Setembro de 1985

Uma multidão furiosa se concentrou enfrente a casa de David Conor, um psicopata local, que trazia a morte de pelo menos quinze crianças da cidade de Bedland no currículo. A população decidira que era hora de dar um fim naquele pesadelo, cujo a polícia não conseguira deter. Descobriram a localização da residência do criminoso e foram até ela levando muita querosene.

O objetivo era queimá-lo. Uma simulação do inferno. Local de onde nunca deveria ter saído! Disse a maioria dos pais indignados pela morte dos filhos. David se apresentava para as crianças como um palhaço, conseguindo a confiança delas, levando-as à morte. Só conseguiram a localização do psicopata com a ajuda de cinco crianças sobreviventes do assassino.

Cinco crianças que de alguma forma não se renderam a conversa de David Conor. Aquele era o momento. Já estava na hora.

Dentro da casa, David olhou pela janela. Não podia fazer nada. Eram muitos, não tinha como fugir. David era um homem alto, muito branco, com várias cicatrizes pelo corpo, resultado de uma infância traumática. Ele deu um soco na mesa, que fez os pratos sobre ela cairem no chão.

Eles venceram. Pensou. Conseguiram tirar minhas criancinhas. Eles não entendem. Eles são pessoas más.

Ouviu um dos pais gritar lá de fora " Espalhem a querosene ao redor da casa e atirem fogo ". David sabia que em minutos sua casa estaria em chamas, em função das paredes serem de madeira.

E a multidão assim fez, atiraram a querosene e jogaram fogo. Em alguns minutos tudo estava em chamas. Um sorriso, seguido da sensação de dever cumprido se estampava no rosto de cada pai ali presente. 

Hoje meu corpo morre. Mas minha lembrança ficarão para sempre na cabeça das cinco crianças que de mim fugiram. Enquanto eu existir na cabeça delas, terei forças para voltar! Mais forte do que nunca. Para todas as minhas criancinhas!

E essas foram as últimas palavras de David Conor, antes que o fogo se espalhasse por todo seu corpo... e o véu da morte cobriu seus olhos por completo.