Mestiça - a Uniao dos Mundos escrita por AzeVix


Capítulo 22
Capítulo 22: Uma Segunda Família


Notas iniciais do capítulo

Hallo Pessoas
Primeiramente eu gostaria de agradecer a Nathi Brendon e ao Luiz Fernando pelas lindas recomendações. Muito obrigada pessoal! Adolo voces!
Segundamente (ainda tenho minhas dúvidas sobre essa palavra) também gostaria de agradecer a todos que leem a fic e deixam seus maravilhos comentarios e que me fazem ganhar o dia de tão feliz que eu fico.
Um beijão pra todos voces! ^^,



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PS: Quero lhes informar que fiz um video para a fic, quem tiver curiosidade para ver, basta ir neste link: http://www.youtube.com/watch?v=qqQuikCJQxE espero que gostem.



Pov Bella


Sentei no sofá de dois lugares e o Edward sentou do meu lado; Carlisle sentou na poltrona na minha frente com Esme em pé atrás do encosto; Alice sentou no degrau da escada que fica a minha direita, perto da porta da entrada. E o Emmett ficou em pé perto do batente da porta da cozinha.

– O que querem saber sobre mim?

– Edward nos disse que você matou um vampiro ontem. Por que você fez isso? – perguntou Emmett sério.

Eu nunca pensei que ele fizesse essa pergunta pra mim. Confesso que me pegou de surpresa.

Edward rosnou do meu lado. Parece que ele não gostou muito da pergunta.

Edward , tudo bem. Não tem problema. pensei. Ele parou de rosnar, mas continuou tenso do meu lado. Eu sei que o Jenk me disse pra não falar nada há ninguém, mas eu meio que tive que contar para o Edward, como eu poderia esconder dele o que eu sou? Eu sinceramente não vejo problema em contar para a família, vampira, do meu namorado, vampiro. E cá entre nós o Jenk falou de humanos, não me lembro de ter uma proibição para não contar a pessoas que são, de um certo modo, parecidas comigo. O Jenk vai me chingar de qualquer jeito mesmo!

– É que... esse é o meu trabalho Emmett. – falei temendo as reações deles.

Acho que aconteceu do jeito que eu esperava, todos eles me olharam com os olhos arregalados, mas Esme parecia com medo de mim, então tratei de me explicar rapidamente.

– Não é isso que vocês estão pensando! Vocês ouviram falar, dias atrás, de mortes inexplicáveis aos arredores da cidade? – perguntei, mas não esperei resposta. – Foram as vitimas daquele vampiro! É isso que eu faço! Quando algum ser místico chama a atenção demais, nós somos mandados para executa-los. – falei tudo num folego só. E relaxei quando suas feições mudaram.

– Então você é tipo uma Volturi? – falou o Carlisle perdido em pensamentos enquanto os outros pareceram não gostar nem um pouco da comparação dele, pois todos eles fizeram uma careta.

– Uma o quê? – perguntei completamente perdida. Que diacho de coisa é um Volturi?

– Uma Volturi. Os Volturis devem ser o que a nossa espécie tem de mais próximo à realeza, pode-se dizer que são bem sofisticados, mas não respeitam a vida humana. Vivi com eles por um tempo, eles são encarregados de executar todos os vampiros que possam expor a nossa espécie. – explicou Carlisle.

– Eu não a acho parecida com eles nem um pouco. – criticou a Alice. Pude perceber em sua voz e em seu rosto que ela não gostava nem um pouco deles, posso ate dizer que ela os odeia.

– Esses Volturis são aqueles vampiros que aprisionam outros seres? – perguntei ao Carlisle me lembrando da pequena historia que o Edward me contou sobre ele. Ele enrugou a testa e se virou para o Edward que assentiu.

– São eles mesmos Bella. – Carlisle falou.

– Então eu concordo com a Alice, não sou parecida com eles nem um pouco. Muito menos nesse quesito. – falei emburrada e ele riu nervosamente.

– Eu não disse que você se parece com eles, muito menos desse jeito. Você apenas me lembrou deles porque eles também punem os vampiros que saem da linha. – ele falou como se tentasse se desculpar.

– Pode ate ser, mas eu não caço somente os vampiros. – ele me olhou com a testa franzida. – Eu mato lobisomens, feiticeiros, transfiguradores, vampiros ou qualquer outra coisa do mundo sobrenatural que possam ameaçar a vida humana. Eles nos chamam de Huntress. – expliquei rindo.

– Todos os feiticeiros são Huntress também? – perguntou Edward falando pela primeira vez.

– Não, são só alguns. É voluntario, assim que um feiticeiro faz 18 anos, ele pode escolher se quer ser caçador ou não.

– Mas você não tem 18 anos. Como eles tiveram coragem de te fazer uma caçadora? Isso é perigoso! – argumentou Edward. Lá vem ele ficar nervoso de novo!

– Eu quero ser uma. Tenho mais vantagem que os outros por eu ser mestiça, mas mesmo assim foi um custo fazer o Jenk me treinar. Ele faz vista grossa. – ri com a lembrança.

– Então é por isso que você conseguiu machucar o Emmett? Por que você é Huntress? Ou por que você é meio transfiguradora? – perguntou a Alice.

– Eu acho que são as duas coisas. E por falar nisso... – eu me virei para o Emmett. – Poço dar uma olhada no seu braço? Parece estar doendo muito, talvez eu possa ajudar.

Ele fechou a cara, mas se aproximou de mim. Com um movimento da mão, conjurei minha varinha, a mesma flutuou na minha frente e eu a peguei enquanto o Emmett arregalava os olhos.

– Ah não! Nem pensar sua bruxa! Eu é que não vou virar sapo! – ele gritou se virando e correndo pela sala parando na beirada da escada pronto para subir correndo a qualquer instante.

– Deixa de ser bobo Emmett! Eu não vou te transformar em sapo! E eu não sou uma bruxa! – falei num tom irritado. É a primeira vez que alguém me chama de bruxa, e vou te contar é muito irritante. É como chamar um lobo, de cachorro ou um morcego, de rato com asas. Isso é ofensivo e completamente irritante! Ah, que raiva! E esses Cullens rindo dele não estão ajudando em nada.

– Para com isso Emmett. – falou o Edward entre risos.

– Nem pensar que eu vou chegar perto dela. Se você gosta de beijar uma bruxa, o problema é seu! Mas eu não vou ai nem a pau! – ele falou cruzando os braços dando uma de mandão.

Ahhh! Eu não acredito que ele me chamou de bruxa! De novo!

Me levantei do sofá em uma velocidade que ate eu me assustei. Senti meus olhos mudarem de cor e os fechei tentando me acalmar para fazê-los voltarem ao normal.

Bom... se ele quer brincar, nós vamos brincar. pensei para o Edward que segurou uma risada. Passei o meu plano em minha cabeça para ele ver.

Posso? Perguntei.

Fique a vontade. ele respondeu e eu vi a Alice segurar uma risada.

Abri os olhos, respirei fundo e cruzei os braços como o Emmett.

– Emmett? Você vai vir aqui ou eu vou ter que ir ai te pegar? – falei tentando fazer minha voz sair mais assustadora.

– Vem me pegar, bruxinha! – ele falou e saiu correndo indo pra tudo quanto é lado, todos ficaram tão concentrados no Emmett que eu não precisei esconder meus olhos azuis no momento.

– Tudo que é chato e irritante, fica lento num instante! – eu disse apontando minha varinha para o Emmett. Todos riram ao assistir o Emmett correndo em câmera lenta pela sala.

– Engraçado pode até ser, mas não vou ficar aqui até o amanhecer! – falei apontando a varinha. O feitiço anterior foi cortado, no mesmo instante meus olhos voltaram a cor normal e ele me olhou surpreso e um pouco bravo. Ah! A vingança é doce! – Vai vir aqui ou não?

– Não! – disse ele e correu para a porta de saída.

– Quem sai por essa porta, vai pra dentro na mesma hora! – eu disse, novamente os Cullens estavam ocupados demais para olharem pra mim.

Ficamos um bom tempo assistindo e gargalhando de um Emmett furioso que entrou e saiu pela mesma porta repetidas vezes.

– Tá legal! Eu desisto! – disse ele vindo pro meu lado de cabeça baixa. Aproveitei para retirar o feitiço da porta sem que ninguém olhasse para mim.

Emmett parou na minha frente, peguei a varinha com a mão esquerda e a apontei para a palma da minha mão direita. Senti meus olhos ficarem azuis novamente e dessa vez todos estavam olhando diretamente em minha direção, então eu coloquei meu cabelo como uma cortina em volta do meu rosto para que nenhum dos Cullens se assustasse comigo.

Apontei a varinha para a minha própria mão e ouvi Emmett bufar.

– Você fez tudo isso só pra fazer um feitiço em você mesma? – perguntou Emmett incrédulo.

Ignorando seu comentário, fechei os olhos e me concentrei no feitiço.

Feitiço da cura

Magia da mente

Da bondade pura

Para um doente

Falei o feitiço em um sussurro, mas eu tinha certeza de que todos que estavam presentes ouviram cada palavra. Ouvidos vampíricos, lógico!

Da ponta da varinha saiu um tipo de liquido prata e brilhante que cresceu e logo tomou a forma de um pequeno pássaro prateado, ele pousou em minha mão e encolheu suas asas e um pequeno pio saiu de seu bico pra mim. Abri um grande sorriso para o pequeno pássaro, ele tombou a cabeça de lado dando mais um pio. Fiz minha varinha desaparecer com um movimento da mão e com a mão agora livre afaguei levemente a cabeça do pássaro prateado e com os olhos pretos e brilhantes. Ele piou novamente antes de bater as asas uma vez e estica-las cobrindo grande parte da minha mão, ele meio que se derreter virando um liquido prata que se espalhou pela minha mão e meus dedos concentrando-se em minha palma. Ouvi cada um que estava ali arfar com o que eu fizera, sorri, mas na verdade fiquei nervosa. O que eles vão achar de mim agora? Que sou completamente anormal? Bem... isso é lógico. Agora, será que eles vão me aceitar assim mesmo?

Sai dos meus devaneios e puxei o braço do Emmett que estava completamente parado e com os olhos arregalados e pousei a mão direita sobre os seus cortes, esfregando levemente e falando outro feitiço também sussurrando.


Feche o que se cortou

Cicatrize onde se feriu

O machucado que todos notou

Agora quase sumiu


Quando acabei de falar, o liquido que estava em minha mão passou para o braço do Emmett. Tirei minha mão e o liquido foi sumindo lentamente enquanto os cortes se fechavam.

O liquido secou e desapareceu. Os cortes se fecharam deixando apenas três linhas meio rosadas com um leve relevo.

– Uau! Obrigado! – disse o Emmett com um sorriso no rosto virando o braço e conferindo.

– Incrível! – falou Carlisle.

– Impressionante! – falou Alice.

– Essa é a minha garota. – sussurrou Edward no meu ouvido e me abraçando por trás, percebi sua voz estranha, emocionada talvez. Continuei da cabeça baixa por causa dos meus olhos azuis, mas meus lábios se abriram com um enorme sorriso.

– Querida? O que foi? – perguntou Esme e pelos seus passos percebi que ela se aproximava mais de mim.

– É que eu sou mais estranha do que vocês pensam. – falei ainda de cabeça baixa.

– Mais esquisita do que isso? Impossível! – disse Emmett recebendo, pelo o que eu ouvi, um tapa de alguém. – Ai!

– Esquisita como? – perguntou Alice, também escutei seus passos se aproximando mais de mim.

Em resposta a sua pergunta eu levantei a cabeça devagar e fui recebida por mais reações que me surpreenderam. Carlisle pareceu ficar curioso e fascinado, Esme e Alice ficaram surpresas e maravilhadas, Emmett pareceu ter ficado com medo dando um passo pra tráse Edward apenas sorriu e me apertou mais em seus braços.

– Meus olhos mudam de cor quando uso algum feitiço. – falei o obvio olhando novamente pra baixo, senti que precisava acrescentar algo mais. – Vou entender se for demais para vocês...

– Que isso, Bella? Tenho certeza de que você percebeu que nenhum de nós é normal. – falou Esme. Alice abriu um sorriso e se aproximou mais de mim segurando minha mão, sorri.

– Isso é apenas mais uma prova de que você pertence a aqui. – falou Alice e todos os outros acenaram concordando. Sorri e me soltei do Edward, abracei Alice com força, pude sentir os lagrimas escorrendo pelo meu rosto. Lagrimas de pura alegria, nunca me senti tão feliz. Pela primeira vez eu me senti amada por uma família de verdade.

– Seus pais devem ser grandes feiticeiros. – comentou Emmett. Senti Edward enrijecer ao meu lado, me soltei da Alice limpando o rosto e apoiei uma mão em no braço do Edward para acalma-lo. Sorri pra ele e me virei para o Emmett.

– Eu não os conheci Emmett. Eles morreram pouco depois que eu nasci. – falei e forcei um sorriso. – Minha mãe era Selene, uma feiticeira e meu pai era Michael, um transfigurador. Alguns vampiros que temem a misturas das espécies ficaram sabendo sobre mim. Meus pais foram caçados e morreram tentando me proteger. Eu moro com meus tutores desde então. – terminei limpando novamente o rosto.

– Ah, Bella! Sinto muito. Eu não sabia. – falou o Emmett vindo em minha direção e também me dando um abraço.

– Vocês tem que parar de me abraçar tanto. Vou ficar mal acostumada. – falei brincando tentando quebrar a tensão, e parece que deu certo.

Passamos o resto do dia conversando sobre nada e tudo ao mesmo tempo. Mesmo não sendo parentes de sangue, fiquei emocionada com o amor que cada um sente pelo outro, como uma verdadeira família.

Esme foi muito doce comigo, Carlisle muito atencioso e tenho certeza de que ganhei dois irmãos essa tarde, Emmett e Alice eram simplesmente incríveis. Emmett estava sempre tirando um grande sorriso do meu rosto com seu jeito de criança e super divertido, Edward não saiu do meu lado nenhuma vez e Alice estava um pouco, não, muito eufórica, falava sem parar sobre me levar para fazer compras, me chamar para festas de pijama, sairmos juntas, entre muitas e muitas coisas e compras. De cara já gostei demais dela, não sou nem um pouco fã de fazer compras, mas se isso a deixar feliz eu vou com ela, estou mesmo precisando de algumas roupas novas, acabei com as melhores que eu tinha enquanto treinava minhas transformações.

Já estava escurecendo quando resolvi que já estava na hora de ir embora.

– Me desculpem, mas eu tenho que ir. – disse me levantando.

– Ah! Que pena! Quer uma carona até lá? – ofereceu Esme.

– Não precisa Esme, obrigada. Eu vou correndo mesmo. – eu lhe disse indo em sua direção e a abraçando. Seu abraço gelado me trousse mais conforto do que eu senti ao estar perto dessa família. – Obrigada por tudo.

– Ora, você é sempre bem vinda, querida. Volte mais vezes. – disse ela.

Me despedi de Carlisle, de Emmett e de Alice. Todos me deram um forte abraço e um beijo na bochecha.

– Posso ir também? – Edward perguntou em meu ouvido quando nos abraçamos, ele ficou com um sorriso bobo no rosto. Mesmo ele falando baixo, tenho certeza de que todos ouviram.

Claro que pode! pensei pra ele. Edward se virou olhando para Carlisle que assentiu.

Acenei pra todos antes de sairmos pela porta da sala.

– Sua família é incrível! Você tem muita sorte. – eu disse ao Edward enquanto descíamos as escadas indo para o jardim, ele sorriu largamente.

– Obrigado. Todos eles gostaram muito de você. – ele me disse e eu sorri também.

Quando chegamos a beira da floresta o calor subiu pela minha coluna se espalhando por todo meu corpo, em menos de dois segundos eu tinha quatro patas.

Corremos o caminho todo sem dizer nada, apenas curtimos o silencio da floresta e o barulho do veto que sempre me acalma. Chegamos na casa e fomos para o lado direito do imóvel, onde fica a janela do meu quarto.

Eu me levantei e antes de ficar completamente ereta, eu já tinha duas pernas novamente. Os dois carros estavam na garagem, isso não é bom. Eles vão querer saber por que fiquei fora o dia todo, se é que notaram a minha ausência e tenho certeza de que não vão querer conversar coisa nenhuma.

Eu me abracei e um tremor de medo preencheu meu corpo.

– Bella? Você está bem? – perguntou Edward enquanto me abraçava por trás e passava as mãos em meus braços, acredito que para me acalmar o que funcionou quase que imediatamente.

– Sim. Estou bem. – falei baixo para que meu medo não estragasse o tom da minha voz. Eu minto muito mal, e todos percebem isso quando eu falo em voz alta.

– No que está pensando? – ele tentou novamente.

– No que me espera lá dentro. – respondi sem emoção nenhuma. Me virei em seus braços e olhei em seus olhos. – Você vai ficar?

– Hoje não vai dar. Esme pediu a ajuda de todos nós essa noite pra fazer um favor. – ele respondeu triste. Tentei controlar a angustia que me tomou. Não queria que ele vice o que iria acontecer, mas é bem pior ficar longe dele, pelo tempo que for. – Até amanha então.

– Já estou com saudade. – falei colando nossos lábios.


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Notas finais do capítulo

Voltei, Sentiram minha falta? (Duvido, ninguem me guenta)
Ok, mais um agradecimento.
Obrigada Luiz Fernando por me ajudar a arrumar a nova capa da fic que eu acabei de colocar. Espero que gostem.
Beijos
ate a proxima
E pra deixar vcs curiosissimos. O proximo cao se chama Transformação inesperada! com direito a um mocado de ação.
Uhuuuuuuuuuuuuuuu



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