Capitulo 20: Retorno

O parque daqui sempre foi uma coisa que eu quis conhecer, mas a dor que eu sinto por estar longe da minha família e ter sido negligente, e ter deixado com que Nessie morre-se não me deixa aproveitar a estadia nessa cidade.

Continuar vagando sem rumo, fugindo a cada amanhecer é algo que eu não quero mais para mim. Já fiz isso por décadas mas não é algo que eu goste.

Senti o mundo parar e tive a visão de mim conversando com uma pessoa. Não consegui distingui ela pois era turva a visão. Talvez fosse um lobisomem. A visão era nesse parque mesmo.

Andei até um duas arvores onde eu havia tida a visão. Entre elas havia um banco e uma menina sentada nele.

P.V. Renesmee

Andei um pouco até encontrar um banco que ficava entre duas arvores. A noite já havia tomado todo o céu, e as estrelas brilhavam como eu nunca tinha visto. Estava um pouco menos frio do quando chegamos.

Ouvi passos leves virem em minha direção. Virei-me acreditando ser Melissa mas não era. Era Alice. Levantei surpresa e ela estava mais ainda. Logo – antes mesmo que eu percebesse – ela estava me abraçando e ela chorava sem lágrimas.

“A querida eu achei que você tinha morrido.” ela me balançava de um lado para o outro. “me desculpe por não te proteger.”

“Tia nada disso foi sua culpa, eu não prestei atenção na hora de dirigir. Eu deveria me sentir culpada porque eu matei meu namorado.” eu disse. Aquelas palavras estavam me matando mas eu tinha que confessar a alguém como eu me sentia.

Após ficarmos um tempo abraçadas eu me lembrei que o mundo existia.

“Tia temos que ir o Jake deve estar me procurando.” ela assentiu e começou a me seguir.

“Você e o Jacob estão namorando?” ela sussurrou em meus ouvidos.

“Não.” eu disse indignada provocando seus risinhos que pareciam sinos. “Senti a sua falta.”

Continuamos a caminhar, eu lhe contei como havia fugido de casa. Ela me repreendeu mas agradeceu por ter vindo atrás de mim, pois ela não acreditaria em ninguém que eu estava viva se não fosse me vendo.

Logo quando estávamos chegando todos correram para abraçar e brigar com a Alice.

Chegamos no aeroporto rapidamente. Entramos no avião que estava aberto. Todos se acomodaram e eu fui falar com Lucius.

“Lucius?” entrei na cabine. Ele estava jogando cartas com o co-piloto.

“Sim, querida.” ele disse tentando ser sedutor.

“Estamos prontos para partir.”

“Tudo pronto aqui também.” ele disse recolhendo as cartas.

Sentei-me na primeira fileira de cadeiras. Para mim seria difícil ficar longe de Jake. Mas seria pior se alguém da minha família descobrisse o que eu sinto por ele. Sei que não vou conseguir ficar fingindo a vida inteira, mas ainda não é a hora certa.

Aproveitei que o avião ainda não havia decolado e peguei o celular. Eu desliguei ele para que meu pai não me encontrasse. Liguei o celular e haviam varias chamadas perdidas e centenas de mensagens. Deixei todas de lado. Disquei o numero de casa e logo alguém atendeu.

“Alô?” eu disse.

“Renesmee?” disse a voz da minha mãe.

“Sou eu.”

“Ai querida onde você está, estamos todos muito preocupados volta para casa ou diz onde você está para que possamos te buscar.”

“MÃE.” eu tive que gritar para ela me ouvir. “Nós estamos bem. Estamos em Belize. Não posso explicar agora mas daqui a quinze horas estaremos pousando em Seattle.”

“Estaremos lá para buscar vocês.” ela disse.

Desliguei antes que ela começasse a dar sermão. Minha cabeça estava doendo. Coloquei o polegar na têmpora e comecei a massagear. Sentia a dor aumentar enquanto o avião decolava.

O avião se estabilizou. O piloto avisou que já podíamos ficar sem o cinto. Retirei o meu. Deixei meu corpo escorregar um pouco pela poltrona.

“Você está bem?” Jake perguntou. Abri meus olhos e ele estava do meu lado. Eu não havia percebido.

“Só cansada.” eu menti. Estava me sentindo muito mais que cansada. “Só preciso dormi um pouco.” me virei de costa a ele. Abaixei me escudo porque pra mim é mais fácil deixá-lo abaixado do que levantado como a minha mãe.

Deixei o sono tomar conta de mim.

Abri os olhos e a minha mãe estava me colocando sentada no sofá. Provavelmente a Lice teve uma visão de mim acordando assim que a minha mãe me colocasse aqui. Me endireitei no sofá e esfreguei meus olhos. Me preparei para que todos me dessem o maior sermão.

“Não ninguém vai brigar com você, só que a senhorita está de castigo.” ele disse me entregando o remédio para dor de cabeça. “Dois dias sem ver o Jacob, e uma semana sem sair do seu quarto.”

“Como eu vou caçar?”

“Não vai. Nós iremos trazer sangue para você. Se esqueceu você acabou de sofrer um acidente.” bufei.

Lembrei-me que meu escudo estava abaixado. Tinha que levantar rápido antes que eu tivesse algum pesamento indevido.

“Se for sobre Jacob é tarde de mais.” meu pai disse mentalmente estremeci “eu sei sem ler a sua mente.”

“Você contou para a mamãe?”

“Não, isso cabe a você decidir o que quer. Eu vou te apoiar.”

“Apoiar em que?” disse a minha mãe entrando na sala. “Só espero que não seja em fugir de novo.” nos dois rimos.