até que a Fama nos Separe. escrita por bieberpizzabr


Capítulo 17
Um lar para chamar de meu


Notas iniciais do capítulo

Decidi postar capitulo um dia sim e um dia não. Achei mais organizado e me deixa com mais tempo para escrever. Mandem reviews, fiquei feliz que estão chegando a 100. Obrigada por lerem :)



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Atravessei a rua e fui andando pela rua ainda atordoada pelo o que tinha acabado de acontecer. Já era de se esperar, desde o primeiro momento em que ouvi a conversa sobre Boston que uma hora ou outra eu teria que sair de casa. Por bem, ou por mal.

Cheguei a casa de Justin, envergonhada por ter que novamente depender de sua família. Toquei a campainha e aguardei ele vir me receber, enquanto a minha vontade de me enfiar em um buraco no chão aumentava.

- O que houve? – ele disse, abrindo o portão. – e porque você ta com todas essas coisas...

- Longa história. Eu posso ficar aqui por um tempinho? S-se não for incomodar, é claro. – respondi, corando. Aposto que as lágrimas que eu estava quase deixando cair a aquela hora já eram visíveis. Justin, percebendo meu quase desespero, pediu para eu entrar.

Diana estava limpando a sala quando eu a atravessei, parando para cumprimentá-la.

- Olá, Suzzie. O que a traz aqui? – ela me perguntou gentilmente, parando de passar a vassoura no chão por um momento. Me sentei no sofá, desejando arduamente que ela me entendesse e não me mandasse de volta para meu pai, quando Justin sentou ao meu lado.

- Meu pai e minha suposta madrasta vão para Boston. Eu briguei com ele, porque eu não queria ir junto. Não é sem motivos, ele não entende que eu continuo tendo minha vida escolar aqui. E ele só se preocupa com trabalho ultimamente, então resolvi dar um tempo. – eu desabei, suspirando, e desejando que o choro não viesse a tona naquele momento. Era injusto como eu não conseguia me concentrar em parecer convincente.

- Está vindo passar um tempo aqui? – ela perguntou, parecendo entender, finalmente. – Suzzie, não parece certo, mas se você acha que precisa... Nós estaremos a sua disposição, pelo tempo que necessitar. – ela deu um sorriso acolhedor.

- Obrigada, de verdade. Eu sabia que podia contar com a senhora. – eu retribui o sorriso, subindo as escadas junto com Justin, deixando minha mala rosa no canto do quarto.

- Onde vou dormir? – eu perguntei, me sentando em um dos puffs do quarto.

- Se não se incomoda de dormir aqui... quer dizer, nós nos conhecemos a bastante tempo. Acho que mamãe não vai pensar que vamos aprontar algo. – ele disse, ficando vermelho.

- É claro que não – respondi, tropeçando nas palavras. – quer dizer, é claro que eu não me importo. Sua mãe ligou para o Scooter?

Ele suspirou e se sentou na cama, que ficava ao lado. Ajeitou o boné na cabeça, parecendo ainda estressado com o assunto.

- Nós vamos nos mudar para lá. Você sabe, para conhecer.

- É sério? Quando? – eu respondi com outra pergunta, preocupada.

- É isso que eu queria saber... se você poderia vir junto. Não quero te deixar com seu pai, e você não prefere ir para Boston, certo? – o seu olhar transmitia o medo de eu dizer que preferia não viajar com ele. Como se isso fosse possível.

- É claro que eu quero ir com você. Isso só se permitirem, né. – eu levantei do puff e me sentei na cama, deitando em seu ombro. – não é fácil conviver com Braddy e aquela mulher detestável ao mesmo tempo, sabia?

Deixei uma lágrima escorrer, parando na blusa de Justin, e ele percebeu. Me abraçou e limpou-a.

- Você se lembra da minha promessa? – ele disse enquanto segurava meu rosto com as duas mãos. – eu não me esqueci, e tudo o que nós ainda iremos fazer é cumpri-la. Mesmo que seja começando por Atlanta.

Ele aproximou o seu rosto do meu, mesmo que devagar, consegui perceber. Foi colocando seus braços ao meu redor, me convidando cada vez mais. Era irresistível e eu  não queria interromper aquilo, mas ainda não tinha descartado a possibilidade de Braddy voltar e ferrar com tudo, então me levantei da cama, tentando disfarçar o que havia acabado de acontecer. Justin não deixou de perceber, abaixando a cabeça. Ouvi passos na escada, e então Pattie abriu a porta do quarto.

- Suzzie? Ah, aí está você. Minha mãe me contou sobre o que você disse. Saiba que tem o nosso apoio. – ela sorriu e olhou para Justin, como se perguntasse se ele já havia contado. – Justin contou que nós vamos para Atlanta?

- Contei, mãe. E também perguntei se bem, ela não poderia ir junto com a gente.

- É claro que pode. – Pattie veio e me deu um abraço. – Vamos todos tentar reconstruir uma vida.

- É só uma curiosidade... – eu respondi ao seu abraço, me afastando depois. – nós iremos quando?

- Bem... Scooter me ligou e disse que até amanhã de tarde nós podemos embarcar. Ele irá nos esperar no aeroporto... É a duas horas daqui. Aliás, Temos que arrumar nossas coisas. Vou preparar o jantar, que tal se vocês começassem a se despedir das pessoas da rua? – ela sugeriu, gentilmente, saindo do quarto e descendo as escadas.

Justin olhou para mim, e eu me perguntei o que ele estaria pensado. Não era fácil adivinhar as suas ações.

- Você quer ir se despedir dos Beadles? Eu ligo para Ryan depois. Talvez nós vamos nos encontrar amanhã.

- É, é uma boa idéia. – eu sorri, apertando sua mão e a largando para descer as escadas.

“Vamos todos tentar reconstruir uma vida”, havia dito Pattie. Minha nova vida, realmente, havia começado.


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