Meus Contra-acasos escrita por MikaDM


Capítulo 11
A Festa


Notas iniciais do capítulo

Gente... Desculpa não ter postado ontem. A porcaria da minha net não tava prestando ¬¬
(muito revoltada aki)
Mas hoje, para me redimir, vou postar dois caps. xD
Espero que gostem...
E Boa Leitura!



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# Helena

  O caminho tinha sido um pouco longo até chegarmos à festa. Percebi pelo canto do olho que Otavio não tirava os olhos de mim. Eu estava mesmo muito bonita, de um jeito que nunca tinha ficado antes. Estava com um vestido vermelho curto tomara que caia.

 “Vai dá um ótimo contraste com o seu tom de pele.” – Cindy tinha dito ao me jogar o vestido. Eu relutei, mas acabei aceitando. A maquiagem tinha ficado impecável e meu cabelo parecia com o daquelas modelos de capa de revista, Cindy e Diego tinham feito um bom trabalho, mas era estranho, eu me sentia estranha. Sei lá... Eu não me reconhecia... Não sabia se aquilo estava mesmo certo. Tentei não pensar naquilo até que finalmente chegamos à festa.

   A casa era enorme e uma música barulhenta saia de dentro dela. Otavio me acompanhou até chegarmos à porta da casa. Ele apertou a campanhinha e eu duvidava muito que alguém fosse escutar, mas mesmo assim esperamos, até que finalmente alguém abriu a porta e para minha surpresa era Matheus. Caramba! Como ele tava bonito! Eu tentava dizer alguma coisa, mas não conseguia. Ele também em olhava surpreso e não tirou os olhos de mim enquanto entravamos. Sorri pensando que, pelo menos, ele estava me achando bonita. Já era meio caminho andado.

 – Oi. – disse sorrindo tentando jogar algum charme, mas era difícil demais, principalmente para ele. Ele me olhou pasmo e tentou sorrir, mas saiu mais como uma careta. Eu ri.

 – Do que ta rindo? – Perguntou ele. Eu estava surpresa com seu comportamento. Era engraçado como ele não tinha raiva de mim depois de tudo que eu tinha feito. Talvez ele já estivesse interessado em mim... Não! Com certeza não. Mas porque estava sendo tão fácil persuadi-lo?

 – Nada não. – Respondi sua pergunta, tarde demais. Otavio me olhava curioso esperando que eu o segui-se. Eu olhei para Matheus, mas ele só deu de ombros. Fui atrás de Otavio. Mesmo que eu só tivesse usando-o para chegar ao Matheus não queria que ele ficasse magoado comigo, por isso não me envolveria e nem diria nada que me comprometesse a ele.

 – Que tomar alguma coisa? – Otavio me perguntou quando chegamos ao bar.

 – Depende. – Disse sorrindo com malicia, mas ele não me entendeu.

 – Depende do que? – Perguntou-me confuso. Eu revirei os olhos.

 – Se for uma Tequila eu aceito! – falei rindo. Ele me olhou assustado e eu me lembrarei de uma das coisas que Diego e Cindy haviam me dito: Seja uma diva! Aja como uma garota normal, que eu sei que está ai em algum lugar dentro de você. Nada de ser mal educado e sair batendo nas pessoas... Bufei com raiva.

 – Hãm... É... To só brincando. Só vou querer uma água com gás. – disse meio constrangida. Água com gás? De onde eu tinha tirado isso? Pelo menos Otavio não me olhava mais com a cara assustada.

 – Vamos dançar? – Ele perguntou-me assim que eu tinha acabado de beber a água. Dançar? – pensei franzindo as sobrancelhas. No meio da sala tinha uma pista de dança e um monte de gente estava dançando uma dança ritmada, na verdade, era o conhecido Funk. Eu não fazia a menor idéia de como dançava aquilo.

 – Eu não sei dançar. – falei séria, mas já era tarde demais. Otavio me puxou para o meio da pista e eu não conseguia mais ver quase nada por causa das luzes que piscavam sem parar. Eu fiquei parada tentando ver alguém ou alguma coisa que me tirasse dali.

 – Eu te ensino. – Ouvi Otavio sussurra em meu ouvido, mas eu ainda não conseguia vê-lo. Eu sentir alguém se esfregar em mim, provavelmente Otavio. Fiquei com tanto medo que comecei a me distanciar dele. A cada passo sentia que ele não estava mais por perto e fiquei aliviada até me esbarrar em alguém.

 – Ai! Olha por onde anda. – Eu ainda não conseguia ver muita coisa, mas reconheci a voz de Matheus.

 – Ah! É você?! ?! – disse ele sussurrando em meu ouvido. Sua voz era grossa e firme, mas também era suave e gentil. Ele começou a dançar em volta de mim e eu senti seus movimentos. Eu precisava fazer alguma coisa. Mas eu não fazia a menor idéia de como dançar aquilo. Comecei a mexer como uma cobra movendo meu corpo para cima e para baixo. Ele estava tão perto de mim que pude ouvir sua risada. Parei imediatamente.

 – Por que parou? Estava indo muito bem. – Ele disse e pude notar que seu sorriso era malicioso. Eu fiquei com tanta raiva da sua insinuação que pisei em seu pé com força e sai andando sem saber para onde estava indo.

  Quando consegui recuperar totalmente minha visão, parei. Eu não sabia onde estava, mas era o único lugar calmo da casa, talvez uma sala particular ou alguma coisa parecida. Tentei recuperar o fôlego, mas escutei passos rápidos se aproximando cada vez mais de onde eu estava. Minha respiração voltou a acelerar-se, mas para minha felicidade não era nem o Otavio, nem o Matheus. Uffa!

 – O que a gatinha ta fazendo escondida aqui? – Perguntou um garoto que eu não reconheci imediatamente. Ele parecia está meio grogue. – Se você gosta de brincar o papaizinho aqui também gosta. – disse ele me olhando com malicia. Eu me encolhi, mas ele se aproximou mais de mim e eu senti seu bafo de cana. Ele estava totalmente bêbado. Eu tentei de todas as maneiras me desvencilhar dele, mas sem sucesso. – Ta querendo fugi é? – Ele falou gargalhando. Até que eu senti uma de suas mãos geladas segurar meu braço. Eu queria gritar, mas não encontrava minha voz. – Agora o papai achou! – Ele sibilou em meu ouvido. Senti meu corpo tremer de medo. Ele agarrou meus cabelos e começou a beijar meu pescoço. Eu tentava bater nele, mas nada adiantava, ele não iria me soltar. Aquele vestido também não me ajudava. Ele era mais forte do que eu e, eu só conhecia alguns meninos que eram mais fortes que eu. – Não adianta lindinha! Sou mais forte que você. – disse ele vitorioso. Suas mãos começaram a descer pela minha cintura até chegarem à minha coxa. Eu gritei. Gritei o máximo que pude com toda a minha força. Mas a música estava tão alta que eu tinha certeza que ninguém iria me escutar. Eu estava perdida. Enquanto suas mãos percorriam todo o meu corpo eu gritava cada vez mais rápido e o empurrava e o chutava, mas não adiantava.

 – Solta ela AGORA! – Alguém entrou na sala e o garoto que estava me atacando se assustou. Só bastou isso para eu me livrar dele e o atingir com um murro, depois um chute em seu membro, depois mais um murro. Eu estava com tanta raiva que nem me importava se o matasse, na verdade, eu queria mesmo matá-lo. Der repente senti alguém me segurar. Eu tentei me soltar, mas estava exausta.

 – Vai matá-lo! – Eu olhei para o meu quase “salvador” só para comprovar quem eu já sabia que era: O Matheus.

 – Era o que eu queria! – Falei brava cuspindo as palavras. Senti as mãos quentes de Matheus segurar meu rosto.

 – Acredite: você não quer fazer isso! – Ele me olhou nos olhos e estava tão perto de mim que senti seu hálito fazer cócegas nas minhas bochechas. Tinha um cheiro de canela misturado com um pouco de álcool. Eu me soltei rapidamente dele, constrangida, mas ele me puxou e saímos da sala.


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Notas finais do capítulo

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