Como Água e Óleo escrita por Lillissa_M


Capítulo 3
Duas Viagens Muito Malucas


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente? Tudo bem? Adorei ter recebido reviews no capitulo passado, mas quero que tenha nesse também. O capítulo está médio, espero que gostem. Eu mesma ri em algumas partes. Aconselho à vocês lerem o capítulo ouvindo primeiro a música Teenage Dreams, da Katy Perry e depois no segundo P.O.V do Draco vocês ouvirem Who's That Chick?, da Rihanna e David Gueta. Até lá embaixo.



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“Se você deseja viajar longe e rápido, viaje leve. Deixe pra trás todas suas invejas, ciúmes, incapacidade de perdoar, egoísmo, e medos." (Glenn Clark)

P.O.V. HERMIONE GRANGER

Aquele filho de uma égua! Agora meu cabelo está todo sujo de sorvete. E pior, está com cheiro de sorvete. Pelo menos é de morango. O garoto soube escolher bem.

-Tia Mione, acho melhor a senhora ir tomar um banho. – Amélia disse torcendo o nariz para o cheiro do meu cabelo.

-Também acho melhor. – disse concordando. – Mas depois você me aguarde. Tenho uma bela de uma surpresa para você! – sorri. Amélia é uma garota muito curiosa. Fato. Tanto é que quando eu estava saindo para ir ao banheiro, ela parou na minha frente e disse saltitante:

-Que surpresa?

-Depois eu conto! – sorri.

-Conta agora, tia! – ela fez uma carinha de cachorrinho sem dono. Onde ela aprende essas coisas?

-Se eu contar agora, não será mais surpresa! – disse. – Mas garanto que a demora será recompensada. – assim, saí para poder tomar banho.

Cheguei ao meu quarto e como sempre, fui me despindo pelo caminho. Já que estou tanto tempo sozinha, não acho que isso me afetará. Entrei embaixo do chuveiro e comecei o meu banho. Aquela água quente caindo sobre o meu corpo, relaxando meus músculos... Era tão bom. Nada como um banho quente para nos animar.

Peguei o meu xampu (adivinha de quê?) de morango e passei pelo meu cabelo. Lavei até sentir o doce cheiro do xampu. Saí e coloquei minha camisola. Depois peguei um robe e desci para a sala.

Quando lá cheguei, Amélia já estava sentada com as pernas cruzadas no sofá. Ri daquilo. Ela era muito curiosa.

-Pronta, tia Mione? – perguntou.

-Prontíssima. – respondi sorrindo.

-Então fala! Qual é a surpresa? – em vez de respondê-la imediatamente, fui à minha bolsa e tirei nossas duas passagens de lá. Virei para ela que já me olhava mais curiosa ainda.

-Veja. – estendi as passagens e em menos de um segundo elas já não estavam na minha mão.

-Passagens de a... – acho que ela parou ao ver o destino. Depois só me lembro de ouvi-la gritar e não conseguir mais escutar por uns bons cinco minutos.

-Amélia! Amélia! – gritei, mas ela gritava tanto e pulava no sofá que acho que nem me escutava. Acho não, tenho certeza.

Mesmo ela gritando, escutei o telefone tocar. Corri para atendê-lo.

-Alô? – perguntei.

-MANDA ESSA MENINA FICAR QUIETA! – reconheci a voz do insuportável vizinho de baixo. Ele é tão educado quanto um leão comendo uma zebra. Que comparação! Tô andando de mais com o Alvo.

-Pode deixar. – respondi e desliguei. Então você deve estar pensando que eu fui correndo chamar a atenção de Amélia, não? Você está certo, mas não completamente...

-AMÉLIA! – gritei e ela me olhou assustada. – O vizinho de baixo já ligou reclamando. O que eu não entendi é... Por que você tá fazendo tão pouco barulho? – sorri assim como ela.

Então nós duas começamos a pular no sofá e a gritar. Éramos duas doidas, mas o que podíamos fazer se Amélia me deixava assim, igual a uma adolescente? Ainda mais, nós vamos à Miami. MIAMI!

P.O.V. DRACO MALFOY

Aquela idiota! Retardada! Desclassificada! Onde já se viu chutar a bunda de um Malfoy? Meu belo bumbunzinho! Tá doendo até agora.

-O bumbum do bebê tá doendo? – Cath e sua mania de achar todo mundo criança igual a ela.

-O respeito pelo papai acabou, espermatozóide? – bem, se eu sou um bebê, ela é algo menor, não?

-Ei! Tá, paro de te chamar de bebê. – respondeu emburrada.

-A mim também? – Scorpius perguntou esperançoso.

-Não. – cortou o barato do moleque. Assim que se faz, Catherine!

-Que merda! – Scorpius deu um chute no ar.

-Olha a boca, rapaz! – repreendi-o. Dei um passo à frente, mas parei ali mesmo. A Granger tem uma força!

-Tá doendo, pai? – Scorpius perguntou com um sorriso cínico. Como esse moleque é tão parecido comigo? O.O

-Está assim como sua cara vai doer quando eu acabar com esse seu sorrisinho. – respondi e com grande dificuldade, sentei-me no sofá. Preciso dizer que aquilo doeu mais ainda?

-Nossa, a tia Mione tem tanta força assim? – Cath perguntou sentando-se do meu lado esquerdo.

-Oh se tem. – respondi.

-Agora sei de onde a Gibson tirou tanta força para me bater. Afinal, aprendeu com a “tia”, né? – Scorpius sentou-se do meu lado direito. Sabe, não sou um pai meloso (autora super intrometida: que isso? Imagina!) Saí que a narração é minha! Bom, continuando, não sou um pai meloso, mas quando vi meus filhos, um de cada lado, abracei-os com a maior força, assustando-os.

-Pai, pai! Se você ainda quer ter uma filha, me solte! – percebi os dois roxos. Soltei-os e vi-os tossindo. Acho que eu exagerei na força. (Scorpius invadindo a história: você acha? *expulsocomumbelochutenabunda*).

-O que foi isso? – Scorpius perguntou depois de se acalmar-se e voltar a respirar normalmente.

-Nada. Só senti a falta de vocês. – respondi e nunca imaginei o que aconteceu depois. Scorpius e Catherine me abraçaram. Sim, me abraçaram! Também estou surpreso, assim como você deve estar.

-Te amamos, pai! – Catherine disse e juro que tentei evitar, mas algumas teimosas lágrimas ameaçaram cair de meus olhos. Quando vocês tiverem filhos e eles disserem “te amamos”, você também vai chorar.

-Eu também amo vocês. – respondi beijando a testa de cada um. – Agora vão tomar banho. Já são quatro da tarde. Andem!

-Ah? Como assim, pai? – Scorpius perguntou.

-Tenho uma surpresa para vocês. Mas quero ver os dois de banho tomado até quatro e meia! Andem! – os dois subiram correndo as escadas apostando corrida. Como Scorpius é um belo de um cavalheiro, ele simplesmente empurrou a irmã que caiu e correu escada acima. Orgulho de papai! Cath voltou para a corrida e escutei-a gritando com o irmão que eu apostava que estava rindo dela.

Levantei-me e uma dor lancinante passou pelos meus glúteos. Eu ainda me vingo daquela Granger! Subi as escadas, entrei no meu quarto e fui ao meu armário de poções. Ainda sou muito bom com elas e tenho um laboratório próprio. Peguei uma poção revitalizante e tomei-a. A dor no bumbum sumiu na hora. Depois, mais aliviado, fui tomar meu banho. Enchi a banheira com espumas – coisa que Astória me viciou – e despi-me. Virei de costas e percebi – com grande espanto – uma marca meio roxa na minha bunda. Foi justamente onde a Granger me chutou. Aquela retardada!

Fiz um feitiço e o roxo desapareceu. Depois entrei no banho e o contraste da minha pele fria com a água quente me trouxe uma maravilhosa sensação. Tomei meu banho tranquilamente e depois me vesti.

Desci as escadas e vi Catherine e Scorpius encarando a escada só me esperando. Como eles são bem curiosos, eles nem me esperaram chegar até a sala.

-Qual é a surpresa? – Scorpius disparou.

-Oi! Estou muito bem, obrigado por perguntar. – respondi sarcástico.

-Desculpa. – ele corrigiu-se. – Oi! Como está? E seu bumbum?

-Com uma marca roxa, mas tudo bem. E você como vai?

Ele nem ligou para a pergunta.

-Qual a surpresa? – revirei os olhos e tirei as passagens do bolso. Num piscar de olhos as passagens sumirão da minha mão.

-Miami? Nós iremos para Miami? – Scorpius perguntou com os olhos arregalados. Antes de eu responder...

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!! MIAMIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Catherine saiu gritando escada acima. Eu e meu filho olhamos estranhos para ela e depois sorrimos.

-Tá na hora do gostosão ir se arrumar para as gatinhas. – Scorpius falou e saiu também. Sorri e subi para ajeitar minhas coisas (lê-se: eu ficar vagabundeando enquanto um elfo doméstico arrumava tudo).

P.O.V. HERMIONE GRANGER

Continuávamos pulando e eu já tinha até tirado o meu robe, mas escutarmos a campainha tocar. Paramos ofegantes e quando eu atendi a porta, me surpreendi quando vi aquele vizinho chato pra burro junto com um policial trouxa.

-Sim? – perguntei ao policial.

-É – é q-que estão r - reclamando d - do barulho. – o policial disse e então percebi. O tarado estava olhando as minhas pernas!

-Bom, tentaremos evitar. – disse um pouco corada. Ah qual é! Até parece que você não coraria quando um policial te secasse. – Se nos der licença... – respondi já fechando a porta. Como sou muito educada, bati a porta na cara do safado!

-Quem era tia? – Amélia apareceu na cozinha com uma colher de sorvete em uma mão e na outra um pote. Que formiguinha!

-Era o vizinho com um policial. Mas já os dispensei.

-E a senhora foi assim atende-los? – ela olhou-me assustada. Virei para o espelho que ali tinha e me assustei. Eu literalmente usava a menor camisola que eu tinha. Ocupava quase um palmo e meio das coxas.

-Não acredito! Agora sei por que o policial estava gaguejando. – pensei alto.

-Mas agora, tia, vamos descansar, ver um filme e depois vamos arrumar nossas coisas para a viagem de amanhã. – concordei.

Escolhemos o filme “Marley&eu” e não preciso nem dizer que no final estávamos chorando, não é? Até parece que ninguém se emocionaria com o filme! Depois de devorarmos dois potes de sorvete de morango (que é? Confesso, sou viciada em morangos), subimos para arrumar nossas coisas. Amanhã seria a nossa viagem e eu tenho a impressão que essa viagem vai ser muito especial.

P.O.V. DRACO MALFOY

Depois de um bom tempo, depois que meus filhos arrumaram as malas (lê-se: enquanto os elfos arrumaram as malas de meus filhos), nós fomos para o aeroporto. Aquele lugar cheio de trouxas correndo, comendo, sujando tudo...

-Que lugar mais sujo! Depois dizem que nós, bruxos, somos porcos. – Catherine reclamou.

SENHORES PASSAGEIROS, EMBARQUE NO PORTÃO C-5 COM DESTINO PARA MIAMI.

Uma voz muito estranha anunciou para o aeroporto inteiro. Vimos várias pessoas levantando-se e indo para um portão. Decidimos segui-las. Estávamos completamente perdidos, até avistarmos uma grande placa escrito C-5.

-Passagens e passaportes, por favor. – um segurança pediu para nós. Dei-lhe os documentos e ele nos liberou para passar no identificador de metais (era isso que estava escrito).

O primeiro a passar foi Scorpius. Um barulho terrivelmente auto começou a soar e logo vários seguranças apareceram.

-Por favor, esvazie seus bolsos. – um cara mal encarado falou com Scorpius. O que veio a seguir me surpreendeu completamente. Scorpius tirou do seu bolso várias moedas (quando eu digo várias, são várias mesmos), chaves de não sei o que, parafusos, brocas, correntes e um isqueiro com o símbolo da Sonserina impresso. O queixo de todo mundo caiu, até o meu. Pra quê tudo isso?

-Meu filho, você assaltou algum lugar, foi? – perguntei.

-Não, isso são dois anos enchendo o bolso com coisas que eu nem lembrava de ter deixado aqui. Olha, achei uma balinha. – ele pegou a bala, abriu o pacote e engoliu-a. Corajoso.

-Bom – disse o segurança após ter passado uma coisa estranha pelo garoto – acho que não tem mais nada. Pode, ahn, recolher suas coisas.

Sabe o que o moleque fez? Pegou sua mala, abriu-a (só digo mais uma coisinha: não foi muito agradável ver a quantidade de camisinha que o garoto tinha na mala. Pelo que eu vi, no mínimo cinco caixas. Cinco!) e jogou tudo lá. Depois a fechou e saiu andando como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Após ele, eu e Cath passamos pelo tal identificador e ele não apitou. Saímos em direção à entrada e ele só me pediram os vistos. Dei-lhes e assim, finalmente, fomos para o avião.

-Scorpius – Cath chamou-o – só uma curiosidade. Pra quê tanta camisinha?

-Nunca se sabe, né? Temos que estar sempre preparados. E não tem só aquilo.

-Tem mais? – perguntei assustado.

-Tenho uma cartela de trinta no bolso do casaco e mais umas dez no bolso da calça. Além de ter duas na carteira.

-Eu não acredito que você gasta dinheiro com isso. – afirmei.

-Nem eu. E nem sei pra quê. Ele não vai estrear nenhuma mesmo. – Catherine disse e nós dois rimos, enquanto Scorpius emburrava.

-Vocês vão ver. Esperem! – disse e sentou-se emburrado em sua cadeira. A divisão ficou meio desigual. As cadeiras eram duplas. Eu e Catherine sentamos juntos enquanto Scorpius sentava do lado de uma menina bem bonita. E não é que o garoto nem esperou o avião decolar? Só o vi lançando uma cantada. E bem ruim, viu?

-Ei, cadê os curativos?

-Que curativos? – a garota perguntou confusa.

-Ora, deve ter machucado cair do céu. – Scorpius lançou a maldita cantada. E o mais impressionante: a menina corou! Ela gostou? Não acredito. Se fosse eu, teria feito bem melhor. Preciso ensinar outras cantadas pro Scorpius, definitivamente.

-Que coisa... Repugnante. – Cath disse sentando-se e virando-se para o outro lado. Sorri, coloquei abafadores de ouvido e deitei-me. Só lembro de ter caído na inconsciência.

**

Acordei duas horas depois e quando olhei para meu filho, não vi uma cena muito agradável. Ele simplesmente estava beijando aquela menina. Beijando não, comendo, isso sim. Não sabia nem onde terminava o Scorpius e começava a menina. Ele pode ter cantadas terríveis, mas que é um conquistador, isso ele é sim. Fazer o quê se puxou ao pai?

-Isso é... Nojento. – escutei Cath falar ao meu lado e tive que concordar. Apesar de mostrar que meu filho é um garanhão, aquele beijo podia ser bom para quem executava, mas nojento para quem via.

Uns bons minutos depois vimos os dois se separarem. Não preciso dizer que a menina estava tonta e com a boca vermelha, né? Este é o poder de um Malfoy. Hehe.

-Você beija tão bem... – Scorpius sussurrou para a garota. Acabei de descobrir um meio de me torturar visual e psicologicamente.

-B-brigada... – ela corou. Por que eu tenho que ver isso? Porque eu tenho duas opções. Ou eu olho esse dois ou eu olho minha filha que já voltou a dormir (autora super - hiper intrometida: já? Foi rápido, hein?)... Com licença, mas quem está narrando sou eu! (autora de novo aqui: a vontade, sr. Malfoy.). De onde eu parei? Ah, sim, ou eu olhava minha filha babando na poltrona do avião. Preferi Scorpius.

-À vontade... – Scorpius dissera para a garota que se levantara e saíra, provavelmente para ir ao banheiro.

Assim que a menina passou, uma aeromoça bem, bem, bem bunduda passou por nós dois. Esticamos-nos nas poltronas para ver aquelas duas melancias se movendo. Aquilo sim era uma bunda!

-Pai, eu morri, não é? Pois aquilo só pode ser a visão do paraíso...

-Se você morreu, eu também morri. E tô muito bem assim. – ela continuou a andar até parar na poltrona de um gordinho. Ela o atendia até que alguma coisa que ela dava para ele caiu. Eu só digo uma coisa: eu AMO saias de comissárias de bordo. Deu para ver muito bem a calcinha preta dela. Amo lingeries pretas. E vermelhas. E verdes. E brancas. (autora meio nervosa: já deu para entender que você ama lingerie! Agora, que tal voltar para a história, antes que eu mude o P.O.V.?). Você que manda, autora! Voltando, estávamos contemplando aquela entrada para o paraíso, quando um cara me chamou a atenção.

-Ei, abaixa a cabeça! – virei para trás e qual não foi minha surpresa quando vi a cabeça de vários homens pendendo para o lado a fim de ver também.

-Homens são... Repugnantes. – reclamou Cath do meu lado. Essa menina tem problema para dormir, só pode! Ela dorme, acorda, dorme, acorda, dorme, acorda, dorme... (autora de novo: JÁ ENTENDEMOS!). Tá bom, mas não se irrite. Voltando, Catherine dissera aquilo, mas Scorpius revidara.

-Somos... E você não consegue viver sem nós, não? – lançara um sorriso cínico e voltara a atenção para o pandeiro da aeromoça. Porém, como devemos saber, Cath não deixa coisas assim passarem fácil. Não sem uma vingança.

-COMISSÁRIA! – ela gritou. Quando a moça virou, todos os homens, inclusive meu filho e eu, voltamos à posição normal em um piscar de olhos. Aquela moça veio até nós e digo que não era só atrás que era avantajado não. Ela tinha uns peitões!

-Sim? – perguntou. Como nem tudo era perfeito, ela tinha uma voz tão, mas tão infantil que me senti no jardim de infância.

-Esse é meu pai e aquele ali é meu irmão. – ela apontou para nós. – Nós três queremos dizer que você está impropriamente vestida.

-Queremos? – Scorpius e eu perguntamos ao mesmo tempo.

-Sim, queremos. Afinal, para alguém que tem tantas cirurgias para colocar silicone não deve andar com essas roupas. – Catherine era cruel. A aeromoça já estava vermelha de raiva.

-Não entendi, senhorita. Eu não tenho silicone.

-Ah não! Não acredito que você não fez uma lipo! Dá até para ver o corte da cirurgia!

-Dá? – eu e meu filho falamos juntos de novo.

-Dá sim! Só pedimos uma coisinha. Que uma pessoa mais... Natural venha nos atender.

-Pedimos? – eu e Scorpius falamos assustados de novo.

-Sim, pedimos. Pode ir agora, sim. – a comissária saiu bufando de raiva.

-Você é louca? – Scorpius gritou com a irmã.

-Sou sim. E tenho muito orgulho. – virou-se e voltou a dormir. Meu filho e eu nos olhamos como se disséssemos “ela não é nossa parente. Ou é?”. Só vimos depois uma outra aeromoça atender as pessoas. Ela era mais... Normal, sem exageros, mas continuava a ser bem bonita.

O resto da viagem até que foi normal. Na medida do possível, lógico. Afinal, ter Catherine e Scorpius como filhos não é nada fácil.

P.O.V. HERMIONE GRANGER

Já era dia. Melhor madrugada. Ainda era quatro horas da manhã e Amélia e eu já estávamos no aeroporto. De repente deu um frio na barriga só de olhar aquele avião.

-Tia? – Amélia me chamou. – A... A gente vai ter que entrar nesse negócio?

-Temos. – engoli em seco. Você tem que saber só uma coisinha de mim: eu tenho medo de altura. Não, eu morro de medo. Tá confesso: eu cago de medo de altura. Só de pensar em subir um prédio de vinte andares já dá um medinho. Imagina subir.

SENHORES PASSAGEIROS, EMBARQUE NO PORTÃO A-4 COM DESTINO PARA MIAMI.

Chegou a hora. Eu devia ter me despedido de minha mãe antes de morrer.

Eu e Amélia nos dirigimos para o tal portão; passamos pelo identificador de metais. Não apitou nem nada, então seguimos para o avião. Entregamos tudo o que pediram e embarcamos. Fomos direto para a nossa poltrona e sentamos. Ficamos meio estáticas afinal NÓS morremos de medo.

SENHORES PASSAGEIROS, APERTEM OS CINTOS QUE JÁ IREMOS DECOLAR.

AI MEU MERLIN! Eu estava tremendo da cabeça aos pés. Senti um tremor e me dei conta de que o avião começava a se mover. Eu vou morrer! (autora: incorporou o tiririca, foi?). Não enche autora!

Continuando, o avião começou a se mexer e Amélia e eu seguramos uma na mão da outra. Bem forte. Muito forte. Chegava a doer.

Então, o avião decolou.

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – gritei fechando os olhos.

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Amélia gritou ao meu lado. Abri os olhos e naquela hora eu quis ser um avestruz: queria esconder a minha cara na terra. Todo mundo, eu digo, TODO mundo estava olhando para nos duas como se fossemos loucas (autora aqui de novo: jura que vocês não são?). Com licença, mas a narração é minha. (autora saindo: um dia eu ainda acabo com esses personagens!). Voltando, olhavam para nós como duas loucas.

-Senhoritas? – uma comissária de bordo bem peituda se aproximou.

-Sim? – perguntei.

-Por gentileza, poderiam parar de gritar. Estão incomodando as pessoas.

-Claro queridinha. – deu para notar o sarcasmo, não? Ela saiu e adulta como sou mandei língua para ela.

-Fica assim não tia. Ela só é uma idiota que não entendi nosso medo de altura. – Amélia me consolou.

-Eu sei, querida. – respondi. Nós sentamos de maneira mais correta e ficamos lendo revistas que havíamos trago.

Estava lendo uma reportagem muito interessante do Pasquim (Luna é a editora e não é mais tão maluquinha como antes) quando aquela... Aquela... Aquela comissária idiota derrubou um copo de água em cima de mim!

-Ah, me desculpe, queridinha. – ela disse e deu para notar o tom de sarcasmo na voz dela.

-Tá desculpada, querida. – desculpada é o escambau! Ela se afastou e tive a impressão de que ela estava rindo de mim.

-Tia...

-Não me peça para ficar calma! – quase explodi com ela.

-Tia, quem disse que é para você se acalmar? – olhei-a e ela estava com um brilho demoníaco no olhar.

-Amélia? – perguntei assustada.

-Vamos nos vingar, tia. – ela sussurrou.

-Você está me saindo sonserina demais! – sussurrei de volta.

-Tia, meus melhores amigos são sonserinos. O Al, o Thony e a Cath. Até meu inimigo numero um é sonserino. Tenho que estar preparada, não é?

-É. – ri com ela. – Mas, nos vingar? Como?

-Tia, o que você é?

-Humana. – ela revirou os olhos.

-Não tia. Você é uma bruxa. Maior de idade. – já estava começando a entender o que ela dizia.

-Já sei. Pequenos feitiços não fazem mal a ninguém, não é?

-É isso aí, tia! – nós sorrimos. Aquela vaca passou por nós duas de novo e a escutei dando um risinho. Ela mal sabia o que aconteceria...

Nessa hora, ela parou na frente de um cara gordão que pediu para ela um café. Ela buscou o café que parecia bem quente e de repente...

SLASH!

Eu adoro o feitiço da perna presa. O café foi todinho no cara. Só o escutamos gritando com ela e saindo para o banheiro. Começamos a rir bem baixinho, mas parece que aquelazinha nos viu. Ela chegou bem perto da gente e, sussurrando, nos ameaçou. Isso mesmo, nos ameaçou!

-Olha aqui vocês duas! Vocês já estão me irritando. Se vocês não ficarem quietinhas vocês vão se arrepender!

Eu, Hermione Granger, não deixaria barato, né?

-Escute você, senhorita. Você não é ninguém para nos ameaçar, entendeu? Quem vai se arrepender aqui é você se nos ameaçar de novo.

-Isso é o que veremos, velhota.

-Como? – perguntei nervosa.

-Pelo amor de Deus, olha como você se veste. Parece minha tia Carlota. Aposto que você vai morrer solteirona. Me poupe de sua presença. – e saiu. Mas eu me irritei tanto, mas tanto, que inconscientemente quebrei a merda daquele salto dela e só a vi caindo de cara no chão. Todo mundo foi socorrer a miss idiotice e Amélia ficou rindo da cara dela.

-Sabe tia – ela falou e eu a olhei – acho que esta daí está precisando ver que se meteu em uma encrenca quando mexeu com a gente.

-Concordo em grau, número e pessoa. – sorri maliciosamente. Aquela idiota ia ver quem era a velhota...

**

Depois de um tempo daquele “acidente”, tudo voltou ao normal. Eu estava terminando de ler outra reportagem do Pasquim, enquanto Amélia lia a Teen Vogue. Como nem tudo é perfeito, aquela idiota passou por nós com um olhar mortal. Nossa, tô cagando de medo (olha a minha amiga ironia aí!).

-Tia, que tal mais uma vingancinha, hein?

-Você leu meus pensamentos... – sorri e peguei minha varinha, tomando o cuidado para ninguém ver. Com uma azaração de ofuscamento, fiz com que algumas coisas em cima daquele carrinho nojento dela desaparecessem sem que ela visse. E não é que deu certo? Quando ela foi atender um monte de gente, ela não achou nada que estava procurando. Então ela foi pegar outras coisas para atender o pessoal e TCHARÃ tudo apareceu de novo. Foi impagável a cara de confusão dela.

-É isso aí tia! – Amélia me deu os parabéns. Sorri para ela

P.O.V. DRACO MALFOY

SENHORES PASSAGEIROS, SE OLHAREM PELA JANELA À ESQUERDA OBSERVARÃO A PRAIA DE MIAMI.

Uma voz anunciou no auto falante. Fiz o que a voz falou e vi aquela areia branquinha e aquela água azul. Deu uma vontade de nadar lá agora...

-Ei, eu quero ver! – Scorpius pulou em cima da gente. Mas saímos do caminho e ele bateu a cara na janela. Eu e Cath rimos demais, até a barriga doer. Scorpius levantou-se com dificuldade e vimos o seu rosto meio vermelho. Rimos mais ainda e ele emburrou totalmente.

-Belo pai você é, Malfoy. – ele voltou para o seu lugar e sentou-se emburrado. Sequei uma lágrima que caiu de tanto rir e depois sentei ao seu lado.

-Não fica assim, Scorpius. Foi engraçado, foi, mas... Não machucou né? – perguntei avaliando o seu rosto.

-Não, não machucou. – ele ainda estava emburrado. Peguei-o e coloquei-o debaixo do meu braço e esfreguei o meu punho na cabeça dele. Nós começamos a rir e no fim, vi que ele já me perdoara.

SENHORES PASSAGEIROS, APERTEM OS CINTOS QUE O AVIÃO IRÁ POUSAR.

Voltei para o meu lugar e apertei meus cintos. Senti o avião descer e com um tremor tocar no chão. Passado um tempo, o avião parou.

-Vamos! – Cath levantou rapidamente, mas não contava com uma coisa... Meu pé na frente dela. Então, quando ela ia sair, ela simplesmente caiu de cara no chão. Eu juro que tentei, mas não consegui não rir. Eu e Scorpius ficamos rindo demais, mas ela nos lançou um olhar mortal que nos fez parar na hora.

-Vamos? – perguntei para amenizar o clima.

-Vamos. – ela se levantou e pegou suas coisas. Passei na frente dela e fui para a saída. Só não sabia que a Cath era tão vingativa...

Sabe o que aquela coisinha fez? Simplesmente colou o pé na minha frente. Aí o meu filho só para sacanear, me empurrou escada abaixo. Continha: Pé+Força=Caindo escada abaixo.

Sim, saí caindo de bunda com os dois rindo da minha cara. É brincadeira, não?


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Notas finais do capítulo

Desculpe qualquer erro, ok? E aí, gostaram? Odiaram? Preciso melhorar? Qualquer opinião, mande pelo review, please! Sábado tem mais. Minhas ualas irão voltar e preciso estudar física urgentemente. E, no mesmo dia, vou ter química e física. É ou não é de se desesperar? Lembrem-se dos reviews, hein? Beijinhos e até o próximo.