até que a Fama nos Separe. escrita por bieberpizzabr


Capítulo 2
Quando só a escola não é o bastante


Notas iniciais do capítulo

Não vi ninguém se interessar pela história, pensando e não postar mais. Desculpem.



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- Vai, tenta, agora é sua vez. – disse um muito hiperativo Justin, com uma pipoca na mão, prestes a tacar para mim.

- Biebs, por favor. Eu quero dormir... já são 3:30 da manhã.

- Não antes de tentar. Ah, por favor vai, eu já peguei todas as que você me tacou. Vamos ver se você consegue.

Abri a boca e ele tacou a pipoca, que não passou nem perto, voando direito para o colchão do lado. Era normal para mim dormir na casa dele, ainda mais quando meu pai tinha que trabalhar até tarde. Mas acontece que hoje era o dia de um importante jogo de basquete e Justin queria assistir de todo jeito, mesmo se começasse bem tarde e se teríamos aula de manhã. Nada importava mais para ele do que um jogo de basquete na televisão... anos de experiência de perdas de aula por causa disso.

- Vamos perder a escola amanhã, justin...

- COMEÇOU!

- Justin, me escuta...

- Vou fazer mais pipoca, e...

- ME ESCUTA, POR FAVOR! – ele tinha se levantado quando eu puxei a perna dele, e de um jeito muito estranho, ele caiu perto de mim. Me levantei rápido, me esquecendo do que eu ia falar.

- Ta brava por que? – ele disse isso em tom preocupado, com seus olhos expressivos, e me puxou de volta... e eu cai, desajeitada.

- Desculpa. É só que... eu ando estressada, por conta de várias coisas. Você não iria entender, é...

- Sobre o Braddy? – ele sorriu, tristonho, e me fitou. – relaxa. Já disse que você devia falar com ele ou algo assim. Não entendo sobre essas coisas, você sabe... – ele sorriu, deixando claro que era uma negação em assuntos românticos.

- Não, não é sobre ele – menti. Sim, era sobre ele. Depois de 1 ano de namoro, eu não sabia mais o que eu queria. – é sobre... os estudos, sabe? Passamos pra 8ª série. Não é mais brincadeira. Queria eu chegar na escola e enfrentar os mesmos problemas de antigamente... um menino convencido me desafiando a subir no brinquedo mais alto do parquinho. Nós gargalhamos, até que a TV desligou e as luzes apagaram. Ótimo, a força havia acabado.

- Justin? – tateei o cobertor ao lado, até achar uma mão quente. A mão envolveu a minha, me trazendo para perto.

- Tudo bem, acho que volta já. Vamos conversar – ele disse, deitando-se no colchão, por baixo da cabana que eu armei, me puxando pra fazer o mesmo.

- Sabe, Su? Um dia eu vou virar um grande jogador de basquete, ou Hóquei, e vou te levar pra viajar comigo. Pra conhecer todos os lugares que a gente quiser, pra conhecer todos os países. Você vai ver só. – ele me abraçou carinhosamente. – e vou levar mamãe também. Ela sempre quis conhecer a Disney.

- Só se você virar um astro dos esportes? Tem certeza? – eu sabia que Justin vinha treinando mais suas habilidades musicais. Ele era muito bom na bateria, tinha uma voz maravilhosa, e tocava mais vários instrumentos. Uma pena que ele não queria expor isso, ainda.

- Ah... você sabe que eu ainda não sei o que quero. Me inscrevi em um concurso musical aqui da cidade. Mamãe me telefonou e achou uma idéia maravilhosa, nem preciso dizer sobre minha vó e meu vô. – ele deu de ombros, brincando. – mas eu não quero levar isso a sério. É só mais um passatempo, por enquanto.

- Justin, você sabe que tem talento. É só ver o quanto de gente parava pra te ouvir tocar na escada do Teatro uns anos atrás. – eu me cobri com o cobertor e me virei.

- Eu sei, eu sei. Por enquanto, não vou criar expectativas. Ok? É só um passatempo.

- Tudo bem então... não vou insistir.A luz voltou, finalmente, então me levantei para pegar um refrigerante de cola na mochila, e percebi que Justin me olhava pelo canto do olho.

- O que é? – eu perguntei, voltando para o meu lugar. Não era a primeira vez que eu pegava ele assim, pensativo.

- É... nada, nada não. – ele desviou o olhar – pode apanhar um pra mim também? Acho que vou dormir aqui se eu não tomar algo.

Peguei mais um, e o entreguei, ainda me perguntando o porque daquilo.

- Tem certeza que não é nada...?

- Não, é só que, você é muito bonita, sabia? – ele desviou o olhar, corando. Corei também. Como assim? Era difícil ver Justin embaraçado daquele jeito.-  Mas, eu acho que já disse isso. Enfim, eu não queria te dizer nada, foi só um olhar vago... esquece.

Baixei o olhar, sem entender o que ele quis dizer. Seria uma brincadeira?

- Justin, você ta me zoando, né? Pode dizer se for uma aposta com o Ryan, ou algo assim. Eu não ligo.

- Sério... não é nada. Esquece, por favor. Já viu quem ta ganhando? Caramba, nunca apostei nada nesse time. – e o assunto se perdeu.

O jogo acabou, e nós fomos dormir. Virei para o outro lado, pois eu já sabia, a muito tempo, que Justin não parava quieto enquanto dormia, e que não era nada agradável dormir perto dele pelo mesmo motivo. Demorei a pegar no sono, pensando na vida, pensando na minha futura faculdade, pensando em minha mãe e onde ela estaria naquele momento, e principalmente, pensando no Bieber.

Sim, principalmente pensando nele, e pensando em porque ele havia dito aquilo.

Acordei assustada, achando que já era tarde, e que eu havia perdido o horário da escola, mas as luzes ainda estavam apagadas. Me levantei, peguei minhas roupas e fui me trocar, até que vi a mochila de Justin jogada no mesmo sofá, um pouco aberta. Cheguei mais perto, e dentro pude ver um pequeno embrulho, com um bilhete.

Gelei.

Seria aquilo um presente para alguém? Uma suposta namorada?

Justin bocejou, e se virou, então larguei rapidamente a mochila e o embrulho e voltei ao banheiro para me arrumar.

- Porque tava mexendo na minha mochila? – eu ouvi, quando me virava para sair.

Ele tinha visto o que eu havia feito.


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