- NÃÃÃÃÃÃÃO – Marilia falou chorando. Pegou a lanterna que havia na mão de Cássio e iluminou o quarto procurando alguma porta ou janela. Ela encontrou uma porta de madeira, essa porta era a porta mais conservada que Marilia já vira naquela casa. Ela andou em direção a porta e a abriu e iluminou o quarto. Quando entrou viu três pessoas mortas sentadas em cadeiras, e uma delas, um homem, segurava uma foice. As outras duas pessoas, uma mulher e um garoto, seguravam sua cabeças.

Ela então viu um papel em cima da mesa, pegou ele e viu que tinha alguma coisa escrita nele.

Se você está lendo esse papel agora, provavelmente não irá sobreviver, mas aqui dirá como você irá sair dessa casa, e como acabar com ela. Se eu fosse você eu sairia correndo agora mesmo, pois se não já será muito tarde.

Marilia obedeceu ao que estava escrito no papel, pegou ele enfiou no bolso e começou a correr. Saiu do porão pegou o papel e começou a ler novamente.

O único jeito de sair dessa casa é pela porta da frente, sei que você já deve ter tentado abri-la e não conseguiu. Claro foi você que tentou. Quem tem que abrir é essa foice que está atrás de você. E se você conseguir abrir queime essa casa, só assim você poderá se livrar desse pesadelo. Caso contrario essa foice irá atrás de você pelo resto de sua vida. Boa sorte em sua saída.

Marilia saiu correndo em direção a porta. Parou em frente a ela e ficou pensando no que estava escrito no papel. Como ela iria fazer com q a foice abrisse a porta?

Olhou para frente e viu que a foice vinha em direção a ela. Quando a foice deu o golpe para cortar seu pescoço ela abaixou, deixando a foice bater na porta. Quando levantou percebeu que a foice tinha deixado um buraco onde batera.

- Isso, eu tenho que fazer ela bater na fechadura da porta...

Marilia ficou bem em frente a fechadura, esperando que a foice aparecesse novamente para matá-la. Não demorou muito apareceu a foice, mas dessa vez ela não estava sozinha. Aquele homem estranho estava com ela. Ela olhou fixamente para o rosto do homem, e reparou que no lugar de sua face estava a cara de uma caveira. Ela se assustou mas não deixou se levar pelo medo. Ela tinha que conseguir sai dali.

O Homem levantou a foice e foi em direção a Marilia, quando abaixou a foice com toda sua força Marilia chegou para o lado, e a foice bateu na maçaneta abrindo a porta. Marilia correu para fora da casa e observou que já estava amanhecendo. Começou a correr pela rua chorando. Chegou em casa e sua mãe estava na sala.

- Mãe socorro, o Cássio na casa – falou respirando rapidamente e começando a chorar.

- O que aconteceu?? Que casa? – a mãe falou preocupada.

Marilia foi até a cozinha e pegou uma caixinha de fósforo e uma garrafa de álcool.

- O que você vai fazer com isso?

- A casa... Eu preciso queimá-la.

- Do que você esta falando?

Marilia não respondeu, só abriu a porta e foi correndo em direção a casa. Sua mãe saiu correndo atrás dela. Quando chegou viu sua filha derramando álcool na varandinha da casa.

- O que você está fazendo? Está ficando doida?

- Eu tenho que queimar essa casa – falou pegando o fósforo já aceso e tacando no chão. E ficou lá pegando fogo junto com a casa.

- NÃÃÃÃÃÃO – sua mãe gritou. Correu ate sua filha e a abraçou, queimando junto com ela.

A casa ficou ali pegando fogo ate sua ultima madeira ser queimada. A partir daquele dia mas nenhuma criança ou adolescente seria morto pela aquela foice fantasma.

Aquela casa virou lenda em toda a cidade, mas mesmo assim ainda tinha gente que falava que aquela historia não passava de invenção dos pais de adolescentes drogados que morreram em uma casa em chamas.

Os familiares das pessoas que morreram naquele dia naquela casa, fizeram um enterro simbólico, pois seus corpos viraram cinzas junto com a casa.