Lenda Urbana escrita por William Grey


Capítulo 1
Uma velha boba


Notas iniciais do capítulo

Uma nova aventura, espero que todos gostem e sigam, bjos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/156573/chapter/1

1953

Fellipe e Math se aproximaram da casa velha. Os dois não conseguiam esconder o medo. Math, mais corajoso, foi na frente, Fellipe foi atrás, o tempo todo olhando para os lados, como se viesse um carro desgovernado.

- Math, vamos embora daqui! - disse Fellipe agarrando o braço do amigo. - Isso me dá arrepios.

- Para Fellipe, medroso. - Math empurrou o amigo para se livrar. - Olha, não tem nada de mais. É só uma velha boba que gosta de dar presentes para as crianças em troca de seus dentes, essa história de bruxa é porque ela teve uma doença grave, ficou muito feia e não gosta que ninguém a olhe. Por isso as janelas da casa estão trancadas e os vidros pintados de preto. Se não quiser vir pode voltar, eu vou continuar, quero minha bicicleta.

Math continuou a andar em direção da casa. Foi até a porta da frente e tocou a campaínha, olhou pra trás, seu amigo já havia voltado. Ele riu, achando engraçado o medo do amigo.

- Que idiota. - sussurrou.

Antes que pudesse tocar a campaínha novamente a porta se abriu. Math não viu ninguém.

- Entre criança. Não tenha medo. - disse uma voz rouca. - Está sozinho? Por que isso tem que ser um segredo. Os adultos não entendem o que eu faço.

- Sim, eu estou sozinho. - disse ele entrando na casa. - Onde está você? E minha bicicleta?

- Você não precisa me ver. Terá sua bicicleta, mas antes eu quero o meu dente.

A porta se fechou atrás de Math, ele se assustou com o barulho.

- Não tenha medo criança. Eu só quero o dente. Venha até a sala. Mas não me olhe.

Math se aproximou. Viu a velha sentada no sofá. Tinha uma capa preta com um capús que tampava todo seu rosto. Ela se levantou e ficou de frente para o menino. Não conseguia ver o rosto dela.

- Me dá o dente! - disse ela estendendo suas mãos.

- Mas ele ainda não caiu...

- Não tem problema, tem uma linha na mesa ao seu lado, amarre no seu dente.

- Quero ver a bicicleta antes!

- Eu não minto! - ela gritou. - Ali está a bicicleta. - ela apontou pro lado e uma luz acendeu no canto da sala iluminando o modelo mais caro de bicileta.

- Não acredito, essa é a melhor que existe! É muito cara.

- Me dê o dente e ela é toda sua.

O garoto pegou a linha na mesa e amarrou no seu último dente de leite.

- Pronto, como faço? Amarro na porta e e a fecho com força?

- Tenho uma forma melhor. - A velha pegou uma ponta da linha e a puxou com força. O dente do menino saiu com facilidade, e a velha o pegou. - Pronto.

- Que dor! - disse Math segurando a bochecha. - Posso pegar a bicileta e sair?

- Só tem um problema, quem entra aqui, nunca sai.

Math se assustou e correu em direção da porta. Tentou abrir, estava trancada. Quando ele se virou viu a velha atrás dele segurando um machado, foi a primeira vez que viu seu rosto. Depois, um jato de sangue voo na porta.






Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem Reviews! Algo precisa melhorar? Deixe Review! Abraço e até mais!