Os quatro amigos se sentavam num banheiro onde nenhum aluno se atrevia a entrar o banheiro onde ficava a murta que geme.   As garotas estavam com livros no colo e diversos ingredientes em frasquinhos. 

Pelo o que haviam lido iria demorar pelo menos um ano.  Harry e Rony não pareceram animados com a nova informação.  E estavam certos se fosse mesmo Draco ele teria atacado metade dos nascidos trouxas até lá.

-Eu não creio que seja ele – declarou Hermione.

-E por quê você “não crê que seja ele” ? – perguntou Rony desconfiado.

-Bem é porque nós geralmente se precipitamos e temos o palpite errado.  Não era Snape tentando matar Harry ano passado.  E sim um professor pelo qual nunca nós desconfiávamos – disse com ar de confiante.

-Você está dizendo que o herdeiro da Sonserina é alguém que nós nunca imaginamos ser – conclui Harry.

-Exato.

-Ou Herdeira – gritou a Murta chegando.

-Ah é por isto que ninguém vem aqui. É o banheiro da Murta? – perguntou Rony apavorado.

-É CLARO? PORQUE ALGUÉM IRIA QUERER A MINHA PRESENÇA? – gritou já soluçando.  Todos olhavam a cena apavorados menos Isabella, ela sorriu para o fantasma.

-Eu não acho sua presença desagradável – disse gentilmente a garota morena. 

-Não?  - disse a fantasma um pouco mais calma.

-Não.  Eu lhe admiro muito, não é o sonho de todo fantasma ter um lugar só para ele ou ela? – perguntou Bella.

-Na verdade eu sou um pouco diferente. Não gosto da solidão. Este lugar é tão triste...

-Então estamos no lugar, certo.  Também somos diferentes ou você acha que alunos normais iriam vir em pleno dia preparar uma poção polisuco?  - declarou à morena.

-Tem razão eu gosto de você Isabella. Você é gentil. Coisa rara nas pessoas. Até se parece com... – começou a falar a fantasma, mas tapou sua boca imediatamente percebendo que seria um enorme insulto.

-Com quem, murta? – perguntou agora Hermione a voz cheia de curiosidade.

-Era um garoto.  Ele era muito gentil com as pessoas também, mas se tornou muito mal. Muito mesmo.   Espero que você não fique igual a ele Bella. Nem você Harry.  Vocês são pessoas adoráveis – disse a murta antes de sair.

O silencio se instalou na sala.  Cada um com seus pensamentos.   O perigo se aproximava cada vez mais deles.  E o mistério também.   Além dos problemas normais de adolescentes eles encaravam problemas mortais. E isto não era para qualquer um.

-Bem ainda faltam alguns ingredientes, mas é melhor irmos indo.  Você tem aula com a gente agora Bells?  - interrogou Mione animada e nervosa.  Aquela poção iria infringir muitas regras da escola e tudo que ela menos queria era ser expulsa.

-Não – disse triste – Hoje só aulas com minha casa e com a Corvinal.

-Tudo bem – disseram os três juntos se despedindo da amiga.

Bella foi andando na direção do castelo e na sua cabeça veio novamente Edward.  Onde ele estaria?  Provavelmente levando uma vida muito mais normal que a minha.   Queria poder vê-lo, mas alguma vez, mas as férias ainda estavam um pouco distantes de chegarem e talvez o pai dele tivesse se transferido.  Ela pouco sabia da vida dele mas o suficiente para concluir que médicos se mudavam muito.   E Carlisle, segundo seu pai Charlie disserá,  mudava-se com muita frequência.

Talvez fosse falta de bom senso de a garota pensar em uma coisa destas enquanto aconteciam tantas coisas.  Mas ela não conseguia evitar.  Seus olhos dourados.   Sua pele branca.  Sua voz aveludada.  Chega de viajar!  Gritou para si mesma. 

Quando menos esperava se chocou com alguém.  A menina ruiva lhe olhava o rosto com uma mistura de piedade e desespero.   Pelo que eu pouco sabia dela era que pertencia a Grifinória.  Ela me encarava e pude perceber um brilho nos seus olhos.  Ela estava prestes a chorar.  Cabelos ruivos.  Era a irmã de Rony!

-Isabella isto é para você – ela disse entregando a garota a sua frente o que parecia ser um diário. Esta franziu o cenho confusa.  Antes que pudesse se perguntar alguma coisa Gina saiu correndo pelos corredores do castelo.

Tudo bem que ultimamente ela não tomava normalidade como café da manhã.  Mas isto estava começando a lhe irritar.   Falaria com Hermione depois,  pensou jogando o diário na mochila.

Depois de várias aulas ouvindo provocações ela chegou ao seu lugar conhecido em uma das mesas da biblioteca despejando os livros e fazendo as tarefas.   Nem percebeu quando Hermione chegou notando o caderno diferente e sombrio ao lado dos livros da garota.

-O que é isto? – perguntou Hermione a sua nova amiga. Ela nem se lembrava mais daquilo.

-Não sei parece algum tipo de caderno ou diário

-Deixe-me ver... Não tem nada escrito Bella.

-Acho que é um bloco de anotações somente, tente escrever nele – disse Isabella molhando sua pena com um pouco de tinta.

 “Oi”  Hermione escreveu.

 “Olá”  O caderno respondeu.  Arregalaram os olhos surpresas.

 “Quem é você?”  Bella escreveu desta vez.

 “Tom Riddle”  revelou a coisa com uma caligrafia impecável. Hermione fechou o caderno rapidamente assustada. 

-BELLA QUEM TE DEU ISTO?  - ela gritou desesperada.

-Foi aquela irmã do Rony. Acho que se chama Gina – disse com medo da reação de Hermione – Quem é Tom Riddle?

-É o nome de Voldemort antes que ele se tornasse um bruxo das trevas.  Precisamos levar isto para Dumbledore e logo.  Isto esta repleto de magia negra,  acredito – explicou ainda um pouco nervosa.

As duas correram em direção à sala do Diretor o mais rápido que podiam. Elas não diziam muita coisa, mas estavam com medo e muitas dúvidas. Como Gina havia conseguido tal coisa?  Porém foram barradas por um Snape as fitando no meio do caminho.

-Precisamos falar com Dumbledore é urgente – falou Isabella arfando. Seu coração estava batendo muito rápido pelo nervoso e também pela bela corrida que as duas tinham feito para chegar lá.

-Ele foi viajar.

Elas se entreolharam e assentiram deixando o diretor da Sonserina no mínimo curioso para saber o que tanto aprontavam.  Sentando-se num dos banquinhos que tinham as duas puderam finalmente conversar sobre o assunto.

-O que fazemos?  - disseram juntas.

-Guarde o caderno, mas não mexa com isto Bella.  Por favor.   Gina não lhe entregaria isto por plena vontade assim isto deve exercer algum poder sobre a pessoa. Sem contar que qualquer coisa que tenha a ver com Voldemort não é digna de confiança.

-Ok – concordou.