Complicated escrita por Miss Moonlight


Capítulo 20
Capítulo 19 - Quem é vivo sempre aparece.


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem se eu demorei para postar. Mas é que meu computador deu a louca, a dela ficou escura e não dava pra enxergar nada. Aí eu tive que vir pro notebook. Enfim, não vou ficar enrolando vocês... Divirtam-se.



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O relógio marcava suas 2h00 da manhã, mas na mansão dos Walkers ninguém parecia ligar para as horas. Continuava tudo na mesma, mulheres fofocando, homens debatendo opiniões sobre novos negócios e Christopher sentado, totalmente sozinho, com uma bebida na mão. Como já devem ter notado, beber já acabou virando rotina para ele.

Sua cabeça parecia estar totalmente confusa, como um urso polar no deserto do Saara. Tudo o que ele não queria. Encarando seus sapatos pretos e chiques, ele ficou por um tempo, até uma mulher loura de cabelos lisos e curtos aparecer ali, interrompendo toda a sua linha de pensamentos.

- Não, não mesmo. Pode ir tirando essa cara de enterro daí, porque definitivamente não combina com você, Christopher – dizia a mulher cruzando seus braços e sorrindo brincalhona.

A voz chamou a atenção do louro distraído, que levantou sua cabeça e deu um sorriso fraco assim que reconheceu a mulher.

- Annabeth! – colocou sua garrafa de Ice sobre a mesa e levantou-se, logo abraçando a loura na sua frente.

- Você ainda é o mesmo idiota sem noção de perigo, não é? Quantas vezes eu disse para você não me chamar dessa “coisa”? Mas você me escuta? Não! – disse já emburrada dando um belo de um tapa na cabeça de Christopher.

- Ai! Desculpe Anne – pediu com uma careta no rosto acariciando a área onde foi atingido.

- Assim está melhor – sorriu e sentou-se em uma das cadeiras, sendo imitada logo depois por Chris. – E então, quem era a loura bonita do vestido azul maravilhoso, priminho?

- Não sei se quero falar sobre isso, Anne – disse pegando sua garrafa e bebericando um pouco do líquido.

- Nem começa. Eu estou por fora dos assuntos, preciso me atualizar. Você é a minha única fonte de informações já que Thomas não desgruda da nova namorada dele a Rosana, ou Rosangela, ou Roseli...

- Rosalie! – corrigiu Christopher revirando os olhos.

- Isso! E tia Lily e tio Jay sumiram, porém algo me diz que eles estão lá no quarto, mais especificamente fazendo um...

- Por tudo o que é mais sagrado, nunca termine essa frase, Anne! – implorou, porém não adiantou, Anne deu seu sorriso mais maligno.

- Sexo... Selvagem! – disse ela com uma voz maliciosa. Os dois se encararam e começaram a rir. Era bom estar juntos novamente.

- Pois é, priminha. Até meus pais fazem sexo selvagem e você não!

- Quem disse que não, meu querido? – olhou sugestivamente para ele, mas logo mudou de assunto. – Bom, não vamos fugir do assunto principal, certo?

- Que assunto principal? – fingiu-se desentendido, sem sucesso.

- A loura misteriosa - fez uma voz de suspense.

- É uma longa história, Anne.

- Temos a noite toda. Aliás, vou ficar uns dias por aqui, espero que minhas roupas ainda estejam inteiras.

- Estão, é claro. Só que, bem... Kate acabou usando algumas delas, enquanto morou aqui. Aqueles sim eram bons tempos – sorriu lembrando-se das suas brincadeiras com ela no começo de toda aquela história.

- Então esse é o nome dela? Katerina?

- Katherine, Katherine McDonnell. A maioria das pessoas a chamavam de Kate. Já Zoe, a chamava Kaykay. Eu gostava de chamá-la de Srt. Silicone, ela ficava toda irritadinha. A cara que ela fazia era hilá... – foi interrompido.

- Tudo bem, Christopher, eu já entendi – revirou os olhos adiante de toda a animação do garoto.

- Está bem, então vamos ao início de tudo.

Depois de alguns minutos, finalmente acabou de contar toda a história para Anne, que parecia chocada em alguns instantes, tristes em outros e feliz em outros. Era uma história e tanto.

- Você já pensou que ela pode estar falando a verdade?

- Está falando sério, Anne? É claro que não, eu lembro que todas as palavras que ela me disse e elas me machucaram. Mas agora passou e isso não vai se repetir – disse encarando algumas estrelas no céu, sem ter muita certeza sobre o que acabara de dizer.

- Se você diz...

Ficaram conversando mais um pouco. Porém depois resolveram mudar de assunto. Christopher perguntou sobre tudo o que havia acontecido com Anne enquanto ela esteve fora do país com seu namorado, Paul, e ficou um tempo sem visitar a casa de seus tios, Lílian e James Walker.

Estavam tão animados de estarem unidos novamente que mal notaram a presença de uma mulher morena que apertava fortemente seu copo de Whisky, enquanto via tudo. Na cabeça dela, aquela não era a prima dele, era só mais uma “loura de farmácia” que ela teria que eliminar da jogada.

Estava tão irritada por ter perdido seu lugar no coração de Christopher que pensou seriamente em ir até lá e armar o maior barraco. Porém manteve a classe, ajeitou o vestido curto e colado, colocou o copo sobre o balcão onde estava encostada e pegou sua bolsa. Olhou mais uma vez para o casal que ria de alguma coisa e foi andando até a saída, com uma expressão nada feliz no rosto.

- Isso com certeza não vai ficar assim. Tenho uma arma secreta e ela com certeza não falhará! – sorrindo doentiamente foi até seu carro com uma ideia muito das más em mente.

Em uma manhã de quarta-feira, Katherine se encontrava sentada no sofá tomando seu café e mudando de canal, procurando algo decente para assistir naquele horário. Havia aprendido a acordar cedo, porém só havia aprendido, porque ainda odiava acordar naquele horário, provavelmente isso não mudaria tão cedo.

Perdida em pensamentos que - como vocês já devem ter deduzido -, contavam com a ilustre presença de Christopher, assustou-se assim que ouviu o toque de seu telefone. Com o susto, acabou derramando um pouco de café quente em sua roupa.

- Droga! – exclamou colocando a xícara sobre a mesa. Sacudiu o pedaço de sua roupa que manchara de café e enfim foi em direção ao telefone. – Alô?

- Escute bem, McDonnell, vou ser bem rápida porque eu odeio você. Só liguei para avisar de uma coisa que você não vai gostar muito de saber, mas é de seu interesse. Logo depois do seu showzinho e de sua declaração extremamente clichê e falsa na mansão dos Walkers. Mais especificamente, assim que você desapareceu no meio da multidão dando sua deixa um tanto ridícula...

- Sophie, diga logo o que você quer, porque eu não agüento mais ficar ouvindo essa sua voz de taquara rachada, querida – nervosa passou a mão pelo rosto, buscando paciência para agüentar a morena.

- A coisa é tão séria que nem vou perder meu tempo discutindo com você. Já que você quer que eu resuma tudo, aí está. Christopher está com outra – disse Sophie fazendo Katherine calar-se no mesmo instante, porém a loira lembrou que a mulher do outro lado da linha não valia nada. Deveria ou não confiar nela?

- Por que deveria acreditar em você? – disse visivelmente alterada.

- Porque você, assim como eu, quer o amor de Christopher. Então, querida, se você também o quer, vamos ter que tirar a loira de farmácia do caminho - Sophie declarou decidida. – Quando conseguirmos tirar ela da jogada, aí cada uma vai pro seu lado.

- E eu te ajudaria porque...

- Porque nós duas unidas seríamos mais eficientes. Pois pelo o que eu vi, ele parece gostar mesmo da garota. Sorrisos para lá, abraços para cá, risadas e...

- Já chega! Eu entendi! – exclamou Katherine magoada.

- Eu já esperava essa reação, também fiquei assim quando vi. Então, McDonnell? O que vai ser?

- Eu... Tenho que desligar, Sophie – disse a loira um pouco desnorteada.

- Claro, darei tempo para você pensar. Quando decidir me avise, estarei a sua espera, porém seja rápida antes que ele a peça em casamento – e com isso, Katherine desligou o telefone na cara da morena. Logo depois, atacou o aparelho conta o sofá e jogou-se no outro, escondendo seu rosto pálido em suas mãos que tinham o mesmo tom.

Chorava baixinho. Ela o amava, e provavelmente sempre amaria. Tudo começou tão rápido e terminou tão rápido, queria ter aproveitado mais os momentos com ele. Porém não teria como saber que tudo isso aconteceria mais tarde, que seria tão idiota ao ponto de dizer aquilo para ele.

Tudo o que ela negava-se a acreditar, acabara de ser jogado bem na sua cara. Havia perdido o amor de Christopher, havia perdido Christopher para sempre.

Sentia-se horrível, ingênua e tremendamente idiota por ter feito tudo aquilo para ele. Por não ter sido alguém que ele poderia contar, por não conseguir fazê-lo feliz. Por ter voltado e o feito sofrer novamente, e finalmente por ter acreditado que ele um dia lhe perdoaria. Agora teria que aceitar que nunca mais provaria de seu abraço caloroso, nunca mais ouviria os apelidinhos irritantes que ele lhe dava e o gosto do seu beijo.

Passou um bom tempo ali chorando. E em meio de tantas lágrimas, acabou adormecendo no sofá marrom de seu apartamento, tendo uma noite sem sonhos e sem pesadelos.

- Christopher, quem era aquela garota com você hoje mais cedo na Lanchonete do Joe? Finalmente partiu pra outra? – perguntou Will assim que viu o amigo entrando na garagem.

- Que partiu pra outra, o quê, Will! –exclamou Peter. - Aquela é a prima dele. Vocês não se lembram da Annabeth?

- A Annabeth pirralha?! – exclamou Willian totalmente em choque.

- A Annã de jardim? – agora quem exclamou foi Frank.

- Sim, é ela – Christopher revirou seus olhos diante da frustração de seus amigos.

- Mas ela está tão gos...

- Willian! – todos repreenderam o amigo.

- Desculpe, desculpe! – pediu ele sentando-se atrás de sua bateria.

- Mas e aí, Christopher? Como anda a situação com a “pessoa com K”? – perguntou Greg fazendo aspas com os dedos.

- Eu... Nunca mais falei com ela após a festa.

- Vai deixá-la partir novamente? – questionou Will, fazendo seu amigo calar-se e ficar pensativo.

- Okay, chega de conversa mole, temos que ensaiar. Sábado vamos nos apresentar na Lanchonete do Joe, esqueceram? - disse Peter arrumando seu microfone.

- Verdade! E temos que resolver que músicas tocaremos – disse Frank indo até seu lugar.

- Certo. Primeiro vamos ensaiar. Estão prontos? – Peter perguntou e todos assentiram.

- Um, dois... Um, dois, três, quatro!


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Notas finais do capítulo

E aí? Aprovado? Esse foi menor que os outros, eu acho '-' Mas enfim. Sobre o "sexo selvagem"... KKKKKKKKKKKKK, desculpem eu não resisti e quando eu escrevi essa parte, eu não estava muito boa da cabeça. Mas depois eu resolvi deixar. Sugestões? Críticas? Elogios? *--*