Alterados escrita por William Grey


Capítulo 1
Prólogo




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Anie caminhava aflita. Sentia em suas costas o cano da arma de seu agressor prestes a efetuar o disparo que tiraria sua vida. Os olhos do homem que a segurava pelo braço eram sombrios, ela nunca havia visto algo assim. Subiram pelo elevador do prédio. No segundo andar, as duas portas se abriram. O agressor, que havia se apresentado como Delta, guiara Anie até a porta de seu apartamento.      

- Abre a porta! - ordenou Delta.      

Anie pegou o molho de chave em sua bolsa, tirou a chave certa e abriu a porta. Ao entrarem, escutaram o som da musica vinda da sala.               - Você me disse que estava vazio! Está querendo morrer? - Delta apertou mais o cano de sua arma contra as costas de Anie.      

- Eu juro, não sabia que tinha gente.      

Anie sentira mais medo agora. Aquele homem iria matá-la. Rebecca, sua irmã saiu da sala, encontrou surpresa Anie e um grande homem ao seu lado. Loiro, olhos azuis, bem bronzeado... O estilo ideal da Anie. Pensou. 

- Anie? - disse surpresa. - Que saudade. Ei, pessoal, a Anie voltou! - gritou em direção da sala. - Espero que não se importe, mas decidi dar uma festinha para comemorar a formatura.      

- Não, não me importo. - Anie respondeu fraca. Rebecca não consseguira ver, mas em seus olhos, ela gritava por socorro.      

- Anie me prometeu me mostar o quarto dela, tem algum problema? - Delta lançou um sorriso desfarçado para Rebecca. 

- Claro que não. Façam o barulho que quiserem.    

 - Ótimo. - Delta escondeu a arma em sua jaqueta. Empurrou Anie em direção as escadas e subiu com a garota trêmula para os quartos.               Rebecca ficara olhando a irmã por algum tempo, mas depois voltou para a festa que acontecia na sala.      

Delta e Anie entraram no quarto.      

- Vá até o cofre! - ordenou ele.    

 Ela caminhou até o guarda-roupa e abriu uma das portas. Por trás das blusas penduradas em cabides, havia um pequeno dispositivo idêntico a uma câmera.    

 - Já sabe o que fazer!

- Não, por favor, deixe isso em paz! - Anie implorou, sabendo que não teria outra solução.      

- Faça logo sua vaca! - gritou Delta.      

Anie foi até o dispositivo e posicionou um dos olhos de frente a ele. Um raio vermeho passou pelo olho de Anie, e logo uma porta atrás do dispositivo se abriu. Delta empurrou a garota e foi até o cofre. Havia alguns documentos, dinheiro, fotos da família e uma pequena bolsa verde.      

- Encontrei. - disse abrindo a bolsa.      

Anie observou o homem analisar o conteúdo da bolsa com expressão sombria. É o fim. O fim do segredo. Pensou. Ela sentiu um remorsso profundo perturbála. Não consseguira manter seguro o projeto. Decepcionara seu avô. Tudo estava perdido. Não havia mais o que fazer. 

- Anie, obrigado. - Delta olhou para a garota assustada. Acariciou seus cabelos loiros e pegou sua arma na jaqueta. - Pena que não pode haver testemunhas.      

Um tiro, e uma vida se perdeu. Delta pegou seu comunicador no bolso de trás da calça.    

 - Missão cumprida. Já tenho O projeto em minhas mãos. O que devo fazer com os jovens que estão na casa? - Houve uma pausa para a resposta. - Tudo bem. Nos vemos daqui a pouco.      

Delta desligou o comunicador.    

Na sala, alguns faziam sexo no sofá, outros, injetavam drogas... Rebecca parecia não se incomodar com as cenas. Seu namorado a beijava e desabutuava sua blusa. 

- Não é estranho fazer isso aqui na sala? - disse ela.      

- Estão todos fazendo. Deixe disso.      

Continuaram. Uma gota de sangue vinda do teto pingou no rosto de Rebcca.      

- Tem sangue no seu rosto. - alertou o namorado.      

Rebecca limpou o sangue com as mãos.    

 - Não, não é meu. - disse.      

Na porta da sala, o homem loiro que estava com Anie, observara todos com atenção. Suas mãos estavam sujas de sangue.

 - Onde está Anie? - gritou Rebecca.     

Delta mostrou sua arma a todos.      

- Meu deus, você a matou?    

 - Quero todos deitados com a cabeça no chão e as mãos nas costas. - ordenou Delta. - Agora!      

Chorando e gritando, os jovens fizeram o que o homem maluco exigira.   

 - Quem obedecer, não morre.      

Delta se aproximou dos 6 jovens deitados em fileira no chão e apontou sua arma para a cabeça de Rebecca.      

- Oh, meu deus! Você disse que não iria nos matar! - gritou ela.              

- Uma regra docinho, nunca confie em estranhos. - disse Delta.                             Ouviu-se 6 tiros. E alguns minutos depois, um assassino frio saiu do prédio, trazendo em seu rosto um sorriso sombrio.      

- Foi dado o primeiro passo para a revolução


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