Alugando Hermione Granger escrita por da_ni_ribeiro, thysss


Capítulo 26
Capítulo Sete




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Erguendo-se sobre os cotovelos, Hermione observou o lugar em que se encontrava e logo suspirou, para deixar seu corpo cair sobre os travesseiros macios, enquanto se dava conta do corpo nu embaixo do lençol. As lembranças da noite anterior rapidamente tomaram sua mente, fazendo instantaneamente um sorriso brotar em seus lábios enquanto suas bochechas coravam.

-- Flash Back --

- Você sabia que não deve me levar a sério quando eu digo isso – respondeu ele com um sorriso sacana.

Rindo ela acertou um tapa em seu peito, o que só despertou em Draco ainda mais desejo, rapidamente ele a pôs melhor sobre seu corpo, os beijos se tornando mais voluptuosos. Ofegante, ele afastou um pouco o rosto do dela, para logo separar seus corpos.

Mas foi apenas por tempo suficiente para se erguer e puxá-la para seus braços, apoiou-a contra a parede, novamente distribuindo beijos por seu pescoço, e sorriu ao sentir as mãos pequenas e femininas subirem por baixo de sua camisa.

- Você tem certeza? – ele perguntou com os olhos brilhosos pelo desejo, vendo nos olhos castanhos dela o mesmo brilho de desejo refletido.

Com um meneio de cabeça Hermione assentiu, por simplesmente não encontrar voz para responder a ele.

As preliminares duraram mais que de costume, refletiu Draco, mas daquela vez queria fazer tudo certo, o sexo entre eles era incrível, disso ele já sabia, mas estavam se reconciliando aos poucos e travar aquela intimidade era avançar para um nível que não tinha certeza se Hermione estava pronta para aceitar, assim que se prolongou nos beijos, beijando o pescoço e o colo dela, deixando rastros úmidos e avermelhados por seus seios e pelo ventre liso, sentindo como, aos poucos, ela se tornava mais e mais relaxada em seus braços, ao mesmo tempo mais entregue.

Quando Hermione voltou a percorrer aos mãos pelo seu corpo foi que Draco teve certeza de que ela também queria, além do mais, sinais do que fariam não faltaram, afinal ela sabia que cada vez que se dispunham a estudar juntos, era em sexo que tudo acabava, mesmo que depois estudassem, a intimidade estava sempre relacionada.

E também havia dado a ela a chance de se afastar, de dizer que não, havia perguntado se ela estava segura, estando ele pronto para parar caso ela não quisesse continuar. Seria frustrante, ele sabia, mas a partir do momento em que se dispôs a conquistá-la custasse o que fosse, sabia que teria de se sujeitar a situações nem sempre favoráveis.

Para sua sorte – e alivio – ela estava tão envolvida quanto ele, tão saudosa quanto, distribuindo beijos em seu pescoço e no peito masculino, observando o corpo masculino e viril com olhos excitados, nublados pelo desejo.

Beijou-a nos lábios após tirar sua blusa e o sutiã, e também após tirar sua calça e a lingerie. Ela o acolheu em seus braços quando Draco se despiu, e mordiscou seu ombro quando ele se posicionou sobre seu corpo.

A penetração foi longa e prazerosa, e Hermione suspirou ao sentir o corpo masculino invadi-la com aquela intimidade que só os dois tinham, mordiscou o ombro dele novamente quando as investidas se tornaram mais fundas, e Draco gemeu ao sentir como ela o recebia.

Os movimentos foram fortes e fundos, mas nenhum dos dois se importou com isso, pelo contrário, Hermione o queria cada vez mais forte e mais fundo, saudosa demais daquele corpo, pedindo sempre mais, querendo sempre mais dele.

Draco penetrou com força, sentindo-a lânguida em seus braços quando o orgasmo chegou, ela gemeu em seu ouvido, sentindo as pernas bambas e o corpo leve, e com ele não foi diferente, sentindo-se saciado ao atingir seu clímax, deixando seu corpo cair sobre o dela. Beijou-a no rosto, e ela retribuiu os beijos, com um sorriso satisfeito em seus lábios, os olhos fechados enquanto ainda desfrutava da sensação pós-orgasmo.

Não demorou para Draco colocá-la por cima, admirando o corpo feminino, a curva dos seios pequenos, mas que ficavam perfeitos no corpo dela, na medida certa, e que tinham a medida certa para caberem em suas mãos. Assim não demorou a sentir seu pênis erguendo-se novamente, excitado pela visão de uma Hermione excitada, com os mamilos túrgidos e o corpo arqueado, posicionando-se sobre seu corpo de forma quase obscena, desejosa de mais.

Ela se arqueou sentindo o pênis dele roçar em suas nádegas, e se inclinou beijando-o no peito e nos mamilos, devolvendo as caricias que Draco havia lhe feito anteriormente, e mostrando a ele que estava pronta para recomeçarem de onde a intimidade entre eles havia parado – quando já se encontravam a vontade um com o outro, sem vergonha de serem mais ousados, ela principalmente.

Gemeu sentindo a língua dela deslizar de maneira erótica sobre seu peito, mostrando a ele que esse tempo de espera e abstinência seriam logo recompensados.

Suas mãos pousaram de forma possessiva sobre a cintura fina dela, erguendo-a com facilidade para guia-la em direção ao seu membro, e rapidamente ela se posicionou, descendo lentamente sobre seu membro, proporcionando a ele uma visão erótica, fazendo seu pênis latejar de excitação. Gemeu ao primeiro contato, e depois disso ambos perderam o controle, fazendo com que ele a penetrasse num ritmo frenético, ouvindo os gemidos manhosos dela, o modo languido como ela pedia por mais e seu corpo se arqueava o excitavam ainda mais.

Arqueou-se na cama, sentindo seu pênis bombear nela, até o clímax novamente atingi-los, fazendo Hermione cair exausta, e satisfeita, sobre seu corpo, e Draco a acolheu com todo prazer, beijando sua cabeça, enquanto ela enlaçava os dedos no cabelo já desgrenhado dele.

Ficaram por alguns minutos na mesma posição, seu pênis latejando pelo pós-coito e ela lânguida pelo orgasmo que a atingira, conforme a sensação de satisfação ia se esvaindo, o cansaço pela noite mal dormida e pelo recente esforço fez Hermione fechar os olhos, pronta para se entregar ao sono.

- Eu senti falta disso – ela disse com a voz manhosa enquanto se aninhava melhor nos braços dele, gemendo ao sentir seu corpo ser separado do dele.

- Eu também – Draco sussurrou em seu ouvido, mas apostava que ela já estava dormindo e nem ouvira.

-- Fim do Flash Back --

O barulho do chuveiro ligado despertou Hermione de seus devaneios, fazendo-a sentar na cama, trazendo o lençol consigo por puro hábito, afinal não havia ninguém que pudesse vê-la nua naquele quarto. Riu sozinha vendo as roupas espalhadas pelo chão e maneou a cabeça, ao aceitar ir ao apartamento de Draco havia tido em mente que tudo era possível, além do mais, como ele mesmo dissera, ela sabia que não devia levar muito a sério quando Draco disse que iriam só estudar. Havia pensado mais em beijos e amassos, não em sexo, mas não se arrependia.

Afinal Draco estava se esforçando, ela tinha de reconhecer isso, ele vinha se portando como um cavalheiro, era paciente e tolerante – principalmente em seus dias de TPM –, agora era sua vez de também fazer algo por ele, além de mostrar que também estava disposta a fazer que desse certo.

Além do mais, não era mais tão ingênua e sabia que, mais cedo ou mais tarde, era na cama que as coisas terminariam.

Espreguiçou-se e logo estava de pé, com um sorriso seguiu até o banheiro e suspirou ao ver a silhueta masculina contornada no box, o calor do lugar tornara o vidro do box embaçado, permitindo ver apenas o contorno de um corpo bem delineado.

Abriu a porta de fininho e o abraçou por trás, rindo alto quando, de surpresa, Draco a segurou pela cintura, colocando-a de baixo da água. Seu cabelo rapidamente estava todo molhado, o corpo arrepiado pelo contato da água. E também pela intimidade que voltavam a compartilhar.

- Sentiu falta disso também? – perguntou ele de forma divertida e ela riu, dando um tapa em seu peito.

- Aposto que você sentiu mais falta – desdenhou.

Negando com a cabeça Draco a ergueu no colo, beijando seus lábios com volúpia.

- Bom dia – disse de forma debochada.

- Bom dia – ela riu enlaçando os braços ao redor de seu pescoço.

Ele a prensou contra a parede, e beijou seu pescoço sabendo que ali era um de seus pontos fracos.

Minutos mais tarde ela ria jogada na cama, enquanto Draco terminava de se vestir.

- Aonde você vai? – perguntou com o cenho franzido.

- Resolver um assunto com o advogado da empresa...

- Que não seria você? – questionou com uma sobrancelha arqueada.

- Não – ele riu maneando a cabeça. – Não sou só eu, por isso quero resolver isso logo e me livrar. Tem uns contratos que ele tem de ler, depois já trago o nosso almoço, pode ser? – perguntou.

- Eu vou fazer o nosso almoço – disse ela sentando na cama.

A expressão de descrédito no rosto de Draco fez Hermione cruzar os braços, sentindo-se irritada, de repente.

- Não seria a primeira vez – retrucou ela. – Mas se minha comida é tão ruim assim, tanto faz.

- Faz tempo que você não cozinha – ele deu de ombros. – Não achei que quisesse.

- Eu gosto de cozinhar – pontuou ela e ele se aproximou.

De joelhos ela andou sobre a cama até se aproximar dele, com um suspiro conteve a vontade de enlaçar os braços sobre o pescoço dele e trazê-lo para mais perto – ainda não eram desses casais românticos e melosos, lembrou-se.

- Além do mais, aprendi vários pratos quando não estava com você! – retrucou ela para complementar.

- Tudo bem – ele deu de ombros. – Só não estou acostumado a ter uma namorada que cozinhe – riu e ela maneou a cabeça.

- Você foi muito mimado, Malfoy!

Rindo ele beijou-a nos lábios de forma rápida, e logo se afastou.

- Me surpreenda então – disse pegando sua pasta. – Não devo demorar.

Ele se afastou e Hermione se jogou sobre a cama, sabia que quando Draco dizia que não iria demorar, significava que levaria pelo menos duas horas. Ainda tinha tempo. Olhando no relógio não acreditou ao ver que ainda eram nove horas da manhã. Maneando a cabeça se aconchegou entre as cobertas, abraçando um travesseiro que continha o perfume de Draco.

Droga. Estava começando a se comportar como aquelas mocinhas melosas. Com a diferença de que não estava apaixonada por Draco. Ou pelo menos era isso o que dizia para si mesma.

Dirigindo apressado pelas ruas de Cambridge, Draco tirou o momento para por seus pensamentos em ordem e logo deu um murro no volante. Não sabia descrever como se sentia, estava com Hermione, a tinha novamente em sua cama por uma vontade mutua, mas ainda assim algo o incomodava.

Suspirando pensou no plano que tinha traçado semanas atrás, um plano que envolvia esse contato íntimo entre eles e que poderia ou não estar em ocorrendo. Era isso o que tanto o incomodava. Ao pensar no que queria, havia se esquecido de ponderar o que Hermione planejava para a vida dela, e certamente suas ideias conflitariam. O problema era que agora podia já ser tarde demais. E do jeito que a noite havia sido agitada – e a manhã também – não duvidava que já estivesse ocorrendo.

Maneando a cabeça pensou que não era hora de refletir sobre isso, além do mais, já estava feito. Tinha agora era de tratar dos assuntos da empresa que sua mãe herdara, e que seu pai soubera administrar muito bem – o que trazia uma grande responsabilidade para Draco, que mesmo estando confiante, sabia que seus pais estariam sempre com um olho em cima, acompanhando cada lucro, cada conquista, comparando valores.

Afinal de contas, por mais que Narcisa estivesse mais tranquila com o relacionamento dele com Hermione, não significava que ela havia aceitado, pelo contrário, isso até o preocupava. Pois como sua própria mãe já dizia, se a cobra está quieta demais, é porque está preparando o bote. E isso se adequava perfeitamente na situação.

Isso, somado a falta de confiança de sua mãe em sua capacidade de gerir os negócios, e somado também a preocupação com a saúde de seu pai, que um dia estava 100% no dia seguinte estava definhando na cama por motivos que ninguém sabia esclarecer, faziam uma pressão tamanha em toda a situação, que consequentemente fazia com que Draco exigisse ainda mais de si mesmo.

E por um lado era bom estar tão bem com Hermione, pelo menos ela não lhe cobrava tanto, e com ela podia relaxar e deixar um pouco de lado tudo isso. Era um homem de negócios, jamais abandonaria a empresa de sua família ou o seu cargo no parlamento, mas isso não significava que gostasse de lidar com os dois, ainda mais ao mesmo tempo.

- Senhor Malfoy – a voz de sua secretária o fez se mover e sair do carro.

Holly era quem cuidava dos negócios na sede em Cambridge, uma sala de tamanho razoável que mantinham ali para que ele pudesse lidar com tudo, afinal nunca gostara muito da vida atribulada de Londres.

Ela era uma senhora de quase cinquenta anos, que tinha uma neta de pouco mais de cinco para sustentar. Draco ainda se lembrava de quão chocada Hermione ficara ao conhecê-la, haviam discutido durante todo o caminho, ela acusando-o de mentir, porque a secretária de alguém como Draco Malfoy tinha de ter pelo menos um metro e meio de pernas e ser loira. Grande fora o choque ao se deparar com aquela senhora, e quando Holly lhe contou da neta, que vivia com ela porque sua filha inconsequente mal era capaz de cuidar de si própria, Hermione ficou cheia de remorso por ter desconfiado de Draco, e toda sentimental pela senhora e sua neta.

- Daniel já chegou? – perguntou Draco entrando em sua sala, seguido por Holly, que tendo sua agenda em mãos lhe ditava cada compromisso.

Uma reunião na segunda pela manhã. Outra na terça.

Ótimo, pensou ele, eram em horários que Hermione estaria em aula, de qualquer jeito.

- Ele ligou que já está a caminho – respondeu ela de forma solicita.

- E quanto as passagens que eu lhe pedi? – perguntou tirando o paletó e apoiando-o em uma cadeira.

- Já providenciei – ela respondeu rapidamente. – Pedi o avião privativo do parlamento, mas disseram que como o senhor ainda não tomou posse não pode usá-lo, a menos que seu pai o acompanhe – Draco fez uma careta e Holly soltou um risinho baixo, que logo a fez corar e se desculpar.

- Não tem problema – deu de ombros. – Aposto que mesmo se eu pudesse usá-lo, alguém encontraria algum defeito para eu não sair daqui com ele. Além do mais, me sinto bem o suficiente viajando de primeira classe.

- Tenho certeza que sim – ela assentiu.

- E quanto ao  apartamento, está tudo certo?

- Falei com a sua governanta em Nova York, ela vai providenciar tudo.

- Ótimo.

Não demorou e Daniel Ferrer entrava em seu escritório, sua pasta em mãos, a aparência impecável como sempre. Com um aceno de cabeça, Draco dispensou Holly assim que ela lhes serviu café, e apontou a cadeira para que Daniel se sentasse.

- É bom vê-lo, rapaz.

Tendo quase idade para ser seu avô, de certa forma era assim que Daniel o via. Sendo ele um velho amigo da família, conhecera seu avô materno e com ele tratara sobre os assuntos da empresa, o mesmo acontecera quando Lucius comandava todos os negócios, e agora era a vez de Draco assumir o posto.

Mas de certa forma era engraçado tratar de negócios com aquele senhor que o vira crescer, Daniel era uma presença quase constante em sua casa durante sua infância, houve uma época em que ele e Lucius eram quase inseparáveis. Mas então a mulher de Daniel falecera, poucos anos atrás, e o senhor nunca mais fora o mesmo. Sentia-se solitário, tendo apenas uma filha já crescida e casada. Hoje Daniel era mais profissional que nunca, empenhando-se cada vez mais em seu trabalho, afinal, como ele próprio dizia, era a única coisa que lhe restava.

- O que você tem para mim hoje? – perguntou o senhor com certo humor e Draco maneou a cabeça.

- A revista que resolveu fazer um dossiê da família Malfoy publicou algo sobre eu ter me relacionado com Catherine Middleton antes dela se casar com William – disse de forma ríspida, pois só pensar em Catherine já lhe causava um mal estar. – Pensei que tudo que mencionava nós dois juntos havia sido excluído, para sempre.

- E deveriam ter sido – Daniel respondeu com o cenho franzido. – Apesar de que, deixe-me dizer garoto, duvido que alguém vá comprar essa história, não agora depois de tantos anos, ainda mais com Catherine estando casada com William e tendo a história deles estampada em tantas revistas, até livros fizeram sobre os dois.

- Pensei a mesma coisa, mas de todas as formas gostaria de garantir que nem um boato me ligasse àquela mulher – respondeu Draco.

- Você ainda a odeia, não é? – suspirou ele. – Eu sempre lhe disse que não a achava boa o suficiente para você, garoto.

- Sei disso – riu Draco. – Mas não é só sobre ela que eu quero falar... Até ontem estive em Londres, tratando de tudo que envolve a posse do cargo. Os contratos estão nessa pasta, claro que deveriam ser confidenciais, mas você sabe que eu não lhe escondo nada.

Com um sorriso fraco Daniel maneou a cabeça, realmente, sabia tudo sobre a vida de Draco Malfoy. Provavelmente bem mais que a própria família dele.

- E? – questionou ele apressado.

- Quero que você os revise, não é novidade que metade do parlamento me julga incapaz de assumir esse cargo, portanto não duvido que haja algo nessas clausulas feito para que eles provem estarem certos.

- Mas o que eles ganhariam com isso? – questionou Daniel com o cenho franzido.

- Meu pai vem acertando com William para que Annelise e Henry se comprometam, isso junto com o fato de eu estar na frente de muitos deles na linha de sucessão já seria um grande motivo.

- Não acredito que seriam capaz disso.

- Daniel, se tem uma coisa que eu aprendi convivendo a vida toda nesse meio é que não se pode duvidar de nada, além do mais, só ler os contratos não fará mal algum.

- Claro que não – respondeu solicito. – O que você achou deles?

- Encontrei algumas cláusulas duvidosas, mas prefiro que você o leia antes para depois discutirmos, afinal pode ser só coisa da minha cabeça – deu de ombros. – Desde o casamento de William a pressão parece só ter aumentado, assim como o mal humor daqueles homens – resmungou.

- Em breve você será um desses homens – apontou Daniel.

- Por isso quero estar preparado – retrucou Draco. – Eles acham que eu sou só um garoto mimado que cursou direito em Cambridge simplesmente por poder, engano o deles.

- Sei disso – Daniel assentiu parecendo orgulhoso.

- Não tenha pressa – Draco disse erguendo sua pasta para entregá-la ao homem a sua frente. – Até porque, foi você mesmo quem me ensinou que a pressa é inimiga da perfeição.

- Exatamente – assentiu o homem com humor. – E quando o grande dia vai ocorrer?

- No primeiro mês do ano – suspirou. – Está próximo.

Com um suspiro Draco se ergueu e abraçou o senhor que de braços abertos o esperava.

- Seu pai nunca disse, eu sei, mas ele tem orgulho de você, Draco – murmurou Daniel antes de se afastar.

- Obrigado – respondeu.

- Eu ligo para você assim que ler toda essa papelada – comentou com humor ao erguer a pasta pesada.

- Não tenha pressa, tenho uma cópia desse processo – respondeu Draco.

- Ótimo – respondeu com humor – assim posso rabiscá-la a vontade.

Maneando a cabeça Daniel se afastou, e Draco sorriu, apreciava verdadeiramente a presença daquele homem em sua vida, e lamentava por ele estar tão sozinho. Mas isso estava fora de seu alcance, e não fora por faltas de tentativas.

A verdade era que Daniel sentia muito a falta de sua esposa, Amanda, e preferia viver seu luto sozinho.

Aquele era, sem dúvida, um dos homens que o inspiravam. A adoração que Daniel tinha pela esposa fazia Draco desejar ter uma mulher como ela, e quando conhecera Kate, pensara que havia encontrado, mas ela partiu seu coração e agora ele não acreditava mais em amor eterno, almas gêmeas nem nada disso. Para Draco cada um tinha uma chance, Daniel soubera aproveitar a dele, enquanto ele próprio a desperdiçou com alguém que não valia a pena.

Sorte a de Daniel. Azar o seu.

Olhando no relógio, Draco viu que nem se dera conta do tempo passando, Hermione estava a sua espera, e sabia que ela ficaria muito irritada se ele se atrasasse ainda mais.

- Agora eu tenho de ir – disse Draco cumprimentando-o com um aperto de mãos.

- Soube que tem uma nova garota – Daniel comentou com um sorriso. – Será que essa é a certa? – perguntou com humor.

- Espero que sim – disse rindo e deu de ombros. – Mas você sabe que eu não acredito mais em tudo isso de amor que você fala ter vivido com Amanda.

- Pois deveria – disse Daniel dando um tapinha em sua mão. – Você pode se surpreender.

- Ou não – respondeu. – Eu já me surpreendi, agora prefiro me manter seguro.

- Você perde mais se mantendo assim...

- Não acho – deu de ombros. – Estou bem assim. Hermione também.

Se mantendo cético ele mantinha seu coração seguro. Era isso que importava no final das contas, pensou Draco.


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Notas finais do capítulo

n/a: gente onde posso me esconder? sério! houve um super mal entendido e eu jurava que a Dani tava atualizando aqui, porque eu não tava conseguindo acessar o nyah... agora conversando com ela uma virou pra outra "eu achava que você estava atualizando lá"
sério gente, milhões de desculpas, estou super envergonhada!
prometo que não vai acontecer novamente, prometo prometo prometo!