Sympathy for the Devil escrita por Lolis


Capítulo 30
Viciada


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo: Bem - vinda PepperSpray! Ela acompanha a história desde o capitulo oito e só apareceu agora, porque não conseguia fazer sua conta no NYAH. Isso já aconteceu comigo...
Bem, sobre o capitulo de hoje, posso dizer que ele é mais puxado pra drama e parece um dos episódios do Celebrity Rehab, aquele reality show americano que acolhe famosos drogados e dispostos a fugir na primeira oportunidade. Inclusive, nosso coleguinha Steven Adler já participou da primeira e participa atualmente da quinta temporada do programa, já que na primeira ele teve que ser internado em uma outra clinica mais voltada para probleminhas psicológicos...
Acho que é isso.
Notas finais...
Enjoy it!



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Acordei com a luz do sol entrando pelas frestas da janela e me revirei na cama cercada por almofadas.

Abri meus olhos e observei onde eu me encontrava. Um quarto gigantesto, pintado de branco com um lustre pendendo do teto. O carpete vermelho cobria o chão e penas de travesseiros se alojavam na minha cabeça.

Suspirei cansada. Keith sabia exatamente como deixar uma mulher louca.

Me levantei com dificuldade, deixando a longa camisola tocar no chão aveludado e me encaminhei com urgência para o banheiro.

Me encarei no espelho. O cabelo mal penteado, olheiras e os lábios sem cor. Eu estava pálida e sem vida. Eu nem parecia a mesma pessoa.

Duas semanas já haviam se passado desde o incidente. Eu já havia tomado de tudo. Morfina, heroína e prozac, tudo para tentar de alguma forma levar a vida adiante. Voltar para Los Angeles? Não estava nos planos.

Glister tinha me ligado umas quinhentas vezes desde então, pedindo, brigando, implorando e chantageando. Mas a minha resposta era sempre a mesma.

‘Glister, você mesma sabe que eu te adoro. Adoro os meninos, mas o que ele fez comigo é imperdoável. Ele morreu para mim.’

Ela protestava:

‘Draffy, isso é loucura. Insanidade. Você vai acabar enlouquecendo aí! E é verdade que você anda usando morfina e prozac? Isso é suicídio!’

Eu me limitava a bufar impaciente.

‘Se eu tiver que ficar a vida inteira em Londres para esquecê-lo, eu vou ficar. Mas você pode me ligar de vez em quando, e...

‘Eu quero que você seja a madrinha do bebê! Como você vai ser madrinha do outro lado do Atlântico, sedada por analgésico e anti-depressivos?’

‘Eu mando cartões. Prometo. Tenho que ir agora. Adeus, Glister’

E eu desligava, pegando em seguida mais uma dose de prozac para dormir um pouco.

Keith me tratava bem. Cuidava de mim e talvez até me amasse. Ele conseguia todo o prozac que eu pedia mais a morfina e a heroína. Além, claro, de transar como ninguém.

Mas eu sentia falta de algo. Eu ficava me drogando para preencher um vazio. Eu estava me matando lentamente.

Até essa manhã. Depois de duas horas na banheira, desci para a enorme sala de estar, esperando encontrar Keith ou a nossa empregada porto – riquenha, Esmeralda.

Tal foi minha surpresa ao encontrar não só Keith, mas Glister, sentados no sofá de couro branco.

- Mas que diabos... – balbuciei.

- DRAFFY! – Glister se levantou e correu – se é possível correr aos seis meses de gravidez – e me abraçou – Oh, Draffy, eu estava tão preocupada! Que te deu na cabeça?

- Glister... – a abracei de volta – É bom te ver.

Ela me olhou com os olhos azuis encharcados.

- Você está péssima – falou limpando as lágrimas.

- Obrigada... – sorri irônica.

Esmeralda chegou trazendo uma travessa de chá.

- Hum... É Ramona, certo? – Keith disse – Gostaria de um pouco de chá?

- Não, obrigada – ela recusou veementemente - Me deixa enjoada.

Revirei os olhos.

- É bom ter uma visita sua, Glister... – falei cuidadosamente – Mas por que você está aqui?

- Ora, não é óbvio? Vim te fazer voltar a lucidez!

- Como é que é?

- Isso mesmo. Vim te buscar, Draffy. A turnê pela Inglaterra já acabou e vamos partir para a França amanhã.

- E daí? – me revoltei – Eu já disse que vou ficar em Londres!

- Então é assim?

- Assim como?

- Vai nos abandonar? – ela foi dramática pondo a mão na barriga – O Steven está depressivo desde que você fugiu, nem faz mais piadas! O Izzy ficou sóbrio em homenagem a você, o Duff está arrasado e até o Axl está sentindo sua falta, embora ele não admita, claro...

- Sério? – cruzei os braços – Não está faltando alguém?

Ela respirou fundo.

- Ele também está mal. E muito. Passa o dia trancado no quarto se drogando. Estamos apavorados com a idéia de ele sofrer uma overdose.

- Se ele está tão mal assim, por que não deu satisfação ainda? Por que não veio atrás de mim?

- Draffy, você e ele são os dois mais cabeças – duras que eu conheço. Ele jamais vai admitir que estava errado, da mesma forma que você jamais admitiria.

Arqueei minha sobrancelha.

- É, você está certa.

Ela esboçou um sorriso.

- Eu jamais admitiria um erro. Por isso, vou continuar aqui.

O sorriso dela se esvaeceu.

- Muito bem, eu não queria ter que fazer isso, mas você não me deixa escolha, Draffy. Vou usar o plano B.

- Que seria? – a desafiei.

Nesse momento a porta se abriu e Axl e Duff entraram.

- Hey baixinha! – Duff cumprimentou.

- Oi... Draffy. – Axl disse.

- Você os trouxe? – me escandalizei – Keith! Você sabia disso?

- Sim. – ele disse calmamente tomando um pouco do chá – Sabe, eu estava meio preocupado com esse seu recente vicio em morfina e prozac...

- Você me deu essas merdas! – retruquei furiosa.

- Eu sei, e eu errei com isso. Me desculpe... Escute, não me importo para onde te levarem, eu vou com você.

Bufei.

- Pelo que eu estou vendo, você quer me levar a força... – fuzilei Glister com o olhar.

- É o plano – Duff falou.

- É, já inscrevemos você na clinica.

- CLINICA? – Berrei – CLINICA? Eu não iria para a turnê com vocês?

- Bem... – Axl e Duff olhavam para os próprios sapatos.

- É o melhor para você, Draffy – Glister me consolou – Não precisamos, nem queremos outro maníaco – depressivo entre nós – Nesse momento ela olhou Axl de esguelha – Por isso, vamos te mandar para uma alegre clinica de reabilitação por uma semana no interior da França.

- Ah não... – falei me afastando em direção a escada – Sem essa. Eu não vou, sacaram? Não mesmo.

- Vai ser bom! Você vai ter o acompanhamento de psicólogos, psiquiatras e ainda vai se livrar de todas as drogas e...

Sai correndo até o meu quarto, deixando eles no hall. Tranquei a porta e abri o armário, pegando um casaco de pele e coturnos, vesti a pele por cima da camisola e pus as botas. Eu podia ouvir os passos apressados subindo a escada.

Num ato de desespero, abri a janela e saltei do segundo andar, caindo na grama.

- DRAFFY! – A cabeça de Axl estava para fora de janela – Sua doente! Ela pulou da janela!

Sai correndo para a rua como se minha vida dependesse disso. Eu não ia para a clinica de reabilitação. Não mesmo.


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Notas finais do capítulo

Draffy doidona. Para quem não sabe - eu também não sabia, tive que caçar na Wikipédia - Prozac é uma substância que lembra os calmantes e anti-depressivos, e a Morfina é usada como analgésicos. Ou seja, quando a pessoa usa essas duas drogas mais a heroina ela fica calminha, calminha... Perfeito para a Draffy, depois de todos aqueles acontecimentos.
E o que vai dar ele internada na reabilitação?
Ultima coisinha: Vou mandar MPs para todos os que se inscreveram para participar da fic ^_^, sabem, quero mostrar já minhas ideias e como eles serão colocados na história, como eles vão querer a aparência dos personagens e tudo mais. Já tenho três leitores que curtiram o fato, A Jenny, o Brian e a Pippa - vulgo Pepper. A dona Mitchigan tanbém vai ganhar MP, mas vai ser mais pro final... Quando o próximo bebê vier.
Acho que é só! É isso aí, folks! Quero meus rewiens gatos!
Bjs
Lolis