Após aquela confusão, muita coisa aconteceu. Depois de alguns meses, os Cullens e os Swans ficaram ainda mais unidos devido ao pedido de casamento que Edward fez para mim.  Eu estava completamente feliz. Realizada. Mas, como essas famílias estão sempre “aprontando”, logo depois que Edward e eu voltamos de lua-de-mel, a Tanya apareceu para brigar comigo. É, ele não teve coragem de aparecer no casamento e esperou que eu voltasse para apanhar mais. Edward tentou me segurar, mas assim que ela colocou a minha família no meio, de novo, principalmente o do meu pai, ele me soltou imediatamente.

 Emmett conseguiu arrecadar um dinheiro com suas apostas. Só duas pessoas apostaram na Tanya, e eram suas próprias irmãs.

  Eu, obviamente bati muito naquela loura sem graça e oferecida. Renée e Esme ficavam desesperadas tentando parar a briga. Foi inútil. Tanto a tentativa delas, quanto a tentativa de “vingança” da Tanya. Ela lutou bravamente pelo homem que já tinha dona a muito tempo.

   Mais alguns meses depois, entrou mais um membro na família. Eu estava caçando sozinha, o que é muito raro, pois Edward SEMPRE vinha comigo, e encontrei um bebê abandonado na floresta. Primeiro, achei aquilo um absurdo e quase jurei matar a pessoa que tinha feito aquilo, mas, assim que pus meus olhos naquele bebê, rosado e lindo, o ódio simplesmente evaporou. Não me sentia perigosa perto dele, e sim maternal; Protetora.

  Na mansão dos Cullens, TODOS, inclusive meus irmãos e meus pais conversavam animadamente. Quando cheguei com aquele bebezinho no colo, eles me encararam confusos. Expliquei toda a situação para eles e ainda disse que queria adota-lo, ou melhor, adota-la. Sim! O bebezinho na verdade era menina! Claro que todos me alertaram no início, que era perigoso demais já que ela era humana, mas logo os cortei. Disse que não sentia sede do seu sangue, e era a mais pura verdade. Eu já amava aquela menininha nos meus braços. E apesar de ainda estar perplexa com quem a havia abandonado, vi que ela se parecia bastante com Edward. Mesmo sem NENHUM grau de parentesco.

  E como havia avisado a todos, a adotei. Fiz questão de deixar oficial, que ela seria minha! Seu nome completo era: Renesmee Carlie Cullen, em homenagem aos seus avós. Não importava que ela não fosse biologicamente minha filha, eu já era sua mãe. Ela era MINHA bebê. Edward quase babou sendo o novo papai dela. Eles simplesmente se adoravam. Mesmo com poucos meses de vida, ela era bem esperta. E com ela na família, precisávamos estar precavidos, então nos alimentávamos um pouco mais do que o necessário.

  Depois de 4 meses, notei o quanto ela havia crescido. Quando a encontrei tinhas uns três, e agora parecia ter 9, 10 meses. A cada dia ela ficava mais linda. Já tinha sorrido para mim, e estava cada vez mais apaixonada pelo pai. Não importava o motivo do choro, só quem conseguia faze-la parar era Edward. Mas ele não era o único que cuidava e era apaixonado por ela. Todo mundo era! Rosalie, Alice, Lupi e Sarah brigavam para ficar com ela. Esme e Renée conseguiam cuidar juntas, igual a Charlie e Carlisle. Johnny, Oliver, Emmett e Jasper também brigavam para ficar com ela. Eu e Edward nunca “brigávamos”. Mas competíamos, e muito!

  Toda vez que Edward chamava sua atenção, eu chamava juntinho, tentando ganhar mais atenção e sorrisos do que ele. Mas, assim que ela percebia, cobria seu rosto com as mãozinhas e dava atenção para os brinquedos. Assim que ela aprendeu a ficar pé, tentou andar. Afastávamos os móveis e ela ficava com BASTANTE espaço. Mas ela sempre ficava brava e não conseguia.E eu não a culpava, eram 14 vampiros, 13 chamando-a e 1 gravando. Ela ficava sentada e olhava para o rosto de cada um, levantava, colocava o dedo na boca num gesto de duvida e se sentava irritada, jogando alguns brinquedos com força no chão. Ela dormia cada noite numa mansão. Na dos Cullens, seu quartinho era rosa, na dos Swans, era lilás. Eram bastante espaçosos e cheio de brinquedos. Nós a mimávamos tanto, que ela mal conseguia treinar seu andar. Ela estava sempre no colo de alguém.

  Até que hoje estávamos na mansão dos Cullens novamente, pois, era lá que Nessie- Como a apelidamos- iria dormir esta noite. Então tinha novamente 14 vampiros na sala. Johnny, Edward, Emmett, Carlisle e Charlie estavam assistindo TV; Jasper jogava xadrez com Oliver; Alice e Sarah conversavam sobre festas, roupas e compras; Rosalie e Lupi estavam criando esculturas de gelo delas mesmas; Esme e Renée preparavam a comida dela e eu estava no tapete brincando com ela pacientemente. Eu adorava vê-la entretida. Ela encarava as pecinhas, confusa, colocava uma em cima da outra e olhava para mim tentando me impressionar. Eu não precisava que ela fizesse nada muito avançado, tudo nela era fascinante.

  Sorri e aplaudi sua pilha de pecinhas. Ela sorriu de volta e quando levantou, seu bracinho encostou nas pecinhas, derrubando-as. Ela olhou para mim chorosa, e rapidamente cobri seu rosto de beijinhos fazendo-a rir.

- Mamãe te ajuda a montar de novo.- Lhe disse pegando as pecinhas e as empilhando novamente. Ela puxou minha blusa, fazendo com que eu a olhasse e esperou pacientemente.

Trocar a fralda não era, pensava comigo mesma. Peguei um pratinho na mesinha de centro e mostrei a ela. Ela negou com a cabeça, e puxou o meu cabelo.

- O que você quer, Nessie?- Perguntei confusa. Fui até a cozinha, peguei seu copinho com água, e quando voltei para a sala ela ainda estava de pé, só que batia palminhas ansiosa.- Alguém pode pegar a filmadora?- Pedi. Todos entenderam e apareceram na sala, parando o que estavam fazendo e afastando os móveis. Johnny apertou o play, e todos começaram a chamá-la. Ela pôs o dedinho na boca em dúvida novamente.- Não, não. Deixem-a andar.- Falei. Todos ficaram em silêncio, ansiosos.

 Ela sorriu e bateu palminhas de novo. Ela deu um passo, quase perdeu o equilíbrio e sorriu. Nós a aplaudimos e esperamos seus próximos movimentos. Quando ela se empolgou e deu três passos, perdeu o equilíbrio e caiu de bunda, rindo. Eu e Edward íamos ajuda-la, mas ela negou com a cabeça e se levantou sozinha. Edward me abraçou e beijou meus cabelos, enquanto ela observava seus pés com uma expressão de divertimento.

- Vai Nessie! Você consegue!- Johnny e Emmett torciam e apostavam ao mesmo tempo.

- Corazón, usted puede!- Lupi torceu deixando-a confusa.- Coração, você pode! A tia está torcendo por você!- Completou traduzinho.

- Nessie! Nessie! Nessie!- Rosalie e Sarah torciam.

- Bebê linda! Você vai conseguir.- Alice a encorajava.

- Nessie! Sou seu fã número 1!- Oliver ria torcendo.

- Vem amorzinho.- A chamei me abaixando. Ela colocou um pezinho na frente do outro, vindo lentamente até mim. Ela abriu os bracinhos e se jogou no meu colo. Todos comemoraram com cornetas que vieram sei lá de onde, outros jogaram uma chuva de confetes e papéis coloridos picados. Ela gargalhava e batia palmas, muito animada.- Parabéns bebê!- A parabenizei e a abracei “forte”. Eu estava maravilhada. Meu bebê dando os primeiros passos.

- Nessie, filha, você andou!- Edward a pegou no colo e beijou seu rostinho rosado.

- Tem certeza que são os seus primeiros passos?- Johnny veio abraça-la.- Você andou com tanta elegância!- Completou rindo.

- Sobrinha linda da tia!- Alice voou até ela apertando levemente suas bochechas, pegando-a no colo e beijando sua testa.- Parabéns!

- Agora você pode se aventurar pelos cômodos das mansões.- Emmett veio até ela, beijando seu rosto e a abraçando.

- Você é muito graciosa! Já vi que não puxou a sua mãe.- Sarah a segurou rindo. Fechei a cara para ela, e a mesma beijou a bochecha de Nessie.

- Coraçãozinho! Parabéns, eu estava torcendo por você.- Lupi veio segura-la e lhe deu um beijinho na testa.

- Parabéns Nessie!- Rosalie, Renée, Esme, Carlisle, Charlie e Jasper vieram parabenizá-la a abraçando e rindo com todo o mundo na sala.

- Viva a Renesmee Carlie Cullen!- Emmett gritou.

- VIVA!- Respondemos animados. A cada “viva”, Nessie batia palmas com um lindo sorriso brilhante.

- Hip Hip!- Johnny gritou.

- URRA!- Respondemos de volta.

   Depois de muita comemoração, ela acabou adormecendo no meu colo. A coloquei em seu berço, e a fitei admirada. Eu nunca fui..maternal. E logo na primeira vez que coloquei meus olhos nela, me senti sua mãe. Ela era perfeita! E hoje, estava tão feliz! Todos estavam felizes por ela. Qualquer experiência que Nessie passasse, iríamos comemorar! Ela merecia isso. E mesmo depois de tanto tempo, ainda queria saber quem e por que, a havia deixado naquela floresta. Um bebê como ela, não podemos nem pensar em brincar ou sonhar em deixa-la.

  Edward me abraçou por trás de repente, me assustando. Nem havia escutado sua chegada.

- Foi um dia bem longo.- Comentei me virando para ele.

- É.- Falou acariciando meu rosto.- No que você tanto pensa?- Perguntou sorrindo.

- Pensei que já tivesse se acostumado.- Comentei beijando-o. Eu nunca iria me cansar disso.

- Me acostumei. Mas às vezes fico frustrado.- Admitiu em meus lábios.- Sabe no que EU estava pensando?- Perguntou maliciosamente.

- Humm... Não! No que?- Perguntei ansiosa.

- Que poderíamos ir para o quarto, e comemorar um pouquinho lá dentro.- Sussurrou no meu ouvido.

- É uma ótima idéia!- Concordei pulando em seus braços.

    E a noite toda foi assim. Ás vezes íamos ver Nessie, depois voltávamos e curtíamos a noite, um pouquinho a dois! E pensei naquele momento que, se minha vida ficasse assim, desse mesmo jeitinho, a eternidade seria muito pouco tempo para mim. O tempo não iria fazer efeito. Iríamos continuar assim, unidos e felizes, e não seria o suficiente!