Eterno Verão. escrita por _BieberHot


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Se não gosta de cenas quentes, não leia esse capítulo. '-'



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- Bom dia. – Ouviu a voz de Justin baixinho no seu ouvido.

Abriu um dos olhos, o quarto não era familiar. Estava olhando para uma parede amarelinha. Alguém escancarara as persianas das amplas janelas que davam para a baía, e o sol invadia o quarto. Havia árvores bem do lado de fora da janela, e ela podia ouvir os pássaros cantando. Era um dia esplêndido e quente de verão, mais para setembro do que para junho. (O verão americano é nessa época.). Ela se apoiou num dos cotovelos com um bocejo, uma espreguiçada e um sorriso. Ele a fitava com a fisionomia do amor novo.

- À uma hora que estou esperando por você, pensei que nunca ia acordar! – Pareceu de repente mais um garotinho do que um amante, e ela achou graça.

- Acho que estava um tanto cansada. – Sorriu de novo e voltou a se enfiar sob os lençóis, com uma das mãos na coxa dele. Fora uma noite longa e deliciosa ao lado dele, e só tinham pegado no sono ao amanhecer.

- Está reclamando?

- Não. – Deixou os lábios correrem pela perna dele e pararem no quadril, onde beijou a pele pálida e macia onde pulsava uma pequena veia. – Bom dia, meu amor. – Sorriu para a vida que via se agitando, e Justin a tomou meigamente nos braços de novo.

- Essa manhã, eu já disse o quanto te amo? – Olhava carinhosamente nos olhos dela, e havia algo no rosto dele com o qual ela sonhara, e que pintara, mas que jamais tinha visto. Era uma espécie de paixão, uma espécie de amor irrestrito. Era algo pelo qual ela ansiara no passado, e tinha deixado de acreditar que podia existir. – Eu te amo, Marie... Eu te amo... – As palavras dele se derreteram nos lábios dela enquanto a beijava pela primeira vez, naquela manhã, e deixava o corpo deslizar suavemente sobre o dela. Marie protestou fracamente, mas com risos e contorções, enquanto ele a apertava mais contra si. – Tem alguma coisa contra? – Parecia divertido e surpreso; não tinha cara de quem fosse ser influenciado por qualquer coisa que ela dissesse.

- Nem escovei os dentes! Ou penteei o cabelo... Ou... – As palavras dela sumiam, bloqueadas pelos beijos dele, enquanto ele ria e corria as mãos pelos cabelos desfeitos dela. – Justin... Tenho que...

- Não, não tem. Eu te amo mesmo assim. – Falou, decidido.

- Mas eu...

- Shiu...

- Justin!

Mas ela esqueceu dos dentes e dos cabelos, quando ele a tocou os lábios. Justin a beijava vagarosamente. Ele ia descendo os beijos pelo pescoço de Marie, fazendo-a se arrepiar por completa. Justin delicadamente saiu de cima dela e ela, por sua vez, sentou-se na cama. Ele subiu na cama de joelhos, estava atrás dela, massageou seus ombros e com carinho os beijou. Marie levantou-se e ficou de frente pra ele, ainda ajoelhado, desabotoou sua camisa botão por botão. O corpo de Justin era tão esplêndido, definido, sem exageros. Sua camisa deslizou por seus braços e caiu na cama, ficando ali, sem ninguém retirá-la. Marie começou a beijar o pescoço de Justin com delicadeza e ele alisava seu corpo com vontade. Em um súbito movimento, ele a colou ao seu corpo e ela caiu por cima dele na cama. Ele sorriu e rolou pra cima de Marie, que usava apenas uma calcinha rendada branca. Os pêlos do corpo de Justin estavam todos eriçados, ele foi tomado por uma onda de calor que passou dos seus pés à sua cabeça. Rolou pra cima dela, ela o olhava pacata, com os olhos verdes que ostentava. Ainda com um pouco de pressa, conseguiu desfazer a fivela do cinto, Marie tomou o comando e tirou a calça dele. Com os pés, ela empurrou a cueca de Justin até que ela escorregou por seus pés e caiu no chão. Justin desceu seu indicador pelo meio dos seios dela, e ao passar por sua barriga ela se contorceu, arrepiando-se. Agarrou aquele elástico de sua calcinha e ela o olhou, segura de si. Ele tirou a calcinha com delicadeza e subiu com as mãos em suas coxas. Seu rosto ficou frente à frente com o dele. Beijou seus lábios levemente gélidos, e a penetrou, lentamente. Foi entocando de leve. Eles não tinham pressa. Justin sentia o tempo passar, Marie chamava seu nome ao pé de seu ouvido, entre gemidos e arranhões. As mãos dele dançavam pelo corpo dela, centímetro por centímetro, até que ele sentiu seu corpo mais fraco, uma onda enorme de prazer lhe invadiu em alguns segundos, a melhor sensação de sua vida. Não demorou muito pra ela chegar ao seu ápice também, e ele saiu de dentro dela. Subiu seu corpo com beijos ainda e se jogou ao seu lado na cama. Ela colocou suas mãos no peito dele e ficou brincando em sua barriga. Justin ficou acariciando seu cabelo por um longo tempo, depois ela virou-se repentinamente em sua direção e o beijou, docemente. Estava feliz demais onde se encontrava, à deriva num mar de delícias.

- Eu te amo, Justin. – Ela falou baixinho, no ouvido dele.

- Eu te amo, Marie. – Ele retribuiu, com um sorriso e um selinho.

                                            ***

- Está com sono, amor? – A voz dele era quase um sussurro, quando eles finalmente falaram. 

Quase duas horas se tinham passado, e ela estava ali enroscada, toda feliz, nos braços dele, uma perna trançada com as dele.

- Sim... Justin?

- O que? – A voz dele era tão suave, na manhã quente de verão...

- Eu te amo. – Falou, com a voz quase infantil.

- Eu também te amo, agora vai dormir.

E ela dormiu, durante mais duas horas. Quando abriu os olhos, ele estava parado ao pé da cama, vestido e segurando uma bandeja. Ela despertou, surpresa. Ele usava um terno conservador, azul listrado.

- O que você está fazendo? – Confusa, sentou-se na cama, e correu a mão pelos cabelos. Subitamente, sentiu-se muito nua e desarrumada, enquanto o cheiro doce do amor subia de dentro das cobertas. – Dormi muito tempo?

- Não muito. Eu também estaria feito você, só que tenho um almoço marcado na galeria. Cancelei um ontem e se cancelar esse também, Meg pedirá as contas. Mas não vou demorar. – Colocou a bandeja sobre os joelhos dela enquanto ela se recostava nos travesseiros, na ampla cama de casal. – Espero que isso esteja bom. – Havia croissants, café com leite, frutas, e um ovo feito com capricho. – Não sabia o que você gosta de comer de manhã.

Marie olhou espantada para a bandeja, e depois pra ele. O que podia dizer? Ele surgira na sua vida em uma praia em Carmel, e agora estava preparando ovos e croissants para o café dela, e pedindo desculpas por não saber do que ela gostava. Tinham feito amor a noite toda, e a maior parte da manhã; dissera-lhe que a amava, e ela a ele; nem sequer se sentia culpada por acordar na cama dele, e não na sua... Na cama que compartilhara com Mike durante 5 anos. Estava se lixando pra Mike, nessa manhã. Sentia-se feliz e apaixonada, e tudo o que queria era o que tinha com Justin. Olhou pra ele com um sorriso encantado e um suspiro, enquanto pegava um croissant.

- Estou te avisando, Sr. Bieber, se me mimar desse jeito, vou ficar insuportável em menos de uma semana.

- Não, não vai. – Falou, divertido, e com certeza.

- Vou, sim. – Fechou os olhos, feliz, enquanto comia o pãozinho. – Vou ficar esperando croissants todas as manhãs, e ovos e café com leite... – Abriu os olhos de novo. Estavam muito brilhantes e maliciosos. – Vou esperar até que você não vá para o escritório, todos os dias, para podermos ficar fazendo amor.

- Não, não vai.

- Ah, é? E por que não?

- Porque amanhã é a sua vez de fazer café pra mim. Vivemos aqui juntos; alternamos as tarefas. Mimamos um ao outro. Preparamos ovos um para o outro. – Inclinou-se pra beijá-la uma última vez. – E eu gosto dos meus fritos.

- Não vou me esquecer. – Disse Marie, com um largo sorriso.

Ele se pôs de pé.

- Pode deixar que eu te lembro.

- Tudo bem. – Continuou tomando o seu café, perfeitamente feliz e à vontade. Sentia-se como se vivessem juntos à meses, ou anos. Não lhe parecia nada estranho vê-lo sorrir satisfeito para os seios nus dela enquanto ela servia o café com leite numa caneca. Tudo entre eles era confortável, sereno e real.

- O que vai fazer hoje?

- Acho que primeiro de tudo vou tomar um banho. – Ela franziu o nariz, e os dois riram.

- Eu te adoro do jeito que está.

- Você é um porquinho. – Estendeu os braços pra ele, que a beijou de novo. Quando se afastou, ele revirou os olhos de pesar.

- Quem sabe terei que cancelar esse almoço, afinal de contas.

- Teremos, mais tarde. Ou... – Ela começou a perguntar-lhe se iriam se ver aquela noite, mas já podia ler a resposta nos olhos dele.

- Não tem “ou”, Marie. Terei encerrado o dia na galeria por volta das cinco. Pensei que podíamos jantar em algum lugarzinho tranqüilo, quem sabe em Marin?

- Eu adoraria. – Recostou-se nos travesseiros com um sorriso largo, porém notou que havia uma sombra de preocupação nos olhos dele. – Alguma coisa errada?

- Não pra mim, mas eu... Estava imaginando como se sente... Saindo comigo. Não quero criar nenhuma situação difícil pra você. – Precisava lembrar a si mesmo que ela tinha uma outra vida. Que jamais seria inteiramente sua. Que estava emprestada. Aquilo a faria infinitamente mais preciosa no tempo que compartilhariam. – Não vai te dar um problema se sairmos juntos? – Olhava para ela muito sinceramente, os olhos cor de mel meigos e abertos.

- Não precisava criar. Vai depender do que fizermos, aonde formos, como nos comportarmos. Acho que não há problema.

Ele balançou a cabeça, calado, e ela lhe estendeu a mão. Ele a tomou, silenciosamente, e sentou-se de novo na cama.

- Não quero fazer nada que vá te magoar mais tarde.

- Não vai, agora pare de se preocupar, tudo vai dar certo.

- Estou falando sério, Marie. Não quero que você sofra mais tarde.

- Não acha que nós dois vamos sofrer?

Ele ergueu os olhos, surpreso.

- Com assim?

- Quero dizer que esse vai ser o verão mais lindo da minha vida, e espero que da sua também. Quando ele acabar, quando voltarmos às nossas vidas, não acha que vamos sofrer?

Ele balançou a cabeça afirmativamente, olhando para a mão graciosa que apertava a sua.

- Está arrependida do que decidimos?

Marie jogou a cabeça pra trás e deu uma risada sonora antes de lhe dar um beijo no rosto.

- Nem por um momento. – E então ficou séria de novo. – Mas acho que seríamos malucos se esperássemos não sofrer depois. Se valer alguma coisa, se for lindo, se realmente gostarmos um do outro...  Então sofreremos. Teremos que aceitar isso.

- Por mim, eu aceito, mas...

- Mas, o quê? Não quer que eu sofra também? Não quer que eu sinta nada? Ou que o ame? Não seja maluco, Justin, vale a pena.

- Concordo, mas também quero que seja discreta, não quero criar problemas pra você com Mike. – Ela quase se crispou ao som do nome dele. Justin se inclinou pra ela de novo, beijou-a rapidamente, depois se levantou. – Acho que já dissemos o suficiente por uma manhã. – Detestava pensar no que aconteceria no final do verão, mas era difícil acreditar que aquela hora chegaria. Os seus momentos juntos haviam apenas começado. – Onde estará às cinco? – Olhou para ela por cima do ombro, parado à porta. – Aqui?

- É melhor eu ir pra casa.

- Quer que eu te pegue lá? – Pareceu em dúvida, por um momento.

- Encontro você aqui.

Ele assentiu, sorriu e se foi. Ela ouviu o carro se afastando, enquanto caminhava pelo quarto, depois se sentava nua na beira da cama, cruzando as pernas. Sorria consigo mesma. Tinha vontade de cantar. Sentia-se maravilhosamente bem, e estava apaixonada. Que homem encantador ele era, carinhoso, cauteloso e sensato. E a divertia, também; adorava rir, adorava contar histórias bobas e engraçadas. Passara horas na noite anterior mostrando-lhe álbuns de retratos de quando era criança, e de sua família, e dos amigos dele. Os álbuns ainda estavam pelo chão. Gostava do jeito que ele vivia a sua vida, do que fazia, de como lidava com as pessoas à sua volta... De como lidava com ela.

                                     ***

Marie girou a chave na porta e parou por um momento, tentando ouvir algum sinal da presença de Margaret. Mas não havia ninguém em casa. Ainda era o dia de folga de Margaret. Seria possível? Será que não tinham se passado semanas? Ou meses, ou até anos? Será que foi apenas na noite passada que ficara com Justin para fazer amor com ele pela primeira vez? Será que só fazia mesmo 18 horas desde que saíra de casa? Seu coração batia com força enquanto fechava a porta atrás de si. Como tinha sido sossegado, na casa dele, enquanto tomava banho e se vestia. Ficara olhando dois passarinhos brincando no terraço, e escutara um dos seus CDs enquanto fazia a cama. Tirara uma ameixa de uma grande cesta de frutas na cozinha enquanto saía, sentindo-se como se vivesse ali à anos, como se a casa fosse dela, também. E agora, subitamente, estava ali de novo, na casa de Mike. Lançou um olhar a uma foto deles numa moldura de prata, tirada durante o seu primeiro verão em Cap d’Antibes. Será que aquela era mesmo ela? De pé, sem jeito, com um copo de vinho branco na mão, enquanto Mike conversava com a mãe dele. Como se sentia sem jeito simplesmente olhando pra foto, como se sentia sem jeito nessa sala. Ficou parada na entrada da sala de visitas, pensando que só o fato de olhar pra ela lhe dava frio. Mas esse era o seu lar. Aqui era o seu lar, não naquela casa na ladeira, onde acabara de passar a noite com um homem “estranho”. O que afinal estava fazendo? Descalçou as sandálias e entrou na sala, e se sentou no sofá. O que tinha feito? Enganara Mike pela primeira vez em 5 anos, e tudo lhe parecera tão natural, tão normal. Por uma noite inteira fora como se nem conhecesse Mike, como se fosse casada com Justin. Nem escutou o tocar persistente da campainha. Levou dois ou três minutos para se dar conta de que havia alguém à porta. Deu um salto, assustada. A cabeça dela fervia enquanto se dirigia para a porta. Quem era? Quem sabia? E se fosse Justin? Não se sentia pronta pra vê-lo, agora. O que tinham feito era errado. Tinha que dizer isso a ele, tinha que parar, agora, antes que fosse tarde demais, antes que a sua vida se desmontasse toda... Antes que...

- Quem é?

Uma voz lhe informou que era uma encomenda. Relutante, abriu a porta e viu o entregador.

- Mas eu não pedi...

E então percebeu. Eram flores de Justin. Por um momento, teve vontade de mandá-las de volta, de fingir que a noite anterior não tinha acontecido e jamais aconteceria de novo. Em vez disso, estendeu os braços e levou as flores para dentro, onde pegou o cartão e leu o que dizia:

       Volte logo pra casa, meu amor. Encontro você às cinco.     

                                                               Eu te amo,

                                                                                 Justin.

Eu te amo, Justin. Correu os olhos pelas palavras e eles ficaram cheios de lágrimas. Eu te amo, Justin. Já era tarde demais. Ela também o amava.

Correu para o céu quarto, lá em cima, e preparou uma maleta. Depois foi para o estúdio, era só o que levaria. Uma ou duas telas, algumas tintas, se ajeitaria por algum tempo. Não precisava ficar lá mais do que alguns dias, só isso. Deixou o número do telefone com Margaret e explicou que ia ficar na casa de uma amiga. Às 17:30 estava de volta à casa dele. Estacionou o carro a meia quadra de distância e caminhou hesitante para a porta. O que estava fazendo? Mas ele já havia a escutado nos degraus da frente. Antes que tocasse a campainha, Justin abriu a porta pra ela com um sorriso, e um gesto convidativo com o braço.

- Entre, estou esperando à horas. – Fechou a porta suavemente às costas dela. Por um momento ela ficou ali parada, os olhos muito apertados para conter as lágrimas. – Marie? Está tudo bem, amor? – Havia preocupação na voz dele, mas ela balançou a cabeça afirmativamente. Lentamente, ele a abraçou. – Está com medo?

Ela abriu os olhos e fez que sim com a cabeça, hesitante. Mas Justin apenas sorriu e a abraçou com força, enquanto murmurava junto aos seus cabelos:

- Eu também.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Quero MUITOS reviews,hein, foi bem difícil escrever esse capítulo. Tô morrendo de vergonha de ter escrito uma coisa dessas, mas eu sei que toda Belieber ama ler, né................ Digam o que acharam desse capítulo e o que estão achando da fanfic. Gostam? Não gostam? O que eu tenho que melhorar? Opiniões, por favor.
Obrigada, amo vocês ♥