até que a Fama nos Separe. escrita por bieberpizzabr
Notas iniciais do capítulo
geeeeeeeente, não aguentei deixar voces só com aquele capitulozinho chato e escrevi rapidinho pra postar hj. espero que voces gostem desse, porque eu gostei e foi uma idéia relampago que eu tive IUAHIUAHIUAH. nao esqueçam dos reviews, beijos. ♥
- Isso não vai dar certo... – Justin tamborilava com os dedos nervosamente na folha dos horários de suas aulas enquanto estávamos dentro de um táxi, indo para o primeiro local do dia.
- É claro que vai. Você tem noção, toca bem. Só vai aperfeiçoar, então porque não vai dar certo? – Scooter ia do seu lado enquanto eu me espremia contra a janela do veículo, segurando a matricula na nova escola já feita anteriormente para entregar mais tarde. O táxi seguia rapidamente entre as ruas extremamente cheias de Atlanta para uma quarta feira de manhã, o que dava a impressão de que passávamos despercebidos por todas as ruas que percorriamos. O estúdio XV ficava no fim de uma avenida distante de nosso apartamento, e que levou 25 minutos para percorrer todo o caminho. Mal acordei e já fui apressada por Justin, dizendo repetidamente que “Scooter iria chegar rápido e ele nem estava decente ainda”, até que preguiçosamente arrumei uma roupa qualquer e deu no atual resultado: uma meia de cada tipo e meu cabelo péssimamente desajeitado.
- Chegamos. – anunciou o empresário enquanto descíamos no carro e ele entregava o dinheiro da corrida. Não quis comentar, mas percebi que o preço do táxi não era muito barato por aqui.
O lugar ficava no alto de uma escadaria, em cima de uma clínica odontológica. Havia néons indicando as iniciais “XV” e barulho de bateria era o que não faltava.
- Não vou poder entrar com você. – eu disse, enquanto prendia o cabelo em uma tentativa frustrada. – é sua aula. Vai lá e faz o seu melhor. Ligo no seu celular quando eu finalmente achar a escola para entregar isso... aí vamos juntos para sua aula de canto.
- Tudo bem. – ele disse, enquanto Scooter o puxava desesperadamente pelo braço, provavelmente porque ele estava atrasado 10 minutos. – a gente se vê depois. Me deseje sorte.
Eu sorri e voltei para a calçada tentando chamar a atenção de algum táxi novamente, observando o céu enquanto esse se tornava extremamente escuro. Ótimo, se era para andar, teria que ser na chuva, e ainda por cima em uma cidade totalmente desconhecida.
- Suzanna? – eu ouvi alguém me chamando e virei a cabeça para tentar localizar, quando me deparei com um garoto dentro de uma caminhonete aparentemente antiga, mas conservada. – Quer uma carona?
- Zac? – eu perguntei enquanto reconhecia o garoto que ficava atrás dos balcões antigos da sorveteria. – o que faz aqui?
- Eu é que me pergunto... Você não era nova na cidade? – ele riu e fez um gesto, me dizendo para entrar no carro. Eu fui, abrindo a porta e pulando para dentro assim que gotas grossas e geladas começaram a cair.
- É, quer dizer, eu sou nova. – tentei explicar enquanto voltava a colocar meu casaco. – Vim até aqui para deixar Justin no estúdio... e agora eu ia deixar essas folhas na escola, mas começou a chover.
- Eu posso te levar, a sorveteria é fechada agora. Onde é? – eu mostrei o endereço na folha enquanto ele fazia uma careta. – é... te poupei uma bela corrida de táxi.
- Se for muito longe eu posso ir amanhã, pode me deixar em casa se quiser... – ele me interrompeu.
- Não, não é muito longe. A gente pode conversar se quiser. Quantos anos você tem e qual seu nome completo? – ele sorriu.
- Ahm... Suzanna Brown. Tenho 14 anos... ou melhor, vou fazer 15 em poucos dias.
- Coincidência. – Zac olhou para mim. – o meu sobrenome também é Brown. Somos primos, quem sabe? – ele deu uma risada, e eu o acompanhei.
- E você?
- Eu? Zaccharias Brown. 16 anos e meus pais tem uma sorveteria. – fez uma careta. – é só isso. Você veio pra cá com seus pais?
- Na verdade, eu não tenho mãe. Ela meio que me abandonou quando eu era pequena, e desde então eu vivia com meu pai.
- Você vivia? – perguntou, intrigado.
- É. Me mudei pra cá acompanhando um amigo meu de muito tempo. Aquele dos vídeos... sabe? – ele sacudiu a cabeça em sinal de aprovação enquanto passávamos por outra rua escura e a chuva caía cada vez mais violenta.
- Chegamos. – Zac anunciou enquanto desligava a caminhonete e eu abria a porta. – vou te esperar aqui e depois te levo de volta ao estúdio.
Coloquei meu capuz e enrolei as folhas na mão, enquanto corria até a escadaria da escola me molhando inteira. Era um prédio antigo, mas que era três vezes o tamanho da escola de Stratford.
Entreguei-as para a mulher sentada atrás de uma mesa logo na entrada, que anunciou o começo de minhas aulas. Semana que vem eu já teria que participar; o mesmo para Justin. Voltei ao carro, já ensopada, deixando uma grande marca no banco do carro de Zac.
- Ei, me desculpa. Não teve jeito de me molhar menos. – eu fiquei vermelha e ele deu uma risada.
- Não tem problema. – ficamos em silencio enquanto ele voltava para o estúdio, até que ele o quebrou. – você disse que sua mãe se chamava...?
- Não disse... mas ela se chamava Agatha. Meu sobrenome vem dela, meu pai não quis mudar. Ele ficou meio arrasado depois que ela fugiu. – ele ficou em silêncio novamente, parecendo pensar, enquanto uma expressão indefinível tomava conta de seu rosto.
- Ah, sim... – Zac balbuciou duas palavras e ficou sem falar nada no restante do caminho. Eu telefonei para Justin, que me disse estar esperando nos degraus do estúdio, pronto para irmos até sua aula de canto.
A chuva parecia aumentar cada vez mais, até se tornar granizo caindo no capô da caminhonete, e as ruas estarem praticamente alagadas, até que eu avistei a sigla XV em néon, com minha visão embaçada pelo vidro.
- Obrigada por me levar até lá. – eu agradeci, abrindo a porta e falando alto demais,quase não escutando minha própria voz. Já havia visto Justin na calçada, se protegendo da chuva.
- Suzzie, eu acho que... – não consegui ouvir o restante.
- O que você disse? – eu falei mais alto, quando um trovão atrapalhou minha voz.
- Eu disse que talvez nós sejamos irmãos. Sua mãe é minha mãe, Suzanna.
Fiquei parada enquanto aquelas palavras me deixavam em choque, até que fechando a porta bruscamente assisti aquele carro ir embora.
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