tinha em mente. Mas rendeu boas risadas)
- Se beber não case I e II (Sem comentários! A-M-E-I!)
- Casamento Grego (Eu gosto, ué)
Acho que foram esses. Já sacaram o nivel do negócio, certo? Kkkkkk
Até o próximo capitulo, na Big Apple!
Bjs
Lolis