Eles estavam voltando para casa, ainda caminhando, pois não haviam chegado ao carro. A quantidade de pessoas andando na rua começou a aumentar, era o fim do expediente, então os dois acabaram soltando as mãos, pois era praticamente impossível andarem lado a lado. Isabella estava um pouco na frente de Edward, quando começa a ouvir disparos de tiros. O pânico bateu e ela saiu correndo que nem uma louca para tentar se esconder. Edward vendo o desespero da esposa sai correndo atrás tentando segurá-la. Nessas horas era melhor se esconder atrás de alguma coisa.

Quando ele finalmente consegue alcança-la ele só sente o raspão da bala passar ao seu lado e ir parar no peito de sua esposa. Não deu tempo do desespero tomar conta dele, ele simplesmente reagiu, gritando:

-socorro! Balearam minha esposa, alguém chama a droga da ambulância.

Enquanto isso duas viaturas de polícias passavam por ali correndo atrás de um carro de ladrões que atirava para todos os lados. Alguém chamou a ambulância enquanto Edward segura Isa e lhe dizia que tudo iria ficar bem. Ela acabou desmaiando, pois estava perdendo muito sangue.

Isabella foi levada as pressas para o hospital por uma ambulância. Chegando lá foi direto para a sala de cirurgia, pois precisavam remover a bala. Além de precisar remover a bala, precisavam de sangue, pois ela o estava perdendo em demasia. Edward ligou para seus pais e os avisou o que estava acontecendo. Esses se prontificaram a cuidar de Reneesme.

A espera na salinha do lado de fora foi interminável, não aguentava mais ficar ali sem saber o que aconteceria com sua esposa. Precisava vê-la, precisava saber que tudo ficaria bem. Ele tentou se ocupar da melhor maneira possível, mas nada o distraía. Ficou o tempo todo olhando a porta, esperando o médico sair e trazer boas notícias.

Quando o médico finalmente apareceu, não eram boas as notícias que tinham para lhe dar. Isabella havia sobrevivido a cirurgia, mas estava lutando entre a vida e a morte. Sua perda de sangue a havia deixado fraca. Além do fato de que eles não haviam conseguido remover totalmente à bala, pois uma parte estava alojada muito perto do coração. Precisariam fazer outra cirurgia quando ela estivesse mais forte.

Foi permitido a Edward entrar em seu quarto para poder vê-la. Ao vê-la totalmente branca e fraca ele sentiu-se impotente, pois sabia que não poderia fazer nada para salvá-la. Naquele momento ele seria capaz de dar sua própria vida para ela sobreviver. Ele queria poder abraçá-la, mas estava com medo de que se a encostasse poderia mexer em algum tubo errado e acabar acontecendo algo mais trágico ainda.

Depois de algumas longa horas de agonia, Isabella finalmente abriu seus olhos. Edward na hora aproximou-se dela e segurou sua mão.

-Edward, prometa para mim que cuidará bem da Renesme e que nunca a deixará esquecer o quanto a amo.

-Não fala isso, Isa! Nada de ruim vai acontecer contigo! - falava isso mais para si mesmo do que para ela

-Eu não sei se conseguirei aguentar, dói tudo, dói muito! Sinto que estou partindo! Só prometa, que nunca se esquecerá de quanto te amei e de quanto amei a Renesmee.

-eu prometo, Isa! Minha doce, Isa!- falou enquanto dava um selinho, selando sua promessa.

Isabella fechou seus olhos novamente, já estava quase sem consciência. Ela já não conseguia perceber o quanto Edward estava desesperado e nem ao menos ver suas lágrimas escorrendo. Ela estava naquilo que dizem que acontece antes de se morrer, aquele momento em que nossa vida passa diante de nossos olhos.