Lótus Negra escrita por Remmirath


Capítulo 31
Capítulo XXX – Pesadelo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/148755/chapter/31

 – Que! Dois Kandas? – gritou Lavi, olhando do Kanda da porta para o Kanda que prensava Serenhiel de uma forma nada decente na parede.

— Tsk, estraga prazeres – resmungou o samurai que a prensava, deixando escapar um bafo de álcool e cigarro.

— Maldito! Larga ela!– ameaçou finalmente Kanda, explodindo com a raiva que surgiu em seu peito.

E antes que pudesse cortar o outro, de onde começava a despontar mechas ruivas no cabelo negro, viu-o pulando a janela.

— Impressão minha ou aquele ali era o Cross? – perguntou Lavi, olhando para a poeirinha deixada pelo outro Kanda.

— Só podia ser aquele mestre pervertido do pirralho – praguejou Kanda, emanando uma nuvem negra acima de sua cabeça, olhando para a janela quebrada em vão, o outro já se fora.

— Seren–chan, você está bem? Aguente firme, Seren–chaan! – chamava Lavi, chacoalhando os ombros da exorcista, que estava hiperventilando. 

Se era de raiva ou vergonha, ela mesma não saberia dizer.

— Larga ela, Lavi – disse Kanda frio, se aproximando para examinar o estado de sua princesa. Mas ela só recuou para o lado, olhando-o confusa.

— Que explosão foi... – perguntou um albino, entrando no quarto. – Aquela? Seren, você está bem?

— E é tudo culpa sua! – gritou Kanda, olhando Allen raivosamente.

— BaKanda, como ousa? Eu acabei de chegar! – disse Allen injustiçado, soltando raios pelos olhos que colidiam com a nuvem demoníaca que Kanda emanava.

— Ei, vocês dois! Parem com isso! Não estão ajudando em nada! – pediu Lavi sério, se aproximando com cautela de Serenhiel, e passando um braço em volta dos ombros dela, como conforto.

— O que aconteceu? – perguntou o Albino, olhando preocupado para ela.

— Seu mestre idiota atacou ela – respondeu Kanda, lançando um olhar nada amigável para o braço de Lavi.

— O Mestre? – repetiu Allen, estupefato. E se aproximou dela. – Mas como ele pode! Ela é uma exorcista, Seren-san, está muito ferida?

— Allen... – começou Lavi, tentando encontrar palavras para fazer o albino entender. – Não foi esse tipo de ataque.

— Eeeeeeeeee? – exaltou–se Allen de olhos arregalados, após alguns segundos de profunda reflexão interior e ver como Serenhiel abraçava protetoralmente o próprio corpo, com o rosto baixo fitando o chão. E dirigiu um olhar sombrio para Kanda, que bufava ali do lado. – Pode matar aquele velho pervertido, Kanda, eu entendo seus motivos.

— Como se eu precisasse de sua permissão, pirralho – disse Kanda, seco. E o albino só lhe lançou um olhar frio e saiu dali, indo procurar aquele seu mestre bêbado.

— Então aquele... era o Marian Cross? – perguntou Serenhiel levantando a cabeça, um fogo assassino começando a brotar em seus olhos. Lavi a soltou, indo para o lado do samurai, que permanecia com a expressão sombria.

— Provável, ninguém seria tão louco para invadir a Ordem e atacar uma exorcista desse jeito, a não ser que fosse um Noah...  – comentou o ruivo, colocando os braços atrás da cabeça. – Mas, como ele conseguiu entrar?

— Não sei, eu sempre tranco a porta – respondeu ela, frustrada. – Ele fez algo comigo, eu acho... não consegui invocar minha Inocência.

— Deve ser mais um truque daquele mago idiota – rosnou Kanda, apertando o cabo da Mugen.

— Será que foi mágica ou por causa da situação? – opinou Lavi, sorrindo malicioso. E recebeu um olhar assassino dos dois. – Não me olhem assim! Não é culpa minha se aquele Kanda teve tanta coragem!

— Não quero mais você no meu quarto – avisou Serenhiel, olhando para o samurai.

— Tsk, você sabe que eu nunca faria algo assim sem pedir sua permissão – disse Kanda neutro, para a expressão desconfiada dela. 

Que com aquela fala olhou-o estranho, dando-lhe as costas e saindo a passos firmes.

— Huuuuunnn – fez Lavi, maliciosamente.

— Ei, coelho idiota! Nem pense em ter ideias estranhas! – ameaçou Kanda, não gostando nada de como o ruivo lhe fitava, mas não fora culpa de Lavi aquela frase suspeita de ter duplo sentido.

— Relaxa, Yuu – pediu o ruivo, dando um tapinha amigável nas costas de Kanda, que olhou-o de canto. – Um dia você toma coragem!

E saiu, deixando o samurai com cara de paisagem, e de uma cortina surgiu aquele golem caramelo, voando despreocupado por ele e indo na direção de sua dona.

— Tsk – fez Kanda, olhando para o ser alado e o seguindo, pressionando fortemente o cabo de sua Mugen.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lótus Negra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.