A Maldição do Deus Oculto escrita por Laís di Angelo


Capítulo 20
Bônus: Enquanto isso, numa Estranha Oficina...


Notas iniciais do capítulo

Oii, gentem! Mil descuulpas pela enorme demora! É que eu tô muito enrolado com assuntos no colégio, prova, risco de recuperação e talvez reprovação (culpa do Nyah!, é viciante) e a Laís tá ficando ocupada com algumas coisas lá na casa dela!
Enfim, hoje venho trazer esse bônus que resolvi escrever pra vocês saberem de todos os personagens corretamente, ok? Espero que gostem!



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Bônus: Enquanto isso, numa Estranha Oficina...

POV Stella

- Ah, que merda!- disse furtivamente a meu irmão, que permaneceu calado desde então. 

Aquela deusa da primavera disse que tinha um surpresinha pra nós a poucos minutos. Depois, Hermes criou um buraco negro, só que branco, em que todos foram puxados para dentro dele. Até que, em certo ponto, o caminho bifurcou-se e nos separamos dos demais. Naquele túnel, a patricinha de Apollo, a arrogante, o pamonha filho de Hades, mas gatinho, o bonitão e gostoso e a bobinha seguiram andando em direção a algum lugar que eu desconheço e nós viemos parar aqui, onde estamos agora. Quer dizer, o buraco se abriu e caímos no chão de uma altura de três metros. Sammuel já estava ferrado, pois a vadia da Perséfone não consertou totalmente seu tornozelo, agora ele estava pior ainda. 

Enfim, ainda não descobri claramente onde estamos, mas tenho ideias: pode ser uma oficina mecânica comum, ou uma oficina mecânica mágica cheia de monstros prestes a nos matar. Preferi a primeira opção, mas logo me decepcionei.

- Stella, o que é isso aqui?

Nos levantamos e olhamos melhor ao nosso redor. Era um espaço bem grande de uns 400 m2, todo de paredes cinzas, cercas elétricas no alto dos muros, um único grande portão de metal sólido, também cinza, vários aparelhos de consertar máquinas espalhado, um cabine pequena ao fundo e uma enorme fogueira no centro. Foi sorte nossa não termos caído naquela fogueira. O chão era cimentado, mas irregular e sujo de óleo por toda a parte. Estava vazio, ou eu achava que estivesse.

- Sei lá, parece um espécie de oficina. - Eu respondi.

- Parece um cemitério, tá vazio.

- Tecnicamente, os cemitérios são cheios... de defuntos, mas são cheios. - eu debochei, após ficarmos nos encaramos e pudemos rir um pouco, para desestressar.

- É sério, sem gracinhas. - disse Sam, rindo alto.

- Como se você não tivesse gostado.-  ficamos rindo mais um pouco e depois a tensão voltou. - Mas nós ainda precisamos descobrir que lugar é esse, pode ser perigoso, já que agora não temos mais ajuda.

- Andamos sozinhos até encontrar aquele grupo no hotel. Conseguimos nos virar bem. - Eu o contrariei.

- Mas não podemos arriscar. - ele segurou meus ombros. - EU não posso arricar a sua vida aqui, é minha irmã mais nova.

- Acho que agora é a hora de se preocupar. - Um barulho alto ecoou na oficina. O rangido da abertura do portão enferrujado fez meus ouvidos ensurdecerem-se. Sam me puxou com pressa e apreensão:

-Rápido, abaixa aqui! - ele apontou um amontoado de tralhas, como ferrugem, latas, máquinas velhas e sujeira. Escondemo-nos atrás do monte, conseguindo olhar fixamente para o portão por meio de um buraco em uma das máquinas.

O problema era que o entulho fedia demais, mas tinha que me manter concentrada e não fazer nenhum barulho. Vi as sombras das pessoas que entravam, e, infelizmente, as identifiquei. Não eram pessoas, quer dizer, até poderiam ser, mas eram demasiado grandes, com vozes e risos grossos  um só olho: ciclopes. E o mais interessante de tudo (pra não dizer outra coisa): eles empurravam uma van velha, suja, desgastada e amassada para dentro. Com certeza iriam consertar. Detalhe: era a van do acampamento.

- Chefe, tem certeza de que é aqui?- perguntou um deles, que ia a frente, ao lado do único que usava um relógio de bronze celestial, como o da espada de Sam e de minha faca, e um capacete amarelo.

- Claro, Jordin, as indicações de Lady Perséfone nunca são erradas. Ah, e a propósito, Jordin, olhe o lugar pra mim, OK? Veja se está tudo nos trinques!

- Sim, chefe Tyson!

- E, Julius, drecione a van para aquele canto!- o ciclope chefe, chamado Tyson, pediu a um outro que empurrava a van, apontando extamente para onde estávamos.

- Podemos queimar aquele entulho, senhor?- perguntou um pequenininho, ao fundo.

- Claro, ocupará menos espaço.- senti um frio enorme na espinha. Se ficássemos ali, seríamos queimados, se saíssemos, seríamos pegos e servidos de lanche para ciclopes mecânicos. Mas minhas opções foram cerradas. - Mas antes de queimar, tire os dois semideuses dali.

O ciclope nos fuzilou com o olhar bem pelo minúsculo buraquinho da máquina. Eu me virei para Sam, e entendi o recado.

POV Sammuel

Não tinha escolha. Havia sido descoberto e precisava lutar contra aquele bando de monstros malditos. Levantei rápido e puxei Stella. Corremos até onde pude tirar minha espada  do bolso (era mágica, ela entrava e saía do meu bolso) e Stella transformou o pingente em faca. 

- Irmãzinha, fique aqui. Eu dou conta do resto- gritei bufando enquanto todos os ciclopes olhavam espantados. O cara que aparentava ser o chefe, mas tinha um sorriso bobão, apenas sorriu e disse:

- Não precisaremos brigar. Guarde a arma!

-Me faça guardar, idiota!

- Tudo bem- ele segurou a espada provocando tanta pressão que eu voei no chão, logo após dele. Ele jogou minha arma longe e me deu a mão, ajudando-me a levantar.

- Eu...- estava boquiaberto, não sabia o que dizer. - Quem é você, ciclope?

- Meu nome é Tyson, filho de Poseidon e de um espírito da natureza que nunca conheci. Mudei-me para a Associação dos Ciclopes, onde trabalhei como aprendiz e hoje sou o sênior dos júniores, ensino ciclopes em experiência.

- Ensina o quê?

- Bom, a aula de hoje será sobre como consertar vans... Mas não será só para ciclopes. Quer dizer, foi um pedido de Perséfone e...

- O quê? Aquela vaca mandou vocês nos prenderem aqui por horas pra ensinara a consertar nossa própria van que um mulambento capotou. Eu ainda não entendi o que está acontecendo! - estarrou Stella, do outro lado do galpão, enquanto andava raivosa em nossa direção.

- Calma, Stella.

- Não me acalmo, não, Sammuel. Estamos perdidos, sujos, machucados e cansados e ainda teremos de trabalhar como mecânicos. 

-Talvez o que os outros estejam fazendo seja pior. E veja o lado bom da coisa.

- Que lado bom?

- Bom...

- Desculpem interromper, - falou Tyson com a voz grossa. - mas no fim do dia irão voltar para o mesmo lugar onde pararam, será como mágica. 

- O QUÊ, NO FIM DO DIA? SÓ NO FIM DO DIA? - Stella esbravejou, inquieta.

- É só um dia. Para de dar ataques e vamos começar. Se não consertarmos a van a tempo, não iremos a estrada hoje e a missão será atrasada.

- Que missão?- perguntou o ciclope. - Temos que achar Henrick Nicholls, Annabeth Chase e Percy Jackson. Quer dizer, parece que Annabeth e Percy conseguiram fugir, não sei muito bem.
- Percy Jackson?

- É. Um semideus que foi capturado por um monstro eu acho.

- Ele é meu irmão. Somos amigos. Ele está em apuros?- ele fez uma voz de choro e vi que ele sentia mesmo pelo irmão. 

- Bom, não sei de muita informação. Mas se nos encontrarmos de novo, irei te dizer.

- Obrigado. Hã, mãos a obra, então.

POV Stella
Como se não bastasse ter me deviado do meu percurso original, estar perdida e machucada, teria de me sujar mais e cuidar de uma lata velha. Na-na-ni-na-não... Eu me recusei a fazer isso, mas o idiota do Sammuel, como sempre, caiu na dos ciclopes. Ele abaixava, sorria, gargalhava com as piadas inúteis e sem-graça dos monstrengos, se sujava de graxa, rolava no chão sujo, carregava peças pesadas e outras coisas supérfluas sem-sentido que ele caracterizava como diversão. Fiquei sentada num banco improvisado no outro canto do galpão, só porque não tinha mais nada pra fazer. O problema foi que o tempo passou e eu, infelizmente, adormeci.

Tive um sonho interessante: via uma sala arrumada e organizada com 14 poltronas enormes e doze pessoas esquisitas sentadas nelas, gesticulando e falando bem alto. Algumas vestiam trajes esquisitos, mas o importante foi que ao fundo, vi um grupo de pessoinhas menores conversando sobre algo. A imagem era super-embaçada, e eu não podia ouvir nada. Até que reconheci aquela Roselie atrás, com olhar curioso e explorador num cara LINDO, que, literalmente, brilhava. 

- Stella, acorda! - ouvi um grito alto e fortes sacudidelas no meu ombro. A imagem tremeluziu e eu acordei. - Nossa, Stella, você dormiu sentada. - era meu irmão chato.

    - Bom, eu sei que você me atrapalhou, eu estava vendo um cara LINDO e você me atrapalhou.

- Aham, sei. Mas devia olhar algo- ele apontou para trás com o polegar e eu vi: a van havia ficado impecável, melhor que antes, com tintura nova, adesivos legais, sem qualquer arranhão.

- Como você...

- Eles tinham um kit de mágica. Não conseguimos resolver tudo normalmente. Mas, mesmo assim, temos um motor concertado, um tanque cheio, adesivos super maneiros que eles descolaram não sei de onde e a direção totalmente calibrada.

- Entendi tudo que você falou! - debochei- Pelo menos do adesivo eu entendi.- Rimos mais alto e o ciclope líder veio até nós.

- Olá, dorminhoca- ele disse, mas não me importei- Gostou da van?

- Claro!

- Que bom, agora já podem ir embora.

- Ah, que ótimo- eu me levantei entusiasmada e Sam não perdeu a chance.

- Ué, não tava com sono?- eles caíram no riso.

- Muito engraçado. 

- Bom, adeus pra vocês. Foi bom ensinar uma lição pra VOCÊ, Sam- debohou Tyson, mas ignorei.

- Adeus, amigão! - Sam esticou a mão, mas Tyson o puxou e lhe deu um forte abraço, fazendo seus ossos estalarem. Não pude deixar de soltar um riso abafado.

- Tchau par você também, Stella! - e me abraçou com mais força, ainda, pude ouvir o riso de Sam. - Bom, não quero atrasá-los...

Ele enfiou a mão no bolso esquerdo e tirou um saco com um pó amarelo. Ele jogou o pó no ar e um buraco novamente se abriu no céu e nos puxou. Finalmente estávamos indo, mas não posso deixar de admitir que gostei de Tyson. Ouvi seu grito de adeus. Mas logo caí outra vez, agora no chão duro do asfalto da estrada. Ao cair, reparei, no alto, que outro buraco se abriuno céu. Todos desabaram e cima de Sam e eu.

-Ah, que merda!- gritei, por fim, com raiva da minha vida de semideusa. 


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Notas finais do capítulo

E aí, gente, gostaram do capítulo! Logo postaremos outra vez, eu PROMETO que não vai mais demorar! Agora, quero agradecer a todos que votaram na enquete anterior, mas não parou por ali!
COUPLE PREDILETA:
KLAUS E ALLY ( )
NICO E ROSE ( )
SAM E ROSE ( )
KLAUS E STELLA ( )
NICO E STELLA ( )



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