Sufoco: o Começo de Uma Vida escrita por MelissaC


Capítulo 9
Capitulo 9: Alasca.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/151253/chapter/9

Capitulo 9: Alasca.
    Olhando no espelho vejo uma linda mulher. Qualquer uma daria a sua alma para ser quem eu sou. Qualquer uma menos eu. Estar presa como estou não é o que eu quero. Congelada para sempre na adolescência.
    Parece que essa frase é meio – completamente – da Rosie, mas hoje eu percebo o que ela diz. Ter o que eu tenho não é o suficiente. Queria ter filhos e vê-los crescer. A única parte boa dessa minha vida é Jasper.
    Desde quando nós nos encontramos tudo passou a ser melhor e mais colorido. Mas não porque ele controla meus sentimentos mas sim porque ele entende a essência do meu ser. Ele me vê alem da vampirinha fútil que adora comprar. Seus olhos conseguem enxergar como pessoa. Ele vê meu coração – duro e morto – como ninguém vê.
Não há nada que um coração não diga. Mesmo ele estando batendo ou não.

P.V Renesmee
    E agora estamos nós mais uma vez descendo do avião. A partida dessa vez não foi difícil. Não havia nada que me prendesse em Vancouver.
    Entrei no táxi com meus pais. O resto da minha família já estava aqui arrumando as coisas. A paisagem é extremamente linda, porem triste. A tristeza presente nela é que aqui o frio é tão intenso que chega a me incomodar e me faz sentir mais saudade de Jake.
    Antigamente, eu evitava ter esses pensamentos perto do meu pai, mais como sei que eu vou sonhar com isso não tem como esconder. E no fundo dos meus olhos mostra a dor que eu sinto por ter perdido um amigo como ele. Dois anos e meio, e ele perdeu todo o meu crescimento. Ele não viu como eu fui ficando e nem como eu estou.
    Não tenho memórias com ele da maior parte – e a mais importante – do meu crescimento e isso me magoa muito. Considero ser imperdurável a auxesia dele. Ele tinha que estar aqui. Me apoiar. Nessa hora percebi que as lágrimas corriam pelos meus olhos como uma cachoeira. Me aconcheguei no colo da minha mãe e comecei a pensar novamente.
    Jake havia falhado comigo. Por dois anos e meio eu não vi ele. Ele tinha que estar aqui comigo agora não tinha? Para falar a verdade não. Ele tem que viver a vida dele. Ele tem que ter filhos, uma família.
    Mas ele era parte da minha família. Na verdade não. Nada o prende a mim. Eu deveria considerar tudo que ele fez para estar ao meu lado. O quão insuportável devia ser para ele por estar em uma casa cheia de vampiros.
    E o Seth. Por que ele continua? Não é apenas pela ordem do Jacob. Talvez seja porque ele sente alguma coisa pela Lissie. Talvez ele não queira deixar transparecer, mas tá na cara que de um tempo pra cá ele anda com cara de apaixonado para cima dela. Tomara que a tia Rose não descubra.
    Mas e eu? Eu nunca amei. Nunca estive apaixonada. Sei que ainda me resta a eternidade. Mais e se nem isso for o suficiente? E se eu me apaixonar por um humano como meu pai? Eu teria que ver a morte do meu amor.
    Suspirei auto e deixei os pensamentos se esvaírem, prestando atenção somente na paisagem.

    A casa em que nós moraríamos era linda. Ela é clara aberta com janelas que se estendem do chão até o teto. Ela era linda e de três andares. Era enorme seu espaço. Nela haviam 15 quartos que não prestei atenção. Nela havia uma cozinha enorme e duas garagens coisa que eu estranhei. Nelas havia carros lindos e novinhos. A parte que eu mais gostei foi o porão que tinha sido transformado em uma sala de cinema e jogos.
    Subi para o 3 andar onde ficava o meu quarto. Era ultima porta do lado esquerdo do corredor. Ele era de um tom de rosa perfeito e com espelhos em uma parede que se assemelhavam a de uma sala de balé. Uma cama King-sais estava no meio do quarto. Uma mesa com um Notebook tinha no canto perto da janela de vidro que dava para os fundos da casa. A vista era perfeita. Havia um lago a uns 100 metros que dava para ser visto e era onde eu faria a minha primeira caçada no Alaca.
    Procurei o closet para me trocar, contudo não achei. Nada nem um guarda roupinha. Comecei a entrar em desespero até que vi um controle em cima da cama. Olhei e não vi TV no meu quarto. Teria que reclamar isso com a tia Alice. Apertei o botão que dizia: Open/Close.
    Ou vi um barulho e me virei para o espelho que se abria e dava passagem para uma sala, ou melhor uma sala/closet. Ela era perfeita. Tinha TV, um sofá branco, paredes rosas com apliques de borboleta. Tudo era perfeito.
    Me aproximei do sofá e lá tinha um bilhete especificando o que significava cada botão.
    Corri a até a porta do quarto, murmurei um obrigada e pude ouvir os risinhos da minha tia Alice. Fechei a porta e fui tomar banho para ir caçar.

P.V. Melissa
    Ou Nessie gritar obrigada para tia Lice antes de me deitar na cama e colocar o fone de ouvido. Morar aqui no Alasca seria legal. Melhor ainda seria ir para escola fazer amigos. Em fim viver.
    Ouvi leves batidas repetitivamente na minha porta. Gritei para que entrasse. A pessoa entrou e logo fui atingida pelo maravilhoso cheiro amadeirado de Seth. O cheiro dele não me dava sede, obviamente não, mas era maravilhoso e sempre que o sinto fico feliz.
    Senti a minha cama balançar e logo percebi que ele havia se jogado ao meu lado. Virei para ele e consegui enxergar em seus olhos uma pessoa pura. Ele é inegavelmente a pessoa viva mais pura que eu conheço.
    Seu sorriso era doce enquanto eu o analisava. Nunca me cansava desse ato singelo. Ele abriu os olhos como se tivesse voltando do mundo real. Então foi ai que eu percebi que eu tocava seu peito nu.
    Me afastei corando fortemente. Ele riu da minha cara e abriu os braços ficando de bariga para cima. Revirei os olhos e me levantei. Ele pareceu confuso. Olhei dura para ele. E logo despejei a minha raiva no céu do Alasca. Um forte chuva começou a cair assim que meus olhos ficaram cinza. Será que ele não entende as reações que só ele causa em mim?
    Desci a escada deixando o pasmo no meu quarto. Fui até a cozinha pra pegar algo para comer. Vovó Esme estava sentada na mesa fazendo uma lista gigante. Me sentei na sua frente.
    “O que está fazendo Vó?” perguntei curiosa.
    “A lista de compras. Quer que eu compre alguma coisa pra você?” ela perguntou docemente. Ela era o único ser mais puro que Seth. Me lembrar dele fez o céu ficar mais escuro e a chuva piorar.
    “hm, podia trazer sorvete de chocolate e de morando?” perguntei abrindo o freezer e percebendo que havia acabado.
    “Claro.” ela disse dobrando o papel e me dando um beijo na testa.
    Senti o cheiro dos meus parentes. Fui até a sala para indagar por que eles haviam voltado tão sedo. Quando cheguei lá eles estavam ensopados para não dizer congelados. O frio do seus corpos, do Alasca com a chuva fez com que ela se congelasse.
    “Desculpa” murmurei enquanto meus olhos ficavam cinza e depois clareavam. Deixei o céu um pouco escuro para que os moradores não reparasse muito.
    Subi o mais rápido o possível para o terceiro andar. Fui em direção o lado esquerdo mas ele estava silencioso. Provavelmente Nessie saiu. Mas e o Seth? Me concentrei em uma fina rajada de vendo no andar. Senti o cheiro dele vir em direção a mim. Tentei achar a direção que esse cheiro vinha mais era difícil. Fui até a janela e o avistei correndo como lobo.
    Abri a janela e tentei saltar graciosamente. Mas eu não era tão graciosa quanto a minha família. Cai fazendo um barulho imperceptível para humanos mas não para híbridos e vampiros. Não me importei. Eu era a única na casa mesmo.
    Corri na direção que vi Seth desaparecendo. O cento estava levando o cheiro dele para longe. Me concentrei mudando a direção do vento para mim. Seu cheiro foi ficando mais forte e concentrado.
    Senti o a atmosfera mudar. Ele havia se transfigurado. Me aproximei mais ainda. Quanto mais eu chegava perto eu ouvia um barulho estranho. Mas logo o reconheci. Era soluços. Seth estava chorando. Me aproximei dele que tinha a cabeça encostado nos seus joelhos.
    Agachei ao seu lado e o abracei. Ele chorava forte. Meu coração se apertou. Não consegui me controlar. Uma chuva fica começou a cair enquanto ele chorava e meu coração se partia em zilhões de pedaços.
    Puxei ele pra debaixo de uma arvore. Deitei sua cabeça no meu colo e comecei a fazer carinho nos seus cabelos molhado. O amor que existia entre mim e Seth é puro e compassivo. Não existe coisa para mim pior que ver ele chorar. A sua dor inevitavelmente se transforma na minha.
    Me concentrei em fazer a chuva parar enquanto Seth se acalmava. A chuva cessou e o choro dele também. Ele fez menção de se levantar mas eu o segurei e puxei para o meu lado fazendo ele se encostar no meu corpo.
    Ele olhou em meus olhos e tentou sorrir, mas seu rosto estava parecendo uma careta. Coloquei a mão na boca para controlar o riso. Ele sorriu aberta e verdadeiramente para mim. Meu coração se enchei de alegria e percebi o céu clarear. Levantei-me e lhe estendi a mão. Ele sem pestanejas aceito.
    Eu não perguntaria o que estava acontecendo para ele estar chorando. O silêncio entre nós sempre valeu mais que mil palavras. Eu respeitaria se ele o desejasse.
    Parei em sua frente e o abracei forte. Ele correspondeu, me abraçando mais apertado ainda. Sorri por estar com ele e tê-lo pela eternidade vivendo cada momento da minha vida era o que eu mais queria. Rodei a nós com uma leve brisa. E ficamos assim, enquanto o crepúsculo tomava o céu fazendo mais um dia se esvair.
“O crepúsculo, de novo. Outro fim. Mesmo que o dia seja perfeito, sempre tem um fim.”
Edward Cullen – Crepúsculo pág. 352


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo capitulo: Primeiro dia.

Kisses :*