A Maldição do Deus Oculto escrita por Laís di Angelo


Capítulo 17
O Herói da Minha Vida


Notas iniciais do capítulo

Oi gentem! É a segunda vez que eu escrevo isso. O Chato do Emmanueeeeeeeel apagou tudoooooooo! Ele diz que é sem querer... Mas deixa pra lá. Tenho uma cópia!
Ta aí o capitulo.



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Capítulo 16- O Herói da Minha Vida


POV Nico


– ROSELIE! – eu gritei ofegante, tentando alertá-la do que estava acontecendo. Não agüentava mais manter meus esqueletos lutando contra um grupo de empousas, afinal, elas não morriam. Minhas últimas fontes energéticas estavam esgotadas, e eu não poderia aguentar em pé por mais muito tempo. Mas eu tinha que salvá-la. Eu tinha que arrumar algum jeito de salvar a vida da garota mais perfeita do mundo, toda ciumenta e egoísta, mas que eu estava apaixonado.

Ou pelo menos eu achava que sim, até porque eu, às vezes, lançava indiretas e ela não se importava, dando uma de difícil ou sei lá, mas quando me via com alguém, como Stella, ficava enciumada e fazia caretas. Era complicada demais... Éramos complicados demais! Mas antes disso, ela era minha companheira de missão, e eu precisava salvá-la de qualquer jeito, porque, além de ser o líder, sou amigo de todos, apesar dos desentendimentos.

Enfim, tinha um monstro lutando com cada um de meus esqueletos mortos-vivos, sendo que mais três vinham atrás delas, prontas para detonar meu pequeno exército enfraquecido e acabar comigo. No saguão, ficava tudo cada vez mais complicado: Ally estava tentando cuidar de seu ferimento enquanto Klaus se mantinha em tentativas de sufocar e partir as empousas com cipós ou raízes grossas que saíam do chão; Thalia percebeu que suas flechas não funcionavam e estava explodindo todo o local com esferas estáticas brilhantemente brilhantes, que cegavam os olhos; os irmãos filhos de Éris usavam de socos e pontapés sem efeito nas mulheres-monstros, só irritando mais elas e distraindo, no máximo.

Não sabia por que e como vinha mais monstrengas feias como aquelas a cada momento, e mais, e mais, e mais, sem parar. Seria muito ruim e maldoso se meu pai as estivesse controlando, afinal, eram espíritos ctônicos que acompanhavam alguns deuses do Submundo.

Mas agora eu vou direto ao assunto principal e mais importante, já que todos conseguiam se da conta e decapitar alguns seres feiosinhos: Rose estava em perigo. Ela até havia começado bem sua batalha, chegando de relance com a capa maluca dela e depois cobrindo todas com uma espécie de manto, ou sei lá das cotas, da obscuridade... Mas só que aquilo a esgotava tanto quanto a mim, e ela não conseguiria deter mais um monstro que agora se aproximava pelas costas. Golpe injusto!

Com escamas de peixe ou cobra, não sei, e patas fortes como a de um dragão gigante, a hidra com nove cabeças de cobra esverdeada chegava correndo e cuspindo fogo no chão e nas paredes. De onde ela havia saído? Bom... Eu quero muito saber! Larguei o que fazia e nem me importei as empousas que me atacavam ficaram ainda com mais vontade, só sei que corri com tudo atrás de Rose, chamando a atenção de todos, menos a dela.

– ROSELIE, É UMA HIDRA, SAIA DAÍ, RÁPIDO- esbravejei, mal agüentando a pressão sobre mim naquele momento. Mas meu aviso foi demasiado tardio, Rose, virou e viu o enorme monstro pronto para atacá-la, mas nesse ato, o “manto” se acabou e as empousas a empurraram com força no chão, fazendo-a quebrar o salto de uma das botas e ralar o rosto, bater o cotovelo e os joelhos, ou seja, ficar acabada no chão, esperando ser presa de nove cabeças famintas e flamejantes.

Eu não aguentei de raiva por ver aquelas empousas levando minha garota, quer dizer, minha quase garota, para a morte certa. Sabia que qualquer coisa que eu faria agora iria me esgotar e, talvez, até me matar, mas eu precisava fazê-lo. Reuni todas as minhas forças restantes e, fazendo uma prece para meu pai, pedi poder para salvar que eu amo, pedi poder para liderar tão bem quanto meu primo Percy, e depois, poder salvá-lo, como recompensa por tudo que ele já fez por mim, como gratidão.

– Pai- eu sussurrei, de olhos fechados, com os punhos cerrados- Eu sei que não sou o filho que sempre quis, e nem vou ser, mas eu tenho valor e quero provara para as pessoas certas: meus verdadeiros amigos! Você não tem amigos, eu sei, vive sozinho aí num Castela de mármore negro que arde no calor de um asfalto sob o Sol, e, por isso, vai achar disso, uma bobagem. Mas, acredite, é um pedido honesto de um filho necessitado, para um pai que ele acredita ser seu companheiro.

Não esperei nenhum sinal, sabendo que poderia morrer, portanto, mas eu ergui as mãos e criei uma cratera inativa, ao meu redor, um abismo sem fundo com chamas negras e consomem qualquer monstro em cinzas douradas num toque. Nele, caíram todas as empousas que se aproximavam de mim, gritando, agoniadas, por piedade. Bom, sou filho do deus dos Mortos e Mundo Inferior, gosto de ver gente sofrendo, me desculpe. O buraco se fechou, não havendo sobrado sequer uma ao meu redor.

Eu desabei no chão, tendo meu corpo ficado paralisado e meu rosto congelado. Morri, pensei, mas não, foi pior: Eu consegui levantar-me e ver o tempo exato em que a Hidra soltou um jato crepitante sobre Roselie. Roselie Marie Nicholls. Até que quando a chamou chegou a um metro de suas costas cobertas, um campo de força negro formou-se e as chamas ricochetearam, apagando-se na parede. A expressão do monstro foi de espanto e insatisfação, mas aquela seria minha única chance de detê-lo. Meu pai havia me ajudado com a proteção.

Pensei rápido, seria difícil matar um monstro desses com poucos instrumentos de ataque (nem tentei a espada, já que não funcionava com os monstros dali). Cortar ou arrancar as cabeças estava fora de questão, então só me restava o buraco, se tivesse forças, ou fogo infernal.

Ergui as mãos e gritei bruscamente, sentindo dor por ver Rose caída e gemendo ali no chão, e um pequeno buraco negro se abrir a minha frente, não sendo o suficiente, já que não tinha forças. Então, Plano B, pensei. Estiquei as mãos e as levantei, criando uma onda de uma chama translúcida, porém escura, que torturava os atingidos. Descobri que não afetava a Hidra, mas já havia matado monstros assim.

– Meus deuses, tá tudo ferrado- pensei alto. Parti para plano C, corri até, Rose, usei uma desgastante força para levantá-la e envolvê-la em meus braços, pegando-a no colo e fugindo de perto da hidra. Mas o que eu mais esperava realmente aconteceu: tropecei com Rose e caí no chão, sendo afetado por toda a chama da Hidra homicida.

Mas eu vivi, eu permaneci vivo, e vi que a chama estava se desviando, formando um vazio na nossa direção. De repente, uma surpresa, super-ótima, ou eu pensava que fosse, aconteceu. Uma voz grave e rouca, quase muda, gritando como se tivesse uma inflamação, e dizia:

“Eu disse, não matar os netos de Nix, e você tenta matar a garota duas vezes. Pois bem, terá o que merece.”

Então a Hidra gritou, gemendo e grunhindo muito, cuspindo labaredas para o céu. E uma cortina cinza a encobrir, enrolando até que o monstro se extinguisse. Alguma força do mal controlava esses monstros, e queria raptar Klaus e Rose, com certeza, mas agora, essa mesma força usou de um poder desconhecido e sinistro para engolir por inteiro um monstro de cinco metros. Tínhamos que sair dali logo.

Então, notei que todos os monstros haviam sumido, ou morrido, como a Hidra. Sem misturas heterogêneas de mulheres feias ou um elefante escamosos com nove cabeças cobris cheias de fogo. Era nossa chance. Sam, Stella, Thalia e Klally (apelido de Klaus + Ally, é sou bom em fazer combinações) vinham correndo em nossa direção, sendo que Rose estava inconsciente no meu colo.

– Está tudo bem, como ela está, está bem- disse Klaus, ofegante, largando o bastão/galho improvisado e agachando-se perto de sua prima, tomando-a no seu colo. Ally abaixou-se ao seu lado e acariciou o cabelo chamuscado de Rose, num sentimento de pena ou de “Ai, coitada da chapinha dela!”.

– Calma, papai, ela aguenta, é forte. - Thalia, completou, não mudando o aspecto nervoso e preocupado de Klaus. Ela agachou-se perto de Ally e contemplou o rosto sangrando de Rose- Ai, que rosto é... Uck, que nojo!

– Cala a boca, Tha... – ia começar Klaus, todo vermelho e irritadinho!

– Peraí, antes de discutirem outra vez... - eu comecei- Ninguém vai ME ajudar? Tipo, vocês tão idolatrando a menina porque ela se machucou um pouco mais que eu e... – Sam e Stella riam, Ally gargalhava e até Klaus conseguiu dar um riso abafado às minhas custas. Olhei para Thalia, que me fitou e sorriu. Ela se levantou, esticou o braço direito e ironizou:


– Vamos logo, emo dos infernos... Temos uma longa viajem pela frente, precisamos por o pé na estrada agora, então, levanta daí- Eu sorri e me levantei.

– Então vamos, mas EU NÃO SOU EMO!!!!!!!


POV Roselie


Acordei repentinamente com o solavanco que o carro promoveu, provavelmente após ter passado por um buraco. Levantei bruscamente o corpo e vi que provoquei um susto em Ally, já que eu estava em seu colo.

Lembrava de poucas coisas: que um monstro cheio de cabeças me apareceu e me cuspiu fogo, o que me fez cair e perder a consciência, porque, depois disso, não lembro de mais nada.

Parece que fui resgatada a tempo de morrer pelas mãos de uma cobra-dragão-de-um-monte-de-cabeças e parti na van com meus companheiros auxiliada por Ally, a compreensiva Allyson... Klaus devia estar emburrado, já que não podia beijá-a agora, e vinham se agarrando a viagem toda.

– Ai, que susto, Rose- disse Ally sorrindo fracamente e colocando a mão no peito, de olhos fechados. Apenas encarei-a, sorrindo amigavelmente, e ela me abraçou, feliz- Que bom que você está bem! Quer dizer... você tá machucada? Tá sentindo dor? Tá...

– Calma, eufórica- disse Thalia, no fundo da van.- Ela tá bem tá até falando e rindo. Agora para de gritar que eu tava dormindo, então...

Ela continuou resmungando, mas Ally ignorou friamente a atitude infantil da Caçadora. Percebi que, no banco atrás de mim, estavam os irmãos filhos de Éris, e que na frente, Klaus e Nico conversavam, até me verem acordada.

– Até que enfim, Bela Adormecida!- Klaus me lançava um olhar que sorria por ele. Retribuí a gratidão e vi Nico, todo sujo de fuligem, me encarando, tímido. Mas ignorei-o, já que ele estava se enrabichando com aquela Stella.

– O que aconteceu lá no corredor do hotel? O que houve com as empousas? Que monstro era aquele que veio me atacar?

– Pergunta pro Nico... - disse meu estúpido primo sorrindo maliciosamente.- Eu vou parar pra Ally trocar de lugar com ele e...

– Cuidado, Klaus, você vai atropelar!- esbravejou Ally, aflita, ao meu lado. Não gostava de vê-la nervosa. Vi que Klaus realmente perdera a concentração no volante falando comigo, e que duas pessoas estavam paradas a nossa frente, no meio da estrada.

Todos gritavam nervosos, deixando meu priminho mais nervoso ainda. Nico se segurava na alça do porta-luvas, até que... BOOM!!! O carro bate e capota, possivelmente matando as duas pessoas que espreitavam paradas na estrada deserta. Mais gritos desesperado podem ser escutados, mas conseguimos air da van intactos, só quebrando as janelas. Apenas Klaus tinha um corte fundo na bochecha, com certeza do vidro da frente, e Sammuel tinha torcido o tornozelo ao sair de mau jeito.

– Meus deuses, Klaus, o que aconteceu?- perguntei, quebrando o silêncio provocado ali. Ally já o abraçava com força, gemendo por causa de seus machucados.

– Eu... Eu não sei, eu só... Aquelas pessoas, eu matei elas... Eu...eu não presto... Eu sou...- Klaus gaguejava demais, ele estava pálido e nervoso. Pensei até que pudesse ter um troço. Porém, sua agonia logo acabou: as pessoas estavam vivas, de pé, bem a nossa frente.

Elas haviam aparecido do nada, e estavam com as costas juntas. Uma mulher de pele morena, olhos castanhos como um mel, ou como terra (como o de Klaus), cabelos liso, longos e negros, até a cintura, e cheios de flores e enfeites brilhantes. Ela tinha vestes rosa e verde, com um olhar cativante, porém mortal, diretamente para Nico.

O homem era um tanto quanto baixo, de cabelos ralos, barba feita, terno comercial e sapatos de bico fio, com uma maleta e uma bengala com um símbolo de duas cobras entrelaçadas num pau. Ele sorria abertamente, de orelha a orelha, para todos. Até que o mistério foi quebrado com sua fala:

– Olá, jovens semideuses!




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Notas finais do capítulo

O Emmanuel tem problemas... Eu aqui postando o capitulo e ele dançando igual a um maluco uma musica que não conheço...
ENFIM, GOSTARAM DO CAP????
Beijos, até o próximo capitulo! Obrigada pela atenção!