Ich Liebe Dich - One Song For You escrita por dastysama


Capítulo 15
Capítulo 15 - A Lua


Notas iniciais do capítulo

Capítulo bem romântico, espero que gostem! xD



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A chuva durou bastante tempo, mas eu não me importei, eu continuei ali com Bill ao meu lado, para me acalmar ele estava cantando Monsoon e isso me deixava melhor.

- Você viu a revista que eu te mandei? – perguntou Bill para mim.

- Sim, você falou de mim.

- É, você não se importa, não é?

- Não, eu não me importo. Mas você considera isso mesmo um caso?

- Sim, por quê? Você não acha?

- Não sei, mas desde que eu possa ficar perto de você, para mim está ótimo.

A chuva finalmente tinha parado, só se via pequenas gotas escorrendo das árvores e indo de encontro ao chão, nós apagamos a fogueira e tentamos achar o caminho de volta. Estava tão escuro, só conseguíamos ver por onde andávamos por causa do brilho da Lua, que se destacava no céu.

- Ah! Conseguimos! – disse Bill saindo da mata e finalmente vendo o mar e a areia.

- Que ótimo! Estamos salvos!

A praia estava vazia, só se via alguns galhos arrancados, e o mar ao longe ainda bravo, com ondas enormes, mas ao chegar à areia, elas se acalmavam e ficavam normais. E a Lua, a enorme Lua no céu dizendo que aquela terrível chuva havia terminado.

- Não foi tão ruim assim – comentou Bill – Ainda bem que não fui picado por nenhum mosquito.

- É, foi divertido.

De repente começamos a ver luzes, olhamos para trás e várias pessoas com lanternas começaram a surgir, de repente percebi que eram pessoas do hotel e alguns seguranças.

- Graça a Deus vocês apareceram! Pensamos que tinham morrido! – disse um homem.

- Estamos bem – eu o assegurei.

- Onde vocês dois estavam?

- Nos perdemos na mata, com a chuva nos abrigamos em uma caverna que tem por perto.

- Estão procurando por vocês, no seu caso seus pais e no caso dele os amigos.

- Então já estamos indo para o Hotel.

Peguei a mão de Bill e o levei até o Hotel, contando o que aqueles homens haviam falado, pelo visto nós estamos em uma confusão danada. Mal chegamos, eu já vi minha família e Anne na recepção e perto deles Tom, Georg e Gustav.

- Dasty! – exclamou minha mãe vindo até mim me abraçar – Graças a Deus que você está bem! Onde você estava?

- Eu me perdi – eu disse – Mas já estou bem.

Então minha mãe encarou Bill que estava falando com os amigos, ela olhou para mim e depois novamente para ele não acreditando que o Tokio Hotel estava ali de verdade.

- Quando eu disse que estava namorando Bill Kaulitz, era verdade.

- Você não estava brincando? – disse ela olhando pasmada para mim.

- Não, era verdade – então mostrei para ela o anel pendurado em meu colar.

Expliquei a história toda para os meus pais, eles ficaram pasmados, nem meu irmão estava acreditando. Apesar de os garotos chamarem Bill para o quarto de Hotel, ele ficou do meu lado, esperando que eu explicasse tudo, afinal ele não podia falar nada, já que meus pais não entenderiam nem alemão nem inglês.

- Espero que vocês aceitem – eu disse.

- Mas ele é famoso, vai viajar pelo mundo inteiro, como você vai manter esse relacionamento? – minha mãe perguntou.

- Eu não sei, vamos fazer o possível, se o destino nos uniu, o destino vai nos manter unidos.

- Se você vai ser feliz desse modo, eu aprovo – disse meu pai.

- Eu também – disse minha mãe.

Eu não conseguia conter a minha felicidade, eu abracei meus pais e os agradeci. Todos foram para o seu quarto e me deixaram falando com Bill, contando tudo o que eu havia falado e o que meus pais haviam dito.

- Então, acho que não preciso usar mais esse anel como colar e sim no dedo anelar – eu disse retirando o colar do meu pescoço.

- Não, ainda não – disse Bill parando minhas mãos.

- Por que não?

- Me encontre amanhã no jardim de inverno – disse ele – Será nossa ultima noite, depois você voltará para sua casa e eu para o próximo show.

- Obrigada – eu disse me perdendo nos olhos dele.

- Pelo o que?

- Por tudo, por existir, por ter me dado a oportunidade de te conhecer.

- Por existir? Passei a existir mesmo depois de te conhecer.

- Antes você não existia? O que você era?

- Eu era um vazio enorme, que tentava encontrar um motivo para cantar e escrever, quando eu fazia essas coisas eu só pensava no passado, agora eu penso no presente e no futuro.

- Então eu era um vazio igual a você, não vejo nada além de você, você é a luz que guiará meus passos quando eu não saber mais para onde seguir.

- Não exagere, não sou tão bom em caminhos, na verdade sou um pedaço de mau caminho.

- Então se for por maus caminhos que tenho que caminhar, será ao seu lado.

 

************************************************************

Eu estava no quarto do hotel me olhando no espelho, hoje eu teria um encontro oficial com Bill Kaulitz, e como toda mulher eu tinha que me arrumar. Sempre me achei uma garota normal, que não se destacava, mas agora usando aquele vestido rosa bebê que eu jurei nunca usar, com um salto alto que eu também nunca usaria, eu percebia que eu era uma garota que se destacava.

- Melhor você ir – disse Anne – Já se arrumou demais, vai deixá-lo esperando.

- Estou um pouco nervosa.

- Por quê? Você já o conhece.

- Mesmo assim, é impossível não ficar nervosa.

O jardim de inverno era enorme, o chão era feito de madeira lisa e lustrada, era quase possível me ver refletida nelas, havia plantas mais rústicas que exóticas, dando um ar europeu, além de ter vários tachos com fogo crepitando. As mesas tinham guarda-sóis brancos com espaço para quatro pessoas se sentar.

Eu fiquei parada ali, tentando encontrá-lo, mas talvez ele não houvesse chegado ainda por que não o encontrei. Então senti braços se envolvendo em minha cintura e me abraçando, senti a respiração dele em meu pescoço fazendo meu corpo se arrepiar.

- Me procurando? – perguntou ele enquanto me virava para finalmente eu encontrar seus olhos, ou melhor, me perder.

- Sim, mas já achei.

Bill estava tão lindo com seu cabelo arrepiado, e seus olhos com sua maquiagem forte e que destacava, suas roupas eram negras como sempre, ele era o meu anjo, o anjo negro que me resgatava desse mundo também da mesma cor.

Ele me levou até uma das mesas, e pediu ao garçom que trouxesse alguma bebida para nós, então nos trouxe uma bebida de cor variante de rosa para laranja, onde saía uma fraca fumaça, eu já tinha ouvido falar aquilo, se chamava Sex on the Beach.

- Por que me trouxe aqui? – eu perguntei enquanto bebericava minha bebida.

- Por que hoje vamos nos tornar namorados oficialmente, e quero que isso seja especial.

- Como você é perfeccionista! – eu disse rindo.

- Só por que já somos quase namorados não quer dizer que você possa já ver os meus defeitos – disse ele rindo também.

- O que importa seus defeitos se só consigo ver suas qualidades?

- Você está me deixando mal acostumado com todos esses elogios.

- E você com todos esses mimos.

- Então se prepare por que você vai ficar bem mal costumada.

Ele se levantou e pegou minha mão, eu me levantei e então ele me levou para o centro do jardim de inverno, onde vários casais dançavam, ele estalou os dedos e o homem que ficava no som mudou de música, a que estava tocando agora era Heilig. Bill me puxou para si, pegou minha mão e aperto delicadamente entre seus dedos, o outro braço colocou em minha cintura fazendo eu cada vez mais chegar perto o bastante para sentir seu coração bater tão fortemente.

Com meu rosto ao lado do seu, ele começou a cantar junto com a música, sussurrando a linda letra da música que ele compôs, ele beijou delicadamente abaixo do meu maxilar e foi arrastando seus lábios até encontrar os meus. Depois ele percorreu meu queixo indo até o meu pescoço onde beijou delicadamente minha jugular, eu estava endoidecendo nos braços dele, seus gestos, suas caricias, eu nunca havia me sentido daquela forma, eu nunca havia amado alguém daquela forma.

Eu nunca pensei que isso aconteceria comigo, parecia um sonho fosco, daquele que adoramos sonhar, mas não nos lembramos. Mas desde que o encontrei eu parei de acreditar em sonhos, tudo era realidade, tudo estava acontecendo de forma vívida em minha mente.

- Dasty Orléans – disse Bill – Você me aceita como seu namorado? Aceita que eu seja só seu, pelo tempo que for, pelo tempo que demore a nos reencontrarmos, você aceita esquecer qualquer garoto na sua vida se eu for seu?

- Aceito, não há duvida quanto a isso.

Não existia nenhum garoto na minha vida além dele, acho que nunca existiu, ele era o primeiro a tocar minha alma daquela forma.

- E você Bill Kaulitz? Me aceita como sua namorada, aceita nunca me esquecer mesmo que nossa distância seja de mil oceanos, mesmo que nós sejamos separado pelo tempo, você aceita ter só eu em seus pensamentos, mesmo que tenha uma legião de garotas querendo sua atenção? Você me aceita sendo como sua?

- Você ainda tem dúvida a quanto isso? Esperei por muito tempo para encontrar alguém especial, não vou perdê-la facilmente.

Então ele passou a mão pelo meu pescoço e tirou meu colar, depois pegou meu anel e colocou em meu dedo. Eu já estava preparada para isso, eu tinha um anel de ouro branco também, eu tirei de minha bolsinha um saquinho púrpura de veludo, então tirei o anel.

- Não pense que vai se safar dessa – eu disse também colocando um anel no dedo anelar dele, que também coube perfeitamente.

- Agora somos um do outro – disse ele.

- Por favor – disse um homem surgindo do nada falando em inglês – Posso tirar uma foto do casal?

-Você aceita? – perguntou ele – Eu não perguntei, mas namorar um famoso é aceitar tem um pouco de fama também.

- Eu não me importo se você é famoso ou se vou tornar também, eu aceitei viver ao seu lado.

Então o fotografo tirou várias fotos nossa, eu não estava me sentindo muito a vontade, mas eu não me importava, hoje era minha noite. Eu estava brilhando de felicidade igual a Lua, ela nos guiou até aqui essa noite.

***********************************************************

Era mais de meia-noite quando voltei para o quarto, e para minha surpresa encontrei Anne subindo as escadas, só que totalmente vestida, bem bonita, não com um pijama ou dormindo.

- Anne não foi dormir ainda?

- Não, eu não estava com sono – ela disse enquanto eu notava uma mancha avermelhada em sua boca.

- Anne acho que você está com alergia, sua boca está vermelha.

- Ah... É...

Como fui inocente. Alergia? De onde eu tirei isso.

- Anne você beijou alguém!

- Shiiiiiu! – disse ela.

- Você vai me contar agora – eu disse sussurrando.

Da mesma forma que eu havia estado com Bill Kaulitz, Anne havia estado com Tom Kaulitz, é claro que não em um quarto, minha amiga não era aquele tipo de garota, ela era muito mais centrada e séria do que aparentava.

- Eu não o deixei ir além – disse Anne.

- Mas você está certa, você é diferente, ele não pode usá-la como faz com as outras.

Anne contou que o encontrou na praia, que ela não tinha muito o que fazer e não tinha vontade de dormir, então notou um vulto sentado na areia, era ele, Tom Kaulitz. Ele percebeu que quem havia chegado era Anne e a convidou para se sentar junto com ele, é claro que Tom tentou partir para o ataque de imediato, mas se há algo que Anne consegue fazer é colocar freio nas pessoas.

Não sei se Tom percebeu que ele tinha perto dele uma garota diferente das outras, mas ele pareceu tomar cuidado conforme Anne relatava os acontecimentos, depois de muitas conversas que Tom teve o cuidado de beijá-la.

- Quem diria Anne tendo um caso com Tom – eu disse sorrindo.

- Você não pode dizer nada, também está de caso com Bill Kaulitz.

- Caso, não, Anne – eu disse mostrando o anel agora em meu dedo – Pertenço a ele agora.

Hoje não seria aquele dia que você poderia esquecer facilmente durante os anos, por que cada momento estava gravado em meus batimentos, na minha pele, na minha respiração e no encanto dos meus olhos. Antes pensei que conhecê-lo só teria pontos finais na minha vida, mas agora eu vejo que posso colocar vírgulas, reticências, pontos de exclamação e de interrogação. Mas um ponto final? Está muito longe de ocorrer, assim eu espero.

Para alguns era loucura viver amando dessa forma, tão longe um do outro, alguns prefiririam aproveitar a vida, beijar outras pessoas enquanto a pessoa amada não voltava, ambos aproveitarem a vida até o momento do reencontro. Mas eu nunca conseguiria manter um relacionamento com outra pessoa, mesmo por curto tempo, sabendo que tenho outra pessoa em meu coração, meu corpo rejeitaria qualquer toque, por que não era desejo que eu queria e sim amor, amor de verdade.

 


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, é que o site onde eu hospedo imagens ta uma droga, então tive que procurar outro, mas está ai o novo capítulo xD



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