Blood Moon escrita por Lost star


Capítulo 6
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil desculpas!
Postei o cap na ordem errada.
To morrendo de vergonha.
Desculpa mesmo!



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Acordei com a luz do sol aquecendo meu rosto, todo o meu corpo doía.

-Ela vai ficar bem. - Uma voz masculina dizia firme. Era Carlisle. - Retirei todas as balas. Devem ser mais cuidadosos, Sarah é nova nisso, sua filha sabia , Jacob, não quero ver Sarah fazendo ronda sozinha novamente, espero só Nessie saber disso, ela virá pessoalmente te matar.- Tentei levantar, mas isso só fez minha cabeça girar. Deitei- me novamente. Ouvi a porta do quarto ser aberta e o cheiro mais maravilhoso do mundo me atingiu,  Seth.

- Que bom que já acordou, Sarah. – ele disse sorrindo. - Ficamos preocupados.

                Rolei os olhos.

-Não deveriam, eu ainda estou viva.- disse um pouco irritada. Seth olhou-me intrigado.

-é, esta viva por pouco, mais alguns segundos e você não sobreviveria. - disse sentando-se na ponta da cama.

-Não faria diferença nenhuma, Sally ficaria muito feliz, tenho certeza.- disse virando o rosto, não queria encará-lo.

-Nunca mais repita isso.- ele se levantou, irritado.- você não conhece a Sally!- exclamou. Senti como se facas cortassem o meu peito e abrissem novamente todas as feridas já cicatrizadas que eu tinha por causa das balas. Segurei minhas lágrimas e tentei me manter impassível.

-Seth, sai daqui. Você está fazendo mal à ela.- Anthony disse entrando, Ephraim estava ao seu lado. Seth olhou-me assustado e depois para meus irmãos, hesitou.

-Sai logo, vai lá com a Sally.- Ephraim gritou. Seth fitou-me por mais algum tempo, porém eu tratei de desviar os olhos logo que seus olhos cruzaram com os meus. Olhei para o nada até Seth sair da sala, foi quando eu explodi em soluços. Eu sabia que ele ouviria, mas não me importei, fiquei feliz ao ver que meus dois irmãos estavam ao meu lado.

                                    (...)

                As semanas pareciam se arrastar os meses então nem se fala. Tudo continuava na mesma, eu não falava com meu pai, estava cada vez mais afastada de Sally e nunca mais olhei para a cara de Seth, mesmo sabendo que isso me feria. Ele e Sally pareciam cada vez mais próximos, agiam mais como namorados do que como parentes, eu fingia não me importar, mas só de vê-lo com ela eu já sentia meu sangue ferver e as lágrimas molharem meus olhos.

                Anthony e Ephraim estavam cada vez mais próximos de mim, eu sabia que ainda estavam preocupados, eu ainda não estou totalmente curada, fiquei com uma pequena cicatriz próximo ao coração, o que era bem estranho pelo fato de eu ser uma loba, e ainda mancava um pouco, mas já não precisava das muletas.

                Eu estava cada vez mais próxima de meu avô, o que deixava Sally morrendo de ciúmes. Ele queria saber de tudo, de como era a minha vida, minha casa, meus lugares favoritos, tudo. Ele me levou para conhecer vários lugares em La Push e também me contou todas as lendas quileute, sempre quando estávamos próximos nosso assunto se voltava para Luna, a escolhida.

-Acha que sou eu?- perguntei a ele certo dia. Ele me olhava intrigado, parecia em uma discussão interna.

-Não sei, Mabel.- Respondeu inseguro.- Você é uma híbrida, e uma linda loba branca.- Sorri.- Mas ainda não podemos ter certeza. Aliás, eu acho que ela era mais alta.- disse rindo da minha altura. Fiz um beicinho e corri até ele.

                Não tive mais notícias de minha mãe, ela, que sempre dizia nos amar, parecia bem feliz por nos ver longe.

                Fitei meu avô, que observava as ondas batendo contra as rochas, estávamos no penhasco, como fazíamos todas as tardes.

-Vovô- disse de repente, chamando sua atenção.- como era a minha avó?- perguntei.

                Ele me olhou surpreso, depois sorriu. Aproximou-se de mim e tocou meu rosto.

-Era linda, assim como você.- Sorri, já sentindo as lágrimas se formando.- Ela era doce, carinhosa, a pessoa mais feliz que existia. – ele voltou a fitar as rochas.- Ela amava a família e a vida que tinha.- vi uma pequena lágrima rolar de seus olhos.

-E você a amava.- Afirmei me aproximando de sua cadeira de rodas, senti em um pedaço de madeira que havia ali perto. Ele afirmou com a cabeça.

-Era impossível não amá-la, Mabel.- ele me olhou sério, mas com um brilho no olhar.- Sabe, eu nunca me transformei, mas quando eu a vi, soube que ela era a mulher da minha vida e que eu iria amá-la até o fim das nossas vidas.- Senti lágrimas quentes molharem meu rosto. Meu avô virou-se para mim e secou todas elas com seus dedos trêmulos. - Não chore. - ele sussurrou com uma voz engraçada que me fez rir em meio a lágrimas .- Costumávamos vir aqui- disse fitando o lugar.- e seus pais também.

                Desviei o olhar.

-Acha que ele a amava?- perguntei com voz embargada.

-Não acho.- ele disse, olhei-o surpresa.- eu tenho certeza.- completou.- Ela é o impriting dele, Mabel, amá-la é seu destino, e sua única certeza também, mesmo que ele não demonstre.- afirmou me olhando amorosamente.

- Mas mesmo assim ele conseguiu trai-la.- Afirmei cheia de rancor, Billy pareceu pensar por um segundo.

-Às vezes, Mabel, amamos tanto uma pessoa que fazemos coisas estúpidas, mas isso não quer dizer que não a amemos mais, só prova que somos inseguros e que, mesmo não sendo completamente humanos, ainda cometemos erros.- olhei-o com dor.- Seu pai amava sua mãe, sempre amou e sempre vai amar, mas ele era inseguro e, num momento de fraqueza, no momento mais humano de sua vida, ele errou, ele a traiu e, até hoje, se culpa por isso, por ter feito-a sofrer e por ser tão burro a ponto de perder a única que amou por uma idiotice. Não culpe seu pai, ele já faz muito isso.- dei lhe um sorriso fraco.

- Eu vou tentar.- Garanti, ele pareceu satisfeito.

-Vamos voltar.- ele disse. Carreguei ele até a velha caminhonete que eu havia ganhado de meu avô e coloquei-o sentado no banco, a cadeira de rodas foi na caçamba.

                Eu e meu avô colocamos uma música e cantamos durante todo o caminho até sua casa, entramos nela rindo muito, Sally, que estava na sala, levantou-se furiosa ao me ver.

-Oi, Sally.- Billy disse indo até ela, que se esquivou de seus braços.

-Não bastava pra você roubar o meu lugar?- ela me perguntou, olhei-a surpresa.- não bastava?- ela perguntou novamente, fitei-a sem saber o que dizer.- Por que você não continuou sumida como a sua mãe? Por que não me deixou viver a minha vida, junto com a minha família? Eu estava feliz daquele jeito, mas parece que bastou você aparecer pra roubar tudo o que era meu!- Sally estava histérica, logo Seth, Anthony, Ephraim e meu pai já estavam na sala nos olhando espantados.

-Sally, isso não é verdade.- Meu pai disse.

-É claro que é, ela tirou tudo de mim. Primeiro Ephraim, depois você e agora meu avô.- algumas lágrimas molhavam o seu rosto, e eu não sabia dizer se ela estava realmente triste ou se tudo aquilo era fingimento.- Só falta agora ela levar o Seth, também!- ela gritou. Olhei para Seth, ele parecia estar tomando uma difícil decisão.- Diga me, Seth.- ela implorou.- Diga que não quer ela, que nunca vai me abandonar.- ela me olhou, seu sorriso era macabro.

                Olhei suplicante para Seth.

-Seth, por favor...- eu implorei. Nesse instante todos já sabiam o que acontecia, todos sabiam que Seth era meu impriting, ele olhou para mim, depois para Sally, e novamente para mim. Foi quando eu soube, ele preferia ela.

-Desculpe Sarah.- ele disse com dor. Eu apoiei-me na cadeira de meu avô para não cair, logo senti braços quentes me envolvendo, mas não era Seth, ou Ephraim, ou mesmo Anthony, quem me abraçava era meu pai.

-Eu quero que diga!- Sally disse sorrindo. Eu olhei-a incrédula, parece que toda a dor que eu estava sentindo não era suficiente para ela.

-Sally!- meu pai advertiu.

-Diga!- ela gritou para Seth, ele novamente me olhou com dor.

-Eu prefiro você, Sally, nunca vou te abandonar.- ele disse ainda me fitando com dor, como se pedisse desculpas.

-Diga que a odeia!- ela gritou. Ephraim olhou-a com raiva.

-Seth, não faça isso!- ele gritou.

-Eu te odeio, Mabel.- ele gritou. Soltei-me dos braços de meu pai e corri para a floresta, sabia que todos estavam atrás de mim, então subi em uma árvore e lá fiquei, a chuva caia forte, lavando toda a poluição. Foi nesse momento que eu me lembrei de minha mãe, agora eu sabia como era a sua dor. Desejei que ela estivesse ao meu lado, mesmo sabendo que isso não aconteceria.

                Agarrei-me fortemente a arvore e fiquei lá até a chuva acabar.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado.
2;*