Mente X Coração - Susana Pevensie escrita por Jajabarnes
Notas iniciais do capítulo
Capítulo dedicado à todas(os) que são, assim com eu, Suspian 4ever!
Espero que vocês gostem.
Amanhã.
É amanhã.
Ah, como dói...
E o pior: Caspian não apareceu!
Começo a pensar que ele desistiu de mim, ou, quem sabe, voltou para Narnia?!
Não, ele não mentiria para mim...
O toque do telefone fez-me sair da janela.
- Alô? – atendi na esperança de ser ele.
- Olá, querida! – aff. Até que eu estava estranhando a ausência de Johnny, a ultima vez que o vi foi no jantar em que ele me apresentou a família semana passada. – Só liguei para saber para saber como você está, amanhã é o grande dia, Susana, comemore!
- Está tirando sarro da minha cara, não é?
- Ah, quê isso, Su, eu nunca faria isso...
Revirei os olhos.
- O que você quer, já não basta eu ter que ver você amanhã e pelo resto da minha vida?
- Vai dizer que está não é a melhor parte?!
Foi à gota d’água. Desliguei o telefone. Logo em seguida ele tocou de novo, aí lhe arranquei da tomada.
Já era noite, não sairia para canto nenhum, então comi alguma coisa, tomei um banho e vesti minha camisola preta que parava no meio das coxas, de seda e alças finas, por cima o robe da mesma cor.
Permaneci mudando os canais da televisão esperando o sono chegar.
Toca a campainha.
Desligo o aparelho e vou atender.
Esquecendo-me de olhar pelo olho-mágico e de como estava vestida, escancarei a porta.
Lá estava ele, usando a jaqueta que compramos e trazendo uma caixa branca lacrada com uma fita lilás e um laço. Mordi o lábio observando o objeto. Sabia o que tinha em seu interior.
- Oi, Su. – tirou-me do transe.
- Entregaram lá em casa, é para você. – estendeu-me a caixa.
- Ah, claro, obrigada. – peguei a caixa. – Entre. – dei-lhe passagem. Entrou. – Senta, fique à vontade. – passei por ele deixando a caixa sobre a mesa, onde ele puxou uma cadeira e sentou-se. Desatei o laço, retirei a tampa e levantei as pontas do papel. Finalizado e branco, era como estava o meu vestido de noiva. Fitei-o por alguns instantes e senti Caspian fazer o mesmo comigo. Senti meus olhos marejados; antes que a lagrima escapasse interrompi o transe.
- Então, você aceita uma água, um café... Um chá?
- Um chá.
Tampei a caixa, levei-a largando-a de qualquer jeito dentro do armário.
- Fica pronto em um instante. – falei dando passos largos até o fogão onde botei a água na chaleira, não chegando a acender o fogo.
- Você não devia aparecer na porta desse jeito. – observou ele.
- É que eu não esperava mais ninguém hoje... Você não apareceu... – essa ultima parte foi mais um lamento enquanto eu me encostava ao balcão, de frente para ele.
Caspian deu um leve sorriso.
- Sentiu minha falta?
Senti minhas bochechas queimarem.
- Sim... – sussurrei. – cheguei a pensar que você tinha desistido de mim...
Ele levantou, vindo em minha direção.
- Isso nunca vai acontecer, Susana. – afagou a lateral do meu rosto. - Sabe por quê? – Nada falei, baixando o olhar. Ele ergueu levemente meu queixo fazendo-me olhar em seus, e, olhando profundamente nos meus olhos, ele respondeu. – Por que eu te amo.
Dito isto, seu rosto foi ficando mais próximo; sentia sua respiração e para impedir nada fiz. Nada queria fazer. Apenas fechei os olhos e senti, lentamente, seus lábios chegarem aos meus.
Simplesmente entreguei-me ao seu beijo. Entreguei-me a ele.
Suas mãos estavam em minha cintura, e as minhas no balcão. Aquele beijo terno e morno foi interrompido, sua testa tocou a minha e levei uma de minhas mãos à sua nuca, enterrando os dedos suavemente em seus cabelos.
- Por que faz isso comigo? - sussurrei.
- Isso o que?
- Quando estou com você esqueço-me do mundo a minha volta, você faz com que eu deseje mais e mais estar ao seu lado... Caspian, você só faz com que eu te ame mais...
Foi o suficiente para o beijo recomeçar dessa vez com mais desejo. Seus braços deram uma volta apertada em minha cintura. Tateei a parede atrás de mim em busca do interruptor, antes que eu o achasse ouvi um “click” e Caspian afastou-se de mim. Abri os olhos para ver o que tinha acontecido; o apartamento estava escuro a não ser pela luz pálida e prateada da lua cheia daquela sexta-feira treze que entrava pela janela e iluminava a cama. Podia distinguir o semblante de Caspian a minha frente.
- Por que você parou? – perguntei.
- Achei que você pensava que isso era errado. – falou pausadamente.
- Eu amo você, Caspian, e o amor não vem da mente, vem do coração e não é função do coração pensar, ele sente. – falei aproximando-me dele novamente. – Além disso, quem disse que eu estou pensando?
Voltou a mim. Fez-me recuar, sem interromper o beijo, até cair sobre mim, na cama.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então o que acharam?
Contagem regressiva para o fim: apenas 4 capítulos :/
Beijokas!!