Diário de Elena escrita por Keyla Magalhães


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Sei que vocês querem me matar pela demora, mas como vocês já sabem minha vida é muito corrida e o tempo é algo que me falta muito.

Espero que vocês gostem do capítulo e aguardo os comentários.

Boa leitura!



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— Você a transformou? —Stefan solta Damon e se aproxima da menina que o olhava com rancor.

—Nem sempre temos tudo que queremos. Acho que é fim da linha para você irmão. —Klaus sorri, mas Stefan não parece ouvir sua provocação. A mulher que ele tanto esperava estava parada na sua frente, ela era diferente da menina que ele aprisionou há dias atrás, ela era sua Katherine. Aqueles olhos com magoa e rancor não pertenciam à menina humana e sim da vampira. A sua vampira.  

Stefan sabia que agora era questão de tempo para ela morrer o feitiço havia se quebrado e seu corpo envelheceria até suas células se secarem, seus tecidos se degenerarem e morte ser seu único fim. Mas mesmo sabendo que seu fim já tinha sido traçado pelo destino ele não se desesperava, a mulher que ele amou estava a sua frente e seus pensamentos eram somente nela.

—Katherine. —Stefan toca no rosto da menina, que sente o toque frio de Stefan gelar seu coração que ninguém além dela e Klaus sabia que ainda batia.

— Vou levá-lo. —Ela empurra a mão de e Stefan e passa por ele indo em direção a Damon que estava   hipnotizado olhando para ela.

—Elena? — Damon sussurra ao vê-la se aproximar. —O que aconteceu com você? —Elena abaixa perto dele e olha seus ferimentos, ela sente uma fisgada no peito ao perceber o quanto machucado ele estava.

—Vou te tirar daqui. Você vai ficar bem. —Ela solta as cordas que estava amarrando o corpo de Damon que ergue sobrancelha ao ver a facilidade que ela pegava nas cordas.

—Ele não vai a lugar nenhum. —Stefan puxa Elena pelo braço.

—Tire as mãos de mim. —Ela empurra o braço de Stefan, mas isso não o faz soltá-la. —Stefan eu sei a verdade. Sei que me fez pensar que havia matado Damon e se isso te satisfaz, foi por sua causa que eu me matei.

—Você o que? — O som surgiu de dois lugares da sala. Aquela era uma verdade que nem Damon e nem Stefan sabiam.

—Eu nunca conseguiria viver com a dor de perdê-lo e você deveria saber disso. 

Rose tenta continuar a tirar as cordas que amarravam Damon, mas sua pele queima ao segurar as cordas, o que a faz soltar e sacudi as mãos.

— Merda! —Ela reclama pegando a faca que estava no chão e cortando as cordas.  — Pronto. Consegue andar?

Caroline ainda estava na porta ouvindo as vozes que para ela não pareciam nem um pouco gentis. Klaus se aproxima dos corpos de Elena e Stefan e empurra o irmão se colocando na frente de Elena.

—Eu particularmente te agradeço por isso, afinal minha vida não teria sido tão boa se Katherine não tivesse me dado as duas melhores semanas de minha vida. —Ele olha para menina por cima do ombro e algo em seu olhar a faz sorri. — Vá embora. — Elena sente um arrepio percorrer seu corpo. —Eu cuido dele. Vá!

— Eu vou morrer Katherine. Vou morrer. Por sua causa. —Stefan tenta passar por Klaus, mas ele não deixa. Elena olha para trás e ver Rose apoiando Damon que ficava de pé a olhando-a de um jeito que ela nunca tinha visto antes. 

—Você consegue andar? —Elena pergunta e Damon não responde indo para a porta com ajuda de Rose.

—Vou morrer no máximo em três dias. Fica comigo Katherine? Fica comigo?!!—Stefan grita e Elena passa pela porta sentindo uma fisgada no peito, ela não sabia se ele iria morrer, não sabia para onde levar Damon e nem sabia quem era aquela mulher que o segurava.

— Quem é você? —Elena pergunta um pouco depois que eles saem da casa.  Rose se vira.

—Ficou louca, Elena?

—Você não faz ideia. —Responde Caroline se surpreendendo por consegui falar novamente.  —Eu posso falar! Nossa como é bom falar.

—E você, quem é?

—Caroline. Amiga da louca.

—Ótimo! Mas uma humana destrambelhada para minha coleção. Você me paga por isso Damon.  —Rose olha para Damon que estava apoiado em seu ombro quase desmaiado. —Damon! Damon! Aguente firme. — Elena se aproxima pegando no rosto dele.

—O que aconteceu?

—Ele foi torturado, precisa de sangue.

—Não querendo atrapalhar o encontro de vocês, mas aqueles vampiros não me parecem ser os que nos trouxeram aqui. —Fala Caroline.

— Merda! Eles nunca vão deixar que você saia daqui vivo. —Rose bate no rosto dele. —Reage Damon! Reage! Ele não tá cicatrizando. Elena, ele precisa de sangue.

—O que eu faço? —Caroline grita.

—Cala a boca. —Rose e Elena falam juntas.

—Damon bebe vai. —Elena coloca o pulso na boca dele.

—Segura ele que eu vou atrasar esse vampiros. —Rose larga Damon em cima de Elena que quase cai com o peso dele.

—Que vampira fracote essa que você se tornou.  —Rose debocha saindo de perto e correndo para cima dos vampiros.

—Precisamos tirá-lo daqui. Me ajuda. —Elena grita.

—Eu? —Pergunta Caroline olhando para Rose admirada com a leveza e classe que vampira se aproximava dos vampiros.

—Claro! —Elena grita e Caroline para de olhar ajudando Elena apoiar o corpo de Damon.

—Não vamos consegui sair daqui carregando ele. Ele é pesado e acho que os vampiros estão se aproximando.

—Ok. Entre nessa porta. —Elena aponta para uma parede coberta de plantas.

—Que porta? Ficou louca? Não tem porta nenhuma.

—Empurra logo.

—Isso é uma porta. Nossa jurava que era...

—Empurra!

— Não sou uma vampira, não posso abrir uma porta assim, vou me machucar.

—Gire a maçaneta sua anta.

—Ah! Assim é mais fácil. —Caroline afasta as plantas procurando uma maçaneta, então a gira. — Como sabia que isso era uma porta? Como sabia que não estava trancada?

—Porque eu a deixei assim. Agora entre.

—Aqui tá muito escuro. — Caroline reclama e Elena fecha a porta atrás de si colocando Damon no chão.  —Onde estamos?

—Em uma passagem secreta. Damon olhe para mim. Olhe para mim.

— Elena?

—Toma, bebe meu sangue. Você precisa. —Elena coloca o pulso na boca de Damon. —Bebe. Bebe logo.

—Vou te machucar. —Ele diz entre os dentes sentido seu corpo quase desfalecer.

—Damon, eu não vou te perder outra vez. — A menina morde o pulso com dificuldade, sentindo o gosto metálico do sangue em seu paladar. Ela coloca na boca de Damon que luta para não beber, mas ceder assim que as primeiras gotas tocam seu paladar. Ele chupa com força o sangue de Elena que acaba debruçando em cima dele perdendo um pouco da força.

—Isso seria sexy, se não fosse tão nojento. — Reclama Caroline se virando.

Junto com sangue que desce pela garganta de Damon as memorias esquecidas por ele e as nunca contadas por Katherine eram reveladas. Ele tenta procurar entre aquela mente sombria com tantos mistérios e segredos os dias puros que viveu com Elena, mas nada era encontrando. Não havia nada de Elena naquela mente. Nem suas rosas deixadas nos aniversários dela, nem seus beijos, nem sua noite amor, nada.   Damon empurra Elena sentindo o gosto amargo das revelações que aquele sangue lhe trouxe.

—O que você fez? — Ele limpa a boca desejando nunca ter descoberto o que aquele sangue lhe revelou sobre sua antiga amada.

— Não podia deixá-lo morrer. —Elena coloca a cabeça no chão e olha para cima, que apesar de escuro, tinha algumas estrelas que iluminavam.

—Elena tem certeza que aqui ninguém pode nós ver? —Caroline se aproxima deles. Damon a olha.

—Como você veio parar aqui?

—Pergunte a Elena, ela me colocou nessa enrascada.  Vai por mim, preferia mil vezes estar no salão fazendo minhas unhas.

— Me conte tudo que aconteceu até vocês chegarem aqui. — Fala Damon sentindo suas feridas cicatrizarem. Ele fica em pé e segura na mão de Caroline olhando em seus olhos.

—Hipnotizando a menina isso é feio Damon. —Elena debocha em sussurro. Ela ainda sentia seu corpo fraco pela mordida.

 Caroline contou todos os detalhes e Damon ouviu olhando para Elena que ficava mais pálida e tonta a cada segundo.

—O que você tá sentindo? —Pergunta Damon percebendo Elena fraca.

—Vontade de dormir. —Ela murmura. —Talvez não tenha sido boa ideia ...

—Você não é uma vampira. — Damon a interrompe tendo certeza do que suspeitava desde que ela não havia se queimando desamarrando a corda com verbena que o prendia na cadeira. Elena olhou nos olhos dele com dificuldade.

—Você acha que não sinto meu coração bater? — Ela solta uma gargalhada fraca, mas debochada.  —Não sei o que Klaus fez para me trazer de volta e nem sei porque todos me chamam de Elena. Só sei que voltei e não pretendo ir embora.

— Você não é a Katherine. —Damon se aproxima pegando a cabeça da menina e analisando os traços que ele sentia tanta saudade.  —O que aconteceu?

—Estou ouvindo barulho. —Caroline coloca o ouvindo na porta.

— Preciso que se esforce. —Damon fala. —Vou te dar um pouco do meu sangue para que se recupere e que possa ver o que eu quero que você lembre.

—Não! —Elena se afasta. —Qual o seu problema? Pensei que estivesse feliz em me ver.

—Estou, mas você não é você.

—Não? —Elena tenta ficar sentada, mas sua cabeça começava a doer. — Sou quem então Damon? Não sou eu quem você jurava amor? Ou quando virou vampiro esqueceu?

—Eu não esqueci de nada .... —Damon se sentia confuso falando com aquela mulher que ele sabia que era Elena, mas ela agia e falava com Katherine. —Elena você...

—Que tal parar de me chamar de Elena? — Ela tenta levantar e Damon a segura. Os olhos azuis dele se encontram com os castanhos dela que brilhavam como o reflexo da noite ou seria com a emoção de tê-lo tão perto.

— Não querendo interromper o clima mas acho que a “Lara Crolt” precisa de ajuda. —Damon sacode a cabeça apoiando Elena para que ela ficasse de pé.

—De quem você tá falando? —Damon olha mais uma vez para a boca de Elena que sorri, sabendo que ele também sentia vontade de beijá-la.

—Da vampira morena que ficou para trás.

—Rose? Que ótimo! —Ele revira os olhos sentindo seu corpo totalmente curando. — Preciso ajudá-la. Consegue ficar em pé?

—Não. —Elena segura o braço dele. —Não vai. Fica?!

—Senta, você vai ficar bem.

—Não estou falando de mim, estou falando de você. Não quero que vá.

— Eu preciso, ela salvou minha vida.

—Ela é a Rose? Interessante. — Resmunga Caroline amarrando os cabelos. — Vocês foram amantes durante quando tempo?  —Damon olha para Caroline que coloca a mão na boca. — Desculpe.

—Então é dela que você gosta agora? —Elena solta o braço de Damon.

—Não! Rose é uma amiga. Ciúme não combina com você, Elena.

— Não me chame de Elena!

— Quando éramos pequena ela gostava que as bonecas se chamassem...

—Cala a boca! —Grita os dois para Caroline.

—Saco! —Caroline reclama e Damon sai de perto de Elena.

— Fica de olho nela. —Damon tenta abrir a porta.

—Como se fosse fácil. —Caroline faz careta.

— A porta só abre por fora. — Elena sorri.

—Está dizendo que estamos trancados nesse jardim mal assobrado? — Caroline coloca o ouvindo na porta.

— Tem uma saída por ali. —Elena aponta para direita. —Ela vai dar direto no bosque.

— Era assim que você saia...

—Para encontrar com você.

—Eu? Somente eu? —Damon tranca o maxilar e ergue a sobrancelha encarando os olhos de Elena.  A porta se abre e empurra  Caroline que estava encostada nela.

—Aí!

—Desculpe. —Rose fala com desdém. 

—Você tá bem? —Damon interrompe o olhar com Elena e olha para a Rose.

—Relaxa, não vai se livrar de mim tão fácil. Os vampiros do Klaus cercaram os de Stefan acho que dessa vez o velhinho perdeu.  

—O que tá rolando entre vocês? —Elena cruza os braços.

—Ela ficou louca?! —Rose debocha tirando a jaqueta e olhando o braço machucado. — Odeio esse vampiros.

—Nossa isso escorrendo é sangue? —Caroline fala com nojo.

—Não, é suco de amora. — Debocha Rose puxando a jaqueta novamente.

—Não tente disfarçar. O que aconteceu entre vocês dois. Porque ela está aqui? —Elena olha para Damon que solta uma gargalhada.

—Elena com crise de ciúme? Essa eu queria assisti com pipoca. —Caroline fala animada.

— Pare de rir. Não tem graça Damon.

— Antes que comecem a brigar que tal sairmos daqui? —Fala Rose explorando o lugar.

—Não! Ninguém sai até eu saber o que aconteceu entre vocês dois. — Rose ri.

—Essa não e você. —Damon segura os braços da menina. — Pare de agir feito ela.  

—Ela? Ela seria, eu? Damon seja quem for essa tal de Elena ela morreu lá na fonte.

—Fonte? Que fonte. Eu não vi fonte em seu sangue.

—Não falei fonte.

—Que lugar era aquele que você estava com Klaus?

—Não sei do que você tá falando? —Damon sacode a menina. — Está me machucando.  Não era assim que eu me lembro de você me tratar.

—Damon ela não lembra. —Rose fala se aproximando dos dois.  —A culpa não é dela. Ela deve estar sobre feitiço. Quando Klaus a transformou ele deve ter colocado alguma ...

—Ela não é vampira. —Damon continua olhando nos olhos de Elena.

—Mas o coração dela não bate.

—Klaus fez algum feitiço que faz parecer isso.

—Porque está explicando isso para ela?

— Então Stefan não vai morrer? Merda! Precisamos sair daqui o mais rápido possível. Se ele sentir que ela ainda tá aqui, estamos mortos.

—Alguém sensata. —Caroline resmunga.

—Eu não vou. —Elena diz. —Você não me ama Damon, não mais.

—Que? —Damon olha nos olhos dela.

—Você tá procurado em mim algo que eu não sou.

—Não importar quem você seja. Eu vou te tira daqui. Agora. —Damon joga Elena nos ombros com pouca delicadeza.

—Me larga agora. —Elena se debate e Damon sorri se divertindo com os socos em suas costas.

—Essa é a vantagem de eu ser vampiro e você não. Pode bater a vontade.  —Damon anda para direção apontada por Elena minutos atrás. 

—Me coloca no chão?!

—Não!

—Não sou um saco de batata para ser carregada dessa maneira.

—Se comporte feito uma dama, e será carregada feito uma.

—Podíamos colocar uma fita adesiva na boca dela? —Caroline sussurra e Rose sorri concordando. 

—Acho que a viagem seria mais divertida. —Fala Rose.

—É. Estou com fome e você? —Caroline pergunta.

—Poderia sugar todos eu sangue.

—Isso não foi gentil! — Caroline faz careta e Rose solta uma gargalhada. —Tinha barras de cereais na minha mochila. Porque a deixei no carro?

—Que carro? —Rose pergunta.

—Me coloca no chão agora Damon!

—Não!

— O que eu e Elena viemos.

—Klaus as trouxe de carro? —Rose sorriu.

—Sim.

—Ótimo. Lembra para que lado ele ficou?

—Antes da floresta. Por quê?

—Damon, vamos para a entrada da floresta, o carro de Klaus está lá, podemos pegá-lo.

—Não! Esse caminho não dá lá. — Elena grita ainda batendo nas costa de Damon.

—Está mentindo. —Damon afirmou dando um tapa no bumbum de Elena que estava para cima.

—Aí. Como sabe?

—Você treme toda vez que mente.

 —Aposto que estou tremendo por outro motivo. — Elena debocha e Damon levanta a sobrancelha com sorriso malicioso na face.

—Bom saber.

—Me poupe. —Rose reclama, andando na frente.

Quando eles chegam ao final do bosque, Damon coloca Elena no chão que ajeita a roupa e em seguida olha nos olhos azuis dando um tapa no rosto pálido de Damon.

—Nunca mais faça isso. Entendeu? —Ele arregala os olhos e sorri em seguida se divertindo com aquela situação.

—Não deveria me bater.

—E você não deveria me segurar daquela maneira.

—Estou indo buscar o carro. —Interrompe Rose os olhares que Elena e Damon trocavam.

—Porque você? Eu posso ir. —Elena dar dois passos e Damon segura seu braço. —Me solta.

— Se não quer que eu te carregue feito um saco de batata novamente, fique parada.

—Você não se atreveria.

—Que pagar para ver?

—Continuem brincado de tapas e beijos e deixe que os adultos façam o trabalho sujo. —Reclama e Rose.

—Adulta? Quantos anos você tem? Cem? Que tal você...

—Para, Elena! Deixe para brigar quando estivermos em um lugar mais seguro. —Damon reclama.  

—Está defendendo ela? —Elena puxa o braço da mão dele.

— Com certeza não. — Damon solta um falso sorriso para Elena. —Vai logo Rose vou andando com as meninas e você nos pega no caminho para minha casa.

—Vamos para sua casa? Isso não é obvio demais? —Rose fala se distanciando.

—Sim. Por isso.

— Eu não vou para sua casa. —Elena grita.

—Posso ir com você? —Pergunta Caroline para Rose. 

—Não!

—Vou assim mesmo! Eu não fico com esses dois. —Caroline segue Rose.

—Porque está me olhando desse jeito? —Damon pergunta para Elena.

—Porque não me disse que estava apaixonado por ela?

—Eu não estou apaixonado por ela. Rose é um amiga que salvou a minha vida e a vida do imprestável do seu namorado.

—Namorado?

— É, você pode não lembrar, mas só estamos nessa porque o idiota do Matt tentou fugir depois de ter ficado ouvindo seus gemidos.

—Meus gemidos? Matt? Do que você tá falando?

— Esqueceu? Eu não. Foi interessante. —Damon sorri.

—Está debochando?

—Claro, mas estou falando a verdade.

— Sempre pensei em como seria se você fosse um vampiro. E agora você está aqui diante de mim, tão diferente do meu Damon indefeso.

—Tem mais de um século que sou vampiro, acho que a fragilidade não faz mais meu estilo.

—Eu gostava.

—Você não é Katherine.

—Porque é tão difícil de acreditar que sou ela?

—Porque ela morreu.

—Estou de volta, você viu na minha cabeça quando sugou meu sangue. —Damon desviou o olhar.  —Qual o problema? —Ela puxou o rosto dele. — Deveria me beijar, me amar e não me desprezar.

—Não estou te desprezando, mas isso não tá certo Elena.

—Eu não sou Elena. Sou Katherine. Sua Katherine. —Ela se próxima segurando o rosto dele entre suas mãos. —Eu te amo. E estou muito feliz por você está vivo, mesmo que eu não lembre com foi que você se transformou e nem como foi nossa verdadeira despedida, eu estou feliz por você está aqui. Vivo. —Ela escorrega a mão para o braço dele. — Diz que está feliz por me ver. Diz?!

Damon não sabia o que sentia, ele ficou tanto tempo querendo olhar naqueles olhos, ouvir aquelas palavras, aquela entonação e agora que ela parecia estar em sua frente, ele só conseguia pensar no olhar puro e inocente de Elena.

—Vamos entrem. —Rose fala parado o carro do lado deles.  Damon pega a mão de Elena.

—Depois conversamos, agora vem. — Ele a puxa.

—Aí, meu pulso. — Ele olha a marca da mordida.

— Isso está feio, você precisa de um curativo. —Damon sobe a mão para o pescoço dela afastando o cabelo da menina.

— O que foi?

—Voltou. —Damon arregala os olhos.

—O que voltou? —Elena coloca a mão no pescoço. —Aí, está doendo.

—Alguém te mordeu?

—Não!

—Isso não pode tá acontecendo. —Damon olha novamente a mordida no pescoço da menina. — Vem precisamos sair daqui.

—Calma aí, o que tá acontecendo?

—Te falo no caminho. —Damon abre a porta traseira do carro e eles entram. Rose olha para Damon pelo retrovisor, alguma coisa estava muito errado na expressão dele. A vampira arranca com o carro ouvindo Damon em sua mente. 


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Notas finais do capítulo

Me perdoem se tiver algum erro, mas minha beta está me enrolando e como estou quase um mês sem postar não queria esperar mais. Espero que gostem. Aguardando a critica de vocês.

Beijão!!!Até o próximo!