James Potter:

            Depois do almoço e da aula de História de Magia (com um novo professor, pois Binns, resolveu lecionar em Beubatonxs) finalmente chegou o que eu mais esperava: Treino de Quadribol. Sim, eu faço parte do time, sou goleiro (que nem meu tio) da Grifinória. Hoje seria o primeiro treino.

            Lá estava eu conversando com Scorpius sobre novas técnicas, quando a platéia começou a chegar e de repente ele não parou de olhá-la, parecia que estava à procura de alguém...

            - Ei, cara? Scorp? – perguntei a ele meio sem jeito

            - Hã... Ah, sim, estou aqui. Pode falar. – respondeu fingindo que não tinha acontecido nada

            - O que aconteceu? Tá procurando alguém? Posso te ajudar.

            - Não, tá beleza.

            Não conversamos mais pois o apito avisando que era para irmos apitou, eu me despedi dele e entrei no campo. Peguei minha vassoura, Ninbus 2500, e montei nela, a espera do apito. O Prof. Wood (que também era conhecido de meu pai, afinal, quem não era?) apitou e finalmente subi, a multidão enlouqueceu, torcendo sem parar. Hoje, o treino seria com Grifinória x Sonserina.

            Logo que cheguei fui pro gol, tinha que defender todas as goles que eram lançadas. Não foi fácil, Sonserina era realmente muito boa, mas até agora estava defendendo todas. Até agora. Quando menos percebi, Jane Fontrick jogou uma gole, que foi diretamente na minha cabeça, a última coisa que ouvi foi o som de um apito.

            Rose Weasley:

            Estava à procura de James, que fora levado até a enfermaria por causa da gole em sua cara... Quando abri a porta, vi Madame Ponfrey colocando um lenço sobre a cabeça de James. Perguntei:

            - Oi, Madame Ponfrey, será que James vai ficar bem?

            - Ah, sim, vai se recuperar, só que não vai ser tão rápido, provavelmente daqui a dois dias ele sare. A batida foi feia, mas não grave, para usar um feitiço... – retirando o lenço da cabeça dele e me mostrando a cabeça que agora estava com uma bola roxa

            - Ah, entendi. – com a cara de nojo ainda...

            Fomos interrompidas por um barulho, a porta tinha sido empurrada com violência, era Holly e Fay. As duas começaram a olhá-lo com um ar triste. Depois apareceu Scorp, com cara de assustado. Assim que o vi, virei o rosto para o lado oposto.

            - Ah, cara! O que aconteceu?! – disse Scorp preocupado

            - Você não viu? A bola acertou ele em cheio, Scorp! – respondeu Fay

            - Você viu quando aconteceu?

            - Claro Scorp! Foi no jogo! A gole! – Fay disse brava

            - Eu não vi... Mas como foi?

            - É claro que ele não viu, Fay. Devia estar vendo a menina da Corvinal. – disse sem pensar

            - O que? – perguntou ele confuso

            - A menina de hoje de manhã, não finja Scorpius Malfoy! A coisa que eu mais detesto no mundo é fingimento! – Saí da sala antes que ele perguntasse mais alguma coisa

            Fay Killian:

            Fiquei chocada quando vi James cair de sua vassoura, meu coração pulou. Sorte que McGonagall o salvou (com o feitiço Aresto Mormentum), amortecendo sua queda. Logo depois que James caiu, o jogo parou, e não sei como certas pessoas (Scorp) não viram sua queda.

            Fui o mais rápido possível para a enfermaria, e fiquei lá até a Madame Ponfrey me expulsar. Jurei a mim mesma que iria ir amanhã de novo.

            Holly Killian:

            A queda de James foi tensa. Causou várias emoções, de tristeza em Fay e às fãs dele, de preocupação, no caso de Scorp, e até uma briga entre ele e Rose, na qual não entendi muito bem.

            Depois das aulas terem acabado, encontrei Fay no banheiro, perguntei o motivo de ela estar ali, minha resposta foi:

            - James.

            Falei a ela pra não ficar assim, pois daqui a dois dias ele iria ficar melhor, mas esta não me ouviu, disse que ver uma pessoa que você ama daquele jeito, é a coisa que mais pode te machucar. Concordei, mesmo sem saber, pois nunca me apaixonei.

            Quando fui para a sala comunal depois do jantar e de um belo banho, encontrei Rose observando atentamente o fogo. Fui até ela e me sentei ao seu lado.

            - Tá tudo bem? – perguntei

            - Sim... Estou legal. – ela respondeu na voz mais triste e fraca do mundo

            - Rose...

            - Holly...

            - Fala para mim o que aconteceu?

            - Scorp.

            Ah, Merlin, pensei. Mais uma com problemas amorosos...

            - Então... O que realmente aconteceu, isto que você me disse é o motivo. – perguntei o mais paciente possível

            - O vi flertando com uma menina hoje de manhã... Da Corvinal.

            Uma coisa que eu não entendia era que Rose tinha alguma coisa com a Corvinal...

            - Entendi... Mas você tem certeza que ele estava flertando com ela?

            - Holly, Scorp está entre os garotos mais concorridos da escola... E sei que ele já fisgou algumas... Ele é um pervertido. Sei que não tenho chance com ele... Mas não dá pra simplesmente parar de gostar de alguém.

            Por que hoje era dia de tristeza? E por que Rose tinha essa dúvida do Scorp não gostar dela? Tá na cara que eles se amam! Abracei Rose e a convenci de irmos para nossas camas.

            Esse não foi um começo de ano agradável.

            Scorpius Malfoy:

            Já se passou um dia que Rose anda me evitando. Fay também não está falando muito comigo, apenas Holly, Lorcan e Lysander falam comigo. Mas é um obstáculo, pois Lorcan e Holly não se dão nada bem, a cada minuto, uma briga diferente. Acabo falando mais com Lysander, que me ouve sem dizer uma palavra se quer.

            Sinto falta de Rose, principalmente. Sua risada, seu sorriso, suas conversas, seus abraços... Tudo! Quando a vejo passar, ela vira o rosto, sem nem mesmo dar um sorriso. Nos horários livres, ia visitar James, que ficava inconsciente na maca da enfermaria.

            Estava passando pelo corredor da direita do 2º andar quando dei de cara com a classe do 3º ano. A classe de Hugo, irmão de Rose.

            - Hugo! Como vai cara? – perguntei a Hugo

            - Ótimo! E você? – respondeu alegremente

            - Também! Bom te ver!

            - É, pena que minha irmã não está tão bem assim...

            - Ah é? Por quê? – Dando uma de quem não sabia de nada

            - Eu não sei, ela não fala o motivo pra mim, diz que sou muito novo para entender... Qual é, você me acha novo? Tenho 13 anos! Já sou um adolescente! Ela me trata como se eu fosse uma criancinha que não sabe nem andar, e nem falar! Quero saber o porquê de ela estar assim, quando descobrir, irei cortar e matar quem ou o que fez isto com ela! – falou indignado

            - Ah... Matar?

    - Sim, mas primeiro tenho que encontrar a tal pessoa. Ixi, tenho que ir!

            - A gente se vê por ai, Hugo. – fazendo nosso cumprimento com as mãos

            - Aham, nos vemos por aqui! Tchau Scorpius! E quando descobrir, me diga heim? Não sou novo coisa nenhuma!

            E foi andando. Rose disse que ele era muito novo para entender... Ok, o motivo? Eu, claro. Agora a única coisa que eu temia era ser cortado e morto por Hugo, uma “criancinha analfabeta”, segundo ele.