O Anjo Dourado escrita por Suellen-san


Capítulo 3
A vida segue sem problemas.


Notas iniciais do capítulo

Saint Seiya não me pertence e sim a Kurumada além dos respectivos meios... Como sabem é sem fins lucrativos e toda aquela história que estamos cansados de ler.

Estou feliz por isso da rápida atualização.



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Teodoro estava nos limites do povoado. Assim que sua esposa voltou a se concentrar naquela tentativa louca de saber o que Ângelo escondia, foi verificar alguns pontos do reino. Um sorriso se desenhou nos lábios dele ao sentir a presença da esposa se aproximando. Ele um homem de dois metros de altura tinha medo de lugares alto, a esposa sempre usava aquele medo ao seu proveito e em pensar que foi Luana que o tirou daquele lugar alto.

Teodoro possui a força de vinte homens, uma beleza singular, cabelos louros e curtos, olhos verdes claros e um coração de ouro para um descendente de bravos guerreiros. E foi casar justamente com Luana, considerada por muitos um demônio em forma de mulher.

De baixa estatura, olhos verdes, cabelo da cor vermelha sangue e curtos no comprimento além de falar com espíritos, o povo a chamava de bruxa principalmente quando rir de uma maneira peculiar. Luana parou ao lado do marido onde se via a diferença gritante de altura entre eles e observou o horizonte.

- E então? – Continuou olhando adiante Teodoro. - O que eles falaram?

- Nada. – Não o olhou. – Talvez o próprio Ângelo os tenham impedido de se manifestar. – E aquela submissão a irritava. - São seres medrosos que deveriam ter suas almas estraçalhadas.

- Hum?

- Não me venha com “Hum?”.

- Eu só falei “Hum?” porque acho que você não deveria criticá-los.

- Por quê?

- Ora.  Um dia você será um espírito também.

- No dia que eu for um espírito, meu caro marido, eu vou infernizar a vida de uns soldados que deveria estar trabalhando em vez de olhar o que não deveria.

Teodoro riu ao escutar os soldados correndo de medo das palavras da sua esposa. O senso de humor dela era estranho e o fascinava. Observou-a antes de se aproximar, a envolvendo em seus braços fortes, escutá-la suspirar e dizer bem baixinho que o ama.

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Samantha tentava se manter a calma, contudo não conseguiu se controlar e dividiu a mesa ao meio com um único movimento. Seu filho olhava espantado e ao mesmo tempo com medo, segurando uma cesta nas mãos, nunca viu sua mãe ficar tão brava.

- Querida... – Falou ou tentou falar o marido.

- Escute-me bem. – Ela tentou não elevar a voz. – Se quiser voltar, volte. Mas tentar me convencer a ir contra a minha vontade, nem tente. Definitivamente você não sabe com quem se casou...

- Eu me casei com uma guerreira. – O medo o paralisou, mas continuou a falar. – Você parece que se esqueceu com quem casou...

- Eu me casei com um lavrador. – Samantha percebeu que o marido fechou os punhos. – Eu...

- Você tem razão. – Ela percebeu tarde demais que o havia rebaixado. - Eu sou um lavrador, um simples lavrador, e o certo seria você ter se casado com um guerreiro ou alguém de valor...

- Mas...

- Eu vou voltar para casa. – Olhou o filho. – Caso queira pode ficar com sua mãe.

Não espero a reposta do primogênito que claro ficaria com a mãe. E nem de Samantha que lógico ficaria mesmo se ele voltando à vila onde moravam. Não gostava de estar ali, sem fazer nada de útil.

- Espera!

Ele saiu, Samantha tentou segui-lo, mas sentiu uma dor e foi amparada pelo filho. Fitou a porta e o medo de perdê-lo se instalou. Sabia que nunca deveria tocar naquele assunto. Ela sendo de um patamar mais elevado e ele um simples lavrador.

- Mãe? – Ela olhou o filho. - Tudo bem?

- Tudo. – Tentou reconfortar o filho, mas nem mesmo ela estava se sentindo bem.

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Assim que saiu do quarto, o marido de Samantha esbarrou em alguém. O ódio o fez seguir adiante e sair do local sem dirigir a palavra ao individuo que esbarrou. Porém não foi muito longe porque um braço o pegou apertando com força. Ia dar um grito e mandá-lo sumir, quem quer que fosse o infeliz, mas ao ver os olhos negros o encarando tremeu.

- Perdão meu senhor. – Abaixou o olhar.

- Eu não sou senhor e nem de ninguém. – Soltou o marido de Samantha. – Quero lhe pedir um favor.

- Favor? – Olhou o incrédulo.

- Sim.

- Mas eu não sou um guerreiro e nem...

- Quer que eu o chame de mortal? – Não entendia porque ele se menosprezava tanto. - Ou...

- Não. – Sabia que poderia ser chamado de algo pior.

- Guarde isso. – Deu-lhe uma pequena caixa. – E não importa o que aconteça não o perca.

Ângelo depois tentaria entender o que se passava na cabeça daquele homem. Por hora tinha que resolver aquele assunto e sabia que o homem a sua frente serviria para a missão.

- Posso saber o que é? – Questionou o rapaz ao Deus.

- Sim. – Abriu a e mostrou o conteúdo.

- É um... Pegasus!

- Sim, o último da espécie. – Pegou o pingente em bronze com a representação do Pegasus. – Eu escolhi você para guardá-lo. – Notou a surpresa do homem. - Dizem que só um Deus pode protegê-lo, mas na atual circunstância acho melhor você guardá-lo.

- Mas eu sou um...

- Mortal? – Observou bem o homem.

-Sim. – Sabia de algumas informações sobre Pegasus. - Segundo a lenda um anjo dourado vira trazer luz em época de escuridão. Na forma de um Pegasus. – Não compreendia muito bem aquela lenda. – Um anjo e um Pegasus. – Não sabia o que um tinha haver com o outro.

- Vejo que não é tão inculto quando eu pensava.

- Só escuto o que a minha esposa conta ao meu filho.

- É você tem razão sobre a lenda. Mas há alguns pontos divergentes. – Percebeu que ele queria explicações. – Infelizmente não posso responder a sua dúvida. – A história era cumprida e não teria tempo para contá-la. - Mas me diga se alguém enfiar uma lamina em um Deus. Ele sangra que nem um mortal?

---o0o---

Sofia passeava os olhos nas cenas pintadas naquela sala, uma lhe chamou a atenção. Um homem vestido com uma estranha armadura de bronze, na sequência o mesmo homem vestia uma armadura de ouro e na última uma mulher sem rosto segurando um báculo aparecia por trás dele sem a armadura.

- Ainda tentando desvendar esse enigma?

- Estou tentando uma última vez. – Sofia voltou-se para o marido. – Estou preocupada com seu irmão e o que ele pretende fazer.

- Ângelo sabe o que faz, meu amor. – Fitou a pintura de uma mulher que parecia Sofia. – Eu pensava que ela era você. – Apontou a pintura.

- Só você. – Olhou a pintura. – Ela carrega os nossos símbolos.

- O tridente e o báculo. – Aproximou-se mais. – Porém é como se fosse um único objeto. – Voltou-se para a esposa. – O seu báculo esta guardado?

- No mesmo lugar que o seu tridente. – Não compreendia aquele símbolo. - Tem alguma ideia?

- Não. Mas um dia o seu enigma será desvendado.

Aproximou-se da esposa e tomou os lábios dela em um beijo apaixonado. Sentiu uma sensação maravilhosa ao beijar o marido e só tinha um sonho que deseja realizar. Ao se separarem, Adônis notou que os olhos verdes da esposa brilhavam e sorriu, pegou a mão dela como as suas como se fosse um casal de adolescente a guiando ao quarto.

---o0o---

Miguel observava a esposa ressoando e afastou alguns fios verdes do rosto dela. Tocou uma cicatriz na testa dela e suspirou, sabia dos motivos para tal ato, mas era fácil aceitar que ela tinha feito aquilo para provar ao seu povo que o ama.

Recordou daquele dia que Diana apareceu no seu povoado em nome de Sofia. Procurava alguém em especial e o encontrou, falou do destino que os Deuses tinham para si. Só não contava que o povo dele e nem que seu próprio pai o proibisse de seguir esse caminho.

Foram dias, meses e um ano treinado Miguel com poucos recursos. Diana sendo mal vista por não pertencer ao povo de Miguel. Entretanto, com a convivência acabaram se apaixonado e fizeram amor pela primeira vez. Ela experiente conhecedora do mundo e ele tímido por nunca ter tocado numa mulher. Na cultura dele deveria ser puro até se casar com uma mulher de seu povo que tem o mesmo ensinamento que o seu. Ela também deve se manter pura para o marido.

Só que os dois não esperavam serem pegos. Diana foi presa e seria morta por contaminar o povo com história de Deuses. Miguel se tornou um excluído no seu próprio povo. Ele tentou e implorou que Diana escapasse usando os seus poderes, mas nada. Ela ficou mesmo sabendo que poderia escapar até o dia que foi levada para o altar para ser morta.

No momento que iam queimá-la viva, um homem de cabelos negros e olhos da mesma cor, com a pele branca surgiu do nada e libertou Diana. Ela nada fez, mas o homem de nome Ângelo rogou maldições aquele povo que amava. Nunca esperou que eles fossem fazer algo de mal a uma enviada dos Deuses e nem que prejudicasse o seu próprio semelhante...

- Ainda acordado. - Saiu de seu devaneio ao escutar a esposa. – Pensava em que? - Sorriu e beijou-a.

- Se os nossos filhos vão ser tão bonitos quando você.

- Serão sábios e justos. – Fitou o fio branco. – Estranho que você seja o único que tem cabelos brancos. – Colocou os fios soltos atrás da orelha do marido.

- Me chamando de velho? – Viu a sorrir.

- Não. – Ficou séria. - Acho charmoso.

- Porque dessa cara?

Não compreendia como o marido tinha cabelos tão longos, liso e branco. A pele clara e os olhos verdes; viu que o povo de Miguel era diversificado, mas só ele é muito diferente.

- Só uma curiosidade. – Ela falou.

- Diga.

- Porque você é o único com cabelo branco? O seu povo tem cabelos de todas as cores, mas você é diferente.

- Sou especial.

---o0o---

Afrodite esperava na cama o marido voltar. O banho havia melhorado a sensação de calor por conta de passar o dia inteiro com a armadura abafada e pesada, não sabia como Samantha aguentava usá-la estando grávida.

- Demorei? – Afrodite escutou a voz do marido.

- Não amor. – Levantou uma sobrancelha ao ver o tanto de comida na bandeja. – Vai comer também?

- Eu?

- Sim.

- Não. – Colocou a bandeja na cama.

- Mas pra que toda essa comida?

- Pro nosso filho ou a nossa filha crescer forte.

A única reação de Afrodite foi ri porque na bandeja tinha comida para um batalhão e nem mesmo ela e o marido conseguiriam comer tudo. Deuteros a observou era a mais bela de todas as mulheres que já conheceu. Os longos cabelos cacheados e rosados, os olhos azuis, a pele clara, as formas perfeitas do corpo dela representava bem um Deusa.

- Desculpa... – Parou de ri quando o viu a olhando.

- Acho lindo quando ri com vontade.

- Eu também acho lindo quando você tenta me agradar.

- Eu? Lindo? – Ele ficou sério. - São duas palavras que não combinam em mim.

- Ah! Não. – Fitou o marido. – Não vamos começar com isso de novo.

- Eu sou um monstro Dite. Olhe bem para mim e diga o que vê.

- Você.

- Dite!

O melhor que tinha a fazer era contorna aquela situação. A pele negra como a noite, o cabelo branco como a neve e curto, os olhos vermelhos, alto e forte. Não via nada demais na fisionomia do marido.

- Ora Deuteros... – Ela falou ao marido. - Se você é um mostrou, nós fazemos um belo par. – Foi à vez dela fica séria. - Porque sou bonita por fora e podre por dentro.

Ele ficou sem ação, aquelas palavras não só o feria como a ela. O caso ocorreu há alguns anos quando eles perderam o primeiro filho. A criança ainda se desenvolvia no útero materno. E muitas pessoas diziam que era por causa da beleza dela que a criança foi expulsa da mãe.

Acreditavam que Afrodite só possuía beleza superficial e não interior. Mas Deuteros sabia que a única beleza que o cativou foi à interna. Da mesma forma como que ela o via por dentro, não um homem impaciente ou rude, e nem ela um mulher bela, mas duas pessoas que tem sentimentos e não gostava de ser rotuladas. Por conta de suas características externas.

- Perdão! – Ele beijou lhe a mão. – Nunca mais toco nesse assunto. – Olhou a bandeja. – E acho que exagerei.

- Deu! – Ele gostava quando ela o chamava assim. – Promete que se o nosso filho ou nossa filha nascer não vai dar uma de pai super protetor e...

- Namora só quando tiver trinta anos.

- DEUTEROS!

Continua...


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Notas finais do capítulo

FOFO! Sim eu coloquei Afrodite como mulher. E coloquei Deuteros porque ele é o cara. Certo estou devendo o Seiya, mas prometo colocá-lo mesmo sem ele aparecer. Como? Nem me pergunte.
Pois bem se alguém notou há algumas pistas de quem é quem nessa salada. E talvez algumas pessoas não gostem do que vai ocorrer no próximo capitulo, mas eu ia fazer isso desde o inicio.

Agradeço e beijos...



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