Blood Moon escrita por Lost star


Capítulo 20
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Só pra avisar,amores, vou escrever de novo o final da fic. O motivo da demora foi falta de tempo, provas e falta de inspiração.
Aff!
Espero que gotem do cap.



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Pov Sally

Corri até a casa de meu tio, encontrei-o se agarrando com uma garota. Já a havia visto por aqui, acho que seu nome era Sophia. Ela se mudou para cá semana passada.         Arranquei aquela piranha dos braços de meu tio. Apesar de não tratar Sarah bem, aquele lugar pertencia a Sarah, pertencia à minha irmã, assim como os meus pertenciam à Nahuel. -Saia daqui, antes que eu te estraçalhe.- Sophia saiu correndo porta afora, Seth fitou-me reprovativamente e agarrou meu braço com força. A raiva de meu tio era palpável, eu nunca o havia visto desta forma, não até Sarah ir embora, por culpa minha. Foi desde aquele dia que ele começou a sair, beber e pegar todas as garotas que conseguia. Seth parecia não sentir remorso de nada, não se importava com Sarah. -Você. Vai. Chamá-la. De volta.- ele disse pausadamente, balancei meu braço até ele soltar, o que demorou um pouco. Vi pequenas manchas arroxeadas se formarem lentamente, só esperava que elas sumissem antes de eu chegar em casa, papai mataria Seth se as visse. -Era a Sarah.- disse simplesmente, mudando de assunto. Seth me olhou confuso.- na floresta hoje cedo.- seu rosto pareceu se iluminar, a esperança tomando conta, porém não durou muito tempo, e ela logo desapareceu. -Olha, Sally, Quando você sente saudade demais de uma pessoa, então começa a vê-la nas outras, em todos os lugares. É assim com a Sarah, e sei que acontece o mesmo com você e Nahuel. Poupe-me. Agora saia daqui.- afirmou, rude. Abrindo a porta. Seth estava completamente bêbado, quase a ponto de cair, dava pra quase saber quantas cervejas ele tinha bebido apenas pelo bafo, eu chutaria umas vinte, se não mais.         Fui em direção até a mesma e estanquei na soleira, olhei-o fixamente, procurando algo que me indicasse que ele ainda se importava, que ele ainda amava Sarah, porém não encontrei nada, foi como se nunca estivesse lá, como se o impriting nunca tivesse ocorrido. -Só quero lhe avisar que hoje mesmo nós vamos começar as buscas por ela.- Olhei-o por mais um instante, empinei meu nariz e sai andando, na esperança de que ele tivesse entendido o recado. Acho que minha frase não fez o efeito desejado, já que Seth saiu cambaleante em busca de Sophia.         Suspirei, saber que tudo isso era culpa minha não ajudava muito, eu andava me culpando mais e mais esses dias, minha família estava se acabando.         Sei que nunca fui boa com Sarah, que a tratei mal, mas, confesso, o dia que passei com ela foi maravilhoso. Acho que eu tratava Sarah assim por querer ser igual a ela, porque tinha ciúmes, mas, uma vez que me encontrei sem ela, me senti sozinha. Vi minha família se quebrar aos poucos, pensei que tudo voltaria ao normal sem ela e Anthony por aqui, mas eu estava enganada, Sarah e Anthony eram muito importantes para nós para apenas aceitarmos que eles foram embora, eles eram diferentes de Leah, eles não nos abandonaram, um foi morto e a outra foi embora por que achou que seria melhor se eu pudesse ter tudo que é meu de volta.         Eu estava arrependida, e disposta a me redimir, faria tudo isso por meu Nahuel, e por mim. Pov Sarah         O dia amanheceu nublado e chuvoso, mas não frio. Coloquei um vestido simples de Luna, ele tinha um tom rosa bebê. Hoje o dia seria corrido, Natasha, Sarina e Amber corriam para ajeitar tudo para a chegada do barqueiro, quando trocaríamos uma alma por outra, a minha pela a de meu irmão. Nada poderia dar errado.         Como eu estava proibida de sair de casa, e a cerimônia seria realizada em uma clareira, eram as outras que arrumavam tudo, eu apenas fiquei em casa, cuidando de Anthony. -Eu vou te salvar, Anthony. Vou te trazer de volta, não importa que eu tenha que morrer. Eu te amo demais para conseguir viver sem você. Tony, você é a melhor parte de mim, sem a qual eu não vivo. Eu te amo, meu irmão.- Eu abracei-me a seu corpo frágil, feliz por poder voltar a sentir seu calor. Eu jamais admitiria a ninguém, mas Anthony me lembrava Seth.         Eles eram meus dois maiores sóis, duas partes importantes de mim. Minha mãe também era importante, mas ela não era nem de longe um de meus sóis, minha mãe era minha rocha, meu gelo, aquele que sempre esfriava quando tudo ao meu redor pegava fogo, meu maior ponto forte. Eu precisava deles ao meu lado.         Mas eles não eram os únicos que me importavam. Eu ainda tinha mais dois sóis. Meu pai e Ephraim. Eles chegaram de mansinho, como quem não quer nada, mas hoje já aquecem meu coração com seu calor, com sua felicidade e amor.         E ainda tinha Sally, o dia que passei com ela foi mágico, e eu me importava com ela, mais do que isso, eu a amava, como irmã. Queria que ela e Nahuel se acertassem, queria isso tanto quanto queria que meus pais ficassem juntos novamente. Queria minha família unida mais do que tudo.         As pessoas dizem que quando você presencia uma morte, você passa a dar valor à vida. Não sei se é verdade. Tudo o que eu acredito é que toda a vez que você perde alguém importante, você o quer de volta, e não apenas para curar a saudade, mas também para consertar o que fez, e o que não fez. Pra mudar coisas que disse, e dizer as que não disse. Para abraçar ao invés de gritar, para sorrir ao invés de chorar. Para mostrar o quanto essa pessoa é importante para você, para ela saber que você a ama acima de tudo, todos os defeitos, todas as brigas, todas as besteiras. Acima de todas as diferenças, acima até do amor. Você simplesmente a ama.         Eu queria ter dito isso a Anthony, não o fiz por vergonha, por medo. Eu nunca disse “eu te amo” à Anthony por medo da resposta que ele me daria, mas hoje percebo que fiz tudo errado, e estava disposta a pagar com minha alma, se fosse necessário. Eu daria minha vida para que Anthony ainda estivesse aqui. Eu daria meus sonhos, minhas lembranças, meus segredos, meus desejos. Daria tudo.         Não sei quando comecei, mas quando percebi já estava chorando. Não sei se de tristeza, alegria, dor ou esperança, mas as lágrimas estavam lá, mostrando-me que eu ainda estava viva, que alguém ainda precisava de mim.         (...)         A tarde logo chegou, e com ela minha apreensão. Eu queria dizer adeus à Seth, mas não sei se conseguiria depois do que ouvi ontem. Queria me despedir de Ephraim, pedir para ele falar com Seth, pedir pra ele me ouvir, pra ele me ajudar, mas não podia, não queria deixa-lo culpado por não poder me ajudar. Queria dizer adeus aos meus pais, pedir para que eles ficassem juntos, que eles ainda tem o direito de serem felizes juntos, que eles precisam deixar o orgulho de lado. Queria pedir desculpas à Sally por ter estragado sua vida, por ter tirado o que era seu.         Eu sabia que não podia, há uma grande diferença entre querer e poder. Então me imaginei fazendo isso durante todo o caminho até a clareira. Sarina, Natasha e Amber foram na frente, eu fui com Anthony em meus braços, na velocidade humana, queria apreciar os últimos momentos que teria com ele. -Faço isso por você, Tony.- eu disse.- Tenta aproximar a mamãe e o papai, pede desculpas pra Sally por mim, diz pro Ephraim que ele é ótimo e que eu espero que ele encontre alguém logo, porque ele merece. E diz pro...- o nome que eu queria demorou a sair, ainda me doía falar nele. Suspirei.- Diz pro Seth que eu o amo, diz pra ele tentar ser feliz.- Eu já podia ver a clareira de onde estávamos, por isso me apressei.- Por favor, não esquece.- cruzei as folhagens que haviam ali e adentrei na clareira, as três já nos esperavam em volta de um círculo branco, cheio de velas. O vento soprava forte ao nosso redor, uma forte tempestade se formava e a lua estava encoberta pelas nuvens. Larguei o corpo de Anthony no centro do círculo e fiquei de pé ao seu lado.         Havia chegado a hora.


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Notas finais do capítulo

2;*