Entre Nós Dois... escrita por MrsLermanPotter


Capítulo 5
Atrasa, irritada, humilhada e orgulhosa


Notas iniciais do capítulo

Muitssimo obrigada pelos comentarios, você são demais.
Gente, eu demoro em media três dias para escrever cada capitulo, e existem uma serie de circunstancias para que o capitulo fico pronto. Exemplo: se eu tiver uma noite de insonia no dia seguinte eu já vou ter uma boa ideia para colocar na fic( tenho que fazer alguma coisa as 3:30 da madrugada, por que não pensar na fic?). Se eu ouvir uma musica legal, ela vai me inspirar a escrever melhor. Se eu não tiver muita lição pra fazer vou poder escrever o capitulo com mais calma ( geralmente eu escrevo o capitulo e esqueço da lição)
AH É, quase esqueci, me digam alguma musica que vocês gostariam de ver na fic e se quiser pode falar quem quer que cante a musica, estou aceitando sugestões.



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Acordar no dia seguinte foi um grande desafio. Meus olhos ainda estavam inchados, porque dormi chorando.

Acho que meu pai entrou no meu quarto de noite já que o radio estava desligado e eu estava enrolada na minha coberta.

Quais sãos as possibilidades de tudo o que aconteceu ontem ser um sonho? Acho que é algo entre -1% e 0%...

Era realmente muito dificil acreditar. Meu avô, meu pai minha mãe... Isso já não era mais uma bagunça na minha cabeça. Tudo se encaixva, mas nada fazia sentido. O que Zeus queria comigo? Ele não parecia ser um homem ruim, mas como eu podia dizer isso se eu mal o conhecia. Ele era meu avô, sim, claro, sem problemas, mas além disso o que eu sabia sobre ele? Eu podia confiar nele?

E meu pai?

Bem, ele é meu pai, eu podia confiar nele.

Eu queria tanto conhecer mais Zeus, tirar minhas proprias conclusões sobre que tipo de pessoa ele é.

Mas meu pai... ele não vai gostar nem um pouco disso. Ele já fez questão de deixar bem claro que não é muito a favor de qualquer tipo de aproximação entre Zeus e eu.... 

Olhei para o relogio no criado mudo meu lado e cai da cama. Literalmente. Eu estava realmente atrassa, REALMENTE MUITO ATRASA MESMO!!!

Me levantei do chão e corri para o banheiro. Não tinha tempo para tomar banho, escovei os dentes  e lavei o rosto e corri de volta para o quarto e arranquei minha roupa do corpo, peguei a primeira calça que vi e vesti, abri um das gavetas do meu guarda-roupas e peguei uma camisa, corri para a cozinha enquanto vestia a camisa, o que não deu muito certo porque eu acabei tropeçando em um sapato sem par perdido no corredor.

Dois tombos no mesmo dia e olha que não era nem três da tarde.

Mais uma vez me levantei e pulei para dentro da cozinha. Meu pai não estava em casa, já tinha ido trabalhar. Peguei uma banana na fruteira, e fui para a sala. Vesti meus sapatos, peguei minhas chaves, minha jaqueta e sai de casa.

Mas tive de voltar porque esqueci de trancar a porta. Desci as escadas correndo. Desdeque eu me entendia por gente, eu nunca tinha visto aquela merda de elevador funcionar, e ter que descer quatro lances de escada correndo mastigando uma banana era realmente muito cansativo.

 - Ola Annabeth - disse a mulher do segundo andar.

 - Oi - eu disse com a boca cheia  e sem parar de correr.

Finalmente eu cheguei a porta do predio.

 - Annabeth querida... - disse a Sra. Jonhson bloqueando minha passagem - poderia ajudar uma pobre senhora a levar essas sacolas pesadas lá para cima?

ARGH!!! Não importa o quanto você esteja atrasada, sempre vai aparecer algum infeliz pra te atrasar.

 - Foi mal, muito mal mesmo Sra. Jonhson, mas eu estou ultra atrassada. - eu disse.

 - Que bom, então quanto antes me ajudar mais  rapido  vai poder ir para o trabalho, aqui pegue essas sacolas, são as mais pesadas - ela disse sorrindo e me entregando a sacola.

 - MAS EU NÃO TENHO  TEMPO, MULHER DE DEUS!!!! - eu quase gritei.

 - Annabeth Charllote Chase! Quem foi que cuidou de você quando você estava doente e seu pai precisou ir ao trabalho? Quem foi que te ensinou a fazer croche? Quem foi que te deu a receita do melhor pavê do mundo? - ela disso em um tom serio.

 - A senhora.... - murmurei.

 - Agora peguei essas sacolas e me ajude a subir as escadas!! - eu peguei as sacolas e subi as escadas de cabeça baixa.

A Sra. Jonhson morava um andar acima do meu, então la se vão mais cinco lances de escadas com as sacolas.

Finalmente quando chegamos, eu coloquei as sacolas na mesa da cozinha e me virei para Sra. Jonhson.

 - Agora eu já vou indo, porque eu estou muito, muito muito muito atrasada mesmo - eu disse.

 - Mais uma coisa - ela me chamou.

 O que mais aquela mulher queria? Não sou ingrata, de modo algum, eu adorava a Sra. Jonhson, mas aquela hora ela estava me dando vontade de arrancar os cabelos ( só não sei ao certo se era o cabelo dela ou o meu)

 - Pegue um taxi, é mais rapido - ela disse me entregando um trocado para o taxi. 

Eu  a abracei e disse:

 - Obrigada por tudo, desde a receita do pavê até isso. Quando eu receber eu te pago - peguei o dinheiro e desci os cinco lances de escada correndo.

Sem duvida se fizsse isso durante uma semana eu não precisaria de mais dieta nenhuma para emagrecer.

Cheguei a portaria do predio totalmente ofegante. Respirei fundo e atravessei a rua.

Peguei o primeiro taxi que apareceu. 

 - Poseidon's Club - eu disse.

O motorista acelerou o carro e com certo receio perguntei.

 - O senhor sabe que horas são?

 - Falta 20 minutos para as 11:00 - ele disse.

 - Puta merda!!! - eu deixei escapar. - Desculpe....

Eu estava realmente atrasa. Eu estava quase três horas atrasadas. Pronto, era dessa que eu ia perder meu emprego.

 - Vou perder meu emprego... - eu disse para mim mesma. - Vou perder a merda do meu emprego e não vou ver mais o Percy!!

Só depois que falei percebi que disse o nome dele. Eu não sabia qual dos dois medos era maior: perder o emprego ou não ver Percy nunca mais.

Mas fui tirada dos meus pensamentos quando ouvi um som que definitivamente não me agradou, era o som de algo estourando e quando digo algo, me refiro ao pneu do taxi.

- É moça acho que você vai mesmo perder o emprego.... Vai demorar um pouco pra trocar esse pneu - disse o motorista.

 - E você diz isso na maior cara de pau? -  eu disse saindo do taxi.

Olhei para o pneu furado e chutei a calota.

 - QUAL É DEUS, COLABORA NÉ!!!! - eu disse olhando para o céu.

Respirei fundo algumas vezes para me acalmar antes que uma veia da minha testa estourasse.

Um carro esportivo parou ao lado do taxi. A janela se abriu e dentro do carro um certo Zeus sorridente olhava para mim.

 - Precisa de uma carona? - ele perguntou.

 - Valeu Deus - eu sussurrei. - To precisanso mais do que nunca de uma carona, Sr. Ollimpius.

 - Venha - ele disse abrindo a porta do carro.

Paguei metade da corrida para o motorista e entrei dentro do carro de Zeus.

 - Realmente, do fundo mais profundo de todo meu coração: obrigada Sr. Ollimpius. Você apareceu na hora certa!!! Nem sei como te  agradecer!!

 - Pode começar me chamando de avô ou vovô ou pelo meu nome mesmo. Nada de Sr. Ollimpius, entendido?

 - Entendido - eu disse. - Como me encontrou?

 - Eu fui ao Poseidon's Club te ver, mas la falaram que você não tinha chegado. Então fui até o seu predio, e o porteiro disse que você correndo dizendo algo sobre perder o emprego. Então resolvi voltar para o clube, mas vi você saindo do taxi e mandei Argos estacionar.

 - Oi Argos - eu disse para o motorista particular do meu avô.

Ele sorriu e acenou com a cabeça.

 - Quem sabe, talvez ainda uma pequena esperança de eu não ser demitida - eu disse sorrindo. - Estou três horas atrasada.

 - Pode acelerar Argos - Zeus disse.

 - Sim senhor - ele disse com um certo sorriso malicioso.

Eu me sentia em uma montanha russa de tão rapido que Argos dirigia, pela janela eu só via um borrão. Respirei fundo tentando não vomitar a única coisa que comi. E tentar lidar com a pequena onda de adrenalina.

Quando dei por mim o carro já não estava mais em movimento.

 - Chegamos - Argos anunciou.

Abri a porta do carro e pulei para fora dele. Minha pernas estavam um pouco bambas. Fechei os olhos por alguns segundos, tentando me concentrar.

 - Obrigada Argos. Obrigada Zeus - eu disse.

Voltei a correr, dessa vez para a entrada do clube. Praticamente me joguei em cima da mesa de Nadja a secretaria, que se assustou.

 - Muito bonito hein Chase....? - disse uma voz nojenta no meu ouvido.

Dennis. Agora aquele dia era oficialmente uma droga.

 - Me dê um bom motivo para eu não demitir você? - ele pediu. - Você está três horas atrasada, Chase.

Um motivo? Eu nunca dei um soco nessa sua cara feia, não importa o quanto eu realment quissesse, esse era um bom motivo para não me demitir.

 - Eu trabalho aqui a quase um ano e essa é a primeira vez que eu cheguei atrasada!!

Ouvi um som de risada. Olhei para o lado e tive a vontade de poder ter visão de raios laser. Rachel ( ainda não tenho certeza se esse é nome dela) estava entrando no clube. Pela primeira vez, ela não estava acompanhada de Percy e isso de certo modo me animou.

Voltei minha atenção para Dennis.

 - Qual é Dennis! - eu disse.

 - Posso conversar com o senhor? - perguntou Zeus, se aproximando de nós.

 - E você é....? - Dennis perguntou.

 - Sou avô de Annabeth - ele disse.

 - Você trouxe seu avô aqui Chase?  - Dennis perguntou com sarcasmo.

 - Acho que você deve conhecer meu amigo, Poseidon Jackson - Zeus disse e a sarcasmo de Dennis derreteu.

 - Chase, vá trabalhar - Dennis disse.

Sorri para Zeus e fui trocar de roupa.

Assim que cheguei na lanchonete, minha querida amiga Thalia me recebeu do modo mais doce e gentil do mundo:

 - Ca-ra-lho. Pensei que você não ia vir - ela me puxou para fora do balcão e me levou para perto das piscinas.

Um grupo de mais ou menos 15 jovem estavam perto da piscina de provas.

 - O que esta acontecendo? - perguntei olhando curiosa.

 - Seu principe encantado apostou com aquele garoto ali - ela apontou para um garoto, alto de cabelo escuros e olhos castanhos. Ele parecia ser mais forte do que Percy. - o nome dele é Charles Beck-alguma-coisa.

-Atenção, atenção - disse a nojenta da namorada do Percy. - Desse lado temos Percy Jackson, futuro capitão da equipe de natação e meu namorado - ela deu uma piscadela para Percy e ele apenas sorriu. -  e desse lado temos Charles Beckendorf o desafiador. Senhores, tomem seus lugares.

Os dois se possissionaram esperando a largada.

 - Vocês dois tem que chegar até a outra ponta e voltar, o primeiro que chegar ganha - disse Rachel, dando um beijo no rosto de Percy.

 - Um, dois, três, vão!! - ela deu a largada.

Percy pulou na água ao mesmo tempo que Charles. Mas a diferença era o modo como nadavam. Não que Charles nadasse mal, mas Percy parecia ser parte da água, ele nadava com mais graça e mais rapido.

As torcidas gritavam o nome de seu preferido, incentivando-os. Rachel parecia uma galhinha maluca, pulando e gritando.

Eu não gritava nem pulava, apenas  tentei me concentrar em Percy, não perde-lo de vista, era uma torcida silenciosa. Thalia estava tão quieta quanto eu. É claro que as vezes que Charles conseguia ultrapassar Percy nós duas faziamos um som de decepção e então quando Percy ficou na frente novamente, Thalia sorriu e me deu uma cotovelada amigavel.

Então, finalmente, Percy ganhou. A diferença de tempo entre ele e Charles era pequena e Charles não parecia trsite por perder, ele levou na esportiva.

Assim que Percy saiu da piscina, todos foram pra cima dele. Era impossivel sorrir mais do que eu estava sorrindo. Eu queria dar pulinho de felicidade sem me importar quando Thalia de chamasse de idiota.

Mas então algo maravilhoso aconteceu, Percy me viu e sorriu para mim ( tipo assim: http://26.media.tumblr.com/tumblr_lqemizVSRI1qhd3koo2_250.gif)

PERCY JACKSON SORRIU PARA MIM.

Eu sei que era impossivel sorrir mais do que eu estava sorrindo, mas mesmo assim meu sorriso se alargou.

Mas então algo horrivel aconteceu, Rachel percebeu a nossa troca de sorrisos. E me olhou como seu eu fosse um bandido e ela fosse um pit bul raivoso.

Meu sorriso derreteu e eu me virei e puxei o braço de Thalia para sairmos de lá.

 - Que foi? - ela perguntou.

 - Sorri para Percy - eu disse.

 - Grande coisa, só de ouvir o nome dele você sorri. - ela disse.

 - Ele sorriu  para mim. - eu disse, indo para o balcão

 - Isso sim é uma novidade. Isso é bom. - Thalia disse dando um soco no meu ombro, não sei se já comentei, mas ele tem a mão pesada, então isso doeu.

 - A namorada dele viu. - eu disse, alisando meu ombro dolorido.

 - Isso é ruim - ela disse.

 - O que eu faço? - perguntei.

 - Nada - Thalia respondeu calmamente.

 - Como assim, nada Thalia? Como eu posso não fazer nada? - eu perguntei exaltada.

 - E o que você fazer? Chegar nela e dizer : eu sorri na maior cara de pau para o seu namorado? Se ela vier atrás de você, ai,  a gente dá um jeito.

 - Que jeito Thalia? Me diz que jeito? - perguntei com um leve toque de irritação.

 - Para tudo! Você, Annabeth Chase está com medo de enfrentar a namorada dele? Você vai dizer na minha cara que minha melhor amiga está com medo de um patricinha? A Annabeth que foi criada na area pobre e perigosa de Nova Iorque, não tem forças para enfrentar aquela copia da Barbie versão irlandesa?

 - Do jeito que você fala parece que nasci no gueto. E não tem nada de perigoso na nossa rua e você sabe disso.

 - É, sei, só quis dar um clima na conversa - Thalia disse. - Mas você ta ou não ta com medo de enfrentar ela?

 - Se eu falar que sim, você vai dar um soco no meu braço? - perguntei.

 - Com certeza - ela afirmou.

 - Então não. Eu não tenho medo nenhum de enfrenta-la. - eu disse balançando a cabeça.

 - É assim que se fala! - Thalia disse. - Agora se prepara que ela esta vindo ai - ela apontou para a direção das piscinas e era de lá que Rachel vinha, junto com Percy e os outros.

 - Ai meu Deus! Agora eu to com medo.

Thalia deu um soco no meu braço.

 - Esquece, o medo foi embora - eu disse.

Thalia estava certa ( exeto pela parte do soco), o que eu tinha a temer? O que de pior Rachel podia fazer contra mim? Respirei fundo e preparei para o que quer que acontecesse.

Quando ela estava chegando perto do balcão, ouvi alguém me chamar. Era Zeus. Naquele momento ele merecia o premio de anjo salvador, já era a segunda vez que ele aparecia na hora certa.

 - Podemos conversar um pouco? - ele perguntou.

Nos afastamos da lanchonete para conversamos melhor. Mas então voltei ao balcão e disse para Thalia:

 - Aquele cara é o meu avô. Sem perguntas, depois eu te conto tudo, vou falar com ele e já volto.

 - O que? Como assim? Anni.. Annie perai, explica isso!! Annabeth!! - ela me chamou, mas eu já estava correndo de volta para Zeus.

 - Desculpe, precisei falar com Thalia  - eu disse quando me aproximei.

 - Ela é sua amiga? - ele perguntou.

 - Minha melhor amiga - eu disse. - Ela tem esse estilo meio punk, mas é legal.

 - E você também tem esse estilo punk?

 - Ela tentou fazer com que eu gostasse de punk, e eu até curto as musicas e algumas coisas do estilo dela e tal, mas isso não é a minha praia. 

 - São esses tipos de coisas que eu quero saber sobre você. Annabeth, você é mil vezes melhor do que eu podia imaginar, eu não quero perder a neta que eu acabei de ganhar.

 - Mas meu pai...

 - Sei que Federick não aprovaria isso, mas eu só resolvi te conhecer porque achei que você já era grande o bastante para tomar suas decisões, decidir o que você quer ou não quer. Eu estava errado?

 - Não!! Eu sei tomar minhas proprias decisões, mas fica mais complicado quando envolve os sentimentos de outras pessoas. Eu não quero magoar meu pai.

 - Eu não quero me magoar com você - ele disse. - Seu pai não precisa saber de nada por enquanto, vamos nos conhecer e depois você decide se quer continuar vendo seu avô ou não. Pode ser assim?

O que eu tinha a perder?

 - Claro... pode ser assim.

 - Posso te abraçar? - ele perguntou.

 - Sim.

Foi abraço meio desajeitado pela minha parte. Era a primeira vez que eu o abraçava. Foi algo carinhoso. 

Eu fiquei vendo ele se afastar. É, eu acho que eu estava começando a considerar chama-lo de avô. Quando ele já estava fora de vista. Me virei para voltar para a lanchonete, mas assim que me virei dei de cara com Rachel.

Ela me encarava com uma cara nada feliz. Tentei passar, mas ela bloqueou o meu caminho ( todas as 7 vezes que eu fiz isso) e eu me irritei.

 - Pode sair da frente ou 'ta dificil? - eu disse.

 - Mais respeito empregadinha - ela disse.

Ela estava de braços cruzados. Usava um short curto ( pra mim aquilo era praticamente uma calcinha jeans) com a parte de cima do biquini. Seu cabelo ruivo estava amarrado em um rabo- de-cavalo muito bem arrumado, diferente do meu, já que nem consegui pentear meu cabelo direito por causa da pressa e devia estar parecendo um ninho de rato versão 5 estrelas.

 - Me chamou do que? - perguntei incredula.

 - Empregadinha, diminutivo da palavra empregada, serviçal. Não sei se te ensinaram isso na escola, se é que você foi para a escola - ela disse com deboche.

 - Tenho mais o que fazer do que ouvir isso - eu disse empurrando ela para sair do meu caminho.

 - Não não, você não vai sair daqui tão cedo - ela disse me puxando pelo braço.

Não pude evitar soltar um "ai" quando ela fez isso, porque ela pegou justamente no braço que eu machuquei quando cai da cama ( ou será que foi quando eu tropecei no sapato?) e que recebeu um soco de Thalia.

 - Eu vi você sorrindo para meu namorado - ela disse.

Aquela garota estava realmente me tirando do serio.

 - Eu vi seu namorado sorrindo para mim - eu provoquei.

Eu sabia que estava cutucando a onça com vara curta ( é assim mesmo que se fala? nunca decorei as coisas que minha avô falava), mas ver a raiva na cara dela me deixou muito satisfeita.

 - Se toca garota - ela disse soltando meu braço. - Olha pra você e olha para mim, quem você acha que ele vai escolher? Eu sou mais velha, mais bonita, mais rica, mais gostosa, mais tudo do que você. Faça um favor para si mesma e desista de Percy, ele é meu. Sempre foi e sempre será.

 - "Sempre" quer dizer desde a semana passada? - perguntei sarcasticamente.

 - Não é da sua conta, empregadinha, garçonete. Ou você para de olhar para o meu namorado ou faço com que você perca de vez esse emprego. - ela ameaçou. -  Foi tão humilhant,e você pedindo para não ser demitida hoje mais cedo. - ela disse com um tom de superioridade.  - Em que universo Percy consideraria olhar para você? Cá entre nós,você é bonitinha, mas nem chega aos meus pés. Você chama isso de cabelo? E aquelas roupas que você usa? Você as compra em alguma venda de garagem?, ah não, espera, até as roupas de venda de garagem são melhores do que aquilo. E a quantos anos você tem esses sapatos? Eles estão praticamente implorando, me joguem no lixo. Acorda pra vida, você nunca vai chegar ao meu nivel.

E sinceramente, esse era um dos momentos em que você pensa: Puta que pariu, não chora.

Meus olhos estavam ardendo. E eu queria chorar, mas eu queria chorar de raiva. A única coisa que tinha dentro de mim era raiva, era o desejo de limpar o chão com cabelo dela. Mas uma pequena vozinha dentro da minha cabeça dizia: é isso que ela quer, você vai entrar no jogo dela?

 - Não. - eu disse. Eu não vou entrar no jogo dela. - Olha aqui agora: não sou perfeita, nunca quis ser. Não sou bonita: prefiro ter um cerebro e vergonha na cara. E esse par de sapatos velhos tem mais carater do que você interia. Nunca entendi muito bem a frase: rosto bonito alma feia, até te conhecer. Não tenho a minima vergonha de trabalhar. Ter vergonha de ganhar o meu proprio dinheiro, honestamente e sem interferir na vida de ninguém? Por que eu teria vergonha disso? Você pode ser rica e o caralho a quatro, para mim isso não faz a menor diferença. Pra mim você só uma idiotinha mimada que acha que pode ter tudo o que quer. E nesse momento você quer me humilhar e me deixar trsite. Uma novidade para você querida: você não conseguiu. Sou imune ao seu veneno. Se você esta com Percy, problema seu, eu não tenho nada a ver com isso. A vida é dele e ele faz o quiser. E se ele quis escolher a maçã podre, tudo que posso fazer é esperar ele perceber que fez a escolha errada. Mimadinha retardada - dessa vez eu empurrei ela com força para sair do meu caminho.

Ela levantou a mão para me bater mas antes que ela me acertasse eu segureo seu braço com força, na maldade mesmo, na intenção de machucar.

 - Você é doida? Quem você acha que é para tentar me bater? Se toca garota - eu disse soltando seu braço e voltando para o balcão.

Alguns jovens que acompanhavam Rachel olhavam para mim com olhares de medo, indignação, confusão. Será que tinhamos brigado tão alto que todos ouviram? Que pergunta... é claro que eles tinham ouvido.

O olhar mais confuso era o de Percy. Seus olhos me seguiam como se ele estivesse racionando o que tinha acabado de acontecer.

Mas eu não queria saber dele. Eu também estava com raiva dele. Como ele podia namorar alguém como a Rachel? Alias, como alguém podia namorar ela? Aquilo me deu muito o que pensar sobre Percy. Estava na hora de apagar a imagem de um Percy Jackson perfeito que eu carregava e ver a realidade.

 - Essa é a minha garota - disse Thalia sorrindo.

 - Menos Thalia, menos - eu pedi. Os amigos dela estavam lá e eu não estavam afim de brigar com mais ninguém.

Me senti orgulhosa por perceber que a vontade de chorar tinha passado. E a raiva tinha virado orgulho e satisfação, por ter não ter cedido ao impulso de voar em cima de Rachel.

 - Amor... olha o que ela fez comigo... - disse Rachel com voz de criança para Percy.

Percy apenas olhou para o braço vermelho de Rachel.

 - Foi ela, senhor - disse uma garota, que estava chegando com Dennis.

Caramba, Dennis tinha tirado a semana pra me pertubar.

 - Oh... Chase... - ele disse quando me viu.

 - Eu exijo que ela seja demitida por agressão - Rachel disse.

Eu me apoie no balcão para me aproximar mais de Dennis.

 - Eu acho que você teve uma boa conversa com meu avô, certo Dennis? - eu perguntei erguendo uma sobrancelha.

 Dennis engoliu em seco e disse: - Sim Chase, foi uma conversa esclarecedora....

 - Que bom que acho isso - eu disse. - Então acho que ainda tenho meu emprego...

 - Com certeza - ele garantiu.

 - O QUE? ELA VAI CONTINUAR TRABALHANDO AQUI? - Rachel disse totalmente revoltada. - Chega, isso é demais para mim. Vamos embora Percy. 

Ela saiu andando. Mas saiu sozinha.

Percy ficou parado, olhando para mim. Dele eu ainda tinha raiva.

 - Percy, vamos - ela o chamou novamente.

Ele apenas olhou para o chão, depois foi com Rachel.


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Notas finais do capítulo

No proximo capitulo: A revolta de Annabeth com Pecy não está nem perto de acabar. Ela se aproxima de Jason, será que isso significa algo mais?
Zeus se mostra alguém legal.
E em primeira mão: parte da fic será contada pelo Percy
Bjos *^-^*