Sympathy for the Devil escrita por Lolis


Capítulo 12
Desconhecidos, bacon e socos


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, ai vai o capitulo devido.
Enjoy it, babys!
Nos vemos nas notas finais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/162508/chapter/12

- Garota... garota... – senti um cutucão no meu ombro.

Resmunguei nervosa e pus o travesseiro na minha cara.

- Hey... garota, acorda...

- Não quero... – minha cabeça doía muito. Ressaca. De novo.

- Vamos lá... – a pessoa me sacudiu mais – Acorda...

- Hum – Hum...

O desconhecido suspirou impaciente.

- Tudo bem, vou estar na cozinha...

Maneei a cabeça de leve indicando que eu havia entendido. Ouvi passos se distanciando e afundei minha cara nos lençóis.

“Deve ser algum ficante da Glister...” pensei. Se bem que eu não lembrava de ter visto a Glister se pegando com alguém.

Decidi não forçar meu cérebro tentando lembrar de ontem à noite. Mas o cheiro de bacon vindo a cozinha não deixou.

Será que os garotos estavam fazendo o café?

Espere, os garotos não sabem fazer o café. Eles nem tomam café!

Abri meus olhos e descobri algo que me aterrorizou: Eu decididamente não estava na HellHouse.

Rezando mentalmente ergui o lençol para verificar se eu ainda tinha dignidade. Me aliviei ao constatar que estava vestida com moletons e um camiseta dez números maior que eu.

Saltei da cama e ainda tonta fui investigar.

O quarto, pequeno e com uma sacada de ferro cheia de pombos era rodeado de apartamentos altos e cinzas. Eu devia estar na área mais sombria de L.A.

Olhei para a cama de solteiro e deduzi que o desconhecido provavelmente não havia dormido comigo. Ou pelo menos, eu espero.

Sai pelo mini – corredor cambaleante e atraída pelo cheiro de comida boa vindo da cozinha.

- Bom – dia dorminhoca! – Uma voz masculina saudou por trás. Virei – me com agilidade pronta para desferir um golpe no meu possível seqüestrador ou affair e me deparei com um homem loiro e sorridente.

Ele parecia um desses meninos de boys bands. O típico atleta da escola, conquistador e arrogante.

Mas algo nele me era familiar... muito familiar.

- Quem é você? – perguntei arisca.

- Hey! Eu quem deveria te perguntar isso!

Franzi o cenho.

- Como assim?

- Como assim? Você aparece na porta da minha casa, totalmente bêbada e possivelmente drogada falando coisas sem sentido e...

- Eu? – senti minhas pernas bambearem – Apareci?

- Sim, no meio da madrugada.

- Oh meu Deus! – gemi pondo as mãos na cabeça. Glister deveria estar a beira de uma sincope me procurando.

- Quer se sentar? – ele ofereceu gentilmente uma cadeira. Me sentei e ele ao meu lado.

- Vamos, coma um pouco... – pos uma porção de bacon num prato para mim.

- Estou sem apetite... – murmurei empurrando o prato. Ele fez uma careta.

- Tudo bem então. Sobra mais para mim.

Eu mantinha as mãos na testa murmurando para mim mesma o quanto eu era burra.

- Não fique assim... – ele pediu engolindo a comida – Você ao menos se lembra do seu nome?

- É claro que sim!

- Então me diga...

- Diga o seu primeiro – exigi nervosa.

Ele riu.

- Tudo bem. Acho que começamos com o pé esquerdo. Me chame de P.J. – estendeu a mão.

- Dafne... – a apertei.

- Então... Dafne, como você veio parar aqui, em Chinatown?

- Eu... eu não faço a mínima idéia...

- Aham... Você ao menos se lembra de onde estava antes?

- Sim... eu estava no Rainbow, na Sunset Boulevard..

Ele engasgou com o bacon.

- Sério mesmo? – se surpreendeu – Como você conseguiu...?

- Eu não me lembro! Me lembro de tomar uns drinks e umas garrafas de Jack Daniel´s e só!

- Caramba! Você andou um bocado, gata.

- Não me chame de gata – o cortei.

- Ok.

Ficamos em silencio, com ele me olhando surpreso, ainda.

- E aí, posso te levar para sua casa, ou você não se lembra onde mora?

- HaHa, engraçadinho. É claro que eu me lembro...

- Legal então. Eu te levo – disse pegando a chave em cima do balcão – Me diz o endereço...

- Sunset Boulevard... Você conhece a Hell House?

- Claro! – P.J. disse empolgado – É a casa dos membros daquela nova banda de Hard Rock, os Guns´n´Roses... Mas, como isso vai nos ajudar?

- Apenas dirija até lá. No caminho, eu te explico.

Entramos no seu Opala 1972 e ele começou as perguntas.

- Como ir para a Hell House vai ajudar a achar sua casa?

- Você ainda anda num Opala 1972? É veloz? – tentei fugir do assunto.

- É o melhor! Quer ver o que ele faz e... Hey! Você me manipulou!

- Sou boa nisso.

- Me responda a pergunta!

- Tudo bem... – suspirei contrariada – Eu moro lá.

Ele freou o carro bruscamente.

- Ai cara! Cuidado!

- Você o que?!

- Eu moro lá!

- Mentira...

- Duvida? Dirija até o maldito apartamento e veremos quem é a mentirosa...

- Você aparece na minha casa, bêbada e drogada e ainda quer que eu acredite que você mora com o pessoal da banda? Ah, por favor!

- Foi você quem me pos na sua casa! Você poderia ter me largado no corredor se quisesse!

- Mas eu não quis. Você me deve essa.

- Ah Cale sua boca.

Ele bufou e eu cruzei meus braços infantilmente.

- Você é muito estranha... – ele comentou.

- E você é muito retardado – retruquei tentando imitar a voz dele. Ele riu.

- Não ria de mim! – gritei.

- Não tem como não rir... – ele me mostrou a língua.

- Seu... filho da mãe! Quer morrer?

- Puxa! Estamos a menos de cinco minutos dentro de um carro e você já quer me matar?

- Basicamente.

- Assim você parece até minha mulher... – ele sorriu galanteador.

Fiquei vermelha.

- Está me cantando?

- Hum... deixe-me pensar... sim?

Arregalei meus olhos escandalizada. Ele aproximou o rosto para um beijo e...

- AI! POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?

- Para você aprender que não se deve tentar me beijar.

- Precisava me socar?!

- Não. Mas admita, você aprendeu a lição...

Ele se virou carrancudo.

Finalmente chegamos em frente ao apartamento, na Sunset Boulevard.

- Obrigada – falei seca já abrindo a porta e me preparando para saltar.

- Espera aí – ele me segurou pelo ombro. Lhe lancei um olhar fulminante.

- O que foi agora?

- Quero subir com você até a Hell House.

Rolei os olhos.

- Sobe então. Cético.

- Não sou cético – ele protestou – Só quero ter certeza de que você não é  uma lunática...

- Valeu P.J... Vem logo.

Subimos os três andares de escada em um silencio fúnebre, que foi cortado pelos gritos histéricos da minha adorada vizinha.

- DRAFFY!!!! – Glister berrou soluçando – Eu... eu pensei que nunca mais iria te ver!

Ela me agarrou num abraço de urso. Chorava compulsivamente e ainda vestia a roupa de ontem.

- Calma Glister – pedi. P.J. ria baixinho atrás de mim.

- Como assim ‘calma’? PASSAMOS A NOITE TE PROCURANDO!!!!!

- Passamos? – P.J. e eu perguntamos.

- Sim! Onde você se meteu? Ah! Duff! Ela chegou!

Duff, para meu total choque, correu em minha direção e me abraçou também.

- Garota! Onde você estava com a cabeça! – ele brigou.

Duff McKagan brigou comigo. Essa é nova.

- Eu não sei – falei abafada – Onde estão os outros?

- A sua procura, obviamente – ele respondeu – Axl, Slash e Izzy saíram por Los Angeles inteira e Steven está te caçando pelas redondezas...

- Precisamos avisa-los que você já está aqui... – Glister começou mas foi cortada pela voz nada sutil de Axl.

- A procuramos por todo canto! Se ela não estiver morta, ela... DRAFFY! Achamos ela! – levantou os braços animado.

- Correção: Eu achei ela – P.J. se intrometeu.

- Quem é você? – Izzy falou desconfiado. Atrás dele vinha Slash.

- P.J.

- Draffy... – Slash veio me abraçando – Nem eu fiquei tão bêbado a ponto de fazer isso! Você quase nos matou de preocupação e...

O calei com um beijo.

- Mas eu estou aqui, não estou? – Sorri – E aprendi uma lição, nunca mais vou brincar de ‘Eu Nunca’...

- Poupe-nos... – Izzy pediu enjoado.

- Agora temos que achar o idiota do Steven e falar para ele parar de procura-la também – Axl comentou indiferente – E esse ai, quem é?

- É o P.J. – Izzy respondeu.

- Uh... Vizinho novo? – Glister perguntou arrumando o cabelo e recebendo um olhar mortal de Duff.

- Erm... não. Ele me achou... – respondi incerta.

- É... você não é uma lunática como eu supus Dafne – P.J. reconheceu – Realmente conhece os caras. Bom, eu vou indo embora. Foi ótimo conhecer você e receber um soco no mesmo dia...

- A disposição – respondi venenosa.

- Você o socou? – Glister se escandalizou.

- Ele mereceu – a lancei um olhar do tipo: Conversamos mais tarde.

- Ótimo então P.J. se você vir um cara com uma placa enorme com uma foto dela – Axl apontou para mim – Diga a ele para voltar imediatamente.

- Certo. Adeus Dafne.

O ignorei. Ele sorriu mais uma vez e desceu as escadas assoviando.

__________________________________________________

Ok, eu não resisti e coloquei uma imagem do P.J. imaginado por mim. Chace Crawford.

Oh meus deuses, P.J. é gato (Por Jimi Hendrix, estou virando uma patricinha e nem desconfiava! Rsrsrsrs)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

1º Quem se arrisca a adivinhar que é realmente o P.J.? Hum?
Eu garanto que ele vai ser bem importante numa parte da história, inclusive na parte do clipe...
2º Draffy violenta ù.ú e Glister, a histérica se mostrando para o P.J. *Duff com ciúme*
3º Os meninos sairam para procura-la... *cute*...
Gostaram? Querem um triangulo amoroso, ou um quadrado? Draffy/Slash/Glister/P.J.?
Deixem seus rewiens gatérrimos, como sempre...
Bjs
Lolis