Secret Love escrita por Fun-chan


Capítulo 5
Passado


Notas iniciais do capítulo

Revisado e postado! Espero que gostem...



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Cap. 5 – Passado     

- Essa pessoa é o meu irmão!!! – Sakura mão podia acreditar no que estava vendo. Já fazia dois anos que ela não via Toya. Ela apertou os lábios, na tentativa de reprimir um grito de felicidade. Toya olhou para Sakura e abriu o sorriso. – *Oniisan!!! Que saudades!! – Sakura abriu os braços e correu na direção de Toya. Ela o abraçou com força e fechou os olhos. Toya, lentamente, levantou a mão direita e colocou-a sobre a cabeça de Sakura que estava apoiada em seu peito. Em seguida ele contornou as costas de Sakura com o braço esquerdo, abraçando-a carinhosamente. Depois de alguns segundos ele finalmente falou:

- Você não mudou nada Sakura. – Ela levantou a cabeça e sorriu meigamente. Toya deu um meio sorriso e fez uma cara irônica. – Continua baixinha, magrela e barulhenta. Quando você vai crescer monstrenga?! – A doce face de Sakura rapidamente mudou. Suas bochechas inflaram, seus olhos se juntaram e um suspiro de raiva saiu de seus lábios. Toya começou a rir baixinho, enquanto olhava para Sakura.

- Eu disse que sentia a sua falta? – Perguntou Sakura enquanto se afastava do irmão. Quando já estava a dois passos dele ela fechou os olhos e virou o rosto com rapidez. Toya parou de rir e fez uma cara de assustado, achando que tinha magoado a irmã. Sakura abriu um dos olhos e espiou o rosto do irmão e então completou o que estava dizendo. – Insanidade temporária. – Ela riu e o abraçou novamente. Toya riu e depois de se afastar de Sakura andou na direção de Okashira, que assim como todos os presentes, estava assistindo o reencontro dos irmãos.

- Como vai Okashira-san? Desculpe-me por interromper o treinamento e por ter vindo sem avisar.

- Não se preocupe Toya-kun, sabe que você é sempre bem vindo. O que o trousse aqui? Algum problema? Os outros estão bem?

- Obrigado. Não senhor, não houve nada. A Mizuki, o Yukito e a Nakuru estão bem, e queriam ter vindo comigo, mas, o Yuki não podia deixar o trabalho agora, a Nakuru não quis vim sem o marido, e a Mizuki... Bem, eu achei melhor que ela ficasse em casa já que está... – Os olhos de Toya começaram a brilhar e um sorriso orgulhoso apareceu em seus lábios. Ele olhou rapidamente para Sakura, que já havia voltado para o seu lugar perto das amigas, e depois terminou a frase. – Já que ela esta grávida.

- Grávida?! – Okashira não conseguiu esconder a sua surpresa e, depois de um segundo re-ajeitando os pensamentos, ele continuou. – Parabéns papai!! – Toya sorriu e depois olhou rapidamente para a Sakura que já estava pensando na (o) sua (seu) futura (o) sobrinha (o). “Ela vai ser uma graça e eu vou brincar com ela todos os dias e...” Dizia Sakura para as amigas.

- Obrigado. Bem eu vim aqui pra falar sobre isso e sobre outra coisa em particular. Será que eu posso levar a Sakura pra dar uma volta? Prometo que ela vai voltar antes do toque de recolher. – Toya, de repente, ficou sério e olhava fixamente para Okashira. Os dois permaneceram parados, um analisando os olhos do outro, como se tivessem conversando por pensamento. Tão rápido como a mudança de humor de Toya, Okashira entendeu exatamente o que estava acontecendo.

- Entendo. – Ele olhou rapidamente para Sakura que estava tão deslumbrada com a notícia de Toya que nem percebeu que o assunto tinha virado sério. – Eu não vejo nenhum problema em você levar a Sakura para um passeio. Não se preocupe com o horário, somente hoje, eu faço uma exceção.   

- Muito obrigado Okashira-san. – Toya curvou-se em sinal de respeito e depois se dirigiu até o local onde Sakura estava. – Vamos, monstrenga! Vai se arrumar que eu te encontro lá no portão.

- Já disse que não sou monstrenga! – Sakura fez uma careta para o irmão e saiu correndo na direção de seu quarto. No caminho ela cruzou com Shaoran e os outros, que estavam retornando ao ginásio depois de terem corrido em volta da academia 3 vezes, como ordenado por Okashira. Ao ver o parceiro, ela sorriu docemente e acenou com a mão. Toya observou a cena e depois que sua irmã já havia saído pela porta, ele andou na direção Shaoran, encarando-o. Quando ele estava cara a cara com o jovem de olhos achocolatados, disse:

- Fique longe da Sakura, moleque!!!!

- O que foi que disse?! Quem você chamou de moleque?! – No entanto ele nem prestou atenção nos protestos de Shaoran, simplesmente saiu andando em direção a porta, enquanto Shaoran o fuzilava com os olhos. Somente depois que Toya saiu é que Okashira continuou com a aula. Shaoran se posicionou ao lado de seus amigos, Rioga, Meiling, Eriol e Tomoyo, e depois de se acalmar um pouco, perguntou. – Quem era aquele cara? E por que a Sakura não esta aqui? – Tomoyo riu bem baixinho do amigo e respondeu suas perguntas.

- Aquele era o Toya. Ele já foi um dos melhores agentes dessa academia, mas há dois anos ele e seu parceiro e amigo Yukito, desistiram da vida de agentes secretos para poder se casar, com Mizuki e Nakuru, respectivamente. – Shaoran não parecia muito impressionado com Toya, diferente de seus companheiros de quarto, que estavam boquiabertos. – Bem, ele também é irmão da Sakura e levou ela pra dar um passeio. – Assim que o nome Sakura saiu da boca de Tomoyo, o jovem rapidamente voltou sua atenção para a amiga de cabelos compridos. – Acho que ele tinha algumas coisas pra conversar com a Sakura-chan.

- Como assim irmão da Sakura? Ela nunca me disse que tinha um irmão mais velho. – Shaoran se sentiu decepcionado pela parceira não ter lhe contado esse fato, já que ele lhe contou tudo sobre a família dele. Bem, quase tudo.

- Não acho que ela tenha feito de propósito. Entenda, o passado de Sakura é muito doloroso, não deve ser legal pra ela ficar falando sobre isso. Além do mais, Toya nem é irmão de verdade da Sakura. – Explicou Meiling. Um grande ponto de interrogação surgiu no rosto de Shaoran segundos depois do comentário de sua prima. – “Como assim ele não é irmão dela de verdade? Por que o passado da Sakura é doloroso?” – Pensava Shaoran, mas quando tentou obter mais informações, ele foi interrompido por Okashira que lhes chamou a atenção por conversarem durante a “aula”. Como punição, os cinco amigos tiveram que se separar, o que os impossibilitou de conversar até o final do dia.

            Eram quase seis horas, quando a “aula” acabou. Todos saíram correndo direto para seus quartos. Todos menos Shaoran, Meiling, Rioga, Tomoyo e Eriol. Após escutarem mais um sermão de Okashira, os jovens se dirigiram para a lanchonete, onde, finalmente, Shaoran conheceria a história de Sakura. Os cinco se sentaram numa mesa e pediram alguns sucos. Não aquentando mais, o jovem de olhos achocolatados disse:

- Agora vocês podem contar o que aconteceu no passado da Sakura?

- Ainda com essa história Li? – Respondeu Meiling com uma cara de cansaço. – Deixa isso pra lá! Um dia ela mesma te conta. Não basta ter ficado o dia inteiro de castigo por causa disso?

- Ah, por favor amor. – Disse Rioga fazendo beicinho para a namorada. – Eu também quero saber, e aposto que o Eriol também quer. – Ele olhou para o amigo que balançou a cabeça em sinal de positivo e depois, olhando para Meiling de novo, ele continuou. – Você nos deixou curiosos. Vai amorzinho, por mim.

- Eu... Eu... Tomoyo socorro!!! – Meiling olhou para Tomoyo desesperada, esperando que a amiga soubesse o que fazer. Tomoyo olhou os três amigos, que ainda estavam fazendo beicinho, e suspirou levemente.

- Se a Sakura perguntar, nós não dissemos nada. – Os três meninos bateram as mãos em sinal de vitória e se aproximaram para poder ouvir melhor. Meiling não gostou muito da ideia, mas admitiu que eles tinham o direito de saber, principalmente o seu primo. Tomoyo olhou em volta e não viu ninguém por perto, portanto, começou a falar. – Olha, há muito tempo atrás, mais ou menos 11 anos atrás, umas ruínas foram descobertas no norte do Japão. Elas continham algumas gravuras e livros que falavam sobre um antigo Mago, chamado Clow. – Quando a palavra Clow saiu da boca de Tomoyo, Shaoran arregalou os olhos e parou de respirar por um segundo. Ninguém notou o ocorrido, Shaoran disfarçou sua tensão e continuou ouvindo a amiga. – Na época Toya tinha 16 anos e, assim como nós, ele já havia participado de varias missões. Okashira descobriu que existia uma seita chamada “O juízo final”, seguidores de Clow, que não queriam que o conteúdo escondido mais fundo nas ruínas fosse descoberto. Antecipando um possível ataque, ele enviou Toya e seu parceiro Yukito para protegerem os arqueólogos que estavam trabalhando nas escavações. Foi nas ruínas que Toya e Yukito conheceram, por acidente, um casal recém casados e sua filhinha chamada Sakura. – Tomoyo fez uma pausa dramática, e observou o rosto de todos. Os meninos e a Meiling, já que ela nunca escutou a historia completa, estavam surpresos. Shaoran, por outro lado, parecia desesperado. – “Qual será o problema?” – Pensou Tomoyo antes de prosseguir com a história. – Toya conversava todos os dias com Fujitaka, pai de Sakura e arqueólogo recém-formado, por isso ele confiava muito nele e acabou contando toda a verdade sobre ele ser um agente. Nadeshiko, mãe de Sakura, era uma mulher muito jovem e bonita que estava iniciando sua carreira como modelo e atriz, mas como o marido foi chamado para a escavação ela decidiu tirar “férias” e ir junto com ele. No entanto, após uma semana de escavação, houve um ataque ao acampamento. Toya e Yukito conseguiram salvar algumas pessoas, mas Okashira havia calculado mal, havia muito mais membros da seita do que o esperado. Fujitaka se fez de isca, para que Nadeshiko pudesse fugir com Sakura. Depois do ocorrido Toya encontrou Nadeshiko ferida no meio do nada, ela implorou pra que ele tomasse conta de Sakura, e foi o que ele fez. 

- Pobre Sakura, deve sentir muita falta dos pais. – Disse Rioga abraçando Meiling que estava quase chorando. – Tenho que admitir que, ela é uma menina muito especial. Mesmo tendo sofrido tudo isso, ela esta sempre com um sorriso no rosto, alegrando todo mundo. Você não acha Li? – Shaoran não respondeu, ele ainda estava paralisado. Fitava o chão como se a coisa mais valiosa do mundo estivesse ali. – Li? Shaoran!!!

- Hum... Você falou comigo?

- Cara qual é o problema?

- Hum... Não tem problema Eriol. Tomoyo, como era o nome do “mago”? – Ele ergueu os braços e fez o sinal de aspas com as mãos. – E do pai da Sakura?

- Clow. Fujitaka. – A jovem estava confusa. – Por quê?

- Nada não. Vou pro meu quarto. Tchau! – Ele se levantou e seguiu em direção ao quarto rapidamente, nem deu chance pros seus amigos falarem.

            Após entrar no quarto e fechar a porta, Shaoran fechou os dedos e os olhos o máximo que conseguiu e deu um soco na parede, deixando uma marca nela. Sua respiração estava desregular e seu coração batia muito forte. Rapidamente, ele pegou o seu celular e discou um número. Antes de a pessoa dizer “Alô”, Shaoran começou a falar:

 - Temos que conversar. È sobre o mago Clow. – Ele escutou a resposta em silêncio. – Onde você está? Chego em 30 minutos. – A voz no telefone era feminina e tinha um tom de preocupação. – Eu sei me cuidar mamãe. – Disse Shaoran, antes de desligar o telefone.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Estou esperando reviews...
*Oniisan - irmão mais velho.



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