O Olho da Morte escrita por Fenix


Capítulo 4
Capítulo 4




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Os bombeiros apagam o fogo, um dos bombeiros que entraram na casa grita que acharam um corpo, os outros foram ajudar, Carol tira a mão do rosto e olha pra casa do Michael, ela se levanta, André continua a abraçando. Dois bombeiros saem correndo da casa, eles pegam um saco preto e volta pra dentro da casa.

- Ai meu deus – Diz Carol, ela põe a mão na boca.

André olha pra ela, os bombeiros saem da casa com o corpo, Carol vai correndo até eles, André corre atrás dela e a segura.

- Calma, Carol acalme-se – Ele diz, nervoso, segurando a pelos braços.

- Não, não – Repetia Carol, chorando muito.

- Carol, pode ser qualquer outro, pode ter sido a mãe dele, calma isso não quer dizer que ele esta morto – Diz André.

- ELE ESTA MORTO, SE NÃO É ELE, ME DEIXAR IR CONFERIR – Grita Carol.

André a solta, Carol o empurra pro lado e vai correndo até os bombeiros, ela coloca a mão sobre o corpo.

- Eu quero vê-lo – Ela diz, chorando.

- Me desculpa senhora, mais não será possível – Diz o bombeiro.

- Eu quero vê-lo agora – Diz Carol, ela começa a se exaltar.

- A senhora é o que dele? – Pergunta o Bombeiro.

- Amiga – Ela responde.

- Sinto muito, só podemos mostrar para o responsável desse jovem – Diz o bombeiro.

Eles continuam andando, Carol da uns passos pra trás, eles colocam o corpo dentro do caminhão, Carol olha pro lado e vê uns carros da polícia vindo, ela olha pros dois bombeiros que estavam perto da porta do caminhão, Carol vai correndo até eles.

- Não – André diz sussurrando e observando Carol correndo em direção aos bombeiros.

Ela da um soco no rosto de um e um chute no meio das pernas do outro, Carol entra no caminhão e fecha as portas, ela olha pro corpo ensacado e segura o zíper, Carol abre o saco até a metade e vê o rosto de Michael todo queimado. André abre a porta da direita, Carol esta paralisada olhando pro corpo de Michael, com cuidado André consegue tirá-la de dentro do caminhão.

- Ta tudo bem? – Pergunta André, preocupado com Carol.

- Sim – Ela responde, com seu olhar fixo pro nada.

- Fique aqui que eu já volto – Ele diz.

- Ta bem – Responde Carol.

André sai ao lado dela, o celular da Carol toca, ela pega no bolso de trás da calça e atende.

- Alô! – Diz Carol.

- Amiga? Você ta bem? – Pergunta Ana.

- To, eu to em frente a casa dele – Diz Carol.

- Como você sabia? Tipo, você tentou me convencer de que ele ia morrer, mais como você viu isso? – Pergunta Ana.

- Eu não sei como explicar, antes parecia que eu tinha visto só porque ele estava na minha frente, mais... Depois eu tava em casa sozinha quando vi de novo – Diz Carol.

- Eu to indo pra sua casa agora, me encontra lá em 10 minutos – Diz Ana.

- Ok – Responde Carol.

Ela desliga o celular, Carol coloca de volta no bolso e vai até o André, ela coloca a mão em seu ombro.

- Quero ir pra casa – Ela diz.

- Ta bem, então vamos – Diz André.

Ele aperta a mão do policial que ele falava e Carol e André vão pro carro.

- Vamos direto pra casa – Diz Carol.

- Esta bem – Diz André.

Eles chegam na rua de casa e o carro da Ana já esta na calçada, Ana estava apoiada de costas no carro, André coloca o carro na garagem, Carol sai do carro e vai correndo abraçar a Ana chorando.

- Calma Carol - Diz Ana, chorando.

- Eu vi, eu vi – Diz Carol, chorando.

- Eu sei – Diz Ana, ela levanta o rosto de Carol – Olha pra mim, agora vamos entrar em casa e conversamos melhor lá.

- Ta bem – Diz Carol.

Ana a abraça e a leva pra casa, Carol se senta no sofá e Ana ao seu lado, André senta na poltrona em frente.

- Ta legal, você viu como ele ia morrer, certo? – Diz André.

- Aham – Responde Carol.

- O que isso quer dizer? – Pergunta André.

- É como se ela pude-se vê o futuro – Diz Ana.

- Não, eu acho que é mais complexo que isso, vê o futuro não é vê uma morte – Diz André.

- Algumas vezes sim, é raro mais pode acontecer – Diz Ana.

- Então isso se trata de uma visão? – Pergunta Carol.

- É, é mais ou menos isso – Diz Ana.

- Você ta querendo dizer que a partir de agora eu vou vê como cada um vai morrer
? – Pergunta Carol.

- Carol você... – Diz Ana.

- Não, eu não vou conseguir viver com isso, que dizer, se eu olhar pra você vou vê como você vai morrer? Se eu puder impedir? – Diz Carol, inconformada.

- Carol tem vários filmes sobre isso, talvez nesses filmes podemos achar como se fosse uma cura – Diz Ana.

- Filmes? Cura? Isso agora virou doença? Você acha que vai achar uma resposta aonde? Vendo o filme Premonições, aquilo é um filme, isso é VIDA REAL – Diz Carol, perto do rosto de Ana.

- Eu sei,mais é o nosso único jeito – Diz Ana.

- Ata, agora você vem me dizer que temos que quebrar a corrente da morte para o próximo não morrer, ai pelo amor de deus, AQUILO É UM FILME – Diz Carol, nervosa.

- Carol, só porque aconteceu uma vez não quer dizer que vai acontecer de novo – Diz André.

- Mais se acontecer? Se isso não parar mais? – Diz Carol.

- Você acha melhor fazer o que então? Voltar a se cega? Uma hora ou outra as pessoas vão ter que morrer – Diz André.

- Ta, mais eu não preciso vê, eu NÃO QUERO VÊ – Grita Carol.

- Carol ficar exaltada não é a solução – Diz Ana.

- É porque não é você – Diz Carol.

- Olha aqui, estamos tentando te ajudar, da pra colaborar? – Diz Ana, se irritando.

- Eu só sei que não quero mais vê isso de novo – Diz Carol.

- O que vai fazer então? – Pergunta André.

- Voltar a ser cega é uma opção – Diz Carol.


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