Sirius, o Sedutor escrita por N_blackie


Capítulo 6
Capítulo 6




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Lá Vem a Noiva... BlábláBlá

James e Lily são o casal mais engraçado e ao mesmo tempo estranho do mundo, falo mesmo. Primeiro por que esse rolo todo deles surgiu a partir do ódio que Lily sentia do filhinho de papai de Hogwarts, e depois porque James foi tão insistente que eu tenho a séria impressão de que ele acabou vencendo Lily pelo cansaço. De qualquer forma, sou o padrinho, então não posso ficar especulando sobre a veracidade da relação dos dois, e sim me dedicar a paparicar os dois e, especialmente, revelar os podres mais sombrios de James para que a noiva não tenha surpresas durante a vida que vão iniciar.

- Então, James já contou que ele fala quando dorme ou estava esperando sua primeira noite de insônia? – comecei logo quando as bebidas chegaram, e James fingiu que engasgou enquanto Lily ria.

- Nunca disse. Sério?

- Acha que eu brincaria com algo sério assim? Lily, querida, é horrível. Na primeira vez que dormi no quarto dele foi um terror, ele não parava de resmungar toda hora, e umas coisas muito estranhas. Fui pra casa prometendo que nunca mais voltaria a dormir na casa dele, mas não resisto.

- Coitadinho... – Lily acariciou o cabelo rebelde do meu amigo, que agora estava me olhando como se quisesse me matar e jogar o corpo no fundo do Tamisa.

- Ele também já mencionou a vez em que... – comecei novamente, mas uma voz alta encheu o jardim de inverno particular no qual almoçávamos. Ergui a cabeça para ver quem era, e sorri de lado quando percebi que era Marlene. Vestia calça jeans e uma blusa de alça, mas carregava Regulus a tiracolo. Revirei os olhos e prestei atenção no que ela estava falando.

- Emme, não seja burra, ele não te quer. Não, claro, né! Ah, não, não venha chorar, eu avisei. Vamos fazer compras mais tarde, eu saio da redação às seis e meia. Tudo bem. Não, eu preciso. Tá legal, beijos. Se cuida. – e desligou, falando algo para Regulus, que riu casualmente.

Regulus pode falar o que quiser, mas deve rezar todas as noites para conseguir conquistar mulheres como eu faço. Ficava olhando feito um cachorrinho de estimação enquanto Marlene conversava, e quando ela desligou fez questão de afastar a cadeira para que ela sentasse. Sorri quando Lily a cumprimentou, mas meu dia ficou mesmo completo quando Marlene se ergueu um pouco para me dar um beijo na bochecha e eu vi a cara de Regulus.

- Então, recuperados da festa? – perguntei, e ela acenou com a cabeça enquanto guardava o Blackberry.

- Completamente.

- Marlene tem esse dom. – Regulus comentou de repente, e olhei para ele com uma cara de surpresa.

- Sério? Interessante. Então, Lene, posso te chamar assim?

- Claro, somos todos amigos aqui. – ela me olhou sugestivamente. De certa forma eu me sentia bem por compartilhar esse segredo com ela, como se algo nos ligasse. E olha que eu odeio ter ligações com alguém.

- Então, Lene, como foi New York?

- Ah, vi inúmeras coisas, claro. Você deve conhecer melhor do que eu como é revigorante ficar um tempo por lá. Roupas lindíssimas, joias, teatro... Os melhores bares e restaurantes.

- Sirius conhece bem esse lado. – James revirou os olhos e ajeitou os óculos. – Sabia que ele trabalha como barman, Lene?

- Não! Uau, ele precisa fazer uma demonstração, então. – ela riu e tomou um gole, entreabrindo os lábios só um pouco. Foi o suficiente para acender dentro de mim uma vontade louca de beijá-la, tê-la para mim. Tomei um pouco de vinho para ver se me acalmava, e Regulus começou a dar em cima dela.

- Podíamos todos sair para alguma boate de Londres, parecem ser boas e agitadas.

- Achei que não gostasse de agitação, Reggy. – ela ironizou, e todo o meu autocontrole se foi. Me levantei e resolvi ir ao banheiro jogar uma água no rosto, mas assim que saí pela porta branca ela me esperava.

- Parece desconcertado. Não gosta que falemos de boates? – ela pareceu preocupada com a forma que eu me sentia, e balancei a cabeça com um pouco mais de veemência do que precisava.

- Não. Está linda. – notei a roupa dela, e Marlene sorriu.

- Obrigada. Também não está nada mal.

- Desculpe por Regulus, ele consegue ser indiscreto às vezes.

- Não me importo, é engraçado.

- Ficaria com ele, então? – percebi que fiquei preocupado, e por pior sinal que isso fosse ainda assim me fazia querê-la ainda mais, como se ficando com ela provasse para Regulus quem era o melhor.

- Não. Dos irmãos você é o melhor. – ela piscou, e andei rapidamente na direção dela, prendendo-a pela cintura para impedi-la de ir. Encostei –a no sofá, olhando diretamente nas duas esferas azuis profundas que ela tinha como olhos.

- Eu quero você de novo.

- Estão todos no jardim de inverno. – ela argumentou, e revirei os olhos. Odeio essas desculpas que as mulheres dão.

- Vou só levar uma lembrança, então. – ergui as sobrancelhas, e a beijei. O cheiro e gosto ainda eram os mesmos, mas a adrenalina de estar na casa de pessoas que me conheciam fazia tudo mais radical. Qualquer um poderia entrar a qualquer momento e nos ver ali, nos beijando, e eu teria de explicar que tínhamos nos conhecido em New York. Era o segredo que me colocava aos pés dela, e Marlene pareceu gostar da minha atitude, porque embrenhou os dedos nos meus cabelos, pressionando seu corpo no meu. Eu apertava sua cintura com força, querendo de alguma forma passar por entre o tecido da blusa dela.

- Quando? – perguntei assim que nos soltamos, ofegantes. Marlene se afastou e arrumou os cabelos, alisando a blusa.

- Você é muito apressado. Não sou um brinquedo.

- Não estou tratando você assim. – revirei os olhos, mas ela riu.

- Você que pensa. Nos vemos.

- Pelo menos dessa vez você me avisou. – falei alto enquanto ela saia, e ouvi um riso irônico ao fundo.

Repirei fundo e sentei no sofá, pensando em algum jeito de mostrar que só era diversão, nada mais. Vou mostrar a ela que não preciso dela.


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