Diário de Elena escrita por Keyla Magalhães


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Olha nem demorei tanto, graças aos recadinho e mensagens de vocês que me inspiram a escrever essa história. Muito obrigada a todos os leitores e parabéns para os aniversariantes.

Espero que gostem!

Boa leitura e não esqueçam de me mandar recados, amo todos, até os curtinho que dizem apenas uma palavra.



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Horas antes

— Ótimo, amanhã estaremos lá. Agora venha Elena. Vamos ter uma conversa com Stefan. — Disse Klaus se virando para porta.

— Antes preciso ver Caroline. — Elena disse seguindo Klaus que segurou a porta do quarto e apontou para a porta a sua direita. Elena estava seguindo em direção ao quarto quando Klaus segurou em seu braço.

— Se eu salvar o Damon o que eu ganho com isso? Nina está morta e tudo indica que a alma dela é metade você e metade ele. Então juntando vocês, o que sobra para mim? — Elena arregalou os olhos. A menina não contava que Klaus fosse perguntar aquilo, na verdade ela não contava com nada do que estava acontecendo. Ela respirou fundo e puxou o braço.

— O que você quer? — Klaus soltou um sorriso.

— Que vocês dois morram. — Elena deu dois passo para trás e sentiu seu estômago revirar.

— Que?

— Não se assuste criança. Só posso juntar a alma de vocês e fazer Nina reencarnar em apenas um corpo se vocês morrerem. — Elena sentia-se traída e sem esperança, aquele vampiro havia acabado de confessar que não adiantava quanto ela lutasse seu destino sempre seria o mesmo “A morte”.

— Você não pode... — Ela gaguejou e Klaus se aproximou segurando a menina pela cintura.

— Não corra Elena. No fundo você sabe que eu não te mataria. Mas salvar Damon tem um preço e sei que você pode pagar. — Klaus jogou o fio de cabelo de Elena para trás e apertou a menina contra seu peito. Elena sentiu o ar lhe falar. Ficar perto assim daquele vampiro a assustava, mas também fazia seu coração acelerar o que era bem estranho.  

— Qual é o preço Klaus? — Elena o empurra, obrigando o ar entra em seus pulmões.

— Salvar Damon, vai me fazer ter uma briga chata e cansativa com Stefan.

— Aposto que isso não vai ser problema para você. — Elena fala olhando para Klaus que percebia cada segundo mais o desconforto da menina com sua a proximidade.

— Sabe por que, mando vampiros até Stefan ao invés de ir eu mesmo?

—Não. —Elena molha os lábios secos.

—-Não gosto de brigar com Stefan, prefiro provocá-lo. Saber que ele não morre é muito frustrante. — Klaus solta uma gargalhada.

—Klaus, eu não me importo com as loucuras suas e de Stefan, apenas quero saber qual é preço para você salvar Damon. —Elena tentava ser direta e demostrar calma, mesmo que o medo corresse pelas suas veias abastecendo cada célula do seu corpo.

—Sempre recusando preliminares. —Klaus resmunga e Elena frisa a testa. —Vinte anos.

—Que?

— Salvo Damon das mãos de Stefan e vocês têm uma vida feliz e livre durante vinte anos. Eu me responsabilizo pela segurança dos dois. Nenhum vampiro meu ou de Stefan perturbarão a paz de vocês. Eu te dou minha palavra. Porém daqui a vinte anos quero os dois aqui. Matarei vocês e juntarei as almas tendo minha Nina de volta.

—Você está me dando um prazo de vida?! É isso? —Elena fala sentindo seu coração entalar na garganta.

— Vinte anos de vida humana, você estará com quase quarenta anos, talvez não seja tão atraente como agora. —Klaus sorri e Elena mantêm seu olhar sério nos olhos do vampiro que se divertia com a expressão da menina.

—E se eu não quiser ser humana?

—Continuará atraente e terá apenas vinte anos de eternidade.  —Diz Klaus que fecha o sorriso e se aproxima de Elena deixando seu rosto bem perto do da menina que sentia seus pés imóveis.  —Ou você me dá sua palavra que estará aqui nesse corredor disposta a morrer junto com seu amado vampiro daqui a vinte anos ou eu deixo Damon morrer agora. Escolhe.  —Elena prendeu o ar em seus pulmões e fechou os olhos, ela queria que aquilo fosse apenas mais um sonho, mas seus olhos abriram e Klaus ainda estava em sua frente esperando por uma resposta com um sorriso malicioso para os lábios rosados da menina.

—Tudo bem. Salve Damon agora e daqui a vinte anos estaremos aqui.  —Klaus abre o sorriso e alisa o rosto da menina.

—Imaginei que essa seria sua resposta. Venha! —Klaus puxa a mão e passou por ela seguindo pelo corredor cumprindo ao sua esquerda.

—O que está fazendo? Preciso levar a Caroline. —Elena fala e Klaus a olha por cima do ombro.

—Uma humana? Quer levar uma humana para cova dos leões?

—Não vou deixá-la aqui com seus leões sanguessugas. 

—Não tenho vampiros em casa Elena. Não sou Stefan, não gosto de pessoas mortas em meus aposentos. Isso é claro com exceção de mim. —Ele solta uma gargalhada e Elena ignora.

—Não importa o que me diga Klaus, não vou deixar Caroline sozinha. —Klaus revirou os olhos.

—Você vai se arrepender, mas se deseja assim, então faremos a sua vontade. Agora me siga que lhe mostrarei o plano.

—Plano?

—Sim. Plano. Ou a menina acha que é só eu chegar que Stefan vai desistir de matar Damon? — Klaus debocha e Elena sente seu estômago apertar com aquelas palavras. —Isso é claro se ele ainda estiver vivo.

—Para. —Elena grita não suportando ouvir aquelas palavras. —Como vou saber que você não está me enganado? Como vou saber que não vai me matar?

—É preciso arriscar. —O sorriso irônico na face de Klaus deixava Elena cada segundo mais nervosa. Ela sabia que não tinha escolha, precisava confiar na palavra daquele vampiro, mesmo que todo seu corpo dissesse-a o oposto. —Agora venha. —Elena olha para o quarto onde ele apontou dizendo que Caroline estava. —Ela vai ficar bem e só por alguns minutos. Logo voltamos e a pegamos para nossa aventura. Agora venha, antes que Emily volte para casa. —Klaus seguiu pelo corredor e Elena fez o mesmo. A menina olhava pelas paredes da casa. Tudo era iluminado com paredes coloridas e quadros com pinturas divertidas. Klaus olhava para Elena por cima do ombro, mas a menina não percebia, as pinturas dos quadros a faziam viajar em sua memória. Era como se ela conhecesse cada cor existente naqueles quadro. —Entre. —Klaus fala despertando Elena que estava tão dentro dos desenhos que nem havia percebido que eles chegavam a uma porta.

—O que é isso? —Ela pergunta vendo que através da porta de vidro tinha algo parecido com um parque florestal, cheio de árvores, flores e gramado.

—Meu jardim. —Klaus puxa a porta e a segura abrindo caminho para Elena passa.

—Jardim? Aqui é enorme. É lindo! —Disse Elena admirada com a beleza do local. —Porque me trouxe para cá? —Elena olha para Klaus que estava atrás dela.

—Além de aqui ter sido seu lugar favorito, aqui é o caminho para onde realmente precisamos ir. — Klaus passa na frente de Elena e segura a mão da menina que tenta puxar. —Vai precisar confiar em mim. —Klaus diz apertando a mão de Elena. —-Vamos, o tempo está passando. —Klaus segue até a única árvore de flores amarelas daquele lugar, então para de frente para Elena estendendo sua mão livre.  —Me dá sua outra mão.

—Que? Porque?  —A menina não entendia nada do que estava acontecendo e ela temia que estivesse sendo enganada. —O que você está fazendo?

—Me de sua mão e feche os olhos. Você precisa confiar em mim.

—Claro, você nem quer me matar. —Elena debochou.

—Você está viva ainda, não está? Então feche os olhos e mantenha a cabeça vazia. —Klaus pega a mão de Elena e fica segurando as duas mãos da humana uma em cada mão. Ele olha nos olhos dela. —Não saia de perto de mim. —Klaus fecha os olhos e Elena sente todo seu corpo arrepiar. —Feche os olhos. —Klaus ordena e Elena solta o ar e os fecha.

—Não sei por que isso. —Ela resmunga depois de ficar alguns segundos em silêncio. —Isso tá muito estranho, porque preciso ficar de olhos fechados?

—Abra os olhos pequena criança. — Diz Klaus e Elena abre os olhos se surpreendendo por estar em outro lugar.

—Onde estamos? Como você fez isso? Meu Deus! Aqui é ...  —Elena não tinha palavras para descrever a caverna coberta de cristais transparentes que iluminavam como o sol.

—Perfeito, não é mesmo? —Klaus sorria e Elena olhava para os lados admirada com tanta beleza.

-—Como chegamos aqui? —Elena perguntou e Klaus soltou uma das mãos da menina.

—Projeção astral Elena. —Klaus manteve seus dedos entrelaçados nos de Elena mesmo a menina querendo soltar.

—Isso é um sonho? Estou na sua cabeça? Que é isso? —Elena se sentia muito confusa. Antes de tudo aquilo começar ela não tinha a menor noção do poder da mente.

—Fique calma criança. Isso é um lugar onde meu espírito está levando o seu e aquele é Nik. —Klaus aponta para um lobo a sua frente. Elena abre a boca para gritar na mesma hora que Klaus aperta sua mão sussurrando. —Não grite.

—Meu Deus! Isso é um sonho? Isso só pode ser um sonho. —O lobo se aproximou e Elena já podia sentir suas pernas bambas. O animal parou na frente de Klaus e Elena mesmo que segurando a mão de Klaus recuou o máximo que conseguiu se mantendo atrás do vampiro.

—Olá Nik. Essa é Elena. Precisamos da fonte.

—Você está falando com um lobo? Meu Deus! Eu vou enlouquecer. —Elena murmurava.

—Cale a boca criança e nos siga. —Klaus puxa Elena e ambos seguem o animal que caminha lentamente sobre os cristais. A caverna começa pegar um tom azulado com uma noite quente de verão. Elena olha para cima e para os lados, a beleza era exuberante.  —Obrigado. —Klaus diz ao lobo que para de frente à uma nascente onde a água parecia brotar de dentro de um grande cristal. Eram águas tão azuis que pareciam artificiais, elas caiam sobre uma poça, mas nenhum barulho era feito com o encontro delas e mesmo que não tivesse um lugar para correr a água, a fonte não transbordava.   

—Que lugar é esse? Ele é real? —Elena perguntou olhando para as águas e os cristais violetas que cercavam a fonte com espinhos que cercam uma rosa.

—Tudo aqui é real, só que em outra dimensão.

—Como assim? —Elena olha para Klaus que admirava as águas.

—Suponhamos que somente sua energia possa passar para dentro desse lugar, mas seu corpo físico fica lá fora.

—Porque que trouxe aqui? —Elena perguntou olhando para Klaus que sorriu retribuindo o olhar.

—Essa fonte é sua salvação. —Elena ergueu a sobrancelha. —Stefan precisa lhe transformar em vampira para ele não morrer. Se você morrer ele morre, lembra? Se você virá vampira estará morta tecnicamente.

—Eu não quero virar vampira. —Elena arregala os olhos.

—Eu sei, por isso a fonte é sua salvação, ela recupera sua antiga essência. Durante algumas horas você deixará de ser você e será Katherine. O que significa...

—Uma vampira. —Elena olhou para a água. —Mas como?

—Existe muito mais entre o céu e a terra que você pode imaginar, criança. —Klaus analisou a expressão de Elena. — Quando Stefan te vê, achará que eu a transformei, então será fácil fazê-lo pensar que irá morrer em poucas horas e ninguém tem a mente forte quando se sabe que morrerá. Se sua mente enfraquecer eu a tomo e coloco em um universo alternativo até que você volte para mim e resolva morrer. Então me livro de Stefan e junto sua alma com a de Damon tendo Nina de volta. Agora entre na fonte.

—Que? Eu não vou entrar nesse lugar, com esse lobo me olhando.

— Você prefere que eu te transforme de verdade? Também temos essa opção. — Klaus debocha e Elena apertar os olhos.

— O que acontece depois que eu entrar nesse negócio?

— Você recupera a essência de Katherine por algumas horas.

—Quantas?

— Nãos sei.

— Como você sabe que isso pode funcionar? Você já estrou aí alguma vez?

— Não!

— Se eu morrer?

— Vai me poupar um trabalhão. — Klaus era seco em suas palavras a menina estava acabando com sua paciência, ele sabia que ela tinha muito de Katherine, mas a experiência de vida, lhe fazia tanta falta.

— Eu não quero morrer agora.

— Então entre na fonte. — Klaus aponta para a sua frente e solta pela primeira vez, desde que chegaram naquele lugar, a mão de Elena. 

— Eu virarei uma vampira? — Elena sentia muito medo, mas ela sabia que precisava arriscar.

— Não de verdade. Pode morrer como uma humana, mas terá as lembranças de Katherine e toda a sua essência.

— Vou lembrar de tudo que ela viveu? — Elena dar dois passos para frente se sentindo fascinada pela ideia. Klaus segura seu braço a virando para ele.

— Você pode não gostar quando descobrir as memórias e pensamentos de Katherine. — Elena ignora o olhar de Klaus e olha por cima do ombro para fonte que brilhava cada vez mais para ela, como se a chamasse. — Você precisa me prometer que vai conseguir se controlar. — Klaus segura no rosto da menina obrigando-a a olhar para ele.

— Que? Me controlar? Vou sentir sede de sangue? —A ideia lhe revira o estomago.

— Não! Isso seria fácil. — Klaus revira os olhos. —Você vai estar dentro de Katherine só que como Elena, então sua cabeça pode ficar confusa em relação ao que é presente e passado. Vocês tem a mesma alma, então a confusão é quase inevitável. Por isso precisa se controlar, pensar em seu objetivo.  As lembranças de Katherine podem parecer suas, o que na verdade, é, mas não sua como pessoa e sim suas com alma, então por isso é preciso se concentrar. — As palavras de Klaus causaram uma estranheza desconhecida na menina. “O que poderia ser pior em Katherine que suas palavras em seu diário”?  — Agora entre. — Klaus solta Elena que olha para os olhos azuis do lobo que estava pacientemente do outro lado da fonte.

— Que isso não seja a minha maior loucura. — Ela murmura passando entre os cristais de pontas, que abrem caminho para ela. A menina arregala os olhos com aquele ato mágico, mas não deixa ser distraída, a água chamava muito mais sua atenção.

 Seu pé encosta na água, que diferente do que parecia era quente como se fosse uma água feito de fogo. Ela dar passos desconfiados para frente e então rapidamente todo seu corpo é sugado para dentro da fonte como se uma descarga tivesse sido puxada.

— Elena!!! — Klaus gritou, mas os cristais se fecharam impedido sua passagem.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Aguardado a opinião de vocês.

Ah! Para quem não faz parte do grupo, venha!Vou adorar interagir mais com você e conhecer sua história ou sua fic preferida.


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