Sympathy for the Devil escrita por Lolis
Notas iniciais do capítulo
Como prometido, ai vai o capitulo devido.
Enjoy it, babys!
Nos vemos nas notas finais!
- Garota... garota... – senti um cutucão no meu ombro.
Resmunguei nervosa e pus o travesseiro na minha cara.
- Hey... garota, acorda...
- Não quero... – minha cabeça doía muito. Ressaca. De novo.
- Vamos lá... – a pessoa me sacudiu mais – Acorda...
- Hum – Hum...
O desconhecido suspirou impaciente.
- Tudo bem, vou estar na cozinha...
Maneei a cabeça de leve indicando que eu havia entendido. Ouvi passos se distanciando e afundei minha cara nos lençóis.
“Deve ser algum ficante da Glister...” pensei. Se bem que eu não lembrava de ter visto a Glister se pegando com alguém.
Decidi não forçar meu cérebro tentando lembrar de ontem à noite. Mas o cheiro de bacon vindo a cozinha não deixou.
Será que os garotos estavam fazendo o café?
Espere, os garotos não sabem fazer o café. Eles nem tomam café!
Abri meus olhos e descobri algo que me aterrorizou: Eu decididamente não estava na HellHouse.
Rezando mentalmente ergui o lençol para verificar se eu ainda tinha dignidade. Me aliviei ao constatar que estava vestida com moletons e um camiseta dez números maior que eu.
Saltei da cama e ainda tonta fui investigar.
O quarto, pequeno e com uma sacada de ferro cheia de pombos era rodeado de apartamentos altos e cinzas. Eu devia estar na área mais sombria de L.A.
Olhei para a cama de solteiro e deduzi que o desconhecido provavelmente não havia dormido comigo. Ou pelo menos, eu espero.
Sai pelo mini – corredor cambaleante e atraída pelo cheiro de comida boa vindo da cozinha.
- Bom – dia dorminhoca! – Uma voz masculina saudou por trás. Virei – me com agilidade pronta para desferir um golpe no meu possível seqüestrador ou affair e me deparei com um homem loiro e sorridente.
Ele parecia um desses meninos de boys bands. O típico atleta da escola, conquistador e arrogante.
Mas algo nele me era familiar... muito familiar.
- Quem é você? – perguntei arisca.
- Hey! Eu quem deveria te perguntar isso!
Franzi o cenho.
- Como assim?
- Como assim? Você aparece na porta da minha casa, totalmente bêbada e possivelmente drogada falando coisas sem sentido e...
- Eu? – senti minhas pernas bambearem – Apareci?
- Sim, no meio da madrugada.
- Oh meu Deus! – gemi pondo as mãos na cabeça. Glister deveria estar a beira de uma sincope me procurando.
- Quer se sentar? – ele ofereceu gentilmente uma cadeira. Me sentei e ele ao meu lado.
- Vamos, coma um pouco... – pos uma porção de bacon num prato para mim.
- Estou sem apetite... – murmurei empurrando o prato. Ele fez uma careta.
- Tudo bem então. Sobra mais para mim.
Eu mantinha as mãos na testa murmurando para mim mesma o quanto eu era burra.
- Não fique assim... – ele pediu engolindo a comida – Você ao menos se lembra do seu nome?
- É claro que sim!
- Então me diga...
- Diga o seu primeiro – exigi nervosa.
Ele riu.
- Tudo bem. Acho que começamos com o pé esquerdo. Me chame de P.J. – estendeu a mão.
- Dafne... – a apertei.
- Então... Dafne, como você veio parar aqui, em Chinatown?
- Eu... eu não faço a mínima idéia...
- Aham... Você ao menos se lembra de onde estava antes?
- Sim... eu estava no Rainbow, na Sunset Boulevard..
Ele engasgou com o bacon.
- Sério mesmo? – se surpreendeu – Como você conseguiu...?
- Eu não me lembro! Me lembro de tomar uns drinks e umas garrafas de Jack Daniel´s e só!
- Caramba! Você andou um bocado, gata.
- Não me chame de gata – o cortei.
- Ok.
Ficamos em silencio, com ele me olhando surpreso, ainda.
- E aí, posso te levar para sua casa, ou você não se lembra onde mora?
- HaHa, engraçadinho. É claro que eu me lembro...
- Legal então. Eu te levo – disse pegando a chave em cima do balcão – Me diz o endereço...
- Sunset Boulevard... Você conhece a Hell House?
- Claro! – P.J. disse empolgado – É a casa dos membros daquela nova banda de Hard Rock, os Guns´n´Roses... Mas, como isso vai nos ajudar?
- Apenas dirija até lá. No caminho, eu te explico.
Entramos no seu Opala 1972 e ele começou as perguntas.
- Como ir para a Hell House vai ajudar a achar sua casa?
- Você ainda anda num Opala 1972? É veloz? – tentei fugir do assunto.
- É o melhor! Quer ver o que ele faz e... Hey! Você me manipulou!
- Sou boa nisso.
- Me responda a pergunta!
- Tudo bem... – suspirei contrariada – Eu moro lá.
Ele freou o carro bruscamente.
- Ai cara! Cuidado!
- Você o que?!
- Eu moro lá!
- Mentira...
- Duvida? Dirija até o maldito apartamento e veremos quem é a mentirosa...
- Você aparece na minha casa, bêbada e drogada e ainda quer que eu acredite que você mora com o pessoal da banda? Ah, por favor!
- Foi você quem me pos na sua casa! Você poderia ter me largado no corredor se quisesse!
- Mas eu não quis. Você me deve essa.
- Ah Cale sua boca.
Ele bufou e eu cruzei meus braços infantilmente.
- Você é muito estranha... – ele comentou.
- E você é muito retardado – retruquei tentando imitar a voz dele. Ele riu.
- Não ria de mim! – gritei.
- Não tem como não rir... – ele me mostrou a língua.
- Seu... filho da mãe! Quer morrer?
- Puxa! Estamos a menos de cinco minutos dentro de um carro e você já quer me matar?
- Basicamente.
- Assim você parece até minha mulher... – ele sorriu galanteador.
Fiquei vermelha.
- Está me cantando?
- Hum... deixe-me pensar... sim?
Arregalei meus olhos escandalizada. Ele aproximou o rosto para um beijo e...
- AI! POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?
- Para você aprender que não se deve tentar me beijar.
- Precisava me socar?!
- Não. Mas admita, você aprendeu a lição...
Ele se virou carrancudo.
Finalmente chegamos em frente ao apartamento, na Sunset Boulevard.
- Obrigada – falei seca já abrindo a porta e me preparando para saltar.
- Espera aí – ele me segurou pelo ombro. Lhe lancei um olhar fulminante.
- O que foi agora?
- Quero subir com você até a Hell House.
Rolei os olhos.
- Sobe então. Cético.
- Não sou cético – ele protestou – Só quero ter certeza de que você não é uma lunática...
- Valeu P.J... Vem logo.
Subimos os três andares de escada em um silencio fúnebre, que foi cortado pelos gritos histéricos da minha adorada vizinha.
- DRAFFY!!!! – Glister berrou soluçando – Eu... eu pensei que nunca mais iria te ver!
Ela me agarrou num abraço de urso. Chorava compulsivamente e ainda vestia a roupa de ontem.
- Calma Glister – pedi. P.J. ria baixinho atrás de mim.
- Como assim ‘calma’? PASSAMOS A NOITE TE PROCURANDO!!!!!
- Passamos? – P.J. e eu perguntamos.
- Sim! Onde você se meteu? Ah! Duff! Ela chegou!
Duff, para meu total choque, correu em minha direção e me abraçou também.
- Garota! Onde você estava com a cabeça! – ele brigou.
Duff McKagan brigou comigo. Essa é nova.
- Eu não sei – falei abafada – Onde estão os outros?
- A sua procura, obviamente – ele respondeu – Axl, Slash e Izzy saíram por Los Angeles inteira e Steven está te caçando pelas redondezas...
- Precisamos avisa-los que você já está aqui... – Glister começou mas foi cortada pela voz nada sutil de Axl.
- A procuramos por todo canto! Se ela não estiver morta, ela... DRAFFY! Achamos ela! – levantou os braços animado.
- Correção: Eu achei ela – P.J. se intrometeu.
- Quem é você? – Izzy falou desconfiado. Atrás dele vinha Slash.
- P.J.
- Draffy... – Slash veio me abraçando – Nem eu fiquei tão bêbado a ponto de fazer isso! Você quase nos matou de preocupação e...
O calei com um beijo.
- Mas eu estou aqui, não estou? – Sorri – E aprendi uma lição, nunca mais vou brincar de ‘Eu Nunca’...
- Poupe-nos... – Izzy pediu enjoado.
- Agora temos que achar o idiota do Steven e falar para ele parar de procura-la também – Axl comentou indiferente – E esse ai, quem é?
- É o P.J. – Izzy respondeu.
- Uh... Vizinho novo? – Glister perguntou arrumando o cabelo e recebendo um olhar mortal de Duff.
- Erm... não. Ele me achou... – respondi incerta.
- É... você não é uma lunática como eu supus Dafne – P.J. reconheceu – Realmente conhece os caras. Bom, eu vou indo embora. Foi ótimo conhecer você e receber um soco no mesmo dia...
- A disposição – respondi venenosa.
- Você o socou? – Glister se escandalizou.
- Ele mereceu – a lancei um olhar do tipo: Conversamos mais tarde.
- Ótimo então P.J. se você vir um cara com uma placa enorme com uma foto dela – Axl apontou para mim – Diga a ele para voltar imediatamente.
- Certo. Adeus Dafne.
O ignorei. Ele sorriu mais uma vez e desceu as escadas assoviando.
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Ok, eu não resisti e coloquei uma imagem do P.J. imaginado por mim. Chace Crawford.
Oh meus deuses, P.J. é gato (Por Jimi Hendrix, estou virando uma patricinha e nem desconfiava! Rsrsrsrs)
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
1º Quem se arrisca a adivinhar que é realmente o P.J.? Hum?
Eu garanto que ele vai ser bem importante numa parte da história, inclusive na parte do clipe...
2º Draffy violenta ù.ú e Glister, a histérica se mostrando para o P.J. *Duff com ciúme*
3º Os meninos sairam para procura-la... *cute*...
Gostaram? Querem um triangulo amoroso, ou um quadrado? Draffy/Slash/Glister/P.J.?
Deixem seus rewiens gatérrimos, como sempre...
Bjs
Lolis