Heaven And Hell escrita por letstrabach, callmenikki


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

hey gente (: poisé, eu sei que demorei um bocado pra postar esse, mas a moo sabe o porquê de eu ter demorado. o capítulo simplesmente tinha ficado um lixo, uma coisa horrível, então eu decidi que não iria postar até que eu estivesse com um capítulo digno de vocês, mas vou logo avisando que esse não é nem de longe o melhor que eu escrevi. Na verdade, foi o melhor que eu consegui fazer em dois dias, por que a inspiração não deu o ar da graça ¬ mas é, eu to aqui com o capítulo novo e se não gostarem, comentem nessa bagaça aqui e me digam o que acham ;*



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Esse lugar agora era diferente do da última vez. Esse lugar agora era um parque, com crianças correndo e gritando por todo lado. Mães dizendo para não correrem senão iriam se machucar. Eu me lembrei de quando eu tinha ido a um parque com Kairos. Aquele dia tinha sido perfeito, tirando o fato que eu tinha me perdido.

Eu senti uma mão tocar o meu ombro quando uma criança correu por mim com uma bola de futebol nas mãos. Ela esbarrou em mim, deu um pequeno sorriso e voltou a correr. E eu sorri, por que eu também queria ser como a mãe daquela criança para pedir que ela parasse de andar.

- Kera. – eu me virei e vi Kairos. Ele ainda estava com a mesma roupa de antes. O mesmo cabelo, tudo. Apenas o que tinha mudado era rosto. Ele agora tinha uma cicatriz logo acima da sobrancelha do olho esquerdo. Instintivamente, eu toquei o local, e Kairos recuou um passo. Eu sussurrei um desculpe e ele sorriu.

Ah, como eu estava ansiando por ver aquele sorriso.

E eu não me contive. Corri para seus braços, e deixei-me esquecer de que da última vez que nós vimos, ele tinha me rejeitado de tal forma que eu ainda estava machucada. Eu só apertei meus braços em seu pescoço e senti seu cheiro.

As lágrimas já molhavam o meu rosto, enquanto ele afagava o meu cabelo. Ele apertava a minha cintura casa vez mais, e eu não queria que esse momento não acabasse nunca mais.

- Me desculpe por ter sido estúpido com você. De verdade. – ele disse e me soltou.

Eu balancei a cabeça, limpando o meu rosto.

- Tudo bem. – eu disse.

Eu pensei que ficaríamos apenas conversando, mas Kairos queria tratar dos “negócios”, então nós começamos a caminhar, conversando sobre tudo o que estava acontecendo e tudo o que eu estava vivendo. Foi então que chegamos ao assunto “Sam”.

Eu me parei por dois segundo e me perguntei se eu deveria chamá-lo de namorado. Não, era infantil demais. Mas eu também não podia negar que nós tínhamos alguma coisa. Assim que Kairos me perguntou dele, eu apenas me detive ao dizer que ambos Sam e Dean, estavam bem. Kairos pareceu entender e não forçou nada.

Então, eu tomei coragem e resolvi perguntar logo. Melhor que a minha dúvida fosse acabada logo.

- O que está acontecendo? – eu o cortei, enquanto ele falava de sua saudade de casa.

- Como assim? – ele se fez de desentendido. Eu o puxei pelo braço, e o parei do lado de uma árvore, onde ele se recostou.

- Vamos, Kairos. Você é meu irmão. Eu sei quando você esconde alguma coisa. – eu disse, arrancando um suspiro exasperado dele.

P.O.V Kairos

Merda. Kera já estava mais do que desconfiada. E eu sabia do fundo do meu coração machucado e agora marcado pela dor e sofrimento, que eu não poderia esconder isso por muito tempo dela. Ela sabia, ela sentia que tinha algo errado, e por mais que eu odiasse mentir, eu não poderia esconder.

Eu suspirei, me recostando com um pé na árvore e encarando os olhos verdes limpos de minha irmã. Ela era tão linda, não merecia passar por toda essa dor. Por toda essa coisa de céu e inferno. Eu estava me acostumando, mas Kera era nova em território experiente.

- Nada do que você precise saber. – eu disse, minha voz saindo mais rouca do que imaginável.

- Eu não sou idiota. – ela disse e algo em seus olhos ascendeu. Ela estava prestes a explodir por saber que tinha alguma coisa sendo escondida dela. – Se você não contar, acharei alguém que o faça.

E ela começou a se dirigir até o parque novamente. Eu a segui com o olhar e fiquei esperando que ela voltasse, mas ela não fez. Ela continuou seguindo e eu finalmente percebi que a minha irmã tinha mesmo crescido. Ela era realmente uma mulher, e uma mulher experiente.

Então eu me lembrei de quando eu fiquei sabendo que ela tinha dormido com o segundo namorado, depois de uma festa que ela havia ido.

- Pois é, Harisson. Sua irmãzinha foi traçada na sexta a noite e você nem ficou sabendo. – Chuck me contou rindo.

Naquele momento, eu só fechei os olhos e me controlei perto daqueles caras que se diziam meus amigos. Uma ova, isso sim. Eles tinham visto acontecer, e por mais que eu sempre pedisse que eles a vigiassem, a sexta a noite eles tinham se esquecido da promessa que me fizeram, e deixaram minha irmã se entregar para o cara que eu nem conhecia.

Eu sabia que eu era possessivo demais quanto a isso, mas era minha irmã e eu sempre disse que a protegeria. Quando eu fui falar com ela, ela apenas revirou os olhos e disse uma coisa que eu nunca esperava ouvir dela.

- Eu cresci. Agora já sou mulher. – aquilo entrou em mim como uma onde de raiva, e quando eu vi, eu estava socando a parede do meu quarto e me perguntando se ela queria mesmo aquilo.

E foi aí que eu vi que ela realmente tinha virado mulher. Mas não só por ter perdido aquilo que deveria ser mais guardado, mas sim que ela tinha tido responsabilidade o suficiente pra fazer. E com aquele pensamento, eu vi que Kera não era mais a mesma.

Eu corri até ela, e a puxei pelo braço. Ela parou e se virou para mim.

- Eu explico. – foi tudo o que eu disse, e ela sorriu. Um sorriso de vitória.

Nós fomos até um lugar mais afastado do parque, perto de várias árvores, para podermos conversar melhor. Eu, assim que cheguei lá, abaixei a cabeça, devidamente envergonhado por estar sendo tão mentiroso com a minha irmã. Ela não merecia as merdas que eu tinha feito.

- Comece. – ela disse.

Com um suspiro, eu dei o golpe mortal.

- Eu agora sou o receptáculo de Lúcifer. Não é mais o Sam. – eu disse e sua boca formou um redondo ‘o’ de surpresa.

Então, ela começou a andar de um lado para o outro, tentando entender. E eu sabia que não iria demorar por que Kera era inteligente. Ela juntaria as peças e realizaria que tudo o que estava prestes a acontecer, era sobre nós dois. Assim como foi com Sam e Dean. Assim como eles quase se mataram.

- O... Quê?- ela conseguiu perguntar.

- Merda, não pra você saber disso. – eu murmurei, ainda com a cabeça baixa. Kera veio até mim e me segurou pelo ombros, balançando-me, me fazendo olhar pra ela.

- Me explique isso agora! – ela gritou para mim.

Eu a fiz me soltar e me afastei dela, logo sendo atingido por uma onda de verdade. Eu tenho que contar. Ela iria descobrir de qualquer forma, e é sempre bom prevenir do que remediar.

- Kera, eu sou a casca de Lúcifer. Ele tem o meu corpo agora. Ele pode fazer o que quiser. – eu disse, com tristeza na voz. Kera não merecia isso, não merecia.

Eu sabia que estava contando algo maior do que um dia eu poderia sonhar, mas eu não queria enfrentar sozinho, apensar de que agora em diante, seria eu por mim, e ela por ela. Ela tem que saber se defender e eu precisava falar isso para os Winchester, antes que fosse tarde demais. Ela precisava saber que não poderia dizer o que o anjo queria ouvir nunca. Nunca.

- Ele está com você agora? – ela perguntou e eu senti uma força invadir o meu peito, sem que eu deixasse.

Ele está vindo! Eu quis gritar, mas minha voz não saia. Ela apenas ficou presa na minha garganta e eu olhei pela última vez Kera, que me olhava ainda, espantada pelo o que estava acontecendo.

Eu fechei os olhos e senti-o entrando em mim e tomando conta do corpo que agora não era mais meu.

Lúcifer estava aqui.

P.O.V Kera

Kairos estava de olhos fechados, tremendo enquanto eu segurava seus ombros, gritando para que ele falasse comigo.

Eu tentava de alguma forma ajudá-lo, mas apenas o que eu processava era que Kairos agora era a casca de Lúcifer. Kairos tinha se entregado a guerra. Ele estava sob o domínio de Lúcifer.

Eu o olhei e ele levantou a cabeça. Abriu os olhos e eu vi. O mesmo vermelho da outra vez estava ali de novo. Agora mais cortante do que nunca. Eu respirei fundo e me afastei. Eu não precisava de explicações para saber que Lúcifer estava ali. Era claro como água.

- Minha querida. – Lúcifer falou, no corpo e voz de Kairos.

- Demônio dos infernos! Deixe o Kairos agora!- eu gritei, prendendo a respiração e as lágrimas que gritavam querendo sair.

- Cale a boca. – ele murmurou e levantou a mão. Instantaneamente, eu senti meus ossos se contorcerem e eu perder o fôlego. Eu tentei gritar, mas nada saia. Lúcifer riu e mexeu a mão novamente, fazendo com que eu caísse de joelhos e me encolhesse de dor.

- Merda. – eu murmurei baixinha. Eu precisava sair dali, eu precisava encontrar forças para deter esse monstro.

Eu suspirei pesadamente, pensando em alguma coisa enquanto Lúcifer falava.

- Seu irmão caiu como uma luva para mim. – ele sorriu aquele sorriso sarcástico de novo. – Ele só começou a falhar quando falou com você pela primeira vez, lembra-se? – ele me apertou mais, e eu gritei. Agora eu tinha conseguido gritar e o grito ecoou na floresta.

- Preciso acordar. Sam, me acorde. – eu fechei os olhos e imaginei a cama com Sam. Eu senti Lúcifer vacilar uma vez e me mandar olhá-lo.

- Kera, olhe para mim. – ele pediu, mas eu continuei com os olhos fechados. Volte, volte! Eu disse para mim mesma. – Garota petulante! – ele gritou e eu quando eu abri os olhos, ele pegou meu queixo e me levantou, agarrando o meu pescoço e me tirando do chão.

Lá se foi meu ar novamente. O que eu tinha que fazer? Eu não conseguia pensar direito, faltava oxigênio no meu cérebro e eu quase não conseguia pensar. Eu preciso me lembrar de alguma coisa para fazer, alguma coisa para parar esse monstro.

- Kairos... – eu tentei começar a falar -, você se lembra de quando nós saímos com os nossos tios que ele se perderam de nós? – eu tentei fazê-lo lembrar de alguma coisa boa. Era a minha única esperança no momento. Lúcifer vacilou outra vez e eu vi que a luta dentro de si estava cada vez maior. Kairos deveria estar lutando para sair, e Lúcifer estava prendendo-o novamente.

- Kera! – a voz dele mudou, e eu por um momento, o vermelho de seus olhos não existia mais. Porém, logo após Kairos gritar o meu nome, o vermelho voltou novamente e Lúcifer rosnou. – Pare.

- Não! – eu gritei, perdendo o último fio de ar que eu tinha. Lúcifer enfraqueceu e me deixou cair no chão. Eu tossi, colocando a mão na minha garganta tentando sugar algum ar.

Eu levantei a cabeça e vi Kairos/Lúcifer caído no chão, gritando e se contorcendo. E não pensei duas vezes, e corri até lá. Mas não para ajudar.

Eu ergui o meu pulso e quando eu vi, ele encontrou o nariz do meu irmão e Lúcifer gritou de dor. Eu ergui a cabeça, cheia de ódio de Lúcifer, por ele estar fazendo isso e ordenei para mim mesma, que ele se levantasse do chão.

E foi o que aconteceu. Algo como uma forma invisível que eu tinha visto quando sufoquei Kairos, apareceu e o ergueu do chão. Minha cabeça latejou e eu fiz o ar sumir do corpo erguido do chão. Ele gritou e seu ar se foi, e eu sorri diabolicamente.

Ele me olhou com os olhos vermelhos, e depois eles foram para branco. Eu sabia o que ele estava fazendo. Ele queria que Kairos viesse à tona, e então assim eu pararia com essa dor. Mas não foi o que eu fiz. Eu continuei a ordenar para mim mesma que o aperto continuasse até ver o homem começar a ficar roxo.

Minha mente ficou branca e eu não consegui pensar muito. Então eu pensei em controle. Controle! Eu poderia estar matando o meu irmão agora! Eu me parei e olhei para Kairos mais uma vez, antes de soltá-lo e receber um soco no estomago.

Ele veio para cima de mim e eu gritei quando o soco se instalou no meu estomago. Eu tossi e vi sangue saindo da minha boca, mas Lúcifer não parou e jogou a minha cabeça para trás e me jogar contra o chão. Eu urrei quando eu sentia a minha cabeça latejar e respirei fundo antes de fechar os olhos e me levantar.

Eu me levantei pesadamente enquanto esperava pelo próximo ataque. Como ele não veio, ele ergui os meus braços e gritei. Eu não sei por que fiz isso, mas logo após isso, minhas forças pareceram renovadas e eu parti para cima de Lúcifer.

Eu levantei o meu pulso batei com ele seu olho e ele levou a mão até lá, mas antes que ele pudesse pensar em reagir, eu bati o meu cotovelo na sua garganta. Ele perdeu o ar novamente e eu me lembrei de parar. Eu me detive pela segunda vez, e cheguei perto dele, apenas para sussurrar.

- Saia do meu irmão. Agora.

Lúcifer gritou, mas não saiu dele. Ele se levantou e desapareceu bem na minha frente. Eu gritei para floresta solitária e fechei os olhos. Quando eu os abri novamente, eu vi que estava no quarto, envolta nos braços de Sam enquanto eu dormia calmamente ao meu lado.

Eu me levantei, fui até o banheiro e me olhei no espelho. Eu soltei um gritinho exasperado quando vi minha boca suja de sangue. Merda! Eu abri a torneira e lavei a boca rapidamente e ergui meus olhos novamente. Eu pulei de susto quando vi Sam atrás de mim, me olhando curiosamente.

Eu não disse nada, apenas passei por ele e fui até a malinha, procurando uma escova de dente e pasta. As achei no fundo da mala, as peguei e fui até o banheiro, esbarrando em Sam.

Eu escovei os dentes sob o olhar cuidadoso de Sam. Ele não disse nada, e eu também não fazia muita questão de ouvir. Ele só começou a falar, quando eu fui me deitar na cama novamente.

- Vou ter que perguntar? – ele perguntou.

- Não. – eu respondi seca. Conversa agora não, Sam. Preste atenção.

- Vou ter que exigir que me conte? – ele me olhou com uma sobrancelha levantada, me fazendo perguntar se ele era o meu dono ou alguma coisa assim.

- Não vou contar. – eu respondi simplesmente, esperando que ele se desse conta que agora não era o melhor momento. Eu não estava bem e meu autocontrole gritava para mim que ainda não estava no estado normal.

- Kera. – ele me chamou e eu me virei para ele.

- O que é? – eu gritei, me sentando na cama e fechando os olhos.

Eu senti a cama perto de mim a fundar e eu soube que era Sam.

- O que aconteceu? – ele estava começando a perder a paciência.

- Você lutou com Lúcifer?! – Anny gritou e eu abri os olhos rapidamente, apenas para encontrar Sam me olhando de olhos arregalados e uma Anny toda machucada encostada na cama, me olhando furiosamente.

Ótima, sabe aquela história de guardar as coisas só para mim? Então, esquece. Aqui, esse negócio de manter segredo não funcionava. Não com uma amiga que aparece e desaparece e com um cara que já foi receptáculo de Lúcifer.


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Notas finais do capítulo

ok, podem me matar, eu deixo. Eu sei que não ficou bom :/ mas eu não queria deixar vocês em capítulos D: mas ok, comentem aí e me digam o que acharam desse capítulo podre D: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH NOVE DIAS PARA A SÉTIMA TEMPORADA DE SUPERNATURAL *-* alguém mais animado do que eu aí? hihu kk



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