Blood Moon escrita por Lost star


Capítulo 21
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oie amores, esse caítulo inicia a nova fase de blood moon. O fim vai ser bem diferente do que eu havia planejado, mas acho que vai ficar melhor.
Sei que esse cap. pode não ser tão bom quanto vocês esperavam e peço desculpas por isso, mas é que eu estava sem inspiração e,como eu tenho uma outra versão de blood moon(uma que não é sobre a saga- que faz parte do meu trabalho escolar de produção de texto) eu tive que deixar desse mesmo jeito porque eu já estou muito atrasada com a entrega.
Chega de encher vocês com meus problemas, boa leitura, amores!



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O ar a nossa volta tornou-se revoltoso, o vento machucava minha pele, era quase como se alguém tentasse nos expulsar de lá. Olhei para Anthony com carinho, feliz por saber que ainda hoje eu o veria sorrir.

                Logo um vórtice começou a crescer em minha frente, ele era extremamente brilhante, a luz girava e girava dentro dele, como se nunca houvesse um fim.

-Prepare-se!- Sarina gritou. Olhei para ela e assenti sem entender.

                Arrependi-me mortalmente de olhar para frente. Pois quando virei-me vi o barqueiro. Ele era uma figura misteriosa, todo vestido de preto, apenas suas mãos, ou melhor, os ossos delas, apareciam por baixo do manto que usava, seu rosto ficava encoberto por um capuz também negro, apenas a visão dele foi capaz de arrepiar até os pelos de minha nuca.

                Em sua mão esquerda estava uma coisa pequena, porém brilhante. Ela era branca e translúcida. Era a alma de Anthony.

-Apenas o justo.- o barqueiro afirmou, sua voz parecia mortal, quase como se mil almas estivessem falando ameaçadoramente. Perguntei-me o que ele teria feito para estar assim.- uma alma por outra, sem joguinhos.- concluiu, sério. Assenti, aproximei-me dele devagar, tentando controlar meu medo. Peguei a alma de Anthony que estava em sua mão e joguei-a sobre o corpo frágil de meu irmão, ao menor toque ela desapareceu sobre ele. Sorri, voltei a concentrar-me no barqueiro.

-Estique seu braço.- ele pediu, assim o fiz. Ele pegou meu braço com uma de suas mãos ossudas e com a outra ele fez um pequeno corte, o sangue começou a correr por cima de minha pele e formou um símbolo que eu não pude identificar. Parecia uma serpente mordendo seu próprio rabo, porém seu corpo formava um coração. Eu estava apavorada, o sangue continuou correndo e logo formou uma lua crescente cortando aquele estranho coração. Procurei ver o rosto dele, mas não obtive sucesso. Ele retirou seu dedo e o sangue começou a secar, formando uma tatuagem vermelho sangue em meu pulso.

-você não pode.- ele afirmou, sua voz ainda era sombria, mas me pareceu um pouco surpresa. Ele estendeu a mão para o corpo de Anthony, eu coloquei minha mão sobre a sua e fechei-a em punho.

-Por favor, por que eu não posso?- indaguei desesperada.- Eu preciso salvar meu irmão.

-Você tem duas marcas.- ele apontou com sua mão restante para meu pulso.- A lua e o amor imortal.- olhei para meu pulso.- Não seria justo eu te levar, não viria apenas você, viriam pelo menos mais duas outras almas.

-Droga!- esbravejei.- Olha, meu impriting não me ama, você pode me levar, não vai fazer diferença, ele não vai morrer, eu juro.- tentei convencê-lo. Senti uma mão fria tocar meu ombro, pelo cheiro eu sabia que era Amber.

-Discutir com o barqueiro é o mesmo que discutir com uma parede, querida.- ela afirmou rindo.- Acredite, tentei convencê-lo muitas vezes, mas o barqueiro não tem alma, ele apenas faz o certo pois assim lhe foi ordenado.- ela puxou-me para trás e tomou meu lugar. Ela estendeu sua mão para ele.

-Amber.- ele concluiu ao tocá-la, sua voz grave tornou-se entediada.- Você de novo. Vejo que a alma de sua filha voltou.

                Ela virou-se para mim e sorriu.

-Bem, mais ou menos.- afirmou, ainda sorrindo.- Aquela garota tem uma alma dupla, Hanck.- ela disse.

                Olhei apavorada para ela.

-Conhece ele?- perguntei, totalmente surpresa.

-Hanck é aquele irmão que eu perdi há muitos anos, digamos que ele recebeu um castigo por sua alma não ter cumprido sua missão.- Pisquei, tentando ajeitar os pensamentos. Amber suspirou.- ela realmente precisa de ajuda, me leve no lugar dela.- Amber pediu.

-Não pode fazer isso!- gritei, tentei correr na direção deles, mas fui impedida por Natasha.

-Você não vai querer ser punida pelo barqueiro, acredite.- ela sussurrou no meu ouvido. Estremeci, nunca conversei muito com Natasha, mas ela me dava medo, não podia negar.

                Amber começava a entrar naquele vórtice, empurrei Natasha para longe e entrei atrás dela. Antes mesmo que pudesse ver algo naquele lugar, fui jogada para fora. O barqueiro parecia realmente irritado.

-Eu disse a você que não podia levar sua alma, mas não posso levar seu irmão de volta, o que está feito está feito- ele afirmou.- minha maldição é que você sofra com sua alma dupla, perderá o controle e Luna assumira por vezes. Até que ambas cheguem a um acordo, você irá oscilar!- ele gritou. Ele entrou no vórtice que desapareceu no ar. Fiquei encarando o lugar onde poucos segundos antes estivera o barqueiro. Natasha levantou-se.

-Eu te avisei.- afirmou, tirando um pouco da terra que havia em sua saia. Revirei os olhos e encarei o corpo de meu irmão.

-Ele vai ficar bem?- perguntei a Sarina. Ela assentiu.

-Via sim, nosso problema agora é com você. Parece que temos uma pessoa bipolar aqui.- ela brincou. Virei-me para xingá-la, abri a boca para falar e estranhei ao ouvir uma voz masculina.

-Quem é bipolar aqui?- Era a voz de meu irmão. Pulei em seu colo o mais rápido que pude.

-Anthony!- gritei de pura alegria, era bom tê-lo de volta.

-Oi, baixinha.- ele respondeu, contente.- Sabia que você é uma baita chorona?- ele perguntou. Fiz careta.- Mas ninguém ganha a mamãe, espere até eu encontra-la.- disse rindo. Eu desvencilhei-me dele e sorri. Agradecemos a Sarina e Natasha e fomos embora. Já começava a amanhecer e nós corríamos por entre as árvores, eu era mais lenta, graças ao maldito vestido, e Anthony ria de mim por causa disso.

                O sol já estava razoavelmente alto quando chegamos à clareira onde meus avós costumavam ficar. Estávamos cansados e nossas roupas estavam sujas devido a caçada que nós fizemos.

-Você está muito suja, maninha.- ele disse, tentando me irritar. Apenas ignorei-o.

-Posso estar suja, mas ainda sou mais poderosa que você.

                Observei enquanto Anthony mudava de forma. Devo ter esquecido de mencionar, mas o poder de meu irmão é transformar-se em qualquer coisa que quiser. Ele é tão bom que consegue até mudar seu cheiro.

-Posso estar suja, mas ainda sou mais poderosa que você.- ele caçoou, imitando-me. Dei um tapa em seu braço e ele riu. Já de volta a sua forma normal ele atirou-me por cima do ombro e começou a correr pela clareira. Nossas risadas eram tudo o que se podia ouvir, riamos pelo tempo que ficamos separados, riamos apenas por rir. A felicidade era palpável.

-Anthony?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
2:*