Anjo da Saudade escrita por Ana Carol M


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora. Boa leitura.



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“Apesar de toda a confusão que estava a minha vida. Eu esperava por respostas. Eu esperava descobrir o porquê de tudo aquilo.”

Os dias foram passando com o piscar de olhos. Não toquei mais no assunto com nem um deles. Até que chegou sexta feira.

- Não se esqueça de hoje a noite – sussurrou Allan no intervalo do almoço.

- Não vou esquecer – eu sorri e ele saiu da sala.

 Não posso negar que fiquei curiosa e um pouco preocupada. Porque desde a “reunião na biblioteca” por mais que eu tenta-se cumprir minha promessa de não pensar em coisas absurdas, as vezes minha mente vagava sozinha e um sentimento ruim me perseguia.

A vontade de ver minha mãe era imensa, talvez ela me desse respostas. Mas ela não apareceu.Na verdade nada do que eu julgaria anormal aconteceu.

Quando o ultimo período chegou, eu já estava arranhando minhas mãos com as unhas. Não era uma boa mania, e não significava coisa boa.

Então a ultima aula voou, e quando o sinal soou, corri para o meu quarto. Minha mão sangrava de tantos arranhões. Enxagüei bem o local, coloquei um curativo e fui me arrumar. Fique tagarelando com Sophie até o toque de recolher e meu estomago já estava embrulhado de tanto nervosismo. Fui obrigada a contar para ela sobre meu “encontro” com Allan.

Ao escutar o toque. Coloquei os tênis e fui até a sala. Os monitores estavam vendo televisão. Aproveitei a chance e sai de fininho. Por sorte encontrei o colégio vazio e foi fácil sair.

 Allan esperava em pé na borda do lago.

- Olá – falei tentando ganhar um sorriso. Mas ele estava sério.

- Mary, acabei de receber ordens. Para que você saiba o que se passa aqui. – murmurou ele com angustia. Neste momento um relâmpago iluminou o céu.

Na volta do lago havia quatro luzes que estavam em meia fase.

- Tudo bem.

- Eu e Miguel somos como anjos da guarda. Estamos protegendo você. Sua mãe apareceu para você aquele dia por dois motivos, você se ligaria mais em mim e Miguel e para te dar este colar – ele apontou para o meu pescoço – para que ela pudesse te proteger em forma de um objeto...

- Minha mãe esta nesse colar? – perguntei incrédula.

- Não, mas ela esta ligada a você por ele. Posso continuar?

- Claro.

Ele sorriu – Nós te protegemos e vigiamos desde quando você era um bebê. Sua mãe não ficou em paz desde que morreu preocupada com você. Por isso redobramos a proteção e a um tempo a trás e eu e Miguel começamos a “aparecer” para você.  Nós te protegemos das “Trevas”são coisas e pessoas ruins.  Você é como uma jóia com um poder fantástico. As trevas fazem de tudo para que você passe para o lado deles, até se casar com o seu pai. Então elas tentam te fazer mal e nós te protegemos.

- Beatrici?

- Sim, ela não é apenas uma estilista solteirona que resolve casar com um cara que ela tromba na rua.

- Eles se conheceram assim?

- Sim. Você comentou que Miguel disse que eu era “o mal”. E ele não estava errado – meu estomago embrulhou mais ainda – Eu sempre fui a parte ruim. E acabei fazendo besteiras e me simpatizando com as pessoas que querem o seu mal. Com isso eu tive um vicio... – ele parou para suspirar - O de matar. Se eu fosse um anjo, acredito que me classificaria como o da morte. Mas provavelmente eu estaria no inferno. Isso não vem ao caso. Você é uma princesa. Sua mãe era um anjo, ela se apaixonou pelo seu pai, e teve a missão de te ter. Então ela fez um corpo como o meu e de Miguel para ficar aqui. Não deu muito certo como você deve ter visto. Ela acabou falecendo.

- Ela esta viva?

- Claro, ninguém realmente morre e para de existir. O corpo material morre, mas alma não. Na verdade têm alguns humanos que não pensam assim, eu particularmente acho muito triste pensar que quando chegar o fim, não vai ter nada além.

- Porque você tem que me levar de volta?Pra onde?

- Você não esta segura aqui. Não mais. Você é importante e vai ter uma guerra aqui. Terá que ficar junto da sua mãe.

Suspirei.

- Mas e meu pai? Meus amigos?

- Sinto muito. Alguns sacrifícios são necessários – falou Mike surgindo atrás de uma arvore.

Eu não estava me sentindo bem, talvez eu fosse chorar

- Não será preciso – falou Allan – eu vou protegê-los. São meus amigos também.

- Boa sorte – disse Mike emburrado.

- Porque vocês vivem brigando? Isso me deixa louca – falei deixando escapar uma lagrima.

- Porque disputamos tudo – respondeu Mike.

- Porque você trocou de nome Miguel?- perguntei.

-  Tambem quero saber – disse Allan.

- Nada demais. – respondeu Mike

- Você não esta fugindo de ninguém. Esta? – perguntou Allan

- Claro que não. Não seja idiota – falou Mike irritado.

- E Cloe e Kathrina? – perguntei.

- São guardiãs também, na realidade estão no supervisionando – respondeu Allan.

- Quem era a mulher que me ligou?

- Thea a sua monitora, ela não conseguia falar com nós. Esta nos supervisionando também. – falou Allan.

- Porque ela me mandou falar com vocês? E porque daqueles recados?

- Porque você saberia onde nos achar. E os recados era porque Miguel estava pirando comigo, ele estragaria tudo se continuasse enlouquecendo. – falou Allan

- E o seu?

- Porque eu sou impulsivo e esta missão é como vou provar que mudei.

Mike riu – Porque não fala a verdade a ela. Por que não diz que se apaixonou por ela? Se não fosse por isso, todos neste colégio estariam mortos. – Mike irradiava raiva.

Eu apenas observei, não sabia como agir.

Allan suspirou e começou a olhar o lago.

- Espera, se Beatrici quer a mim. Ela pode estar fazendo mal a meu pai.

- Ele esta seguro, tem pessoas protegendo ele – falou Allan ainda observando a água.

- Porque ela foi tão boazinha comigo?

- Ela quer sua confiança, quer que você esteja do lado deles – falou Mike.

- Meu pai é humano certo?

Mike e Allan se entreolharam.

- Na verdade ele não era do “bem”, mas depois que ele conheceu sua mãe ele mudou, e acabaram se apaixonando. Só aqui eles poderiam vive felizes.

- Minha mãe é um anjo, isso vocês me disseram.  Mas o que nós somos e meu pai?


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Notas finais do capítulo

Teorias, dicas, sugestões e criticas construtivas são bem vindas. Obrigada por ler



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