Music Of The Heart escrita por Giovanna


Capítulo 16
2ª fase - Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeee gente! Como estão? Enfim, desculpe a demora. Tá aqui. Boa leitura!



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Thalia estava mal. Muito mal. A morte do seu amigo tinha lhe afetado de uma forma, que a menina não tinha ânimo de fazer nada. Fazia dois dias que não fazia nada. Comia apenas porque era forçada

- Você precisa melhorar Thalia, sério.

- Silena, pensa. Meu amigo. O único que sempre me ajudou. Ele esteve ao meu lado quando todo mundo virou as costas. Ele morreu Silena. Meu anjo. Meu anjinho morreu. E agora eu e o Nico estamos brigando direto.

- Ele foi pra um lugar melhor, Thalia. Tem coisas que não vamos saber por que acontece nessa vida, amiga. Relaxe. Pensa que ele foi pra algum lugar melhor. E quanto a você e ao Nico, eu não posso fazer nada, amiga. Todo relacionamento perfeito tem brigas¹.

- É verdade. E ele só vai morrer, quando meu coração parar de bater. Daniel era alguém maravilhoso. E vou fazer jus à amizade dele. E meu namoro com Nico não é perfeito.

- Assim que se fala. Agora vamos lá pra cozinha, me ajudar a fazer a comida. – Silena levantou e puxou Thalia pela mão.

- Calma!

- Eu to calma, Thalia.

As meninas foram para a cozinha. Brincaram, cozinharam, sujaram. Estavam se divertindo. Pareciam duas crianças ali. Não demorou muito, e os três meninos e mais Annabeth chegaram.

- Omg!

- O quê?

- Omg!

- Dá pra falar?

- Silena faz milagres!

- Eu não entendi ainda.

- Sileninha do céu, que você fez pra Thalia sair da depressão?

- Nada, ué. Ela saiu por livre e espontânea vontade.

- Mentira, você me fez perceber que ele tá em um lugar melhor.

- Silena, acho que você deveria ter feito outra faculdade: Psicologia. Porque, né.

- Sabe o que eu acho, Nico? Que quem deveria ter me ajudado era você. Já que é meu namorado.

- Começou... – Percy disse, revirando os olhos.

- Não começou nada, porq...

O telefone de Silena tocou. A menina correu para atender, mas Charles já tinha pegado.

- Que estranho. É sua irmã.

Silena estranhou. Lembrava que a irmã não era muita de ligar para ela, a não ser que fosse muito importante. Elas preferiam contato físico. Esse negócio de celular entre irmãs não existia entre elas.

- Alô?

- Silena?

- Que voz de morte é essa, Pips?

- Sil, passa para a Thalia. É urgente. Depois eu te explico. Na verdade, ela vai explicar.

- Thalia, é pra você. Seu irmão.

Thalia foi até Silena e pegou o celular da mão da menina. Ela não sabia, mas teria a pior noticia de toda a sua vida.

- Jasie? O que houve?

- Tá sentada, Thalia?

- O que aconteceu, Jason?

- Thalia, senta.

- Pronto, to sentada. – A menina sentou-se, já tremendo. Todos olhavam para Thalia e tentando imaginar o motivo da ligação repentina de Jason e Piper.

Naquele instante, veio a noticia. A pior noticia. A menina ficou sem ação e deixou o celular da amiga cair no chão.

- O que aconteceu, Thalia?

A menina nada falou. Olhava apenas para o nada, sem conseguir se mover.

- Thalia, fala. Fala alguma coisa. – Percy cutucava a prima e amiga.

- Me-meu pai...

- O que aconteceu com ele? – Silena disse, esquecendo o celular caído no chão.

- Mo-morreu.

Todos olhavam chocados e ao mesmo tempo com dó para Thalia, que naquele momento já estava chorando metade do oceano pacífico. Todos, menos Nico. O menino estava com um pequeno sorriso no rosto, um sorriso que dizia “finalmente”.

- Por que você está sorrindo, Di Ângelo? – Há muito tempo Thalia não chamava o namorado assim. Ele havia cometido algo muito grave para ela ter o chamado assim.

- Apenas admirando como você fica linda chorando. – Mentiu.

- MENTIRA.

- Você quer dizer o que, Thalia? Que eu queria que ele morresse?

- Eu não disse nada, Nico. Foi VOCÊ que acabou dizendo alguma coisa.

- Você tá chata, em?

- O QUE MAIS VOCÊ ESTÁ ESCONDENDO DE MIM?

- ENCONDENDO, THALIA? EU NUNCA TE ESCONDI NADA.

- QUER SABER? JÁ CHEGA.

- Você tá terminando comigo?

- Não, claro que não. NOSSO NAMORO ACABOU QUANDO EU VI VOCÊ SORRINDO.

Thalia não esperou Nico dizer mais nada, apenas foi para o seu quarto, esbarrando no ombro de Nico.

Pegou suas malas e foi jogando tudo que estava ali, dentro dela, fora o que já tinha. Não iria ficar nem mais um minuto ali, enquanto seu pai havia falecido.

Duas. Duas perdas. Thalia havia perdido duas pessoas importantes para ela em menos de uma semana. Precisava voltar para sua casa.

Naquele momento, Thalia se arrependeu. Arrependeu de ter brigado com seu pai. De ter pensado que ele havia sempre feito o pior para ela. Mas infelizmente, não podia voltar atrás. Seu pai já havia ido embora, igualmente com Dan.

Daniel. Aquele garoto chatinho que logo quando chegou à Academia grudou nela. O anjo dela nos momentos mais difíceis.

Seu pai. O homem que mesmo com os métodos duros, fora o melhor pai do mundo.

Não demorou muito e as coisas de Thalia já estavam prontas. Pegou a mala e abriu a porta do quarto.

- Pra onde você vai, Thalia?

- Não parece óbvio, Annabeth? – A menina sentiu o gelo nas palavras da amiga, mesmo que não fosse intencionalmente.

- Eu só quero que você perceba uma coisa, ninguém aqui tem culpa de seu pai e Dan terem morrido. Isso foi apenas uma consequência.

- Eu sei. Agora posso ir? Tenho um avião para pegar e uma família para consolar. Na verdade, eu tenho só um irmão pra consolar. A mãe de certo infeliz, pode se consolar com o dinheiro que vai conseguir do meu pai, não é, Di Ângelo?

- Thalia, você está passando dos limites.

- Limites, Silena? É lógico que não. A mãe dele é tão desgraçada quanto ele.

- CALADA, THALIA.

- E você vai fazer o que pra eu ficar quieta? Bater-me?

- As coisas não se resolvem com violência. Mas você toma cuidado com que fala da minha mãe.

- Você não pode me impedir de fazer nada.

- Não posso, tá certo. Mas pensa se seu pai gostaria que você fizesse isso com a mulher dele.

- Quer saber? Eu to indo. Não vou ficar aqui escutando você.

Thalia amava Nico. Mas estava cega pela raiva, pela tristeza que sentia naquele momento.

Sem se despedir de ninguém, pegou suas coisas e se foi. Não demoraria muito tempo para os amigos voltarem, mas era melhor ela ir para casa, consolar o irmão e a própria cunhada, que deveria estar triste pelo namorado estar sofrendo.

Thalia sorriu. Lembrou que o irmão não tinha assumido nada com Piper, mas ela sabia que o irmão tinha grandes sentimentos por ela.

Algumas horas mais tarde, Thalia já tinha desembarcado e estava no taxi, em direção à casa de seu pai. No caminho inteiro, havia chorado muito. Lágrimas e mais lágrimas caiam de seus olhos. Não conseguia parar de jeito nenhum.

Acabara de ver a mansão dos Grace. Aquela casa que fora o cenário de tantas brigas, mas também de tanta felicidade. A menina, mesmo não querendo admitir, estava feliz estando ali.

A porta foi aberta, revelando um garoto loiro, com os olhos muito vermelhos e uma menina bela logo atrás dele.

- Jasie. – Thalia desmoronou nos braços do irmão, mais do que já estava.

- Ele morreu, Lili. Morreu. – Thalia deixou passar o apelido chato que o irmão lhe dera quando era muito pequeno.

- Onde ele está, irmãozinho?

- Vamos, Thalia. Eu te levo até lá.

A menina entrou no carro do irmão, seguida por Piper. As duas foram no banco de trás, abraçadas e conversando. O clima de morte e de tristeza era totalmente visível ali. E em alguns dias, aquela noticia vazaria para todo o mundo.

O caminho até o tumulo do pai foi rápido e silencioso. Era em um lugar lindo e majestoso. Cheio de flores. Estava perfeito para um morto.

- Papai, desculpe. Perdoa sua filha rebelde. Eu te amo. Queria te falar isso, olhando em seus olhos.

Como se algo tivesse a transportado para outro lugar, teve um sentimento bom. Sentiu que seu pai estava falando “Claro que te perdoo minha filha. Eu te amo também. E eu não vou morrer. Não até o ultimo coração que me ama parar de bater.”.

- Espera... Jason me leva pra casa do Apolo agora!

- O que você vai fazer lá, Thalia?

- Me leva logo, Jason. Ele tá em casa, não tá? O hospital o liberou, não?

- Sim, tá si...

- ENTÃO VAI LOGO!

Os três saíram correndo em direção ao carro. Jason dirigia cada vez mais rápido com os gritos de Thalia. Era a primeira vez, desde que a menina havia recebido a noticia, que conseguira parar de chorar.

O carro mal parou e estavam ali, em frente a casa. Sem tocar a campainha, entraram.

Os irmãos, Apolo e Ártemis, estavam parados ali. Apolo perdera um pouco do brilho dourado dos olhos e do próprio sorriso que sempre tinha. Também havia perdido aquele calor que parecia que era do Sol, que apenas ele possuía.  Ártemis, que vivia viajando, estava com os olhos vermelhos. A menina parecia a Lua Nova, sem brilho nenhum, mas que sabíamos que estava ali.

Ao ver a irmã, Apolo deu o habitual sorriso que sempre dava, mesmo nas piores situações.

- Você continua menina, Thalia.

- Apolinho. – Correu para abraça-lo. – Continua o mesmo tirador de sarro.

- Quando você soube? Quando você chegou?

- Faz pouco tempo. Tudo hoje. – A menina olhou para o lado. – Temis.

- Irmãzinha. – Ártemis, como sempre, parecia uma mãe. Era a mais madura dos irmãos. Ela abraçou a irmã. A muito que não se viam. Para ser mais precisa, a quase sete anos.  Jason então, nem se fala. – JAY! – Ártemis correu para abraçar o irmão caçula. – Me lembro de você quando ainda era um bebezinho, e gostava de comer banana amassada e se sujava todinho.

Jason corou e Piper soltou uma risadinha. Thalia e Apolo riam de Jason.

- The, tu tá parecendo uma mãe.

- Como assim?

- É que você tá o fazendo passar vergonha na frente da namo...

- Ela não é minha namorada, Thalia.

- Da amiga coloridíssima dele.

- Que fofo! Jaaay tá apaixonadinho. – Apolo disse, fazendo voz de mulher.

- Enfim, já que agora você vai ser o “papai” da família – Apolo fez uma careta – Me responde: De que o papai morreu?

- O quê?

- Responde logo, lerdo!

- Na verdade, ele foi assassinado.

- O quê?

- Sim, papai foi envenenado.

- Agora que você disse, eu lembrei que depois do jantar ele passou mal e a Maria disse que era melhor ele ir deitar. Eu disse para ligarmos para você, ou sei lá. Mas ela disse “Não precisa, Jason. Ele vai deitar e amanhã melhorar”. Claro que ia melhorar. No outro dia ele apareceu morto!

Houve um silencio. Todos pareciam estar digerindo aquela informação.

- Gente! Porque eu não pensei nisso antes! Foi a Maria. Ela envenenou papai. Por isso achou melhor não ligar pro cabeçudo aqui. E Nico...

- Meu cunhado.

- Ex-cunhado.

- Já terminou com ele? Tu não consegues ficar muito tempo com um namorado em?

- Calado. Então... Onde estava? A sim. E Nico sorriu quando e falei que papai morreu o que significa que ele estava junto de Maria nessa paradinha.

- Mas você não pode julgar sem provas, Thalia. É a sua palavra contra a dele.

- Sim, eu sei disso. Mas eu tenho certeza que foi ela. Maria é muito suspeita. E esse casamento, mais ainda. Na verdade, Maria é uma interesseira. Uma golpista. Uma safada. Não me arrependo de nada que xinguei ela na frente de Nico. Porque é verdade. Maria Di Ângelo é a PIOR pessoa que eu já vi em toda a minha vida. E Nico também. 


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Notas finais do capítulo

¹ - Eu vi isso em um review. n lembro de quem. Mas o crédito é dessa pessoa linda, awn
Gostaram da nova capa? É, basicamente, o que Thalia tá pensando de Nico agora k
Reviews?



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