A Maldição do Deus Oculto escrita por Laís di Angelo


Capítulo 5
Fugindo Novamente


Notas iniciais do capítulo

Fala galera... Cap. 4, cheio de tristeza e ação pra vocês... Por favor...Deixem Reviews *.*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/157755/chapter/5

Capítulo 4- Fugindo Novamente

POV Klaus Joan Nicholls

Aquilo havia sido meio apavorante. Todo mundo conversando sobre algo sério que acabava de mudar completamente nossas vidas e, de repente, aparece Benedith pálida como giz, descabelada e com um olhar diferente daquele atencioso como o de sempre, na nossa porta. E, ainda por cima, nos chamou de semideuses com aquela voz de enterro. Muito esquisito, mas me mantive calado esperando o que os outros, que se entreolhavam, iriam fazer.

–De... Onde você tirou essa história, Benedith? –iniciou meu pai, muito hesitante - Semideuses, que raio de coisa são essas?

–Cale esse tampão que chama de boca, seu mal-educado! – retrucou minha madrasta, de forma bem arrogante e vazia. Por incrível que pareça, Percy, Annie e Grover permaneciam calados.

Rose respirou fundo e deu um passo pra frente. Ela não tinha medo, não? Será que isso seria classificado como burrice ou coragem? Com certeza, burrice.

–Que é isso, Benedith? – perguntou Rose, a qual continuou. - E, com todo o respeito, a única mal-educada aqui é você que ouviu nossa conversa atrás da porta. Até monstro podia ter educação, não é?

–Que ouvi atrás da porta uma ova, sua vadia tola - ouvi Rose tentar começar a responder o xingamento, o que me deu muita vontade de rir, mas minha priminha foi interrompida de novo. - Eu já sabia dessa situação toda há muito tempo, quando comecei a ficar de olho nesse perdedor! - ela apontou para meu pai. - Só precisava ter certeza disso para concluir minha missão.

– Meu tio não é igual você. – Devolveu Roselie. As palavras da Benedith me deixaram mais confuso. Mas o que realmente me confundiu foi quando olhei para o lado e não vi Percy nem Annabeth. Quando ia mencionar Grover me disparou um olhar de “Cala tua boca” que quase nem pisquei. Foi aí que me horrorizei com o que veio a seguir. - Precisava do cheiro de vocês mais intenso para realmente identificá-los e não fazer besteira. - Agora, a voz de Benedith estava rouca e grave. - Mas eu preciso levá-los em segurança. - Ela riu maquiavelica.

– E pena que não ficará viva para continuar seus planinhos, seu monstro! - Gritou Percy que havia aparecido de relance na porta com uma caneta esferográfica simples na mão. Quando ele tirou a tampa, aquilo se tornou uma espada que me parecia ser de bronze e que media quase 1 metro. “Que incrível!”, pensei.

– E se você não entendeu... - acrescentou Annabeth aparecida de repente ao lado do namorado, e, por sinal, que pena que ela tinha dono porque era muito bonitinha. -... Significa que vai morrer! – Nesse instante, ela tira uma faca na bainha do cinto e lança uma espécie de flauta para Grover que a apanha e começa a sapatear e tocar.

– AAAAhhhh, nããããããããããããão. Pare com isso!- uivava Benedith com ódio como se o som da flauta de Grover estivesse machucando-a. Instintivamente, Annie fez um gesto para meu pai, que falou, bem azougue:

– Rápido, Klaus, leve Rose para seu carro e siga para Long Island o mais rápido que puder.

– O quê? Mas e vocês? E você?- fiz cara de cachorrinho sem dono para meu pai. Ele com certeza teria de vir conosco.

– Grover, conduza a monstra para fora desta casa com a flauta e depois vá com Klaus e Rose. - disse Annabeth.- Nós cuidamos disso e depois vamos embora no carro de Percy. Rápido! - ordenou ela e depois se virou para meu pai. - Vai ajudar, Henrique?

– Sempre. - afirmou meu pai sorrindo. Espera aí, ele ia lutar? E eu ia perder isso? Que porcaria! Foi aí que meu pai me apressou. - Corra, Klaus!

Segui depressa para minha BMW juntamente de Rose, a qual estava paralisada e meio atordoada. Coitada, quem não ficaria? Dentro do carro, vi minha madrasta no quintal, ora caída no chão, e depois se transformando numa fumaça negra que cresceu no terreno e virou um bicho gigante de cabeça de Leão, corpo de Cabra e rabo de Serpente.

– Isso parece uma Quimera! – disse Roselie, acordando de um choque, abraçada a mim no banco traseiro. Em seguida, vi Grover correndo desajeitado em nossa direção, enquanto Annabeth atirava no olho da COISA com umas flechas esquisitas e Percy e meu pai atacavam-na diretamente com as espadas. Os três formavam um ótimo time de luta e meu pai, assim como o outro semideus eram ótimos espadachins. Quis ser bom daquele jeito no mesmo momento. É claro que o sátiro também foi essencial na batalha, e este, entrando no meu carro, já disparou sermão:

– Bora, meu irmão. Não temos tempo de vê-los lutando, a não ser que queiramos morrer. E você dirige porque pernas de bode não são feitas pra pisar no acelerador.

Não pude evitar um riso amargo. Entretanto, passei para o banco da frente e comecei a dirigir, saindo dali o mais rápido possível, apesar de não ter rumo certo, pois estava assustado, com muito medo do que via. Olhando pelo retrovisor lateral, consegui observar Percy disparando um golpe no pescoço da tal quimera e meu pai dava altos saltos, desviando do fogo que o bicho cuspia e que podiam lhe acertar. Ele desferiu uma pontada firme na carcaça do animal, enquanto Annabeth, que agora se apoiava numa árvore, atingiu o olho da besta com uma flecha certeira. Acho que foi o limite para o animal, que num giro, se transformou num redemoinho flamejante que envolveu todos e depois apagou, sendo que tudo havia desaparecido, inclusive quem estava lutando.

– Ai, meus deuses- esbravejou Grover que devia estar observando como eu. Tal comentário fez Rose se virar e soltar um fino grito de agonia e dor. Mantive-me calado. Senti uma lágrima fria descer de meus olhos e percorrer meu rosto. Continuei dirigindo, mas pensei, não só no homem que se sacrificou e abriu a mão de tudo que lhe seria bom para me proteger, mas nos dois jovens semideuses e apaixonados que se arriscaram por nós. Jurei que daria um jeito de salvá-los, não sabia como, e segui o triste caminho para Acampamento Meio-Sangue, em Long Island, Nova York.

POV Roselie Marie Nicholls

– Ai, meus deuses- lamentou Grover fazendo com que eu, instantaneamente, me virasse de costas e visse um redemoinho de chamas engolindo Percy, Annie e Tio Rick. Soltei um gemido de dor. Aquelas pessoas haviam morrido por nós e eu me sentia muito mal. Klaus se calou, mas eu o vi chorando e mantive-me quieta.

Seguimos todos calados para o acampamento, que não parecia ser muito longe dali, ainda em Nova York. Após alguns minutos, nos vimos de frente a uma alta colina, onde Grover pediu que parasse o carro.

– Klaus, o acampamento é aqui. No alto da Colina. - Saímos do carro e pegamos nossas coisas, sendo que Klaus continuou mudo, choroso e cabisbaixo. E, para falar a verdade, Grover e eu também, afinal, aqueles eram nossos queridos. No topo da colina que eu penei para subir (quando cheguei no alto, deixei-me cair furtivamente no chão, bufando), havia um pinheiro com uma pele esquisita de carneiro pendurada, e um dragão, ou algo parecido tomando conta. Pelo que Percy e os outros falaram, o pinheiro de Thalia. Logo à frente, vi uma casa e dois homens sentados jogando em sua varanda. Um deles parecia ser mais simpático e logo se levantou e veio nos cumprimentar. Mas o que me provocou um susto foi ele sair de uma cadeira de rodas com uma bunda ENORME de cavalo. Pelos meus conhecimentos, era um centauro.

– Olá, novos amigos. Sou Quíron, o diretor de atividades do Acampamento Meio-Sangue para semideuses. – Ele passou a mão em nossas cabeças, o que me fez chiar. Em seguida ele se voltou para Grover.- Onde estão Percy e Annabeth?

– Aquela Quimera estranha que se passava por Benedith os pegou e eles podem estar mortos agora. Desculpe-me, Quíron, eu falhei. - Mas eu pude ver que existia alguma coisa na expressão de Grover que o preocupava ainda mais.

– DEUSES! Nada disso, Grover, você é um herói, e todos nos orgulhamos de você. - Observei uma lágrima caiu pelo rosto do centauro, o que me fez pensar que ele realmente gostava dos semideuses que haviam desaparecido. Deviam ser importantes.

– Vou ver Juníper, ver se me acalmo. - disse Grover para Quíron, que assentiu.

– Juníper é uma ninfa da floresta e namorada de Grover. – O diretor de atividades no explicou e eu o sorri em gratidão e educação. Klaus manteve-se quieto. – Aquele sentado na varanda é Dioniso, deus das uvas, do vinho e da fartura, diretor-chefe do Acampamento. Não é bem o que se chama de simpático, mas é legal. E para o seu bem no acampamento, não o questionem. – Ele riu e eu o acompanhei, enquanto Klaus somente deu um sorriso amarelo. Quíron notou e perguntou: - Por que estão tão tristes? Por causa de Percy e Annabeth?

– Não só por eles. - iniciou meu primo pela primeira vez há algum tempo- Mas é por meu Pai. E ele era um semideus bem heróico.

– Semideus? Seu pai era semideus? Filho de que Deus, se é que posso saber?

– Filho da poderosa Nix, deusa da Noite... – comecei falando cheia de orgulho e metideza, mas sendo interrompida por Quíron.

–... E patrona dos feiticeiros e das magias. Incrível. Vão poder escolher entre ficar no chalé de Nix ou de Hermes, enquanto ainda não foram reclamados por seus progenitores divinos. Só preciso de alguém para levá-los até suas cabanas. – Ele olhou o local e avistou um garoto todo de preto, com fones no ouvido. Seus cabelos eram negros e lisos um tanto longos e estavam bagunçados, o que o deixava ainda mais lindo. Seus olhos também eram negros e frios e estavam voltados apenas para aparelho em sua mão. E sua pele era branca. Provavelmente era o garoto mais lindo que eu já vira. Devia ter uns quinze ou dezesseis anos. Parecia-me um tanto misterioso. Não olhou pra gente nem por um instante.

– Nico! – Quíron esperou o rapaz olhá-lo e ele o fez rapidamente. Mas enquanto vinha em nossa direção o garoto só olhava para seu MP4. - Por favor, rapaz... Conduza estes jovens aos seus chalés, por favor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado do cap. Merecemos Reviews? Se não mandem do mesmo jeito! Beijos... *.*