Asas Dela escrita por Yuki Snow


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Anjos, desculpa novamente! Eu me atrasei um pouco para postar, por que eu tive um sério problema de criatividade!
Sério MESMO!
Bom, espero que gostem...

Ah! para quem ainda não viu o meu recadinho que tem depois da minha sinopse, eu fiz um pequeno acréscimo no capitulo 15, só para esse capitulo ficar com nexo!

Boa leitura.



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Julho, 2011

Sophia

Fico observando Mathew escrever no seu caderno. Aproximo-me cautelosamente e olho por cima de seu ombro. Leio maravilhada. Ele estava escrevendo uma poesia linda. Só quando eu terminei, entendi o significado do poema. Traição, ódio, Georgia! Sentimento que eu nunca pensei que ele iria sentir, me contagiou.

Olho para ela, que estava mais preocupada em sair daqui do que outra coisa. Jack grita na cama e vou até ele.

- Bruno? – chamo, ele não me escuta. Pego ele pelo ombro e o viro de frente para mim – Bruno! – ele me olha - Você tem que dar energias positivas para ele. Concentre-se, respire fundo e fique mais calmo possível.

Ele fez o que eu pedi. Sinto uma paz no ar. Mas é quebrada quando atinge Georgia. Gabriel olha para ela irritado. Todos da sala têm que ficar em paz, para com que cura os cortes do Jack rapidamente, se não, vai demorar muito e ele pode perder muito sangue. E então... Não gosto nem de pensar.

Jack não era quem eu amava, mas se acontecer alguma coisa com ele, vou ficar muito mal. Eu tenho um carinho especial por ele. Jack...

{Concentre-se Soph!} pensa Gabriel.

Fecho os olhos e fico em paz.

Mathew

Fechei o caderno e olhe para Jack. Mas o que foi mais entranho, foi que todos estavam de olhos fechados.

A porta no térreo se abriu.

- Mathew? – chamou minha mãe.

Todos abriram os olhos e me olharam. Dei de ombros e fui para a porta do quarto. Sinto alguém atrás de mim e me viro.

- Distrai-a ela para que possamos sair. – Sophia sussurra. Ela olha para o corpo na cama - Com Jack naquele estado não temos como sair pela janela.

Eu assenti e fui ao encontro da minha mãe. Chego à sala e vejo-a irritada. Esqueci-me totalmente das minhas roupas.

- O que aconteceu na minha casa? – pergunta minha mãe.

- Hum... Eu-

- Que cheiro é esse? – interrompe-me minha mãe arregalando os olhos ao ver o sofá todo sujo de esperma. – MATHEW JOSHUA! Que diabos aconteceu aqui? – ela gritou histérica.

- Eu... como posso lhe dizer...? – cocei a cabeça envergonhado.

Minha mãe me fuzilou com os olhos cor de mel. Sou obrigado a encontrar outro ponto para olhar. Fico incomodado com a situação. Se eu tivesse um pai, isso seria muito mais fácil de discutir, mas com uma mãe... A respiração da minha mãe se acalmou.

- Mathew. – ela captura minha atenção – Você transou no minha sala?

Assenti de cabeça baixa.

- Uau! – exclama ela. – Eu não sabia que você já...

- Por que isso é uma surpresa pra você? – questionei irritado.

- Hey calma – ela levanta a mão se rendendo. – Eu só pensei que você...

- Eu o que?

- Era virgem! – fala ela contendo o riso.

Minha mãe às vezes parece uma adolescente. Isso me irrita muito. Já não basta na escola com aquelas frescas. Agora em casa?! Nunca né!

- Mãe, vamos à cozinha? – falei já puxando ela junto comigo.

Deixo minha mãe na cozinha preparando o jantar e vou ao pé da escada. Aceno para Sophia e ela entende o recado. Com passos cuidadosos Bruno e Gabriel levam Jack para o hall, Sophia abre a porta e segura o punho de Georgia. Sophia solta Georgia e pega as roupas dela rapidamente e volta. Nesse meio tempo Georgia só me olhava suplicando perdão. Balancei a cabeça negando até Sophia aparecer e sumir de minhas vistas.

- Mathew? – chama minha mãe.

Vou até a cozinha. Minha mãe já estava fazendo o molho para o macarrão que estava em outra panela. Olha para ela e espero ela falar.

- Filho, eu sei que eu não sou o pai que você queria ter... – ela olha para os lados, desconfortável – Mas eu tento fazer o máximo para com que você seja feliz sem um... – ela para e olha nos meus olhos – Eu te amo Mathew, lembre-se disso meu filho. Lembre-se disso!

Sou obrigado a sorrir. Dou meia volta na bancada, que tinha no meio da cozinha, e dou um abraço apertado nela. Seu cheiro maternal me protegia. Eu também te amo mãe! Com eu queria falar isso para ela. Mas as palavras ficaram entaladas na minha garganta. Sinto minha blusa molhar. Olha para baixo e vejo lagrimas e mais lagrimas da minha mãe.

- Shhh – passei a mão em seus cabelos -, eu estou aqui. Eu não vou deixar nada acontecer com você Mãe!

Essas palavras a atingiram de uma forma incomum. Percebi quando ela começou a chorar cada vez mais e mais. Nem parecia a mãe que tinha me criado, com apenas 17 anos de idade. Sendo discriminada e criticada. Uma vitoriosa. Que conseguiu chegar a onde esta hoje. Sendo a melhor advogada na área. Às vezes eu penso que eu não sou filho dela, e sim pai. Ainda mais agora, que eu cresci um monte! Por fim, sua lagrimas cessaram e eu fiquei com a minha blusa completamente molhada.

- Mãe. – ela me olha. – Eu vou lá à sala recolher minhas roupas e...-

- Pegue esse pano! – ela seca uma lagrima com as costas da mão e empurra o pano em minha direção. Olho pra ele sem entender. – Você acha que eu vou limpar o sofá? Não vou mesmo!

Murmuro um “Ah tá” e vou para a sala limpar a minha “sujeira”.

Sophia

Bruno e Gabriel colocam Jack no sofá. O bom é que ele estava se curando rapidamente dos seus cortes. Georgia estava inquieta para lá e para cá. Gabriel a segura pelos ombros e da uma chacoalhada, ela balança a cabeça se orientando e se senta no sofá com um bico enorme. Ri de toda a cena. Abaixo a cabeça e vou para a janela. Vejo movimentos na sala da casa do Mathew. Depois de um tempo, vejo que é o próprio que estava na sala. Pelo visto arrumando o mesmo. Por que estava uma bagunça quando saímos. Viro-me e deparo com Jack tentando se levantar. Corro até ele e ajudo-o a se levantar.

- Sophia? – ele mal abre os olhos.

- Estou aqui. – sussurro em seu ouvido.

Abraço-o e sinto que ele fica mais feliz. Olho para seu rosto. Ele estava com um sorriso enorme. Fico feliz também. Só um idiota – como ele – faria aquilo.

- Por que você fez isso Jack? – perguntei com o rosto em seu peito. Seu cheiro era tão diferente. Inovador. Eu acho que pelo fato de ele ser um Nephilim, ele tem um cheiro diferente... Mas quem pode comprovar isso?

- O Bruno não deixou você ficar onde você esta agora – ele sussurra. Olho para ele franzindo o cenho. – Aqui. Nos meus braços.

Sorri e me afundei no seu abraço. Ele arfou e se encolheu de dor.

- Desculpe-me – falo me soltando dele.

- Não, tudo bem! – ele fala. – Seria muito pior se você não ficasse nos meus braços.

Ele me puxa e fico nos seus braços protetores. Se não fosse pelo Gabriel, teríamos ficado por um grande tempo ali. Olhamos para eles.

- Algum problema? – perguntou Jack rude.

- Não... é que... – começa Gabriel – Eu queria passar um tempo com o meu filho...

Jack assentiu meio contraditório.

- Hey, - chamei Jack – você vai ter que aceita-lo mesmo ele sendo o que é!

Jack da um meio sorriso. Assim me matas... Bruno e Georgia riram. Gabriel bufou. E Jack ficou sem entender. Ainda bem!

Uma semana depois...

- Mas que merda Georgia! Você não entendeu ainda que seu lugar não é na terra? – pela décima vez na semana, eu e Georgia discutíamos.

Ela ficara na casa de Jack. Junto com Gabriel e Bruno no quarto. Ou seja, mais estresse na manhã de cada dia que passava. Ela queria por que queria um quarto só para ela. Mas não tinha! Enquanto eu ficava com o de Grace, Jack ficava com ele para recuperação e Gabriel, Bruno e Georgia em outro. Eu sei que é um egoísmo meu não deixar ela dormir no ‘meu’ quarto, mas vai que ela me mata durante a noite? Credo!

Para melhor das hipóteses, eu vou deixar ela em um quarto com dois homens fortes e que possam segurar ela, e evitar qualquer morte.

- Sophia Daemon. Eu Georgia Córdova, não vou para o inferno nunca mais! – falou ela pausadamente, mas no fim gritou na minha cara!

- Grrrrrr! – virei-me e fui para a cozinha.

Não aguentava mais a sua voz! Aaah coisa irritante. Insistente. Por que eu fui ter mais uma irmã? Estava tudo muito bem minha vida, sem ela! Mas o papai tinha que ter mais uma filha. Pra que?

Georgia apareceu de soslaio na porta. – Você é que nunca deveria ter nascido!

Reviro os olhos e começo a cozinhar alguma coisa para nós comermos. Abro os armários e não encontro nada para uma refeição digna.

- Bruno? – chamei. Não demorou muito e ele apareceu na porta.

- Oi.

- Vai ao mercado, precisamos de-

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah! – alguém começa a gritar.

Olho para Bruno. Ele arregala os olhos e corre para cima. Sigo-o e paramos na frente do quarto do Jack. Reparo que não era um grito e sim gargalhadas. Reviro os olhos, ao perceber que eram Gabriel e Jack rindo.

- O que vocês estão rindo? – pergunto indo em direção ao Jack. Dou um selinho nele e me viro para Gabriel.

- O Gabriel, quer dizer, meu pai, estava me contando suas aventuras de anjo da guarda... – vi o brilho nos olhos do Jack. Tão incrível.

- O Gabe, é um sarro mesmo! – vou até Gabriel e desarrumo seu cabelo.

- Hey, eu não sou o único que fez tramoias no Além! – falou Gabriel. Xiii chegou minha hora! – A Soph, já discutiu com deus, chamou o Metraton de maconheiro... Só coisas básicas...

- Meu deus Sophia, não sabia que você era assim... – falou Jack me puxando para seu peito.

- Gente, vamos parar por aqui. – falei. E todos riram. – Temos um almoço para fazer. – Gabriel assentiu e saiu do quarto.

- Você vai ficar bem cara? – perguntou Bruno.

Jack assentiu. Bruno saiu do quarto, deixando eu e Jack a sós. Viro-me para Jack e começo a beijar sua boca aveludada. Sua língua procura passagem e eu dou. O calor começou a subir e minha respiração começou a acelerar. Passo a mão em seus cabelos e puxo-o mais para mim. Ele faz o mesmo. Sento-me na cama e levo Jack comigo. Suas mãos estavam em todos os lugares. Cruzo minhas pernas em sua cintura e deito na cama.

- Sophia? – chama alguém

- Oh merda! – exclamei – Nunca posso ter um tempo sozinha com o Jack?

- Hey calma. Só estou aqui para avisar que, estamos saindo para comprar o almoço. – falou Bruno.

- E por que tu estás aqui ainda? – falei fuzilando seus olhos.

- Não está mais aqui quem falou. – Bruno deu meia volta e saiu de nossas vistas.

Jack me puxou para ele. Mas eu recuei.

- Eu vou ver meu anjo menor. – falei me levantando.

- Porra Sophia... Vem aqui – ele se levanta e me segura pela cintura. Jack começa a fazer um caminho com beijos a partir do meu ombro indo para minha orelha. Sua mão começou a levantar minha bata.

Eu estava gostando, mas o clima já foi interrompido.

- Para Jack. – me virei para ficar cara a cara com ele – Estou na terra para fazer meu trabalho... e não para curtir!

- Sai dessa Soph, eu sei que você me quer... – ele fala maliciosamente.

- Er... Não agora!

Saio da casa e vou para a do Mathew, logo à frente. Bato na porta e espero. Ninguém atende. Bato novamente, mas antes da minha mão chegar à porta, ela se abre. Naomy atende.

- Sophia? Mathew está lá em cima... – fala ela. Naomy deu espaço para eu passar. Estava quase subindo a escada quando ela me chama.

- Sim?

- Foi você que esteve aqui na semana passada? –pergunta ela. Mas eu sei o que ela esta pensando. Se fui eu que estava transando com o filho dela.

- Não... – falei normalmente.

Ela assentiu e eu subi as escadas. Já conhecia a casa como a palma da minha mão. Fui diretamente para o quarto do Mathew. Ele estava com a cabeça baixa, escrevendo no seu caderno.

Mais um poema...

Capturo seus pensamentos.

Ei-la toda de branco. Aos pés, o imenso véu

Como em flocos de espuma, espalhando no chão...

No olhar, dentro do olhar, cabe inteirinho um céu,

E leva um céu maior dentro do coração...

Nos lábios... Ah! Os lábios há sabor de mel,

E uma carícia em flor se entreabre em cada mão,

- e que temor no braço, ao deixar no papel

O nome dela, o dele... o dos dois desde então...

Quem lhe falou da vida? A vida é um sonho, a vida

É o caminho azul, esse estranho embaraço

De sentir-se ao seu lado amada e protegida...

Aos seus pés, como nuvem branca, o imenso véu...

Quem dirá, que ao seguir ao seu braço

Não pensa que caminha em direção ao céu?”

Senti lagrimas caindo dos meus olhos. Maravilhosa como sempre. Ele é um poeta incrível. Sem queres bato com o pé na porta e ela se abre bruscamente. Mathew me olha espantando, mas logo abre um sorriso. Entro no quarto e me sento na cama. Ficamos em silencio por um longo tempo.

- Como tem passado? – pergunta ele.

- Eu? Hum, bem, eu acho. – falo e começo a rir. Ele me acompanha. – E você anjo?

- Bem também... – ele sorriso carinhosamente e se senta ao meu lado. – O Jack está bem?

- Sim... – Bem até demais! Viro-me de frente para ele e pego sua mão. – Me prometa que sempre irá me escutar e obedecer?

- Sim... – ele franziu o cenho. – Mas por que eu preciso de um anjo da guarda?

- Boa pergunta... – falo. Olho para a janela e volto para ele. – Deus só manda anjos da guarda para aqueles que precisam de proteção.

- Eu corro perigo agora? – seu polegar acariciava minha mão.

- Agora não. – falo. Dou um beijo na sua bochecha. E olho nos seus olhos castanhos. – Você está comigo...


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Notas finais do capítulo

Eu amo o Mathew!!! Ele é o mais fofo de todos...
E aí, por que será que o Mathew precisa de um anjo da guarda? Reviews com sua sugestão!

Beijooos meus anjos!