Diário de Elena escrita por Keyla Magalhães


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aí está o capítulo tão esperado. Obrigado pelo carinho. Espero que gostem. Não esqueçam de comentar.

Boa leitura!



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Ela tinha acabado de entrar naquele lugar fedido, com cheiro de sangue podre e cerveja barata. É claro que já tinha frequentado lugares piores, mas aquele definitivamente não era o lugar onde ela gostaria de estar no seu possível último dia de vida.

Um quarto de hotel com uma hidromassagem cheirando a lavada, talvez fosse um lugar legal para se despedir de seus cento e poucos anos de vida ou seria duzentos? Ela havia parado de contar desde quando esqueceu como era o cheiro de sua casa de infância. A memória não aguenta muito mais que cem anos. As coisas param de importar e a humanidade para de fazer sentindo.

—Me vê uma dose Whisky. —Ela pede para o homem do outro lado do balcão que a olha pelo canto dos olhos.

Ela olha para os lados e talvez dois ou três naquele lugar fosse humanos. Humanos que andavam com vampiros, isso foi motivo para um sorriso. Ela ouvia muitas vozes, mas nenhuma era a que ela desejava mesmo ouvir. Um desespero batia em seu coração. “Será que ele está morto?”

 Nunca teve talento para se apaixonar. Sua primeira paixão foi a que levou a morte humana e a segunda tudo indicava que levaria para o mesmo caminho, não que ela ligasse de morrer, mas talvez um dia feliz antes da morte, lhe cairia bem.

—Você não é daqui. — Afirma o homem tatuado de trás do balcão, ela não ouvia seu coração então supôs que ele também era um vampiro.

Um vampiro trabalhador era motivo de outro sorriso acompanhado de um questionamento. “Porque alguém que tem uma eternidade inteira e milhões de possibilidade, escolheria ficar atrás de um balcão servido cerveja a outros de sua espécie?”

Ela ignorou o comentário e o olhar luxurioso que ele lhe jogou, olhando para fora do bar. Faltavam poucas horas para o sol se pôr ela sorria pensando que o fim sempre nos faz lembrar o início. 

—Eu te amo Rose. Mas não podemos ficar juntas. Não quero ser queimada como uma aberração. —Disse a mulher com cabelos negros e com olhar triste.

—Não somos aberrações Isobel. Amar não pode ser pecado.

—Amar você é pecado, Rose. Agora me deixe ir. —Rose soltou o braço da mulher que correu para outro lado sem olhar para trás. Rose a acompanhou com o olhar e logo uma gritaria começou. Homens correram em direção ao vestido branco esvoaçante, tudo aconteceu bem de pressa sem que o corpo pudesse responder aos que os olhos viam.
Um homem com vestes sagradas se posicionou na frente de Isobel que era segurada de um jeito violento por um soldado sem piedade. Junto dele o seu marido, aquele que a convenceu que seu amor por Rose era pecado.

Rose tentou correr de encontro a Isobel, mas braços fortes e impiedosos a seguraram.

—É essa? —O homem perguntou a levando de encontro com os outros.

—Sim. Ela é uma enviada de satã. Corrompeu minha esposa. — Disse o homem olhando em seus olhos.

—Queime essa também. — Gritou o homem com vestes sagradas para os soldados. —Coloque-a na cela até de manhã.  —Ele ordenou e Rose sentiu seus olhos se encherem de água. Águas de culpa pela imagem Isobel se distanciando sem que ela pudesse fazer algo a respeito.

—Mas uma bebida, por favor! —Fala Rose sentindo o peso de suas lembranças.


Horas depois seu corpo estava sujo e sangrando. Soldados a possuíram recitando passagens bíblicas. Rose se sentia exaurida, a dor era quase insuportável. Ela preferiria está morta se não fosse pela a esperança de salvar Isobel de uma morte trágica, por um pecado que ela não cometeu.

— Acho que você vai morrer antes do dia amanhecer. —Disse uma voz sarcástica. Rose não entendia da onde vinha à voz. Tudo estava embaçado e rodando.

—Quem... É ...  Você? —Ela perguntou gaguejando, seu corpo ainda estava jogando no chão sujo onde tinha sido violentada há poucas horas.

O homem sentado no chão da cela de frente para a dela focava o teto e jogava pedrinha na parede.

—Isso não lhe interessa. Na verdade não interessa nem a mim. — Ele respondeu.

—Não posso deixá-la morrer. —Rose falou desejando pela primeira vez nunca ter conhecido Isobel, já que senão a conhecesse agora sua amada estaria salva.

—Ela? Interessante. —Ele se virou, olhando para a cela da mulher.

—Eu preciso salvá-la. —Rose suspirou sabendo que por mais que ela tentasse manter os olhos abertos, eles insistiam em ficar fechados.

Ele entortou as grades de sua cela passando entre o vão, em seguida, fez o mesmo com a cela de Rose que ouviu um barulho bem distante. Sua consciência estava indo embora de seu corpo.

—Eu não deveria fazer isso. —Ele resmungou, ajoelhando ao lado do corpo quase morto e mordeu seu próprio pulso o colocando-o na boca pálida e sem vida de Rose. A mulher bebeu o sangue e logo seu corpo começou a se restaura. Não demorou mais de um minuto para ela abrir os olhos e ver um homem de pele perfeita com a cabeça jogada para trás sentando no fundo em sua cela.

—Quem é você? —Perguntou Rose sentindo todo seu corpo vivo. Nada mais sagravam ou doía era como se ela tivesse nascido outra vez.

—Se eu não me conhecesse diria que sou um anjo, mas como eu me conheço, a resposta seria a oposta. —Ele falou com tom sarcástico. —Rose balançou a cabeça para ter certeza se aquilo não era um delírio.

—Eu estou morta? —Ela perguntou ficando de pé.

—Não! –Ele levantou e olhou para ela. —Mas o dia está amanhecendo se ainda quiser manter seu grande amor vivo, é melhor correr.

—Estou confusa, quem é você? O que fez comigo? Como sabe de...

—Não sou muito educado e gosto de xeretar “cérebros” por aí. Agradeça depois. — Ele se aproximou da mulher que apesar de assustada não conseguia pensar em nada que não fosse Isobel. Ele segurou seu braço a tirando da cela.

—Como...?

—Você não tem tempo para perguntas. — Rose queria entender o que estava acontecendo, mas sabia que ele tinha razão. —Não sei onde ela está, mas acredito que no corredor à direita, tem outra linha de celas. —Rose olhou confusa para os olhos azuis. Ela tinha milhões de perguntas, mas só fez uma.

—Você não vem? —Ele sorriu sem vontade e olhou para o teto em seguida para ela.

— Não tive muito sucesso na minha busca, mas espero que tenha na sua. —Ele andou para a cela onde estava preso minutos antes e desentortou os ferros ficando preso novamente.

Rose seguiu pelo corredor cumprido e estreito, ela não olhou para trás, precisava aproveitar a chance que a vida havia lhe dado e encontrar Isobel o mais rápido possível. O dia já amanhecia ele lutava contra o tempo.  Rose virou a direita como o homem havia lhe dito, porém todas as celas estavam vazias. O desespero começou a ficar maior, ela olhava para os lados e jogava as mãos nos cabelos sujos.

— Isobel! — Ela resmungou e seguiu em direção a única porta que tinha no final daquele corredor cheio de celas vazias. Conforme Rose se aproximava da porta ela podia ouvi uma gritaria. O medo começou tomar conta de suas veias e ela abriu a porta vivendo seu pesadelo. —Não! —Ela gritou com todo ar de seus pulmões recebendo o último olhar de Isobel antes de se jogada na fogueira.

—Mas um copo, por favor. — Diz Rose para o vampiro que analisava cada segundo mais devagar.

Aquelas lembranças não lhe doíam mais. Elas eram apenas lembranças distantes de uma vida que lhe foi arrancada com o fogo de uma fogueira santa.

Ela retira o celular do bolso dando um gole em sua bebida. Rose sabia que o plano de Elena era falho e que a menina poderia morrer antes mesmo de falar com Klaus. Elena morrer seria algo definitivamente prazeroso para Rose, exceto pelo fato que Damon nunca a perdoaria.

Rose não desmerecia sua história com Damon, ela sabia que a dor os uniu e os fez ter sentimentos, porém sentimentos os quais eles compartilhavam, não significavam nada, quando se tratava de Katherine, Elena ou qualquer que carregasse metade da alma dele.

Rose olhou novamente para o bar que naquela hora estava mais cheio de vampiros que quando entrou, talvez ela estivesse tempo demais naquele lugar lamentando sua pós vida.  Ela sabia que era hora de agir, mas ainda se perguntava se valia a pena morrer por alguém que nunca a amou ou amaria.

Quando falou com Elena no telefone a menina parecia com medo, porém ela sabia que a humana estava disposta a perder a vida por seu amor, assim como Damon, que só se permitiu ser capturado para que Elena não perdesse a chance de engravidar do ex-namorado e ficar salvar de Stefan. A vampira sorriu pensando na loucura que aquela história tinha se tornando e como seu papel era inútil nela.

Isobel, Rose sabia que correspondia seu amor, mesmo que com medo, agora Damon, não. Ele nunca escondeu o motivo da sua pós vida.

— Você faz o que aqui?  — Pergunta novamente o vampiro atrás do balcão. Rose olha para o bar e joga o último gole de bebida para dentro da boca ficando de pé.  A vampira solta um sorriso sexy e anda até a entrada do bar vendo muitos olhos vampirescos em sua direção.

Ela sai do bar e olha para o céu escuro se arrependendo por ter ficando muito tempo lamentando. Não adiantava mais lamentar, ela já estava envolvida naquela maldita história, onde ela sabia que seu final com certeza seria o pior. Talvez fosse diferente se ela tivesse conseguindo colocar Damon nas costas e levá-lo para longe de Elena, mas agora ela precisava encarar os fatos e assumir os riscos.  

Rose olhou para os lados e fechou os olhos, ela não fazia ideia de onde Damon poderia estar. As terras de Stefan eram grandes e abrigavam milhares de vampiros e humanos.

 —Damon eu não sei fazer isso?!

—Rose, você é uma vampira, aja com uma. É só pensar em mim e logo estará na minha mente.

— É fácil para você dizer, já namorou uma vampira. Não consigo entrar na sua mente.

— Não são todos os vampiros que fazem isso. Isso exige treino e vampiros geralmente preferem ficar por aí bebendo sangue. 

— Pensei que você gostasse de ficar por aí bebendo sangue.

— Gosto, mas não posso deixar de treinar, preciso saber quando a Katherine reencarnar.

— Como você sabe que isso vai acontecer?

— Sabendo Rose, agora pense em mim.

— Você disse que quando o vampiro está vulneral é mais fácil.

— Estou nu, com você em cima de mim, acho que estou vulnerável o suficiente.  Agora tente logo.

— Não tá funcionando. Droga!  “Cadê você?” —Rose pergunta em pensamento.  — Eu sou uma péssima aluna. — Ela murmura e tenta pensar nele novamente.

—Ainda acredita que vai ficar com ela? Com todo essa maldição envolvida, jura que você vai acreditar no Stefan depois de tudo que ele fez?  — Rose gritava andando de um lado para outro na sala perto da lareira. Damon ignorava os gritos da vampira e bebia seu Whisky. — Damon ela nem nasceu, você nem sabe se esse bebê que vai nascer é a Katherine. Não podemos simplesmente sair daqui e ir para longe novamente. Damon, por favor, me escuta uma única vez. — Damon ergueu a sobrancelha e olhou para Rose que estava em sua frente.

— Se você tivesse a chance de ficar com Isobel de novo, recusaria? — Rose sentiu seu corpo tremer, fazia mais de cem anos que ela não ouvia o nome de Isobel. — Foi o que eu imaginei. Agora para de gritar e me deixe em paz. — Ele saiu da frente dela e andou em direção as escadas.

—Então é isso? Você vai me ignorar, vai escolher cuidar de um bebê? Como você sabe que é ela? Com vai protegê-la do Klaus? Você vai trabalhar para Stefan? É isso? Não bastou ... — Damon apareceu rapidamente na frente de Rose.

— Cale a boca. Se não estiver feliz com minha escolha vá embora, Rose.

—Pensei que fossemos amigos.

— Somos, e é por isso que estou te dando a chance de ir embora ao contrário disso, te mataria.

—Isso não tá funcionando e tem vampiro se aproximando.  Cadê você, Damon?! —Ela grita em pensamento.

— Larga esse idiota. Agora!  — Falou Damon para a vampira loira que segurava Matt.

— Tenho ordens a cumprir. Sinto muito. — A vampira enfiou os dentes em Matt e Rose a quebrou o pescoço dela.

— Não se fala antes das refeições, gracinha. — Rose empurrou o corpo da vampira para o chão. — De nada. Para os dois.

— Pensei que tivesse dito para você ficar longe. — Reclamou Damon.

— Gente... — Matt estava ofegante e apontando para trás de Damon. 

— Cala a boca! Eu juro que vou quebrar um braço seu, ou quem sabe os dois, seu idiota incompetente.  — Damon puxou Matt ignorando Rose.

— Acho que não vai ser tão simples. — A vampira apontou para trás de Damon que se virou e viu uns dez vampiros se aproximando.

— Eu vou matar você, Matt! Juro que vou.  —Damon gritou.

— O que eu faço? — Matt perguntou e Rose soltou uma gargalhada.

— Fica atrás de mim seu inútil. — Damon respondeu.

— Eles vão matar o “ser” reprodutor em menos de cinco minutos. — Debochou Rose.

— O que está fazendo aqui, Rose? — Damon perguntou sem tirar os olhos do vampiros que se aproximavam.

— Estava passando, ouvi uma gritaria e resolvi ajudar. — Rose debochou  se posicionando ao lado de Damon. — Não somos inimigos Damon, pare de me tratar como uma.

— Você tentou me enganar.

— Queria te manter vivo.

— Vou correr. — Falou Matt.

— Não confio mais em você. — Disse Damon.

— Deveria. — Rose partiu para cima se dois vampiros e os matou antes que eles conseguissem reagir. Damon sorriu e fez o mesmo, impedido que os vampiros chegassem perto de Matt, que correu sendo pego por um . — Não! — Rose gritou e Damon olhou para Matt se desconcentrando da briga e levando uma injetada de verbena.

 — Rose, salva ele. — Damon disse antes de ver tudo escurecer.

— Merda! — Rose ficou dividida entre impedir que o vampiro levasse Damon ou impedi que o vampiro drenasse Matt. — Rose xingou e se arrependeu por ouvir Damon e quebrar o pescoço do vampiro que bebia o sangue de Matt.

— Damon eu odeio você, poderia tê-lo salvo,  vampiro imbecil. Cadê você, agora? — Rose grita em pensamento.

—Rose? — A voz de Damon invade sua cabeça. 

—Deu certo! Deu certo! Não acredito estou na sua mente. —Ela corre até onde a mente de Damon a mostrava sem hesitar.

—Rose, não! —Damon tenta dizer, mas Rose já estava na frente da casa de Stefan, que abria a porta.

—Ora, ora, o que temos aqui. —A voz de Stefan era fria. Ele tinha uma faca em suas mãos, suja de sangue. —Entre Rose. Acho que o que procura está bem ali. —Ele aponta para Damon, atrás dele, amarrado na poltrona no meio da sala. O corpo de Damon estava ensanguentando e o vampiro mal conseguia abrir os olhos.

—O que está fazendo com ele? —Rose pergunta dando dois passos para trás. Stefan ri. Abrindo mais a porta daquela casa que Rose achava incrivelmente sombria.

—Nada que ele não mereça. Cadê a Katherine?

—Ela não está comigo.

— Isso eu percebi, vampira inútil. —Stefan limpa a faca na barra da blusa de mangas compridas que seu corpo velho vestia. —Onde a deixou? —Stefan anda até onde Damon estava e molha a faca em um balde que tinha ao lado da poltrona.

— O deixe ir, que te levo até ela. —Rose falou vendo Stefan encostar a faca no pescoço de Damon que gritava. —Pare! O que é isso?

—Verbena. —Stefan sorri. —Assim ele demora mais a cicatrizar. Quer? — Ele debochou afundando, mas a faca. Damon apertou os lábios com os dentes para conter os gritos. — Agora onde está Katherine?

—Morta! —Stefan arregalou os olhos e tirou a faca da pele de Damon que olhou para Rose a fuzilando com os olhos.  —Mas posso te levar até Elena. —Damon relaxou a expressão e Stefan sorriu.

—Elena; Katherine; tanto faz. Cadê minha garota? —Ele afundou a faca no pescoço de Damon outra vez, que segurou novamente os lábios para não gritar. Damon sabia que Rose acabaria entregando Elena se ele demonstrasse fraqueza.

—Pare! Você vai matá-lo. —Rose sente o desespero correr em seu corpo. —Ele precisa de sangue. —Rose  estava no meio da sala muito perto da poltrona.

—Não tente fazer isso. —Fala Stefan percebendo que Rose estava um passo de pular em seu pescoço para salvar Damon. —Nos dois sabemos que eu te mataria antes que conseguisse desamarrar um braço de seu querido amor. —Damon olha para Rose e aperta os olhos, como quem pedisse para ela ficar parada.

—Stefan se você matá-lo estará matando uma parte de Katherine. —Rose falou e Stefan tirou a faca de Damon a colocando dentro do balde.

—O que você está dizendo? —Stefan se aproxima e Rose dá passos para trás encostando na porta que tinha se fechado após ela entrar.
— Você não sabe? Molly não lhe contou? —Rose tenta manter a calma ela sabia que precisava atrasá-lo, mesmo que não tivesse noção de quanto tempo. —Pensei que os originais soubessem de tudo, mas pelo visto vocês são sempre passados para trás quando se trata de bruxas.

—Boa tentativa Rose, mas você não me conhece, então, não tente jogar comigo, senão pode acabar sem coração. —Stefan sorri e Rose mantêm sua postura, ela não podia fraquejar, não com a vida de Damon em risco.

Damon estava fraco demais para falar, suas feridas não estavam se recuperando facilmente e seus olhos queriam ficar fechados. Ele tentava se comunicar com Rose mentalmente para saber onde Elena estava, mas ela estava bloqueando sua mente na tentativa de não deixar Stefan entrar.

—Sem joguinhos Stefan, não quero morrer, não de novo. Solta o Damon eu trago Elena.

—Traga Elena e se ele estiver vivo, talvez, o deixe ir com você e ainda te dou um prêmio. — Stefan se aproxima deixando seu corpo bem na frente do de Rose. —Já imaginou se ele te amasse de verdade? Eu posso fazer isso por você querida. Chega dessa vida triste de só ter amizade dele. Eu posso fazê-lo te amar por toda eternidade. —Rose olhava nos olhos de Stefan e com aquelas palavras esquecia por completo que ele poderia a hipnotizar. —Onde está a garota?

—Com Klaus. Ela foi até ele para pedir ajuda.

—Que? —Damon juntou forças para falar. Stefan se afastou e olhou para Damon. Rose sacudiu a cabeça fechando os olhos e se sentindo péssima por ter caindo na hipnose de Stefan.

—Isso é uma brincadeira? —Pergunta Stefan. Damon queria matar Rose naquele momento, mas seus lábios não conseguiram pronunciar mais nada. —Fale-me a verdade! —Stefan olhou novamente para Rose que não conseguiu evitar a hipnose.

—Emily mostrou a Elena como Nina morreu e disse que sua alma foi dividida...

—Cale-se. —Stefan mandou Rose se calar antes que ela terminasse de contar. Damon olhou para Stefan que se aproximou dele. Olhando em seus olhos. —O que você sabe sobre isso?

—O que acabei de ouvir. —Damon fala com dificuldade.

—Você está mentindo? —Stefan perguntou em seguida tentou entrar na mente de Damon. —Como pode? Mesmo você estando franco e quase morrendo eu não consigo entrar na sua maldita cabeça. —Damon solta um sorriso sarcástico e Stefan volta olhar para Rose. Que fecha os olhos desejando que Damon não a odeie. —O que ele sabe sobre a alma de Katherine?

—Pergunte a ele.  —Rose lutou contra a vontade de dizer.

—Fale vampira infeliz. —Stefan a puxou para seu corpo e a obrigou abriu os olhos e a olhar para os seus.

—Elena disse que ele entrou na cabeça dela e viu o mesmo que ela me mostrou.

—Me mostre o que ela lhe mostrou.

— Merda! —Rose xingou sabendo que se ela não fizesse por bem ele a faria fazer por mal.

—Agora. —Stefan gritou e Rose desceu o bloqueio de sua mente mostrando tudo que aconteceu até ela chegar ali.

Damon observou a cena sentindo seus ferimentos começarem a cicatrizar, porém ele precisava de sangue para poder se levantar, seu corpo ainda estava muito machucado. Damon fez força para poder ver o que Rose mostrava a Stefan, mas ele foi bloqueado. Segundos se passaram até que Stefan soltou uma gargalhada e Rose mordeu os lábios depois de dizer para Damon.

—Desculpe.

—Então é esse seu plano? Acha mesmo que eu me importo com Damon por ele ser metade da alma de Nina? Acha que eu não sabia disso? —Diz Stefan interrompendo os olhos entre Damon e Rose. —Foi por isso que pedi a ele para protegê-la, só ele poderia. — Stefan olhou para Damon que o encarava com atenção. — Sinto lhe dizer, mas eu só me importo com Katherine. —Stefan diz pegando a faca dentro do balde.

—Não! Por favor, não o machuque. —Grita Rose. —Se o machucar, Elena nunca o perdoará. —Stefan solta uma gargalhada e enfia a faca na laringe de Damon e descendo pelo tórax. —Não! —Rose avança para cima de Stefan que enfia a mão no peito da vampira segurando seu coração.

—Eu disse que você perderia o coração. Não disse.

—Stefan, não! —Grita Damon cuspindo sangue e sentindo a verbena queimar sua carne. —Seja homem pela primeira vez e resolva seus assuntos comigo. —A voz de Damon era quase inaudível. Rose sentia seu coração ser apertado pela mão de Stefan que sorri olhando para Damon.

—Gosta dela Damon? Vamos saber o quanto gosta dela.

—Da... —Rose tentava dizer algo, mas seu coração sendo esmagado pela mão de Stefan não a permitia.

—Eu vou te contar o que eu vi na cabecinha dela. Acho que ela merece morrer, por desejar tanto a morde de Katherine.

—Deixe de ser covarde Stefan, solte-a. — Fala Damon tentando se soltar.  — Você me quer morto, não ela, então acabe comigo. —Stefan largou Rose que caiu do chão. Stefan sorria como estivesse em um parque de diversão.

—Está certo Damon. Vamos acabar logo com isso.

— Não! — Rose tenta gritar, mas sua pele ainda se recuperava e sua voz só foi dita em sua mente. Stefan ri e abaixa na cadeira olhando nos olhos de Damon.

—Essa não vai ser a primeira vez que te matei. É sempre divertido te ver sangra.

—Cale a boca me mate logo, seu velho imbecil. — Damon cuspe na cara de Stefan que limpa a saliva misturada com sangue lentamente do rosto.

— Sabe de uma coisa Damon... —Stefan tira a mão do rosto e enfia a mão rasgando a carne do peito de Damon e encostando no seu coração. —E sempre um prazer te matar. 
—Mesmo quando ele era a Nina? —Uma voz invade os ouvidos de Stefan, antes mesmo da porta se abrir. Rose ainda estava no chão e implorava para Stefan não matar Damon. Tudo acontecia bem rápido e bem devagar. Um tempo diferente para cada um deles.  A vampira olhou para porta que se abriu mostrando a imagem imponente de Klaus.

—Olha quem veio para festa. — Stefan debocha sem tirar os olhos de Damon que evita fazer movimentos já que a mão de Stefan segurava seu coração. —Pelo visto já te contaram esse triste fato da vida, irmãozinho. —Stefan olhou para Klaus com sorriso debochado. —Nem sempre temos o que queremos. — Klaus retribuiu o sorriso.

— Digo o mesmo para você.  —Klaus estica a mão e uma sombra se aproxima entrando no campo de visão de todos.

—Solte ele, Stefan. — Damon esquece que seu coração está preste a ser arrancando e encara os olhos castanho dono da voz sedosa que estava de mãos dadas com Klaus. Ele a olha firmemente então percebe que ela não era a menina que ela havia deixando na casa do lago e sim uma vampira.


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Notas finais do capítulo

Espero que não fiquem muito ansiosos. rsrs

Obrigada a Thomas por ter me ajudando com a e betagem.

Beijinhos! Até o próximo!