Ich Liebe Dich - One Song For You escrita por dastysama


Capítulo 14
Capítulo 14 - 1000 Oceanos


Notas iniciais do capítulo

Romance no Brasil, espero que gostem, em breve a continuação xD



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Toda minha família encarou aquilo que eu falei como uma brincadeira e uma tentativa de irmos para Ilhabela, disse para eles que eu nunca fui lá e gostaria de conhecer antes de eu voltar para a Alemanha, pelo visto funcionou, por que decidimos ir.

Tive que tirar da minha mala todas as minhas roupas de frio e substituir por roupas de calor e biquínis, seria bom tomar um Sol, por que eu estava tão branca quanto um fantasma. Anne ia comigo, eu liguei para o Hotel onde nós vamos ficar e eles informaram que nosso quarto é grande, tem espaço para cinco pessoas.

Colocamos nossas malas no carro e viajamos para Ilhabela, eu notava que cada vez que estávamos mais perto, o calor aumentava, com certeza Bill teve sorte de vir em uma época de calor ao Brasil. Anne ainda não acreditava que íamos nos encontrar com o Tokio Hotel, na verdade nem eu, mas como na minha vida as coisas mais estranhas e improváveis estavam acontecendo, eu me acostumei.

Quando chegamos, eu abri a janela e coloquei a minha cabeça fora, senti aquele ar salgado em minha face, eu estava adorando por que parecia séculos que eu não sentia aquilo. O Sol brilhava intensamente em contraste com a areia, e os diversos coqueiros deixavam tudo tão exoticamente lindo. Depois de papai deixar o carro em um estacionamento nós pegamos uma balsa até lá.

O que me deixou boba mesmo foi ver o Hotel onde iríamos ficar, ele era imenso, era tremendamente chique, não acredito que Bill pagou uma semana para mim e minha família naquele lugar.

- Com certeza era mentira – disse minha mãe olhando pasmada para o Hotel – Dasty você acha que eles iam deixar nós ficarmos uma semana grátis nesse lugar?

- Não sei, vale a pena perguntar não é?

A recepção então era mais luxuosa que por fora, cheio de vasos com plantas exóticas, com cores variadas de branco até bege, mostrando um lugar de paz e harmonia, era tudo tão lindo que eu não estava acreditando. Pensei que já tinha visto de tudo, mas pelo visto sempre tem algo para me surpreender. Fui até a recepcionista, mas ela estava nos fundos então apertei aquele botãozinho que chamaria ela, mas eu fui com muita força e o botão afundou, o sino não parava de tocar então a recepcionista veio.

- Acho que esse negócio está quebrado – disse eu tentando contornar a situação embaraçosa.

- Sim, percebi – disse ela desligando – No que posso ajudar?

- Bem, ganhamos uma semana grátis aqui no Hotel.

- Ah você é Dasty Orléans, não é?

- Sim, sou eu mesma.

- Sim, você tem uma semana grátis aqui no Hotel, por favor, posso ver seu RG?

Depois de eu mostrar o RG, ela me deu a chave do quarto e desejou uma ótima estadia, tive que dizer aos meus pais que participei de uma promoção, que agora que eu lembrei.

O quarto era enorme, todo feito de madeira com uma parede de vidro onde se podia ver o mar e várias plantas, no primeiro andar tinha uma sala enorme com sofás brancos e decoração toda a base de madeira, bem estilo jamaicano, subindo duas escadas, uma dava para o quarto de meus pais, outro para o quarto onde dormiria Anne, meu irmão e eu.

- Meu Deus – exclamou meu pai – Você devia ganhar mais promoções como essa!

- Eu sei – eu disse pasmada – também não estou acreditando.

Enquanto meus pais arrumavam as malas, eu decidi dar uma volta pelo hotel com Anne, eu queria ver todo aquele lugar maravilhoso e reencontrar Bill que estava em algum lugar dali. Mas eu não sabia nem por onde começar, tudo era tão grande e chamativo, era incrível como nasci no Brasil, vivi por quinze anos e nunca eu tinha vindo aqui antes.

- Como você vai achá-lo? – perguntou Anne.

- Não faço idéia, talvez devêssemos perguntar à recepcionista.

Chegando lá eu perguntei onde se encontrava Bill Kaulitz, ela disse que não podia dar informações, então disse que ele era vocalista da banda Tokio Hotel que veio passar um tempo no Brasil e que fora ele que pagara minha suíte, então ela conseguiu lembrar-se de tudo isso e disse que todos haviam ido até a praia.

- Como vamos achar eles? A praia é enorme! – disse Anne.

- Não sei, eles devem estar pelas redondezas do Hotel, vai ser fácil.

Não foi fácil, andamos por todas a redondezas, eu procurei atentamente pelo rosto dele em cada pessoa que eu via, mas nada de Bill Kaulitz nem ninguém. Então começamos a olhar pelas lojas das redondezas, talvez eles estivessem comprando algo ou querendo beber algo, mas também nada.

- Vai ver a recepcionista se enganou – disse Anne – talvez ele estejam no Hotel mesmo, já que você quebrou o sino dela, ela decidiu se vingar.

Então algo chamou minha atenção, era uma loja com um letreiro que me fez parar, ela se chamava Rosental, eu parei de respirar ao ver aquele nome, minha vontade era sair correndo dali. Mas então, eu decidi seguir, Anne perguntou o que estava acontecendo comigo, mas eu não disse nada.

Entrei naquela loja, tinha várias famílias ali, era um restaurante que vendia bebidas exóticas, de cores chamativas e com várias frutas diferentes, procurei nas mesas por algum sinal deles, mas nada. Então eu saí daquele restaurante e fui até onde Anne estava.

- Eu tinha certeza que ele estaria ali, mas pelo visto eu me enganei – eu disse, mas Anne respirava fundo várias vezes e não falava nada – O que foi?

- Não acredito – disse ela.

Então eu me virei, e então pude notar o porquê da cara de assustada de Anne, Bill Kaulitz estava encostado na parede do Restaurante Rosental, eu sabia que ele estava perto daquele lugar, eu sabia! Ele veio até a mim e eu corri em sua direção, eu sentia tanta a falta dele quanto eu pensava, só respirei aliviada quando senti seus braços em volta de mim me girando.

- Estou tão feliz de te ver! – disse ele, me soltando e beijando minha testa.

- Não acredito que estou aqui com você novamente! Por um momento eu pensei que...

- Nunca ia me ver novamente? Você acreditou nisso?

- Não, eu sabia que ia vê-lo novamente.

- Então por que duvidou?

- Por que ver você eu sei que iria conseguir, mas você me ver eu pensei que não seria possível.

- Tinha milhares de pessoa naquele show, mas eu te vi.

- Mas foi por causa do brilho do anel.

- Não, foi por causa do nosso amor. Eu te procuraria naquele show mesmo que você não estivesse, eu sabia que você tentaria ir até a mim, me senti terrível por ter te deixado.

- Cara como vocês são lerdos! – disse Tom aparecendo atrás de Bill com Gustav e Georg, eu não conseguia acreditar que eu estava vendo o Tokio Hotel totalmente reunido na minha frente – Por que não partem para o ataque?

- Tom, por que você insiste em atrapalhar os melhores momentos? – disse Bill dando um olhar fatal para o irmão.

- Atrapalhando? Estou ajudando, Bill, vai logo e faz algo!

- Se insiste – disse Bill se virando para mim.

Ele passou a mão pela minha cintura e me trouxe até ele e me beijou docemente, ele não estava frio, seu peito nu estava tão quente por causa do Sol, eu estava amando tudo aquilo, eu sentia tanta falta dele perto de mim.

- Não acredito que finalmente Bill está beijando, nem lembro a ultima vez! – exclamou Georg.

- Ah eu lembro sim – disse Gustav – Mas faz muito tempo mesmo.

- Hey – disse Tom – Saca só naquela garota que está olhando para mim.

Eu olhei para trás e notei Anne petrificada enquanto via Tokio Hotel frente a frente.

- É minha amiga, ela também ama a banda.

- Ela é muito gata, cara! – disse Tom mexendo no seu piercing com a língua – Bem que você podia me apresentar ela.

 - Vai lá falar com ela – eu disse, afinal Anne adorava Tom, mas ela era mais tímida que eu, não fazia idéia de como ela iria falar com ele, mas tudo tem o seu jeito.

- Bill – disse Gustav enquanto Tom ia até Anne – Aproveite esse momento, vamos passear por aí.

- Passear que nada! – disse Georg – Olha aquelas garotas dando mole para gente, vamos lá! Passear, essa foi boa!

Era incrível como todos daquela banda eram cômicos e engraçados, era impossível não rir com ele, Bill pegou minha mão e me convidou a andar pela praia, eu disse tchau para Anne que estava totalmente vermelha enquanto tentava falar com Tom.

- Você mora em um país maravilhoso – disse Bill – Tantas praias e lugares lindos que fico até perdido.

- Sim, mas Bill você não deveria me pagar uma semana naquele hotel caríssimo!

- E passar uma semana inteira aqui sem você? Sem chance – e então ele começou a cantar 1000 Meere para mim.

 

Wir müssen nur noch tausend Meere weit
Durch tausend dunkle Jahre ohne zeit
Tausend Sterne zieh’n vorbei
Wir müssen nur noch tausend Meere weit
Noch tausend-mal durch die Unendlichkeit
Dann sind wir endlich frei

 

- Sabe – eu disse quando chegamos até o mar – Quando eu vinha para uma praia, eu achava o mar lindo, talvez ele não tivesse a melhor cor, como azul claro, mas eu achava que tudo aquilo era como um sonho. Com você aqui eu poderia dizer que continua parecendo um sonho, mas na verdade meu mundo ganhou um toque de realidade.

- Eu tenho que dizer isso também, pensei que estava tudo perdido, tenho várias pessoas em minha volta, mas nenhuma me deixa completo, fico feliz de ter ido naquela boate aquele dia e ter te encontrado.

Antes tudo não existia, parecia um sonho confuso como se você não soubesse para onde ir, tudo parecia claro agora, eu via o Sol, os movimentos do mar e aquele anjo que antes era de neve, mas agora parecia ser de raios solares, com um gosto de sal e frutas cítricas.

*************************************************

Tudo estava perfeito, eu conseguia me encontrar com Bill sempre e nós passeávamos pelo Hotel inteiro, descobrimos que de noite havia uma jacuzzi fora do Hotel que dava para ver a paisagem. Andamos de iate pelas redondezas e vimos às lindas águas azul claro que eu havia dito e não era um sonho. Fiquei boba ao descobrir que até tinha SPA ali, todo decorado de um jeito zen, lembrando o jeito tailandês.

Parecia que Bill conseguia andar pelas praias sem ninguém reconhecê-lo, ali ele estava no anonimato, talvez pouquíssimos soubessem que Tokio Hotel estavam passando alguns dias em Ilhabela, mas parece que tudo isso acabou.

Bill e eu estávamos andando pela praia devia ser umas quatro da tarde, estávamos conversando e catando conchinhas, tinha diversos tipos e espécies por aquele lugar, algumas que eu nunca havia visto. Quando ouvimos alguns gritos, olhamos para trás e um grupo de garotas gritava por Bill, eram fãs, decididamente eram.

- Elas querem você! – eu disse.

- Melhor corremos – disse Bill – Têm muitas.

- Tudo bem!

Saímos correndo apressados com uma legião de fãs atrás, eram muitas, como elas descobriram que Tokio Hotel estava aqui? Tentamos despistá-las, correndo entre as lojas e as pessoas, mas elas eram mais espertas do que o esperado, a única saída era entrar na floresta de coqueiros que tinha por ali, durante a correria me cortei com algumas folhas, que droga!

- Acho que conseguimos – eu disse ofegante.

- Tomara que não tenha mosquitos – disse Bill olhando para os lados, mas ele estava praticamente vestido, com suas calças apertadas e camiseta, a possibilidade de um mosquito picá-lo era menor que em mim.

Então de repente comecei a ouvir barulhos e notei que vinham do céu, nuvens negras estavam se formando rapidamente e quando eu menos esperava lá estavam gotas frias de chuvas caindo por todos os lados.

- Ah Meu Deus! – eu exclamei – Está chovendo, melhor voltarmos!

Tentamos voltar, mas estava difícil enxergar com aquela chuva e havia tantas plantas, decididamente estávamos perdidos, e a chuva engrossava cada vez mais. Bill me puxou pela mão, eu não sabia para onde, mas decide que ele me guiasse, por que eu estava mais perdida quem formiga em Tsunami.

Bill havia encontrado uma enorme caverna, pareciam aquelas em que dragões viviam, fiquei um pouco com medo, mas era melhor ficar ali do que se arriscar naquela plantação com toda aquela chuva.

- Melhor ficarmos aqui esperando que a chuva passe – disse Bill torcendo sua camiseta, por segundos eu consegui ver a tatuagem dele de estrela e a outra tatuagem enorme com frases em alemão, mas desviei o olhar antes que ele percebesse.

- Espero que passe rápido, meus pais vão ficar desesperados se eu não aparecer logo.

- Você vai estar segura enquanto estiver comigo – disse Bill piscando para mim e depois se virando para dar uma boa olhada para a caverna – Bem que nós poderíamos fazer uma fogueira, tem vários galhos ali!

- Mas fazer o fogo que será difícil, não sei aquele truque de bater as pedras e sair faíscas.

- Quem disse que precisamos de pedras? – perguntou Bill tirando algo do bolso – Temos um isqueiro!

- Bill! – eu disse olhando o isqueiro prateado dele – Você tem que parar de fumar, isso é um habito horrível!

- Eu parei de fumar – ele disse – Só fumava às vezes por diversão ou estresse. Mas desde que você apareceu na minha vida eu parei.

- Então o que você está fazendo com um isqueiro?

- Para situações como essa.

- Ah que bom que você é um adivinho e sabia que nós íamos ficar presos em uma caverna.

- Preciso estar preparado – disse ele me beijando e depois começando a pegar os galhos. Como ele pode ser tão estonteante?

Eu ajudei Bill a pegar os galhos, afinal a chuva estava ficando pior e eu estava morrendo de frio, além de eu estar ensopada. Depois de juntarmos toda aquela lenha, Bill acendeu o isqueiro e a madeira começou a estalar, nos sentamos em volta para tentar nos aquecer.

- Que demais! – disse Bill – Que tal contarmos histórias de terror?

- Terror? – eu disse me lembrando da fantasma que supostamente habita o meu quarto – Pode ter certeza já estou vivendo uma vida cheia de terror.

- Por quê?

- Por que está rolando uma história pela escola que a filha da diretora morreu e que o quarto onde eu estou, era o dela.

- Não precisa se preocupar, na maioria dos lugares se fala isso. Em vários hotéis que eu fui sempre tem essa história de fantasma, mas é só para colocar medo mesmo.

- Eu também pensei nisso, mas lembra aquele livro que você leu para mim? Estava escrito que pertencia a filha da diretora, eu quase enfartei quando li aquilo.

- Deve ser só coincidência, vai ver a garota existe mesmo, mas tudo o que inventaram não passa de imaginação.

- Isso é o que vamos descobrir quando voltarmos, vamos fazer uma expedição pelo Colégio, ver se descobrimos algo.

- Que demais! – exclamou Bill – Parece ser divertido fazer isso, aquele Colégio é tão grande.

- É, mas espero que não tenha nenhum fantasma mesmo.

Mal eu acabei de falar e um estrondoso trovão cruzou o céu, clareando tudo, eu dei um grito e me levantei do chão, levei um baita susto. Bill começou a rir de mim, mas eu não via graça, na verdade ultimamente eu ando com medo de tudo.

- É só um trovão – disse ele vindo até a mim e me abraçando.

Não importa se era só um trovão ou não, eu sentia que algo estava para acontecer, era um péssimo pressentimento, deixei-me aninhar nos braços deles enquanto ouvia a chuva cair e o fogo crepitar, o mundo parecia estar escuro naquele dia, mas eu o tinha para me proteger.

 


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