Blood Moon escrita por Lost star


Capítulo 13
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que vocês querem me matar por ter matadoo nosso querido e amado Tony.Bom, aqui vocês vão poder ter uma idéia do que eu vou aprontar mais para frente,eu espero, pelo menos, que vocês fiquem menos bravas comigo. XD



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Mas eu nunca te disse

O que eu deveria ter dito

Não, eu nunca te disse

Eu me segurei

E agora

Eu sinto saudade de tudo em você    

...

depois de tudo que nós passamos

Sinto falta de tudo em você

Sem você

Minha mãe fez uns bons minutos de silêncio depois que eu falei o que havia acontecido com meu irmão, depois de certo tempo pude ouvi-la começar um choro baixo, quase silencioso. Ela pediu para falar com meu pai, joguei o celular para ele e subi as escadas apressada. Uma vez dentro do meu quarto permiti-me explodir, quebrei tudo o que pude, gritei para abafar os sons que vinham da sala, ninguém poderia me parar agora, não num acesso de raiva.

                Eu só tive isso uma vez.

Foi quando eu ainda morava com minha mãe e Anthony, ele havia estragado algo que eu amava muito, acho que era uma boneca ou até mesmo um livro, considerando que na época eu ainda era criança. Lembro-me de entrar no quarto de Anthony e quebrar tudo, desde a cama até o piso, tudo mesmo. Anthony teve que dormir no meu quarto por um mês até que mamãe conseguisse redecorar quarto dele. Brigamos muito depois daquilo.

                Em qualquer outro momento essa lembrança me animaria, mas agora ela só me trouxe mais agonia. Corri até meu armário e procurei pelo álbum de fotos que havia trazido, nele haviam várias fotos de mim e Anthony, desde o dia em que nascemos até a nossa primeira caçada juntos aqui em Forks, que foi semana passada.

                Foram poucos os momentos que passamos juntos aqui em Forks, arrependi-me de ter ficado tão pouco com ele. Senti por Anthony, morrer logo após achar o impriting era, no mínimo, estupido.

                Perguntei-me como seria essa Jannie, deveria ser bonita. Era triste saber que ela poderia ter tido filhos com meu irmão, meus sobrinhos, seriam lindos, pensei, puxariam ao pai.

Passei a mão pela nossa foto ainda crianças, nunca havia me imaginado sem ele até agora. Era difícil imaginar que eu não o veria tomando café, que eu não faria mais os trabalhos para ele, que eu não bagunçaria mais o seu lindo cabelo castanho escuro, que ele não me protegeria mais, que não cantaria mais comigo, nada disso.

 Anthony estava morto.

Imaginei-me sozinha tirando fotos para o álbum de família, sozinha no baile de formatura, sem Anthony pra me dizer que eu iria arrasar, sem ele para matar todos os meus medos...

                Sem ele.

                Simples.

                Seria assim a partir de agora.

Tentei- duramente- manter o pensamento de que seria fácil. Não consegui mantê-lo por mais de dois segundos.

                Não seria simples, muito menos fácil.

Deixei meu pensamento vagar pela zona de lembranças por um tempo, levantei-me e olhei-me no espelho, os olhos verdes destacavam-se por baixo da vermelhidão e do inchaço que se encontravam meus olhos.

-São iguais aos dele.- A voz de Luna ecoou em minha cabeça, sorri, um sorriso fraco.

-São mesmo.- Concordei. Pelo espelho pude ver o boné que se encontrava pendurado no armário, não havia visto ele ali. Caminhei lentamente até ele e encontrei um bilhete dento.

Esse boné sempre me deu sorte, Mabel.

Espero que dê para você também. Principalmente agora.

Lembre-se: beijos só depois do casamento.

Tony.

                Sorri. Devia estar ali há bastante tempo. Era o boné de beisebol de Anthony.

                Lembro-me do dia em que ele me ensinou a jogar.

-Vem, Sarah.-  Anthony me chamava, ele aparentava ter uns dez anos.

-Tony, isso é beisebol, estamos no Brasil.- eu disse como se fosse óbvio, o que, de fato, era.- Não jogamos isso aqui.- conclui, empinei um pouco o nariz, assim como eu sempre fazia após dar uma resposta que eu julgava boa.

-Tudo bem, senhorita espertinha.- ele disse.- vamos ver se você aprende a jogar.- Anthony arremessou a bola com força, revirei os olhos.

-não vou jogar com você, Anthony.- Afirmei cruzando os braços. A bola caiu no chão, ao meu lado. Ele riu e correu até mim, tirou o seu boné e colocou em mim.

-Pronto. É o meu boné da sorte.- afirmou sorrindo, tirei-o e cheirei. Fiz uma careta.

-Ele fede!- gritei provocando-o.

-Tem o meu cheiro.- Afirmou com cara de tacho.- Agora bota a luva e pega essa.

Sorri novamente. Anthony fora um ótimo irmão.

                Corri até seu quarto e peguei algumas camisas suas, seu cheiro estava em todas elas, jurei à mim mesma que eu não choraria mais, Anthony não gostaria de ver-nos tristes.

                Mais um juramento meu juramento durou apenas alguns segundos.

Suspirei e desci as escadas, o corpo de Anthony ainda estava sobre o sofá, tentei ao máximo não olhar para ele, vê-lo só me traria mais dor. Todos estavam em seus quartos, abalados demais para saírem, suspirei e entrei na cozinha, peguei um copo de água, abria a geladeira, procurei por alguma comida congelada, algo que matasse minha fome, nada.

                Bufei.

Estava tão atrapalhada pegando uma panela que nem ouvi a porta da sala ser aberta, quer dizer, até ouvi, mas pensei que fosse apenas o vento, de tão baixo que soou. Peguei a menor panela que achei e fui fazer uns ovos, sei que disse que odiava, mas nesse momento nada mais me importava. Enquanto fritava os ovos ouvi a porta se fechando com força, um cheiro muito forte de barroe menta me atingiu depois de alguns segundos, ele fora abafado pelo cheiro dos ovos que eu fritava. Filhos da lua.

-Pai!- gritei. Corri para a sala, lá pude ver o sofá vazio, Anthony não estava mais lá. Todos desceram as escadas rapidamente, provavelmente também sentiram o cheiro.- Malditos!- berrei, a raiva transparecendo.

-Cadê o Anthony?- Sally perguntou à mim, o tom de acusação em sua voz era notável. Era óbvio que ela iria me acusar, não suportava ficar muito tempo sem xingar alguém, nunca nos daríamos bem por muito tempo.

-Não sei.- respondi, no mesmo tom. Sally me olhou com raiva, desviei o olhar. Olhei para Ephraim, ele parecia mais parecido com Anthony agora.

-Filhos da lua.- Meu pai concluiu. Sally olhou-me acusatoriamente.

-Como você não viu eles entrando?- Perguntou-me cinicamente. Logo o cheiro de ovos queimados chegou até nós, ela olhou-me com raiva.- Que ótimo, parabéns, Sarah, você realmente conseguiu dessa vez!- exclamou.

-Não culpe a Sarah!- Seth protestou.

-Não proteja sua namoradinha, ela sabe o que fez. Estávamos melhor sem esses dois, Anthony era o que menos incomodava, sem ele aqui Sarah será um peso maior do que podemos carregar.- Senti meu coração pesar, não esperava que ela falasse assim de mim, não depois do dia que tivemos essa semana, pensei que fossemos Irmãs.

-Calada, Sally.- Nahuel disse, ele veio até mim e me abraçou.- Sarah não é um peso. Sei que está chateada, mas pense um pouco em como ela está, Sarah está sofrendo ais que você.- Sally fitou-me com raiva.

-Anthony era meu irmão também, eu passava mais tempo com ele do que essa ai.- As palavras de Sally me feriram de uma forma inesperada, era com se eu tivesse perdido muito mais que um irmão, eu havia perdido dois, porém um deles ainda estava vivo, isso era o que mais me machucava. Sally colocou novamente uma parede espessa entre nós.

-Minha filha tem nome.- Alguém murmurou da porta. Virei-me e vi minha mãe parada lá encarando Sally com um rosto raivoso.


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Notas finais do capítulo

Tá, seguinte: eu vou passar uma semana fora, só volto sexta.Então nada de caps até lá, eu vou ver se consigo escrevê-los enquanto estiver lá, mas eu não garanto mto.2;*